- Fica calminha docinho, que nada vai acontecer... - O homem ameaçou-a com um sorriso maldoso.
Sarah estava ferida e assustada. E não podia fazer nada. O homem levou-a até um beco escuro.
- Esta noite será inesquecível pra você. Hahahaha.
Continuando....
Paraíso Sombrio - Parte 2
"Sangue Negro"
Aquele homem vil levou Sarah até um beco escuro. Um lugar estreito, cheio de lixo, que fedia muito. Um lugar onde habitava as trevas. Ele segurava forte Sarah pelos braços, machucando-a. Ao chegar ao local ele jogou-a brutamente contra a parede, causando assim muita dor nas costas de Sarah.
- AIIIII! - Sarah gritou de dor. Ao ser jogada contra a parede. Seu corpo foi escorregando aos poucos até ela ficar sentada no chão. - Por favor, não faça nada comigo... - Sarah suplicava por sua integridade física, por sua vida.
Aquele velhaco abaixou-se. Ficou de cócoras. Olhou fixamente para Sarah. Parecia procurar algo nela. "medo?". Ele começou a acariciar o rosto de Sarah. Passou a mão suja dele, pela pele flácida de Sarah. Ela ficou surpresa e com mais medo. Às lágrimas saiam aos montes. A cada toque daquele homem, Sarah sentia calafrios.
- Como você é linda! - O homem a elogiou.
Sarah não entendia nada do que ele quis dizer. Mas parecia algo agradável ao olhar dela. Ele tocava os cabelos escuros e sedosos de Sarah, alisava carinhosamente. Sarah não entendia nada. Parecia um pouco mais calma. Mas ainda temia pelo pior, pois estava à mercê de um patife. Ele fuçava seu cabelo, ele queria sentir o aroma de Sarah. Ela era muito cheirosa.
- Cheirosa... - Ele arfou maravilhado com o perfume que exalava de Sarah. Sarah parecia uma ninfa dos bosques e florestas. Mas naquele momento era uma ninfa amparada pelo medo perdida na profunda escuridão.
O homem levantou-a, olhou bem pra ela e beijou-a de surpresa. Ele beijava-a com volúpia, ele comia a boca dela. Sarah não retribuía o beijo. Ela estava atônita com a situação. Não conseguia pensar ou fazer nada. Ele já apalpava suas partes íntimas quando ela se deu conta do que estava acontecendo. Ela tentava se afastar, mas ele era mais forte, apertava-a e puxava-a contra seu corpo. Ele entrava em desespero e pânico. Até que ela no ápice do desespero mordeu violentamente os lábios do homem, sua boca sangrava, saia muito sangue.
- ME SOLTA! - Sarah esbravejou e tentou se afastar.
- O que você fez? - Ele disse tocando em sua boca, que ardia. Quando viu sua mão com o sangue ficou furioso. - SUA PUTA! - Ele deferiu um soco em Sarah, que caiu no chão.
Sarah quando percebeu o golpe, já estava no chão com o nariz sangrando. Ela tocou em seu nariz e viu sangue escorrendo. Nesse momento ela entrou em pânico. Ela estava nas mãos de um louco. Ela sem pensar duas vezes, tentou fugir. Mas o homem foi mais rápido e a agarrou.
- ME SOLTA! ME SOLTA! - Sarah gritava e esperneava. - SOCORROOO!
- Agora você é minha! - O homem exclamou com um sorriso malicioso. - CALA A BOCA! - Ele começou a estapeá-la. E seu rosto estava vermelho depois de tantos golpes.
O homem vil prensou-a contra a parede. Começou a beijar, lamber, e morder violentamente o corpo de Sarah. Apalpava seus seios e nádegas. Ele beijava e cheirava o pescoço de Sarah.
- Por favor, para. Não faça isso... Por favor! Para. - Sarah suplicava temerosamente ao homem. E ele não se importava com nada.
Sarah sentia o forte odor daquele homem sujo. Ele fedia, era repugnante, causava ânsia e enjôos a ela. Aos poucos o homem foi tirando as roupas de Sarah. Ele apalpava os seios dela. Chupava e mordia seus mamilos. Enquanto ela chorava de medo.
- Não... Não... Não... - Ela balbuciava. Chorando incontrolavelmente. Ela não tinha mais controle sobre seu corpo.
O homem dava forte mordidas que a machucava. Ele mordia como se quisesse arrancar um pedaço dela. Ele desceu no corpo de Sarah. Com seu dedo ele penetrava a vagina de Sarah. Enfiava um, dois, três dedos. Fazia movimentos de vai-e-vem. Sarah sentia um incômodo. Ela não sentia prazer. Sentia dor, dor e medo. O corpo de Sarah tremia... Ela não tinha mais esperanças. Ela só conseguia chorar e esperar pelo pior. O homem já estava com seu pênis duro há muito tempo. Ele arriou suas calças, prendeu as mãos de Sarah na parede. Olhou para o seu rosto de desespero, que de alguma forma alimentava seu tesão nela. Apontou seu pênis na vagina dela e enfiou com tudo de uma só vez.
- AIIIIIII - Sarah gritou de dor.
- Cala a boca! - o homem deferiu outro soco, mas desta vez feriu o supercílio de Sarah. Que começou a sagrar...
Ele não tinha dó. Ele começou a bombar forte em Sarah. Ele apertava as coxas e nádegas dela enquanto a violentava. Mordia cada parte de seu corpo. Sarah estava dominada pelo medo e pela dor. Sua dor só aumentava. Ela se sentia rasgada. Aquilo estava acabando com ela por dentro. Ele estocava cada vez mais forte. Queria ver a expressão de dor de Sarah. Vê-la sofrer parecia ser seu prazer. Ele continuava a machucá-la. Ele tampava a boca de Sarah com sua mão suja para conter os gritos dela. Ele a jogou no chão imundo. Ela não conseguia mais se mexer de tanta dor. Estava praticamente imóvel. Só conseguia lamentar. Ele se deitou sobre ela. E começou a beijá-la. Ela fechou os olhos, ela não queria ver aquilo. Ela só esperava aquele pesadelo acabar... Ela só conseguia pensar que iria morrer. Ele tocava em cada parte do corpo de Sarah. Ela estava sendo violentada. Ele levantou os braços se Sarah para cima de sua cabeça. E prendeu seus pulsos. Ela não poderia fazer nada. Não podia se debater. Ele já em cima dela e prendendo os pulsos de Sarah com uma mão e com outra tampando a boca dela. Começou a estocar violentamente nela. Sarah chorava de olhos fechados. Ele metia freneticamente para proporcionar dor. Ele meteu até a vagina dela sangrar e até gozar dentro dela. A vagina de Sarah estava sangrando. Ela estava ferida e machucada. Estava suja! Seu corpo e alma estavam sujos! O homem satisfeito saiu de cima dela. Levantou as calças. Pegou a bolsa de Sarah com seu dinheiro e sumiu dali do meio da escuridão. Sarah viu ele desaparecendo entre a escuridão e se pôs a chorar de dor... Ela foi violentada, machucada. Seu corpo sangrava. Foi largada no chão imundo. Ela com seu último ato de força pôs a mão na sua vagina e quando viu a palma viu sangue. Ela chorou desesperadamente. Logo apareceram ratos grandes e negros ao redor dela. Eles fuçavam o corpo dela. Subiam por seu corpo. Os ratos roíam os dedos de Sarah até sangrar...
- NÃÃÃÃOOOOO! - Saiu como um último suspiro. Foi o grito que continha toda sua dor.
Ela desmaiou...
*
*
*
Santi, Greg e Eliza ficaram em frente ao pub por três horas à espera de Sarah que não aparecia por nada. Eles tentavam imaginar porque Sarah ainda não tinha voltado. Os três já estavam apreensivos e irritadiços.
- Gente está muito frio! - Eliza reclamou do frio que fazia à noite na cidade.
- A gente já devia estar no hotel há muito tempo. - Santi indagou irritadiço andando de um lado para o outro.
- Não podemos ir sem a Sarah! - Greg exclamou. - Não podemos deixá-la sozinha nessa cidade. Aqui é umas das cidades mais violentas da Europa. Algo poderia ter acontecido com ela. - Greg acrescentou.
- Ela com certeza deve ter encontrado alguma loja, shopping e deve estar se divertindo fazendo compras. - Santi falou ainda irritado. - Ou melhor, ela deve ter encontrado um holandês e deve estar se divertindo com ele. – Disse Santi entre risos.
- Não fale isso Santi! Isso não hora para brincadeira... - Eliza disse repreendendo.
- Tá legal, sua chata! - Santi exclamou.
- É sério gente. Ela está demorando muito. Já anoiteceu há muito tempo. E ela não voltou. Estou preocupada... - Eliza disse temerosamente, olhando para ruas da cidade.
- Eu acho que devemos ir à procura dela. - Greg indagou.
- Também acho. - Eliza concordou com Greg.
- Acho melhor conhecer às festas da cidade. - Santi indagou.
- Olha com você ou não. Nós vamos atrás dela. - Eliza avisou. - Vamos Greg? - Ela pega Greg pela mão e puxa-o.
- Tá. Eu vou com vocês. - Santi cedeu e foi atrás deles.
Os três foram atrás de Sarah pelos canais aonde ela disse que iria. Separam-se até para procurá-la. Mas não a encontravam. Eles decidiram procurá-la em grupo. Eles não tinham ido só há uma daquelas regiões perto dos canais, porque aquela região tinha fama de que havia drogados, mendigos e ladrões. E além do local não ser totalmente iluminado. Era uma parte obscura e suja daquela linda cidade. Os três andavam com algumas lanternas, viam que no bairro não tinham muita gente. Era praticamente deserto. Só um pouco de mendigos, que não entendiam o que eles falavam. Eles achavam aquele lugar sinistro, e muito ruim para Sarah estar.
- Tá. Greg olha por ali entre aquelas casas. Eliza procura mais à frente. E eu mais para trás. Se encontrarmos algo. É só gritar. Ok? - Santi mandou.
- Quem disse que você é chefe? - Greg indagou.
- Eu só estou dizendo que assim fica mais fácil de procurar! - Santi esbravejou irritado.
- Você sempre se achando o rei da cocada preta. Que pode mandar e desmandar em todos. - Greg indagou irritado e apontando o dedo para Santi.
- Olha Greg, não me faça perder a paciência com você. Se não... - Santi avisava já sentindo raiva de Greg e mostrando os punhos.
Eliza deixava os garotos brigarem. Ela não tinha paciência para aguentar a infantilidade deles. E foi a procurar por Sarah sozinha. Ela andava com medo pelas aquelas ruas estreitas e escuras. Ela procurava atentamente com sua lanterna. Ela teve a coragem de ir até um beco mais afastado e escuro.
- Se não o quê? Santi. - Greg provocou.
- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA! - O grito de pavor de Eliza pode ser ouvido.
- ELIZA! - Santi exclamou.
Eles foram até onde Eliza se encontrava. E se depararam com uma cena perturbadora.
- Oh! Meu Deus! - Eliza exclamou assustada.
- O que foi isso? - Greg perguntou impressionado.
Sarah seminua, jogada no chão. Como no quadro "Moema" de Victor Meirelles de Lima. Mas ela parecia estar morta. Seu corpo estava sob alguns ratos pretos e grandes. Alguns estavam roendo seus dedos, que já sangravam, outros estavam roendo seu cabelo, outros estavam sobre suas feridas, onde sangrava, quase que querendo comer a carne de Sarah. Como o supercílio, boca, joelho e vagina. Havia um rato que tinha arrancado um pedaço do mamilo de Sarah, ele estava comendo esse pedaço de mamilo. Sua vagina era visível o sangramento, mordidas que deixaram marcas, o joelho ralado, alguns hematomas e escoriações, o rosto ferido e com sangue por causa dos golpes do velhaco. Santi foi até ela. Espantou os ratos.
- Ela está morta? - Eliza perguntou muito abalada.
Imediatamente Santi sentiu o pulso de Sarah e via que ainda pulsava.
- Não. Ela ainda está viva. - Avisou Santi.
- Temos que levá-la urgentemente para o hospital. - Greg indagou.
- Você está certo. - Eliza concordou. - Vamos! - Ela chamou.
Santi vestiu Sarah com suas roupas que estavam largadas no chão. Carregou-a e saíram daquele bairro obscuro. Onde parecia se alimentar de desespero. Pegaram um táxi. E levaram-na para o hospital mais próximo.
*
*
*
HOSPITAL...
Sarah foi prontamente atendida quando chegou. Foi levada para um quarto, onde cuidaram de seus ferimentos. Santi, Greg e Eliza ainda estavam abalados com o fato. Sarah tinha sido agredida, violentada e roubada. Quase a mataram. Eles passaram a noite no hospital sem ter alguma notícia do estado de Sarah. Dormiram os três no banco do corredor do hospital. Eles ainda passaram a manhã lá.
Logo cedo, foram chamados policiais para poder esclarecer um pouco mais os fatos. O médico levou dois deles para conversar com Sarah que já se recuperava do ocorrido.
- Sarah. Esses aqui são os policiais Arnold e Christian, eles querem conversar um pouco com você. – Disse o médico, prontamente saindo do quarto, deixando Sarah e os policiais a sós.
- Nos precisamos de algumas informações suas que nos levem até quem fez isso com você, precisamos fazer um ocorrência, e precisamos da sua colaboração. – Disse um dos médicos que estava com um caderno e uma caneta a espera das informações.
- Eu não gosto nem de lembrar. – Disse Sarah com um olhar vago em direção a janela do quarto.
- Sarah você vai ter que colaborar conosco. – Disse o outro policial, ríspido e grosseiro.
- O que vocês querem saber de tanto? – Perguntou Sarah olhando para eles.
- Tudo, como foi, o que ele te fez, o que ele te roubou. E principalmente, se lembra de como ele era.
- Vocês sabem o que ele me fez, ele me violentou. – Disse ela irritada.
- Calma ai mocinha, entendemos o seu momento, mas colabore e fale normalmente com agente. Estamos aqui para te ajudar. – Falou o policial, puxando uma cadeira e se sentando próximo a Sarah.
- Desculpa. Eu não consigo lembrar muito dele. Só sei que ele era alto, deve ter 1,80 mais ou menos, um cabelo negro encaracolado, olhos grandes e saltados, uma barba meio grande também. E uma cicatriz embaixo do olho esquerdo.
- Ok. Desenha aí Arnold. – Disse o policial. – O que ele te roubou?
- Dinheiro apenas que estava na minha bolsa.
- E quanto era de dinheiro?
- Uns 100 euros.
- Retrate como foi que ele te abordou. Preciso relatar tudo isso na ocorrência.
Sarah começou a contar para os policias o que aconteceu na noite passada. Após contar tudo ela assinou o documento pelo qual o policial havia escrito a ocorrência.
- Você está de acordo com o que relatou, e com o retrato falado que você prestou?
- Sim. – Respondeu Sarah.
- Então ok. É o suficiente. Quaisquer novidades entraremos em contato com você. Já tenho todos seus dados. Até breve. – Disse os policiais deixando o quarto.
NO CORREDOR:
- Eu não acredito que isso foi acontecer... Não podia ter acontecido. - Eliza só se lamentava. Chorava nos ombros de Greg.
- Não fique assim. Ela vai melhorar. - Greg consolava Eliza.
Santi já estava estressado com a situação. Ficou quase um dia no hospital por causa de Sarah. Ele não aguentava mais ficar ali. O cansaço deixava-o irritado.
- Olha, se isso aconteceu é porque ela é uma idiota! Ela não devia ter saído sozinha. - Santi indagou se levantando do banco. Aliás, um de vocês devia ter acompanhado ela! - Ele completou.
- Que isso Santi? Querendo por a culpa na vítima? Em nós? Podia ter acontecido com qualquer um. - Eliza retrucou irritada.
- Você fala que só nós teríamos que ir com ela. Porque você também não foi? - Greg indagou.
- Só estou dizendo, que uma mulher como Sarah, gostosa, com roupas provocantes. É de atrair estupradores. Só pode ser idiotice dela, andar sozinha e vocês são mais amigos dela que eu. - Santi tentou se explicar.
- Quanta hipocrisia Santi! Não tenta por a culpa na vítima. O único culpado foi o cretino que fez isso com ela! - Eliza esbraveja no corredor do hospital.
- Olha, esse lugar está me cansando. Odeio hospitais! Não quero ficar mais aqui. Esperando Sarah melhorar. Ao invés de estarmos conhecendo a cidade, nos divertindo. Estamos aqui nessa porra de hospital fazendo condolências com a Sarah. - Santi dizia tudo o que achava. E de raiva chutou uma lixeira com força que foi parar longe.
O clima era tenso entre os três. A briga deles chamava a atenção de outros no hospital. Só que não entendiam o que eles falavam. Greg e Eliza estavam tristes com as atitudes de Santi.
- Olha, Santi que não quer mais ficar aqui. Vá embora! Não precisamos de você. Vai fazer o que você queria quando veio para cá. Vai se divertir! Preocupa-se com você. Que nós ficamos aqui. - Greg disse desapontado com Santi. Lágrimas caiam de seu rosto.
- Ótimo! - Santi exclamou. - Tchau pra vocês! Fui. - Santi foi embora de lá irritado.
- Não se preocupa com ele Greg. - Eliza tentava consolá-lo. - Ele é um idiota! Ele vai se arrepender. - Ela disse e abraçou-o.
- Eu sei...
*
*
*
- Vocês são Gregório e Elizabeth? - Um homem careca de jaleco perguntou.
- Sim. Somos. - Os dois responderam juntos.
- Eu sou o Dr. Sebastian. - Ele disse olhando para eles.
- Como ela estar doutor? - Eliza prontamente perguntou.
- Ela já está melhor e consciente. Se quiserem podem vê-la. - Ele avisou.
- Claro, que queremos. - Greg respondeu.
- Então me acompanhem. - Sebastian mandou segui-lo.
Quando entraram no quarto Greg e Eliza viram Sarah com um olhar triste. Ela estava com alguns curativos. A onde estava alguns ferimentos ainda inchados. Sarah estava deitada em seu leito com um olhar vago... Quando Eliza viu o estado de sua amiga, deu uma pontada em seu coração. E ela começou a lacrimejar.
- Não chora amiga. - Sarah disse ao olhar pra ela e sorriu. Eliza abraçou com ternura sua amiga.
- Como está Sarah? - Greg perguntou.
- Melhor. Bom já tiver melhor antes, mas estou bem. - Sarah disse rindo.
- Assim que gosto de te ver. Alegre! - Greg indagou.
- Obrigada. - Sarah agradeceu.
- Não saia mais sozinha! - Eliza deu um sermão. E sentou na cama de Sarah.
- Ok. Mamãe. - Sarah disse entre risos.
- Se lembra do que aconteceu ontem? - Greg perguntou inocentemente.
- Não. E nem quero lembrar. O que passou. Passou! - Sarah disse com uma expressão de raiva.
- Desculpa. - Greg se desculpou.
- Tudo bem. - Sarah disse.
Sarah estava traumatizada. Mas ela era uma mulher forte. Não deixava se abater. Ela não deixaria seu trauma dominá-la. Ele preferia fingir que nada estava acontecendo.
- Cadê o Santi? - Sarah perguntou. E ela percebeu como Greg e Eliza ficaram estranhos com essa pergunta. - Cadê ele?
- Ele não queria mais ficar aqui no hospital. Ficou irritado e foi embora, provavelmente pra cidade se divertir. - Eliza disse triste. Sarah sentiu a falta de Santi. Greg não gostou de lembrar-se de Santi e fechou a cara.
- Gente, vocês sabem como ele é. Não se preocupem tanto com ele. - Sarah disse animada. - E logo eu também vou sair daqui. E vou me divertir bastante. Vou arrumar um bofe holandês cheio da grana. - Ela disse rindo.
- Sabemos. - Eliza respondeu rindo. E ficou alegre ao perceber que sua amiga estava bem voltando ao que era.
Greg e Eliza ficaram um tempinho com Sarah conversando banalidades, até o horário de visitas acabar.
*
*
*
- Olha podem ir para o hotel. Vocês já devem estar cansados. Sarah vai receber alta só amanhã. - Dr. Sebastian simpaticamente prôpos.
- Obrigado doutor. Nós vamos. - Greg agradeceu.
- Que bom saber que ela vai sair amanhã. - Eliza indagou.
- Vocês são brasileiros, certo? - Sebastian perguntou.
- Somos. Por quê? - Greg disse.
- Adoro brasileiros. São um povo alegre e fogosos. - Sebastian disse. E Greg e Eliza sorriram. - O que vieram fazer aqui na Holanda? - Ele perguntou.
- Viemos passar às férias aqui. Nos divertir. - Respondeu Eliza.
- E estão gostando? - Ele perguntou.
- Bom... Ainda não conhecemos a cidade direito. Mal chegamos e aconteceu essa fatalidade... - Greg disse cabisbaixo.
- Entendo... - Sebastian suspirou. - Tenho certeza que vocês ainda se divertirão muito aqui. - Sebastian indagou sorrindo.
- Obrigado doutor. - Greg agradeceu e apertou a mão dele.
- Bom... Já vamos doutor. Tchau! - Eliza se despediu.
- Até... - Sebastian respondeu.
Sebastian tinha um interesse estranho nesses brasileiros. Quando eles saíram. Sebastian tirou de seu jaleco seu telefone celular, e ligou para um número.
- Alô God(Chefe)? - Disse com o celular nos ouvidos e se virando pra trás.
- Sim. - Uma voz respondeu no outro lado da linha.
- Eu não queria te importunar, mas tenho boas notícias. - Sebastian dizia olhando para baixo.
- Diga logo! Não tenho tempo a perder. - A voz na outra linha esbravejava impaciente.
- Temos carne fresca no pedaço. - Sebastian disse olhando para os lados. - São quatros turistas brasileiros. - Sebastian completou.
- Hum... Interessante... - A voz disse no outro lado da linha. - Chame os garotos Sebastian. Temos trabalho pra eles então. - A voz completou.
- Ok. God. - Sebastian terminou a ligação. Desligou o telefone, colocou de volta no seu jaleco e com um sorriso alegre saiu do corredor assobiando...
Continua...