Gente... Estou tão triste por a história está chegando ao seu término. Mas prometo voltar com outra igual ou superior a esta. Vou sentir muitas saudades dos personagens. Bom... O capítulo tão esperado, desde quando eu comecei a escrever este conto, chegou! Vocês saberão nas linhas abaixo, o que o Guilherme sofreu, quando o seu pai descobriu sobre sua sexualidade. Vale ressaltar, que o que eu escreverei existe gente. Nós somos seres humanos racionais, e como tais, nossos sentimentos nos faz tornarmos capazes de fazer as piores ou melhores coisas. Como medo de esquecer algum nome, eu dedico este post a cada um de vocês que tiveram a humilde paciência de me suportar por quase dois meses. Um beijo meus leitores queridos.
“A PIOR FALHA DO HOMEM, É ACHAR QUE PODE JULGAR OS OUTROS. AQUELE QUE JULGA, É PORQUE ESCONDE AS PIORES COISAS”.
Boa Leitura...
Eles riram e Guilherme jogou-se no sofá. Estava exausto e cansado... E aliviado também.
- Eu estarei do seu lado amigo...
- Amanhã mesmo, depois de tudo que eu contar, vou direto para delegacia mostrar esta gravação ao delegado. Eu preciso de paz amiga... Eu e o meu Andrey também.
O dia seguinte tinha finalmente chegado. Dona Sandra, não estava muito afim de festas, mas devido a insistência do Guilherme, ela resolveu fazer um jantar e convidar os familiares mais próximos. O sol estava lindo, e o dia prometia várias surpresas. O Guilherme estava determinado a acabar com toda a mentira e falsidade do pai, e mesmo sabendo que estragaria com a festa da própria mãe, ela o entenderia de uma vez por todas.
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Na noite anterior, quando o Bernardo levou uma surra inesquecível do primo, ele chegou em casa todo ferido e machucado. A Laura, sua mãe, quase entrou em pânico ao ver o filho naquele estado. Ele não podia contar do que se tratava, não podia revelar que era apaixonado pelo primo, aliás, depois de ontem, esse amor virou um ódio mortal.
Ele inventou uma desculpa, de que sofrera um assalto e ao reagir, acabou sendo espancado e cortado por ma faca. Foi levado ao hospital pelo seu pai na mesma noite, e depois de feitos curativos e ter tomado antibióticos, ele voltou pra casa. Na sua cabeça, só processava a vingança que faria contra Guilherme. Ele estava determinado ir ao jantar de aniversário da tia, mesmo estando todo machucado, mais ele queria olhar na cara do primo queria que ele entendesse que iria ter troco à surra que ele tomou.
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Num barzinho, Guilherme fumava ao lado da Lívia e do Dinho, que também estava acompanhado pelo David, o seu mais novo namorado. De tantos papos e saídas, eles acabaram ficando e engataram o namoro.
- Estou muito feliz por vocês dois. – disse Guilherme abraçando-os.
- Eu descobri que eu e o Dinho temos muitas coisas em comum.
- Poxa... Demorei mais eu desencalhei né gente? – a Lívia e o Guilherme riram.
- Pois é amigo...
- E você pilantrinha? Como anda esse coraçãozinho?
- Estou apaixonada... Eu e a Kátia estamos cada vez mais próximas. Estamos namorando firme.
- Então todos aqui estão comprometidos? Hummm... Eu diria que se fosse há um ano, não acreditaria. – disse o Dinho rindo e dando um selinho no David.
- Vocês lembram aquela vez que nós fomos perseguidos por aqueles caras no morro? – perguntou Lívia.
- E como lembro. O Dinho nem queria sair daquele baile...
- E a Lívia coitada, que precisou tirar o salto alto, para correr...
O David ria muito com a história dos três. Ele já havia esquecido por completo o Guilherme, e mergulhou com tudo num namoro com o Dinho. Estavam apaixonados.
Eram ainda três da tarde, e o Guilherme saiu com eles para tomar uma cerveja, antes do jantar que seria o mais marcante da sua vida.
- Eu vou pegar mais bebidas pra gente. – disse o Guilherme, levantando-se da cadeira. Quando ele se dirigia para o balcão, sentiu uma tontura muito forte e desabou no chão. Seus amigos correram assustados para ajudá-lo. Depois de alguns minutos, o Guilherme voltava a acordar...
- Nossa, eu senti uma tontura muito forte.
- Guilherme eu já te falei várias vezes para você procurar um médico. Isso não é a primeira vez que acontece. Sempre você anda reclamando de dores de cabeça. – A Lívia falou alterada, dando uma bronca nele.
Recuperado e mais calmo, o Gui saiu dali com eles e foram até a delegacia fazer uma visita ao Andrey.
- Meu amor... Que bom ver você. – ele estava abatido.
- Falta pouco nêgo. Eu já consegui a prova que mostra sua inocência. Amanhã mesmo você sairá daqui.
- Esses três dias pareciam longos... E como foi que você conseguiu estas provas?
- È uma longa história, mas que só irei te contar amanhã... Hoje é o aniversário da minha mãe, ela vai fazer um jantar para a família.
- E você vai?
- Claro! Anote este dia meu amor. Ficará marcada.
- O que você está pensando em fazer Guilherme? Não estrague a festa da sua mãe meu amor. Deixa essa tua família se ferrar sozinha...
- Confia em mim nêgo. Todos os meus medos e minhas raivas acabarão hoje mesmo.
Eles ficaram mais um pouco juntos e o Guilherme voltou para casa. Faltava ainda uma hora para o jantar e ele subiu para tomar um banho demorado. Debaixo do chuveiro, as lágrimas se misturavam com a água.
- Me dê forças meu Deus... Só o senhor sabe o quanto eu sofri tendo que esconder esta sujeira durante todo esse tempo. Só que agora não dá mais. Me dê forças, me dê forças... – ele pedia em pensamentos, tento manter a sua mente tranqüila e buscando coragem em seu interior.
Duas horas de passaram, e a família dele já chegava aos poucos. Guilherme não deixou de convidar os seus amigos, pois queria que eles soubessem de tudo ao vivo. O Sr. Alberto estava impecável e recebia os convidados. Em suas mãos, um copo de licor e em seu rosto, um sorriso de falsidade. Laura e Flávio, os pais do Bernardo, chegaram junto com o filho. Os outros tios do Guilherme, inclusive a tia adorada dele, a Paula, que tinha chegado de viagem. Todos conversavam animadamente, contavam casos... Guilherme aproximou-se da mãe.
- Mãe... Eu amo muito a senhora. Está linda com este vestido! A senhora já tomou o seu remédio da pressão?
- Claro que sim filho. Não precisa controlar a sua mãe no dia do aniversário dela.
- É que eu não quero que nada aconteça à senhora...
- Fique tranqüilo meu anjo. – ela se afastou e foi dar atenção aos outros, enquanto ele olhava para o Bernardo. Ele estava com o rosto todo marcado e cheio de hematomas. Gui o ouvia contando aos demais, que aquela surra, foi devido a um assalto. Ele riu pra si mesmo. Não se arrependeu em nenhum momento em ter feito aquilo com ele. Bernardo também o encarava com ódio.
Finalmente chegaram o Dinho, a Lívia e o David. Vieram cumprimentar ele, e logo ficaram num canto conversando.
- Trouxe a caixa? – ele perguntou ao Dinho.
- Sim. Estou curioso para saber o que tem dentro dela.
- Aguarde e verás...
O Guilherme pediu ao amigo, que guardasse uma caixa com ele, por muitos anos, e só agora o pediu de volta. O Dinho nunca abriu, mas sempre questionou a ele, o que continha nela.
Depois que todos sentaram a mesa, jantaram, riram, se divertiram com piadas e histórias das mais diversas situações, o Sr. Alberto levantou-se e começou o seu discurso, já na sala.
- Eu quero agradecer a presença de cada um de vocês a nossa casa... – sua esposa estava ao seu lado, menos o Guilherme. – A minha querida Sandra, quero dizer o quanto eu a amo e sou feliz por tê-la ao meu lado.
- Mentira! – gritou Guilherme, e todos olharam pra ele.
- Barraco de novo não. Pelo amor de Deus. – dizia um tio dele.
- Você não ama ninguém!
- Não tente dar mais nenhum showzinho seu moleque. Tenha ao menos respeito pela sua própria mãe. – ele olhava para o filho com raiva.
Guilherme já começava a chorar e ficou no centro da sala, onde todos podiam olhar para ele.
- Hoje eu tenho algo muito sério para contar a vocês. – o pai dele, começou a ficar assustado, e a sair de mansinho.
- Não adianta o senhor fugir, pois enquanto vocês jantavam, eu fiz questão de trancar todas as portas.
- Você está ficando doente! Não dêem atenção a ele, vocês sabem como é o meu filho. Ele tem problemas mentais.
- Com certeza devo ter mesmo, mais antes, vou contar o que o seu filho doente mental sofreu em suas mãos, quando eu tinha apenas 12 anos de idade...
O SEGREDO REVELADO...
Domingo, 17 de Setembro deQuerido amigo (caderno)... Hoje eu não o encontrei. Às vezes me sinto tão só. Já não consigo mais esconder este amor que sinto pelo meu primo. Como ele é lindo... Toda vez que olho para ele, sinto o meu corpo arrepiar. Confesso que um dia, quando eu estava na casa da tia Laura, eu fui até o quarto dele, e fiquei observando-o tomar banho. Tive muito medo de alguém me vê ali, mas só de realizar a minha fantasia de olhar o pênis dele... Não sei o que acontece comigo... Mas tenho desejo de deitar ao seu lado, de tocar em seu corpo, de chupá-lo todinho e me deixar ser possuído por ele. Eu tenho medo de um dia ele descobri o quanto eu o amo, e ele não gostar mais de mim. Eu estou apaixonado pelo meu primo Bernardo, meu grande e fiel amigo. Eu desejo tanto ele... O corpo dele, a boca dele... Se um dia o meu pai souber que eu gosto de meninos, estou frito. Acho que ele me mataria...
Ele escrevia mais uma página da sua vida em seu caderno, ao qual ele retratava como amigo, quando de repente, ouve os gritos do seu pai.
- Guilherme! Guilherme! O Bernardo está aqui querendo falar com você.
Quando ele ouviu o nome primo, quase morreu do coração. Correu para o banheiro, olhou se o cabelo estava penteado, se a boca estava com hálito fresco, se a roupa estava legal... Queria sempre que o Bernardo o visse bem vestido e bonito, pois tinha a esperança de ele olhá-lo com outros olhos. Saiu com tanta pressa em vê-lo, que esqueceu o seu melhor amigo em cima da cama, com todas aquelas páginas reveladoras; escorou apenas a porta e saiu.
- Oi Bê?
- Oi Gui, eu vim te vê. Cadê a tia Sandra.
- A mamãe viajou. Ela foi visitar uma amiga que está muito doente e só volta amanhã.
- Eu trouxe uns filmes pra gente vê. – Eram filmes pornográficos que ele roubou do irmão Rafael. Na verdade, o Bernardo, como tinha 17 anos, e seus hormônios estavam à flor da pele, ele queria ter uma experiência de sacanagem com o primo mais novo, afinal, o Guilherme era muito apegado a ele, ou melhor, apaixonado por ele. O Gui tinha uma ilusão de que o primo tinha por ele, um sentimento forte, não era amor, mas algo que os unia. Na verdade, por ser bobo e ingênuo, o Guilherme fazia todas as vontades dele.
O Sr. Alberto seguiu para o seu quarto, dando ordens para que os dois não fizessem barulho, ou senão levariam uma surra. Era sempre assim... Aquele homem só sabia educar a base de pancadas. Seu conservadorismo, seus pensamentos fechados, o levava a cometer atos desastrosos. Por diversas vezes ele chegava em casa bêbado e espancava a esposa; o Guilherme presenciava aquela cena chocado, mas no fim de tudo, sobrava pra ele também.
Ele passou pela porta do quarto do filho, e observou vários papéis sobre a cama. Curioso, ele entrou e passou a folhear os documentos, inclusive o caderno pessoal do filho.
- Não pode ser! Não pode ser... Desgraçado! Desgraçado! - ele falava mal, ao ver várias páginas com declarações feitas ao Bernardo, e em uma delas, ele dizia que gostava de meninos, e relatou também sua primeira experiência sexual. Seu sangue começou a ferver, sua raiva cresceu em sua mente... Foi em direção a sala e viu os dois assistindo o tal filme pornográfico.
- Viado desgraçado! – antes de qualquer reação, ele puxou o filho pela camisa e o jogou no chão. O pânico estampou o rosto meigo do Gui, que viu o seu caderno nas mãos do pai.
- Olha pra mim... Foi para isso que eu te criei? Foi para isso que eu gasto em educação com você? Fala! – ele esfregou aquelas páginas na cara dele. O medo do Guilherme era tanto, que ele não conseguiu pronunciar uma palavra, apenas chorava. O Bernardo olhava tudo assustado.
- Vocês dois iam trepar aqui na minha sala enquanto eu dormia... Eu não vou admitir um filho viado, uma mulherzinha, uma bicha! – ele gritava ao mesmo tempo em que dava fortes tapas na cara do filho.
Bernardo passou a entender tudo, depois que olhou uma das folhas caídas no chão, com declarações feitas a ele.
- Você gosta de dar o rabo não é? Hein seu viadinho de merda!
- Pai não fala assim comigo. Eu sou seu filho.
- Cala essa boca porra! Cala a tua maldita boca! Você pra mim é um lixo. Nunca vou aceitar uma pouca vergonha dessas.
Guilherme era espancado na frente do primo, que de mansinho, tentou sair dali, mas levou também um tapa na cara; e o Sr. Alberto trancou a casa para que nenhum deles pudesse sair.
- Você é uma maldição do inferno. Isso é culpa da tua mãe que sempre mimou você. Quer dizer que enquanto eu achava que o meu filho estava estudando, na verdade, você estava fudendo com seus colegas de classe?
Ele não media esforços nas palavras. Todas eram de baixo escalão. Seu jeito monstruoso de ser dava medo em qualquer um. Ele parecia estar possuído pelo demônio e o Guilherme já não tinha forças nem pra levantar do chão. O corpo doía muito e as lágrimas não paravam de cair. Não adiantava ele dizer nada; seria em vão.
Ele foi até o escritório e pegou a sua filmadora. O Bernardo olhou pra ele apavorado e sem entender nada.
- Não é disso que vocês gostam? Filme pornô? Agora os dois serão os atores. Olha que legal! Um filme ao vivo. – ele ria e parecia um psicopata doentio.
- Tira a roupa. Anda porra! Tira a roupa. – o Bernardo com medo, obedeceu.
Ele mesmo fez questão de deixar o filho nu. Guilherme implorava para que ele parasse.
- Não... Por favor, não faça isso.
- Suba em cima dele. Vai porra! Suba em cima dessa mulherzinha que se diz meu filho. – O Bernardo por ser mais velho, já tinha um membro desenvolvido, e ficou em cima do primo, roçando o seu pênis na bunda dele.
Enquanto isso, o Sr. Alberto filmava toda cena. Ele pegou uma garrafa de conhaque e passou a beber enquanto filmava o horror.
- Mete nesse desgraçado! Não é disso que ele gosta? Mete pica nessa bicha estúpida!
No início, o Bernardo estava até receoso, mas depois, passou a sentir prazer com tudo aquilo, e já nem se importava com a dor e o sofrimento que o seu primo, que tanto o amava, estava sentindo. Guilherme olhou nos olhos dele, e viu a satisfação em seus olhos.
- Como ele pode estar curtindo fazer isso comigo? Deus... Tira-me daqui. – dizia ele em pensamentos.
Os dois o levaram para o quarto e o Sr. Alberto amarrou o filho de bruços. Seus pés e mãos não se mexiam mais. Ele filmava todo o sofrimento do filho e debochava da sua cara.
- Me solta! Para pai! Socorro! Socorro! – ele gritava.
- Cala essa boca! Você vai aprender que todo viado merece sofrer, e hoje mesmo, você nunca mais vai querer saber de homem nenhum. – ele ordenou mais uma vez que o Bernardo ficasse em cima do filho e penetrasse forte, dando-lhe fortes tapas na bunda.
- Para Bernardo, não faz isso, eu estou fraco, meu corpo está doendo. – ele metia a seco, e o Gui já sangrava muito.
O maior absurdo de todos os gestos foi quando o pai dele tirou a roupa e passou abusar do próprio filho. Uma criança de 12 anos, sendo torturada fisicamente e mentalmente, pelo próprio pai e com a ajuda do sobrinho. Tudo era filmado; ele focava o rosto marcado pelos tapas que o Guilherme recebeu. Obrigava ele a rir para câmera, abria a boca dele com os dedos, e metia o seu pênis na boca do filho.
Guilherme estava indefeso... Amarrado e sendo estrupado por dois homens. Todo o amor que ele sentia por ambos, aos poucos ia se transformando num ódio mortal. Ele já não agüentava mais falar. Sofreu calado até eles acabarem com tudo aquilo. Sentiu-se usado, sujo... Estava com nojo de si mesmo, do próprio corpo.
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- Nãoooo! - dona Sandra chorava chocada com tudo que o filho falou. Os outros convidados não sabiam nem o que dizer.
- Este é o canalha, molestador, estrupador, que vocês tanto admiram... Eu passei esses anos todo calado, me martirizando por dentro, apenas para não afetar a saúda da minha mãe. Na época, ela teve um ataque cardíaco, e eu me mantive em silêncio.
- Desgraçado! Monstro! Eu mato você! Eu matoo! – ela avançou pra cima do marido, dando-lhe tapas. – Chamem a polícia! Esse monstro vai para cadeia.
- Isso tudo é mentira! – esse moleque é louco.
- Cala a boca seu imundo! Você nunca prestou. Sempre traiu e bateu na minha mãe. Você não tem escrúpulos e eu vou colocá-lo na cadeia! Você e esse filho da puta! – Guilherme apontava para o Bernardo.
- Você não tem provas! – o Alberto falou alto. – foi quando o Guilherme pegou a caixa na mão do Dinho, e tirou a fita que continha a filmagem de toda barbaridade que ele passou na época.
CONTINUA...