Aline havia passado no vestibular de Medicina. Não precisaria se mudar e continuaria morando na casa dos pais. Como prêmio, ganhou do Pastor uma viagem de um mês para Londres. Rica, bonita, jovem, segura, realizada sexualmente e atingindo suas metas acadêmicas, estava feliz como nunca, no auge de sua plenitude.
Nua e ofegante em minha cama depois de uma tarde de sexo, pediu-me permissão para fazer a viagem. Respondi que aquilo era ridículo e desnecessário; ela deveria ir sem pestanejar. Abraçou-me e disse que sentiria minha falta. Perguntou se podia fazer uma pequena tatuagem do meu nome na virilha. Falei que sua pele era bonita naturalmente, e como ela não era presidiária, pirata ou membro de uma tribo, não precisava de tatuagens. Brinquei que não possuía espaço para melhorias. Já era perfeita. Lembrei também que já carregava marcado no corpo um pequeno símbolo de nossa relação. Completei dizendo que era uma viagem de um mês até Londres, não uma missão para Marte. Perguntou se eu não tinha medo de perdê-la ou que conhecesse alguém. Citei Sto. Agostinho: “A dor de ter perdido, não supera a alegria em um dia ter possuído”. Chamou-me de insensível, levantou, vestiu-se, deu um adeus gelado, malhou a porta e partiu. Voltaria. Ela sempre volta.
Continuava como motorista de Madame. Mesmo depois do ocorrido no aniversário de Aline, tínhamos uma convivência amistosa, semelhante ao de dois inimigos obrigados a conviver juntos. Ela invariavelmente me destratava na frente dos demais funcionários. Eu retribuía às gentilezas fodendo-a no banco traseiro do carro. Sacana, costumava rasgar alguma peça de suas roupas ou as manchava com porra. Estirada no banco recuperando-se do pós-coito, ofegante, de pernas abertas, vestido na cintura, seios para fora da camisa e a face avermelhada, me chamava de canalha com satisfação. Madame não havia sido talhada para a submissão. Dobrá-la vinha sendo divertido, embora pegasse leve com ela. Na ausência de Aline, vinha me aliviando com sua mãe com mais frequência.
Numa tarde, dez dias antes do retorno de Aline, Madame pediu para pararmos em um café. Precisávamos conversar, disse. Entramos e sentamos a mesa. Ela pediu um chá e eu um Irish Coffe. Lembrou-me que eram 14:00h e eu estava “de serviço”. Fechei-lhe a cara. Tomei o conteúdo da taça em um único gole e pedi outro à garçonete. Acariciei seu rosto e em seguida desabotoei dois botões de sua camisa, deixando o colo dos seios à mostra. Sem me preocupar se alguém nos observava, coloquei minha mão por debaixo da saia e toquei sua boceta com o dedo. Ruborizou. Precisava lembra-la quem mandava. Irônico, falei que sabia que iria me pedir algo, portanto que o fizesse rápido, pois eu estava em horário de trabalho e minha patroa era uma puta. Recomposta, disse que sua posição diante de Aline era insustentável e eu precisava fazer alguma coisa. Não podia mais ser humilhada por uma pirralha que havia parido 18 anos antes. Acostumada aos achaques do marido, não suportaria o mesmo vindo da filha. Esperava que ela fosse aprovada em uma universidade do interior e fosse embora de casa, mas o inverso aconteceu. Em seu universo, eu era um dos que melhor a tratava.
De fato, Aline estava ultrapassando os limites. Depois de aplicar uma severa humilhação sexual à mãe, e de posse de uma foto incriminadora, se divertia com o medo e sofrimento alheio. Fora as provocações, ironias e agressões verbais, aplicava trotes mais sérios. Certo dia criou um blog e postou a foto em baixa resolução com os rostos censurados. O título era “Dama Cristã da sociedade surpreendida em prática sadomasoquista”. Em texto, prometia publicar a imagem sem censura e em alta resolução depois que o contador do blog atingisse certo número de acessos. Aline removeu o blog depois de 48 horas, mas Madame viveu o inferno em terra durante esse tempo.
Sempre que a mãe estava em alguma reunião, evento ou recepcionando convidados em casa, Aline enviava a foto de seu celular para o dela, só para deixa-la tensa e de cara amarrada.
Ambas eram obrigadas a frequentar o culto dominical. Aline costumava invadir o closet de Madame enquanto se arrumava para sair, e lhe estuchar um vibrador de controle sem fio na boceta. Desde então, era comum assistir a mulher do Pastor, inquieta, no alto do púlpito, desafinar durante um cântico, emocionar-se demais em uma pregação ou no meio da oração. Aline acionava o dispositivo nos momentos mais impróprios. Assistindo a divertida cena do fundo do salão, pensava: “Deus odeia o pecado, mas ama o pecador...”. Claro, as ideias saíam da minha cabeça, Aline só as executava com brilho nos olhos. Madame não sabia disso.
Queria que eu conversasse com minha pupila e acabasse com aquele martírio inútil. Respondi que não seria tão fácil, Aline além de odiá-la, tinha ciúmes de nosso relacionamento. Expliquei que ela era submissa a mim em nossos jogos sexuais, não em sua vida civil. Minhas mãos estavam atadas.
Madame, disse que eu haveria de encontrar um jeito e me ofereceu dinheiro. Recusei. Ofereceu um bom aumento salarial. Expliquei que sonhava em ser astronauta desde pequeno, não motorista. Por fim, convidou-me para participar do ministério da Igreja do Pastor. Disse que eu era inteligente, mentiroso, dissimulado e sexualmente promiscuo. Perfeito para o cargo. Aleguei que não tinha vocação para salvador.
Diante da sua insistência em me comprar, mandei que me desse todo o dinheiro que trazia na bolsa. Abriu a carteira e tirou todas as notas que tinha. “Só” tenho R$-450,00, disse. Serve, respondi. Peguei as notas e levantei-me. Ela me seguiu com os olhos. Fui até a entrada do Café e dei o dinheiro para um mendigo que pedia esmola para os clientes que entravam e saiam. O velho ficou me olhando por um segundo, deu as costas e saiu correndo. Não sou idiota, fiz aquilo totalmente contrariado, mas, mais importante que blefar, é fazer uma boa encenação. Voltei até a mesa. Madame me fuzilava com os olhos. Encerrei dizendo que não tenho motivações financeiras e faço as coisas que faço por puro capricho. Caprichos da alma. Se desejasse extorquir-lhe dinheiro, já o teria feito. Por outro lado, vendo o desespero em seus olhos, disse que a deixaria em pé de igualdade com Aline. Permitiria que punisse a filha. Insistiu que teria de ser sexualmente. Claro, respondi, afinal era o que desejava. Com a voz rouca, falei que “algum dia, e esse dia pode nunca chegar, eu vou pedir que faça um favor para mim. Mas até esse dia, aceite esta justiça como um presente”. Sem entender a piada, selou o acordo com um aperto de mão.
No caminho até o carro, lembrei-a que aquele acordo só a livraria dos caprichos de Aline. Continuava obrigada a me oferecer favores sexuais. Com um sorriso sacana no rosto, respondeu que isso nem tinha lhe passado pela cabeça. Chegando ao veículo, dentro de um estacionamento em plena luz do dia, mandei que sentasse no banco da frente e tirasse a calcinha. Peguei a peça na mão e conferi. Estava encharcada. Indaguei a razão, e ela respondeu que negociar comigo era excitante. Esfreguei levemente o tecido umedecido em seus lábios. Coloquei a mão esquerda dentro do bojo do sutiã e massageei forte o seu mamilo direito com as pontas do polegar e indicador. Ela tremeu e gemeu. Beijei os lábios com sabor de xoxota e continuei a estimular o mamilo. Implorou que eu lhe fodesse. Saí do estacionamento guiando só com a mão esquerda. Com a direita masturbava lhe a boceta. Parei no primeiro Drive-in Motel que encontrei. Fuleiro. Entrei no box e nem baixei a lona que fazia a vez de porta. Desci do carro, abri a porta do passageiro, peguei Madame pelo braço, abri sua camisa arrebentando os botões e comecei a lamber, chupar e mordiscar seus seios e mamilos. Virei-a, ergui o vestido, abri suas pernas, e a joguei de bruços sobre o capô quente do carro. Enfiei o dedo médio e indicador na sua boceta e o dedão no cú. Ficou louca com a massagem que apliquei. Quando deu sinais de ia gozar, comecei a foder sua boceta violentamente com o pau. Madame suava, sob o capô escaldado pelo calor do sol e motor. Sacolejava tanto com minhas estocadas que se agarrava aos limpadores de para-brisa. Depois de minutos naquele frenesi, gozamos intensamente. Soltei-a e deixou o corpo escorregar do capô até o chão. Sentada no chão de pedregulhos, entre a grade e o para-choque do veículo, ficou me olhando ofegante com um sorriso. Deliberadamente pôs-se de joelhos e a chupar meu pau lambuzado de lubrificação e porra. Chupava e me punhetava, para que não perdesse a ereção. Ao me perceber excitado novamente, levantou-se, debruçou-se sobre os cotovelos no capô, empinou a bunda e começou a rebolar. Pediu que eu comesse seu cú como eu fazia com a vadia da sua filha. Agachei, abri sua bunda, pincelei seu cú com a língua e enchi lhe de saliva. Gemeu. Peguei-a pelos cabelos e fui enfiando devagar meu pau. Quando terminava de enfiá-lo por completo, com a mesma lentidão eu retirava, e iniciava o processo novamente. Repeti até que o orifício estivesse completamente dilatado e as pregas não retraíssem mais. Madame, ora gemia, estapeava o capô ou descarregava um dicionário de palavrões. Arrombada, comecei a fodê-la de verdade. Estocava tão forte que comecei a sentir dor. Madame gritava e gemia como um animal. Gozei e imediatamente parei de foder seu rabo. Continuou a gemer, uma mistura de prazer e choro. Berrando, implorou que lhe batesse. Incapaz de achar minhas calças para pegar o cinto, alcancei sua Louis Vuitton e, em um único tranco, arranquei a alça fora. Assistindo, xingou-me de filho da puta. Comecei a castigar sua bunda com aquele pedaço de couro. Sem precisar me conter e autorizado, desci o braço. Os vergões foram se acumulando na pele até sua bunda ficar totalmente vermelha. Cada vez que o couro a atingia, contraia os músculos do corpo inteiro, até os dedos do pé. Seu cú era a única parte do corpo que contrariava a ordem. Continuava arrombado e insinuante no meio do rego. Não sei por quanto tempo lhe castiguei. Madame soltou um último urro e da mesma forma que implorou para que eu começasse, o fez para parar. Encima do capô, ofegava como se tivesse corrido uma maratona, mal conseguia se expressar. Com o andar débil e uma das mãos na têmpora, se arrastou até o cubículo que supostamente deveria servir como banheiro. A porta havia sido retirada. Oferecia uma torneira sem água e uma privada imunda. Madame deu de ombros, retornou, agachou-se na minha frente fazendo uma careta de dor e, de cócoras, soltou um vigoroso e prolongado jato de urina no chão de pedregulhos. Desorientada, parecia um animal selvagem, ofegando e urinando. A pele brilhando de suor. A poça cresceu o suficiente para molhar seus pés. Não se importou. Secou a xana com a própria mão e recostou-se no carro. Do lado de fora, um funcionário do estabelecimento que passava na frente do box, talvez atraído pelos gritos, assistia incrédulo à cena. Percebendo que eu o notei, deu no pé.
Madame parecia ter sido estuprada por uma gangue de Vikings. Suava da cabeça aos pés intensamente. Os cabelos antes lisos e loiros eram agora uma maçaroca pastosa e imunda. A poeira do capô do carro e do ambiente misturou-se ao suor, deixando toda sua pele suja e áspera. Os peitos, de fora do sutiã, estavam vermelhos de tanto serem chupados e apertados. A camisa, completamente abarrotada e sem nenhum botão, já não cumpria sua função. A saia preta enrolada parecia uma tira de corda ocupando a linha do umbigo. A genitália a mostra. Os joelhos sangravam cortados pelos pedregulhos. As nádegas pareciam queimadas pelo sol. Abaixo, seu cú tomou a forma de uma flor roxa. Aquela mulher de 45 anos, bonita, fina e elegante, cheirava a suor, sexo e urina num muquifo imundo. Mosquitinhos começaram a lhe rodear. Poderia estar agora na porta do Café pedindo esmola. Com o olhar perdido, disse que não sabia que era possível sentir um orgasmo tão intenso dando a bunda. Nem replicar a sensação apanhando. Aturdida, filosofando de forma mais barata possível, disse que aquele era meu dom: extrair o melhor das pessoas. Era minha deixa. Mandei que se olhasse no espelho, acendi um cigarro, disse tchau e saí caminhando. Perguntou onde eu estava indo. Mandei que olhasse no relógio, meu turno havia acabado. Disse que eu não podia deixá-la naquele estado e que fazia anos que não guiava. Expliquei que o carro era automático e cheio de auxílios eletrônicos, que o tornava praticamente a prova de idiotas. Os vidros eram escuros o suficiente para garantir sua privacidade. Além do mais, completei, o peso da blindagem o deixa dócil como um boi de carroça. Mostrou-me o dedo do meio. Não perguntei depois como ela se virou naquele dia.