Nós momentos de nossas vidas nos apaixonamos por homens ou mulheres. Apaixonar não é uma coisa fácil, pra mim e na minha opinião; falo isso porque me apaixonei por um garoto lindo, mas terrível e diabólico. Toda a sua beleza me encanta, olha aquele corpo delicado e perfeito me enchia de tesão. Depois dele ter me agredido com uma barra de ferro a minha vontade era de apertar aquele pescoço fino, mas só de olhar aquele olhos verdes que as vezes ficam azuis eu não tinha coragem. Depois de 4 meses ele estava novamente na minha frente.
O peguei pelo braço e o arrastei até atrás da escola, é claro que ele veio se debatendo, percebi que ele estava meio que diferente. Reparei em seu corpo que estava mais belo que antes, os seus cabelos que eram castanhos estavam negros e muito brilhosos, a sua estatura estava um pouco maior também e o cor da sua pele mais branca. E que boca mais gostosa, se vocês vencem a boca dele ficariam loucos pra beijar, ela é muito carnuda e bem rosada. Peguei em sua cabeça e encostei o meu nariz no seu.
— Estou feliz por te ver de novo — Falei olhando bem no fundo dos olhos dele.
— Me solta! Eu não quero brigar com você de novo! — Era impressionante a maneira do jeito que ele disse.
— Eu também não quero, só quero apenas beijar essa sua boca gostosa — Estava com uma fome insaciável que já era impossível de se resistir. A nossas bocas já estava bem próximas.
— Nós somos irmãos — Tom disse com uma voz meio trêmula, não entendi o porque dessa voz mudar.
Sempre soube que o Tom era o meu irmão, ou melhor, meio irmão. Mas eu havia me apaixonado por ele, o meu amor era muito forte para eu aceitar o nosso mesmo sangue. Quando a gente se apaixona por uma pessoa não vemos a sua beleza, a sua classe social e o seu caráter já que as pessoas mudam. Então, eu não olhei se o Tom era o meu irmão e se ele era gay ou não, apenas olhei que me apaixonei por ele.
— Eu sei que somos irmãos, eu não me importo.
— Mas eu não sou o que você é, eu sou diferente. E também não quero ser como você.
É claro que sentir um grande choque ao ouvi aquilo sair da boca da pessoa que amo, era difícil de acreditar. Não sabia descrever o que sentir naquele dia, só sei que foi uma coisa muito ruim. Sei que muitos aqui já se sentiram muito péssimo quando ouvir da pessoa que ama que não quer se torna uma pessoa como você, um gay.
Soltei o Tom e ele saiu sem dizer uma palavra. Pela primeira vez na minha adolescência eu chorei e não foi pouco, foi muito, muito mesmo que sair da escola me sentindo mal, naquela época já tinha 18 anos, entrei em um bar e enche muito a cara. Quando sair do hospital me acidentei, mas não foi muito grave e ninguém se machucou. Deitado em uma cama de hospital recebe a visita do meu pai.
— O que te levou a encher a cara em plena a segunda-feira de manhã? — Não tinha uma resposta muito concreta pra ele.
— Como se você estivesse interessado em mim.
A maior parte da minha vida o meu pai nunca esteve presente. Quando era mais novo sentia muito a sua falta, ele nunca se importou comigo e nem com a minha mãe. Ele apenas se importava pra outra família dele, a família do Tom. Agora eu entendo o motivo do Tom ser assim, puxou o terrível do meu pai, dou graças a Deus de eu não tê o puxado.
— É claro que eu estou interessado, sou o seu pai.
— Não, você não é o meu pai, você nunca foi e nunca será. Agora me faz o favor de sumir da minha frente.
A essa altura do campeonato já não aguentava olhar na cara daquele homem que diz ser o meu pai. Já havia tentado várias vezes perdoá-lo por ter abandonado eu e a minha mãe que sofreu mais do que eu. Se existisse máquina do tempo, volta ao passado um dia antes e impedia o meu pai de nos abandonar.
No mesmo dia sair do hospital e fiquei isolado dentro do meu pensando apenas em uma pessoa, Thomas, o motivo que ainda me mantia vivo. Conversei um pouco com a minha mãe e lhe contei tudo que sentia por ele e ela me ofereceu ajuda. No outro dia de manhã, quando abrir os olhos vi aquele garoto belo na minha frente me encarando com os seus olhos que estavam azuis.
— Que bom que você veio — Disse me ajeitando na cama.
— Está tudo bem com você?
— Agora que estou vendo a coisa mais belo do mundo me sinto renovado — Nós dois sorrimos.
— Que coisa mais clichê!
— Você também fez o mesmo.
— Eu não fiz aquilo por querer, eu estava com raiva e também não estava bêbado que nem você.
O silêncio tomou conta do meu quarto, o Tom abaixou a cabeça, começou a funga o nariz. Parecia que estava chorando, me levantei da cama e o abracei mas logo seguida ele se soltou dos meus braços.
— O que foi? Por quê está chorando?
— Não é nada — Limpou as lágrimas.
— Vai, me fala, pode confiar em mim — Ele olhou firme nos meus molhos, ainda deu para ver algumas lágrimas descendo dos seus olhos.
— Eu ainda não tenho certeza mas acho que... — Ele parou de falar e mais lágrimas descia — Eu não quero ser como você — Tinha a total certeza que ele não ia dizer aquilo.
O Tom estava se transformado em uma pessoa que nem a mim, então faltava pouco pra mim dominar esse molequizinho. Peguei em sua cabecinha e a segurei de uma forma que ele não se soltasse, preparei bem o meu lábio e o beijei á força. Ele tentava resistir mas o segurava bem forte, enfiava a minha língua dentro de sua boca, aos poucos ele foi se soltando e correspondendo ao meu beijo, soltei a sua cabeça e levei os meus braço até sua cintura e o apertando contra o meu corpo. Tom já tinha cedido ao beijo e levou as suas mãos até o meu pescoço.
Só paramos o beijo porque estávamos sem folegos, o Tom segurou a minha camisa, que estava aberta, e encostou o seu rosto no meu peito, parecia está apreciando o meu cheiro. Sabe? Esse foi o melhor beijo de toda a minha vida, o Tom beija muito bem, mas é claro que eu beijo melhor. Foi muito mágico da minha parte aquele beijo, nem sei como descrever o que sentir naquele dia, só sei que o beijo foi muito mais muito gostoso.
O Tom se desgrudou de mim e limpou a sua boca e disse:
— Mas que droga!
— Ei, calma — Disse me aproximando — Eu te entendo, no início também me sentir assim.
— Como você quer que eu fique calmo? Estou me transformando em uma coisa nojenta, uma aberração — Isso já estava me deixando irritado com ele.
— Tom, já era, você já se tornou...
— Não, eu não me tornei ainda e nunca vou me tornar essa coisa que você é. Jamais!
Agora ele me olhava com nojo, dessa vez não pode me segurar. Lhe acertei em um soco na boca que o fez cair no chão, sentia ódio dele por falar e me olhar daquele jeito. Realmente o amava mas não era tão simples e nem fácil vê-lo se destruído por uma coisa tão boba. Ele se levantou limpando o sangue que escorria da boca, vi a sua mão se fechando e pronto pra me dá um soco. Deixei ele me dá um soco mas só pra se acalmar um pouco. O agarrei novamente e lhe beijei força, só que dessa fez ele mordeu os meus lábios.
— Eu te odeio! Tenho ódio da sua cara!
— Pois eu não, eu te amo, o que sinto por você é amor.
O Tom andou em direção a porta e eu fui seguindo ele, quando chegamos na sala vi uma pessoa que fez todo o meu corpo se estremecer e me esquecer do Tom. Mirella, uma ex-namorada minha que tinha sumido no mundo, fiquei a encarando por um bom tempo.
— Você voltou! — Na sinceridade não acreditava no que via.
— E com duas surpresas pra você — Disse passando o seu dedo fino no meu lábio ferido — Venha ver, você vai adorar — Disse pegando na minha mão.
Realmente tive uma surpresa, eram duas crianças gêmeas que possivelmente seriam os meus filhos. Vê-los me fez lembrar do nosso primeiro filho, o filho que foi motivo de um grande ódio meu por ela, o filho que me fez perder todo o amor que sentia por ela, a Julia, a minha ex-namorada, abortou o nosso primeiro filho e foi-se embora, me deixando no ódio e sozinho, eu amava. Agora ela estava de voltar e com dois filhos nossos.
— São os nossos filhos, o fruto do nosso amor e da nossa união — Passei a mão na testa á olhando — Devemos voltar a fica junto para o bem do futuros deles.
Pra ela era fácil dizer, mas pra mim. Eu havia sofrido muito com o aborto do primeiro, um aborto que foi feito sem a minha autorização. É claro que pra nós não havia mais voltar, pelo que ela fez sentia vergonha de olhar em sua cara. Mesmo se ela ajoelhasse aos meus pés eu não voltaria pra ela. O que ela fez não têm o perdão meu e nem de ninguém.
— Vai embora, pra nós não têm mais voltar — Disse a encarado — Eu não quero ver a sua cara.
— Eu sei que o que fiz foi errado, mas estou arrependida do que fiz — Disse como o que ela fez fosse uma coisa tão boba.
— Tarde de mais, agora vai embora e não volte aqui nunca mais.
— É isso o que você quer? Pois bem, então eles vão para um orfanato — Disse ela fria e calma como se os nossos filhos fossem qualquer um.
Continua. Pra quem não me conhece, me chamo Júnior Schaefer. Não deu pro Thomas postar hoje, em uma de nossas brigas eu sem querer distronquei a mão dele. Agradeço a todos que leram.