Galera linda, feliz pelo envolvimento de todos com o conto. Está chegando ao seu final e isso quer dizer que já estar na hora do Bernardo e o Sr. Alberto pagar pelos seus erros. Mas o Guilherme terá um motivo bem grande, par revelar um segredo de mais de dez anos, e que o fez sofrer e desejar a própria morte. Continuem lendo.
BOA LEITURA...
- David, você se incomoda de ficar esperando aqui, só para eu ir ao banheiro rapidinho?
- Claro que não meu anjo. Vai lá que eu te espero aqui.
Guilherme seguiu para o corredor e ao virar-se de costas... O REENCONTRO!
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- Você?
Os olhos de ambos se encontraram numa sintonia perfeita. Seus corações começaram a bater mais forte. O Guilherme estava com as pernas tremendo, a sua boca ficou seca, a sua voz não saía. O Andrey o olhava profundamente, embriagado nos olhos verde esmeralda dele. Era como se ambos nunca haviam se encontrado antes, e aquele reencontro fosse uma espécie de amor à primeira vista. Ficaram ali, parados no corredor, apenas observando um ao outro.
Foram exatamente oito meses que os separaram e as circunstâncias que levaram ao fato, não foram as melhores possíveis. Os dois sabiam, que mesmo com todos os atritos que aconteceram, uma coisa permaneceu intacto entre eles: o amor!
Mas agora tudo mudara. O Guilherme evoluiu, amadureceu e aprendeu que na vida, há também muitas coisas importantes, como o respeito e o companheirismo. O Andrey também evoluiu bastante, aprendendo com a dor da perda a dar mais valor e a confiar em quem amamos.
A emoção invadiu o coração do Andrey que não suportando mais o silêncio, tomou a iniciativa da fala.
- Eu pensei que você não fosse mais voltar. – ele conseguiu dizer gaguejando. E o Guilherme não tirava os olhos dele.
- Eu vim resolver uns assuntos e logo estou de volta. – Guilherme falou com a voz trêmula, e quando ele disse “logo estou de volta” o Andrey entristeceu-se.
- Mas eu pensei que...
- Com licença, eu só vim ao banheiro e preciso voltar para sala. – O Guilherme passou entre ele, mas o Andrey o puxou pelo braço, fazendo o seus corpos se chocarem e um pode sentir o cheiro e a respiração do outro.
- O que você pensa que está fazendo? Me solta!
- Eu senti tanto a sua falta...
- Isso não me interessa. Agora me solta!
- Eu fiquei durante todo esse tempo, sofrendo a sua ausência... Não teve um só dia que eu não pensasse em você.
Guilherme o fixava e apesar de querer relutar, não podia negar que também pensou nele durante todo o tempo que esteve fora.
- Eu preciso ir ao banheiro. Solta o meu braço.
Andrey não controlando mais a sua emoção, que já havia se misturado com tesão, roubou um beijo dele. Este, no início relutou, mas o seu coração falou mais alto e acabou cedendo ao beijo quente e molhado do Andrey.
- Eu te amo tanto meu branquinho. – ele dizia ao mesmo tempo em que permanecia com a sua língua grudada naquela boca macia dele.
Os fatos do passado vieram na cabeça do Guilherme, o trazendo para realidade e soltando-se dele.
- Nós não temos mais nada um com outro. Agora por favor, me deixe em paz!
Ele se afastou e seguiu para o banheiro. Ao entrar, fechou à porta as pressas, e levou a mão ao coração. Começou a chorar muito. Não sabia explicar qual era a sensação que estava sentindo, o único fato verídico que ele podia afirmar pra si mesmo era o amor que ele ainda sentia pelo Andrey. Ele seguiu atrás do Guilherme, implorando para que ele o deixasse entrar.
- Nós precisamos conversar Guilherme. Há tantas coisas que eu tenho pra te dizer... Eu preciso te pedir perdão meu amor.
- Meu Deus! Me ajude! Eu não posso... Eu tenho o David. – por um momento as razões pareciam sumir da sua mente. Memórias vieram em sua cabeça... Lembrou-se do primeiro beijo dado no Andrey... Dos seus corpos cheios de areia, e um misto de emoções e anseios que cobriam a alma deles, no primeiro dia em que fizeram amor.
- Como eu te amo cara... Eu não queria... Mais eu te amo tanto que chega a doer por dentro. – ele dizia a si mesmo, ajoelhado no chão daquele banheiro.
- Abre Gui, eu não consigo mais viver longe de você. Me perdoa por tudo que eu lhe disse... Por não ter acreditado em você. Por ter magoado o nosso amor... Abre a porta, por favor! – ele começou a socar a porta e chorar ao mesmo tempo. O medo de perdê-lo de novo, o deixava desesperado.
- Vá embora! O que aconteceu entre gente é passado! Não há como voltar a trás... Vá embora Andrey.
- Eu sei que você me ama também. Sei que mesmo estado longe de mim, nuca deixou de me amar.
Guilherme chorava muito dentro do banheiro. Queria esquecê-lo, e tentou de todas as formas fazer isso. Ocupou o seu tempo em Nova York, o máximo que pôde, mas quando caía à noite, o rosto dele o atormentava.
- Eu vou te esperar na sala. – ele secou as lágrimas. Eu sei que você vai me ouvir. – ele se retirou meio inconformado.
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- Ele ainda me ama, ele ainda me ama! Obrigado Deus, por não ter o deixado esquecer-se de mim. – o Andrey levava a mão na boca, lembrando-se do gosto do beijo que acabara de acontecer entre ambos.
Seu coração estava cheio de alegria... Suas forças pareciam estar novamente renovando-se. Ver o rosto, os olhos, a boca, o corpo do seu amor era pra ele a coisa mais maravilhosa do mundo, do seu mundo.
Guilherme finalmente conseguiu sair do banheiro e mias clamo, respirou fundo e encaminhou-se para sala. Ele devia respeito e carinho ao David, e não magoaria ele por nada. Foi este pensamento que o encorajou.
- Eu já ia atrás de você meu amor. Porque demorou tanto?
- Eu... Não me senti muito bem, e esperei passar o meu mal estar. Eu vou procurar a Lívia, dar um beijo nela e ir para casa.
- Mais meu anjo, nós acabamos de chegar! – David levantou os ombros sem entender nada.
Neste momento, o Andrey também retorna a sala e não acredita no que vê. O David estava acariciando o rosto do Guilherme e aquilo o deixou arrasado. Pensou na mesma hora em ir até lá e bater no rapaz, mas ele foi impedido por Lívia, que apareceu atrás dele.
- Nem pense em fazer nada Andrey! Depois vocês conversam e resolvem tudo. Mas na minha festa eu não quero nenhum barraco.
Guilherme pôde vê-lo os observando e ficou ainda mais nervoso. Jamais esperava ter que passar por aquilo.
- Você precisa entender que foram meses de distância Andrey, e que foi você que jogou o amor de vocês no ralo.
- Mas ele não precisava voltar e esfregar outro na minha cara.
- A vida segue Andrey... O Guilherme não podia ficar sofrendo por você durante todo esse tempo. – Lívia era transparente.
- Tente ficar calmo e depois vocês trocam um papo, ok?
- Você ficaria triste se eu fosse embora? A minha cabeça está fervendo por dentro. Você tem razão... Eu sou o culpado de tudo e se ele está feliz ao lado desse cara, eu vou torcer por ele.
- Meu amigo...
- Feliz aniversário mais uma vez. Estava tudo perfeito. Até mais. – ele passou pelos dois, e o Guilherme percebeu o olhar de tristeza dele. Sentiu uma pontada no peito. Era como se o seu coração estivesse sendo esmagado por dentro.
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Na rua, o Andrey caminhava sem rumo, sendo observado pela linda lua que brilhava no céu. As lágrimas voltaram a cair em seu rosto. Sentiu um vazio por dentro, uma dor tão forte, que ele jamais pudesse imaginar. Conseguiu chegar até a praia, e exausto de tanto andar, se jogou na areia. Foi ali, vendo o mar calmo, que ele desabou num choro profundo...
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- Amiga, eu encontrei ele no corredor! – disse ele agitado a Lívia. O Dinho já estava reunido a eles. Enquanto o David fazia amizade com algumas pessoas.
- E aí amigo? – Poxa... Ele saiu daqui tão arrasado!
- Eu não esqueci o que ele me fez passar... Eu sofri muito atrás dele. O Andrey não confiou em mim Dinho!
- Nós sabemos disso amore. Mas ele se arrependeu, e além do mais, está escrito na sua testa que você ainda senti algo por ele. – disse Lívia.
- Agora eu tenho o David, que é um amor de pessoa.
- Guilherme, me desculpe, mas do jeito que eu sou, se eu estivesse no lugar do Andrey, eu pensaria a mesma coisa.
- Qual é a de vocês dois hein? Só faltam dizer que eu é que sou culpado!
- Não é isso Gui... Ele descobriu tudo.
- Hã? Como assim tudo? – Guilherme ficou curioso com o comentário do Dinho.
- O Igor te beijou a força, mais quem está por trás disso tudo é o Bernardo, que combinou junto com ele, separar vocês dois. Você sabe o quanto o teu primo é doente...
- Eu voltei justamente pra isso. Eu quero acabar com ele e com o meu pai.
- Se você realmente sente alguma coisa por ele Guilherme, o perdoa. Vocês lutaram tanto por esse amor... E não vale ficar com um cara, só pra preencher um vazio. Eu te conheço amigo... Você não ama esse tal de David. – Lívia expunha sua sinceridade.
- Mas ele não merece Lívia... Saiu dos Estados Unidos, só pra estar aqui comigo.
- Ele poderia ter saído de Marte! Você não o ama, e vai sofrer ainda mais se insistir com essa história.
Enquanto isso, o Andrey se encontrava jogado na areia, refletindo, pensando, tentando aceitar que o Guilherme não o amava mais.
- Não! – ele gritou bem alto. Eu não vou perder o meu branquinho para aquele cara. Se for preciso meu amor, eu vou te reconquistar! Mas não vou perder você e nunca deixarei você sair de perto de mim.
Ele levantou-se mais corajoso e seguiu para casa. Era isso que ele ia fazer. Provar ao Guilherme, que ele estava arrependido e que o amor de ambos valia a pena. Ia reconquistar o seu amado, custe o que custar!
CONTINUA...