Continuando...
Mais em algum dia eu sei que não iria mais suportar meu pai, teria de sair de casa o mais rápido possível.
Em certa sexta á noite, eu estava me preparando para sair com a Márcia e o Lucas para uma festa da faculdade. Meu “Orkut” (na época ainda era Orkut) estava aberto, eu só ouvi um barulho indicando notificações. Quando olhei era um garoto bem bonito me convidando para ser seu amigo, eu logo aceitei. Depois de algum tempo Rafael fala comigo.
- Oi, tudo bem?
Achei estranho mais respondi.
- Oi, tudo sim, e você?
- Melhor agora.
Não falei nada ai ele disse.
- Vou ser direto, eu me interessei muito em você e queria te conhecer melhor para saber se poderia rolar algo entre nós e desculpe ser indiscreto você é gay?
Como assim, quer dizer que esta na minha cara que sou gay? Sempre fui muito discreto e ninguém nunca me perguntou ou falou que eu era gay. Mais como o garoto era muito bonito decidi responder.
- Sim eu sou, e também queria te conhecer melhor.
Logo em seguida, eu Márcia me liga já com uma voz de estressada.
- Wesley cadê você cara, eu e o Lucas já estamos aqui faz vinte minutos te esperando e nada de você. Onde você está?
- Calma Márcia eu estou á caminho. Tchau tenho que desligar.
Desliguei sem a deixar responder e corri em disparada para o portão de entrada e sai.
Quando estava saindo da minha rua lembrei que tinha deixado meu Orkut aberto e voltei correndo para minha casa, pois meus familiares tem uma mania que eu odeio de entrar no meu quarto para pegar minhas coisas.
Quando cheguei ao meu quarto à porta estava entreaberta. Quando entrei vi meu pai com uma cara de quem comeu e não gostou. Meu coração gelou, eu quase caí pra trás por causa do susto. Antes que eu pudesse me explicar ele falou:
- Que porra é essa, Wesley. Que viadagem é essa aqui.
- Não te interessa, não é da sua conta seu idiota.
- Você ainda mora na de baixo do meu teto, então você me deve explicações de quem é esse viado que ta falando com você seu bicha.
- Eu criei meu filho para ele ser homem, não pra dar pra homem.
Quando ele falou aquilo meu sangue me ferveu, eu tava á um fio de bater nele. Mais me contive, pois mesmo eu odiando ele, era meu pai ainda. Apenas saí do quarto e desci as escadas. Minha mãe estava na sala e logo quando me viu começou a perguntar o que tinha acontecido, eu não falei nada e sai correndo. Quando saí da minha rua eu já me via chorando.
Tentei ligar para Márcia mais a mesma não atendia, liguei umas 10 vezes e nada. Resolvi ligar para Lucas informar que não iria mais para a festa e falar com a Márcia e pedir para passar uma noite na casa dela. Liguei. Ele já atendeu gritando.
- Wesley cadê você cara? Não estava á caminho?
- Lucas eu não vou poder ir mais, e cadê a Márcia? Preciso falar com ela urgente - Eu falei com uma vos tremula.
- O que aconteceu? Você esta chorando? Onde você está? – Ele disse curioso.
- Lucas não posso falar agora preciso falar com a Márcia urgente eu estou com alguns problemas.
- Wesley ela não esta aqui, acho que foi pra casa, vendo que você não vinha mais.
- Ok Lucas, não posso mais falar vou á casa dela. Tchau. Não esperei ele falar e desliguei.
A casa da Márcia era um pouco longe da minha, mais decidi ir lá para desabafar.
Eu fui andando preso em meus pensamentos e depois de vinte minutos. Cheguei. Já se passava da meia noite. Toquei a campainha três vezes até ela atender com uma cara de; que hora você acha que é; mais quando ela me viu ficou brava e disse:
-Onde você estava garoto. Eu te esperei lá mais de uma hora e nada de você chegar, eu nem curti a festa, você sabe que eu não ia ficar lá sem você, o que aconteceu?
- Preciso conversar você. Vamos entrar? - Falei quase chorando.
- Vamos – ela disse preocupada, enquanto entravamos em sua residência.
Eu contei á ela tudo o que tinha acontecido, chorei muito e perguntei á ela se podia passar uma noite em sua casa.
Ley (apelido que eu odiava) não vai da, hoje meus pais estão em casa, eles não permitiriam de você dormir aqui. – Ela disse com um ar triste – Mais eu tenho uma solução, você pode dormir na casa do Lucas ele mora sozinho e não se incomodaria de você dormir lá.
Eu concordei com a cabeça, pois seria apenas uma noite mesmo.
Ela ligou para o Lucas e disse que eu estava com problemas com a família e que amanha mesmo eu iria procurar um lugar para ficar. Ele disse que passaria aqui para me buscar.
Ele veio rápido e eu entrei no carro e nos despedimos da Márcia.
Enquanto ele dirigia ele disse:
- Wesley você quer me contar o que aconteceu? Fiquei preocupado. Ele disse não tirando os olhos da estrada.
Eu apenas balancei a cabeça negativamente e ele disse que tudo bem.
Chegando á casa dele eu até me assustei pelo tamanho da casa não era o que imaginei, era bem menor. Ele me chamou para entrar e eu entrei.
Estávamos na sala e ele disse:
Você quer tomar um banho? Deve estar cansado. – Pela cara de sono, ele também estava cansado.
Você não quer tomar primeiro você parece estar mais cansado que eu, além do mais eu só estou com a roupa do corpo não da pra eu tomar banho. - Falei desconfortado, pois a casa teria apenas um banheiro e eu iria dividir.
Ele insistiu – Eu te empresto uma roupa e uma toalha, pode indo lá que eu pego e te dou.
Eu acenei positivamente com a cabeça e fui em direção ao banheiro.
- Mais você dorme de roupa normal, de pijama, ou de cueca mesmo. – Na minha casa eu dormia só de cueca mais eu não iria dormir assim aqui.
- Qualquer coisa, só preciso dormir. E muito obrigado por me acolher em um momento difícil.
Ele sorriu e eu fui para o banheiro me banhar.
Continua...
Muito obrigado a quem leu este conto
E me desculpem se tiver algum erro ortográfico
Até o próximo.
Pretendo posta-lo amanhã, mais se não der vou postar apenas na segunda.
Estou pronto para criticas.