XI
Qualquer idiota inocente consegue perceber, logo depois de sua primeira noite de sexo, que todo o ato em si não é apenas a mecânica dos dois ou mais corpos se roçando, complementando, dos seres em contato físico. É óbvio que sexo é sim, isto, a trepada em si, mas não apenas, nunca pode ser nem nunca será. Sexo, assim como a vida, é texto e contexto, é ego, superego e id. É a necessidade de olhar e ser visto, de sentir-se desejado e desejada, de poder tomar posse daquilo que nunca ninguém possui de verdade. Uma boa trepada, quando bem feita, envolve muito mais que apenas aquilo que se é possível ver em filmes pornográficos de baixa qualidade técnica, a repetição mecânica de um ato que em si próprio é irrelevante, olhando a filosofia das almas.
Sexo é, antes de tudo, um exercício mental de excitação. O corpo obedece e responde aos estímulos, mas sem a mente não há diferenças entre comer uma garota e dois gafanhotos aumentando sua prole no meio de um matagal irrelevante na Indonésia meridional. Trepar é antes de tudo desejar e obter o desejo, completar aquilo que se falta no outro, nos outros, em si mesmo, mas nunca saciando a bela vontade.
Esta gorda, cujo nome é Ivana – Ivana Ginszbug – nunca havia compreendido isso. Talvez por receio, talvez por inexperiência, talvez por nunca ter realmente trepado com alguém que soubesse minimamente o que estava fazendo, não importa. Essa Ivana nunca havia realmente gozado como se deve gozar todo ser vivo. E eu fiz minha obrigação moral leva-la até esta plataforma infinita; não porque fosse muito mais inteligente ou experiente que ela, mas porque quando percebi o quão solitária esta mulher é, o quão sozinha ela esteve desde o dia em que percebeu que homens poderiam ser algo interessante até hoje.
Veja, olhando do ponto de vista puramente estético, ela não era bonita. Óbvio que possuía lindíssimos olhos, um rosto elegante e singelo e um bom sorriso, mas qualquer pessoa que não possuísse a percepção que sexo é antes de tudo contexto apenas iria olhar o quão gorda ela era. E pude perceber logo de inicio que ela nunca havia encontrado pessoas que soubesse disso. Era uma questão de honra dar a ela esta lição.
A garota havia gozando brutalmente em minha boca, eu penetrando sua buceta com minha língua e dedo e toda a má intenção que amantes possuem. Ela se contorcia no sofá em sua pequena sala, segurava meus cabelos ora implorando com os dedos para que eu continuasse – e eu neste momento hesitava levemente, dando um pequeno desespero de que todo o paraíso carnal havia acabado – ou implorava para parar, afastando minha cabeça do meio das pernas dela – e então neste momento eu praticamente colocava meu rosto e meus dedos o mais próximo de um útero que alguém jamais colocou na história dos sexos, fazendo de seu clitóris não apenas objeto de manipulação mas sim companheiro de confidencias – ela apenas gozava, murmurando em algumas línguas esquecidas aquilo que nunca um homem sóbrio havia lhe dado tão prontamente.
Ela abre os olhos. A luz do sol, que já esta a pino, ilumina seus cabelos negros curtos. Ela sorri, alguma coisa misturada de amortecimento e agradecimento. Eu a olho, tento sorrir mas minha boca estava obstruída por sua buceta, na frente, e continuo procurando mais uma vez aquele pequeno ponto que havia encontrado nela milésimos atrás. Ela treme milimetricamente, sabendo que todo estes últimos orgasmos foram apenas um ligeiro começo de algo que eu estou disposto a lhe dar, com muita alegria. Ela fecha os olhos e afunda suas mãos novamente em meus cabelos. Eu a chupo novamente.
Mas a mulher gorda é bem mais forte que eu, ainda mais considerando que ainda estou de ressaca, fraco, recuperando-me de uma doença que eu não tenho a menor ideia do que foi e não costumo realmente me alimentar muito bem. Essa mulher é maior, mais forte e quando deseja alguma coisa, ela consegue. E com um simples movimento de braços ela me joga no sofá e começa a masturbar meu pau. Chupa-o. Brinca comigo, tentando imitar em intenção tudo aquilo que acabei de lhe proporcionar. Ela me punheta com força, deixando a língua em cima da cabeça de meu pau, causando-me pequeno arrepios na espinha. Seus olhos, os olhos dela são safados e estão felizes. Felizes porque pode finalmente trepar de verdade, entregando-se sem os receios de um julgamento. Eu seguro minha esporrada o quando me é possível, mas a garota é insistente e valente em como punheta um homem que sabe aprecia-la, e eu acabo enchendo seu rosto de porra, de minha porra. Não costumo gozar tão rápido assim, e ela percebe que mesmo eu não tendo esperado algo assim tão rápido, nossas delicias corpóreas estão longe de terminar. Não estão nem na metade.
Uma pequena gota de sêmen escorre pelos seus cabelos negros, o contraste é lindo. Projeta-se de seu cabelo para a bochecha, e enquanto escorre por seu rosto a língua que a poucos segundos atrás estava enrolada ao meio de meu pau agora busca essa gota branca para dentro de si. Eu gozo novamente, fecho meus olhos e apenas aproveito a sensação. Todo o jato vai direto nela e não a vejo recusar nada. Mais do que algum agradecimento por a ter chupado como qualquer mulher deve ser chupada, deve ser amada, percebo que ela deseja tudo aquilo que sou, como um canibal devorando um inimigo poderoso, desejoso de ser tudo aquilo que ele é. Meu pau amolece, esgotado com um belo boquete. Mas estamos longe de terminar. Não estamos nem na metade.
Monto em cima dela. Consigo perceber o estranhamento em seu rosto, ela supunha que eu estaria já cansado ou desiludido, desgostoso com tudo e pronto para talvez dormir, talvez ir embora. Consigo visualizar todos os seus outros homens como pessoas que acreditam no sexo apenas como o ato final em si. Ego, Superego, Id. Sexo, no modo que deve ser feito, deve completar todos os orifícios dos seres, sejam eles psicológicos ou físicos. Monto em cima dela e começo a explorar seu imenso corpo. Seus seios são gigantescos, não exatamente caídos, como se poderia esperar de garotas gordas, mas são seios muito maiores que a minha boca consegue abocanhar em uma única tentativa, porem temos tempo e eu faço sentir o formigamento de uma língua atravessando os dois peitos, um centímetro por vez. Masturbo-a com uma mão, enquanto beijo sua boca levemente, lambo seu pescoço, acaricio seu corpo, sem nenhum dos receios que ela provavelmente teve com outros parceiros. Meu pau novamente começa a ficar duro, e em conjunto conseguimos fazer com que eu entre dentro dela, há alguma dificuldade porque não somos anatomicamente compatíveis, mas uma vez lá dentro o trabalho praticamente faz-se sozinho. Ela sente todo o meu ser penetrando-a, rasgando seu corpo, forçando qualquer pequena barreira que ela tivesse posto por si mesma. Num lastimo de força, a faço virar de quatro, puxo seus cabelos curtos e a devoro como um animal, ela jogando a bunda o mais forte possível para trás, forçando a buceta a cobrir toda uma possível extensão de meu pau que possa ficar para fora, eu a conduzo e sinto seu rebolar em meu pau. Ela goza, mordendo a lateral dos braços e novamente murmurando coisas incompreensíveis. O movimento de sua anca se faz menos rápido mas mais forte, decidido, o gozo dura por quase um minuto e ela implora com a buceta que exista mais no futuro próximo. Mas estamos longe de terminar. Não estamos nem na metade.