Antes de mais nada quero me desculpa pelo sumiço, na verdade foi um conjunto de fatores que me fez sumir assim, mas a partir de agora tentarei manter a meta de no mínimo um capitulo por semana, no mínimo. Sei que essa demora atrapalha a compreensão e então tentarei manter esse ritmo de um capitulo semanal. Gostaria de agradecer a todos que comentaram e votaram, vocês não têm noção do quanto é importante este feedback para nós escritores, ou pelo menos o é pra mim. Espero que gostem do capitulo de hoje, votem, comentem palpitem, enfim, façam aquilo que lhes cabe nos comentários, pois adoro saber o que vocês pensam. Abraços e até mais.
VERSÃO DE BRENT
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Após um fim de semana de espera pela próxima visita e assim poder continuar com o meu trabalho de “pesquisa” sobre o caso Portman, finalmente havia chegado à segunda-feira. Como o combinado, encontrei com Gerald em frente ao Presídio, era por volta das 08 da manhã.
— Bom dia Brent.
— Bom dia, Gerald.
— Conseguiu mais algum fato novo sobre o caso Portman?
— Sobre está versão dos fatos, não. Nossa melhor fonte é Jonatan Leigh O'Connor.
Seguimos em silencio até o interior do presídio, fomos revistados como de costume e conduzidos a mesma sala de sempre, onde John já nos aguardava.
— Bom dia Jonatan.
— Bom dia.
—Como foi o seu final de semana? — Perguntei, enquanto me sentava e preparava meu material para começarmos a entrevista.
— Vamos mesmo fingir essa preocupação em nome de uma falsa cordialidade que simboliza uma empatia que não possuímos um pelo outro? Não seria melhor sermos objetivos e diretos? — John falou calmo, mas seco.
— Como preferir. — Falei olhando para Gerald, que transparecia seu nervosismo. — Poderíamos continuar com seu relato de onde paramos semana passada?
— Claro, tudo bem.
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VERSÃO DE JOHN
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Por mais que não quisesse admitir, a cena no churrasco ainda me deixava atordoado. O jeito que eles se beijavam na cama, naquele quarto de hóspedes e, ainda por cima, na casa de meu sogro... A cena em si era de fazer o sangue pulsar mais rápido nas veias, de fazer o sangue ferver. Me lembrava da forma com que aquele tal de Scott passava as mãos de forma descarada pelas laterais do corpo de Portman, o jeito que apertava-o, passando o nariz no pescoço dele, abraçando-o com rigidez. Chris recusava, mas, mesmo assim cedia também, cedia para que Scott continuasse a beijá-lo e espremê-lo contra o seu peitoral.
Mas uma coisa que não entendia direito, por que não consegui sair dali no momento em que os flagrei? Eu tinha que... Não eu deveria sair de lá imediatamente, ou até interromper os dois para pararem com aquela pouca vergonha, dando até uma lição de moral e ameaçar contar tudo, como qualquer homem normal, decente deveria ter feito, mas eu... Mas eu... Simplesmente os observei, observei tudo, alguma coisa naquela cena me hipnotizava e pior, ainda senti aquela coisa, me permiti senti aquilo por aquela nojeira toda. Onde eu estava com a cabeça? Não sei o que me fez fazer aquilo! Talvez por que a forma como os dois se olhavam, se tocavam me fez lembrar muito de como eu era com Grace nos tempos de colegial. Eu fazia com ela exatamente a mesma coisa que Scott fez com Chris.
“Besteira! Eu nunca me esfreguei por ai com um homem! Claro que na adolescência eu tinha meus rolos e dava uns amassos, mas com mulheres. Eu fazia sim, mas com a Grace, então como eu poderia comparar? Como eu poderia fazer essa analogia entre Grace e eu e entre Chris e Scott?” Balancei os ombros, respirando profundamente. E mais uma vez as imagens dos dois voltavam a minha cabeça. “Como deveria ser o cheiro que o tal do Scott sentiu quando passava o nariz no pescoço do Chris? E o sabor da boca dele?” Inconsciente, percebi só agora que passeava o meu polegar nos meus lábios. Tentei afastar aqueles pensamentos de minha cabeça, respirei fundo e desci as escadas já vestido casualmente. Era por volta das 11 da manhã e já sentia o calor persistente que entrava no quarto. Desci até a sala, mas estava vazia mesmo com a tv ligada. Fui para a cozinha em silencio.
— Isso é uma delícia, não é? — Ouvi a voz de Chris e a risadinha de Ben que estava em cima do balcão da cozinha com uma taça de sorvete conversando com Chris. Christopher estava meio que debruçado sobre o balcão escorando seu corpo sobre o mesmo, deixando visualmente a bunda mais empinadinha. Usava um short azul marinho curto com listras brancas nas barras, que acentuavam as panturrilhas brancas e levemente torneadas e uma camisa também azul em estilo marinheiro. — Mais um?
Engoli em seco... Céus!!! Em plena manhã, logo que eu saio da cama, vejo ele naquela posição, como que se exibindo a uma plateia. “Não seja idiota! Ele está apenas... Degustando um sorvete. Apenas isso! Você que é algum tipo de doente, que mesmo casado fica tendo esses pensamentos imundos com o pobre garoto que está apenas fazendo o seu trabalho” pensei. Abri a geladeira pegando a caixa de suco de laranja, para avisar que estava no ambiente... Ele devagarinho meio que se virou para me observar, mantendo praticamente a mesma posição e disse:
— Bom dia, senhor O’Connor. — Chris falou olhando-me por cima do ombro.
— Hum... Para você também. — Disse tentando parecer indiferente.
— Está tudo bem? — Ele perguntou se virando de frente, carregando Ben no colo. Era incrível como meu filho era apegado a este garoto.
— Sim. Tudo maravilhosamente bem... Por que não estaria? — Disse com uma leve irritação.
Sei que o pobre garoto não tinha culpa do que se passava na minha cabeça, mas se ele não tivesse vindo trabalhar na minha casa, minha vida continuaria boa, ou, pelo menos, não me veria atormentado por pensamentos daquela natureza. Eu me sentia um lixo quando me percebia tendo aqueles tipos de pensamentos que não eram normais a um homem direito, normal e, querendo ou não, culpa de parte disso era do Chris. Não havia como não perceber que ele era culpado pelo que eu sentia, mas eu sou HOMEM, não me deixaria abater por esse tipo de pensamento, não me deixaria envolver por isso. Quer dizer... Pelo menos iria tentar...
— Tudo bem, então diga a Grace que fiquei muito agradecido por ela ter me convidado para ir ao churrasco do senhor Lovejoy. — Ele disse.
— Certo. Falarei. — Disse friamente.
— John... Eu fiz algo de errado? — Ele indagou buscando meu olhar, enquanto eu desviava daqueles olhos hipnóticos de olhar profundo que nos perscruta a alma. Eu tentava evitar aqueles olhos a qualquer custo. Por raiva pelo que sentia, por receio, por impotência, por medo!
— Não.
— Então, por que raios está evitando me olhar nos olhos? — Ele perguntou em uma voz clara e gentil. Levantei os olhos e fixei no rosto dele: queixo delicado, maxilar em linhas retas, boca com lábios finos, mas bem desenhados e olhos de um azul-violeta profundos, coroados por cílios escuros e naturalmente curvados que se destacavam na pele cor de marfim cremoso e dos cabelos castanhos. O rosto era projetado em forma de coração com linhas masculinas e ao mesmo tempo refinadas sem ser em demasia. Ele era muito bonito mesmo, parecendo até um ator hollywoodiano, desses que se veem em revistas e no cinema.
— É impressão sua. Não aconteceu nada demais. — Disse tentando estabilizar o tom de voz. Parecer indiferente.
— Tudo bem então. Já que está tudo bem, estava pensando se... Se você não gostaria de sair comigo amanhã? — Ele falou sorrindo um tanto quanto acanhado pelo convite.
— Sair? Para onde? — Perguntei, observando o rumo em que a conversa tomava.
— Atlanta Bar-Club... Vai ter uma festa lá... — Ele continuou.
— Eu tenho de ver algumas coisas antes, saber se a Grace está desocupada amanhã para irmos a essa tal festa e Ben...— Arrumei todas as desculpas possíveis.
— Como eu posso dizer isso... Não me interprete mal, eu adoro a Grace, mas é que eu pensei em uma noite só dos garotos, uma noite de homens, entende?! — Chris falou com certa expectativa no olhar. — Pensei em você, por ser meu amigo, na verdade, meu melhor amigo nesta cidade.
— Sair? Pra onde mesmo você me convidou? — Fui surpreendido por este convite e não negarei, fiquei bastante apreensivo. — Chris, olha, eu não posso sair... Eu acordo cedo, não tenho mais idade para essas coisas. — Desviei o meu rosto, tentando recuperar o fio da meada.
— Que tolice!!! Você só é um pouco mais velho que eu, John. Poderíamos nos passar até por colegas de classe... Ou mesmo por irmãos... — Ele pronunciou aquelas palavras com certa ternura.
— Sou casado, tenho um filho pequeno e trabalho... Essas coisas não são mais para mim. – “Essas e outras coisas infelizmente” completei mentalmente.
— Por favor, vaaai... Não vamos demorar... — Ele fez beicinho.
— Vou pensar. — Disse categórico.
— Caso mudar de ideia, estarei em casa até às 8 da noite. — Ele respondeu, estampando um sorriso.
Chris era um bom menino na verdade, acho que ele era muito solitário, sei lá, naquela idade, ter a mim como melhor amigo! Alguém que, embora não distante de sua idade, não era pra ser seu melhor amigo ou algo assim. Além do mais Portman só tinha um defeito era gay!
— Só não crie muitas esperanças... Provavelmente eu não vou. — Disse.
— Eu já tenho muitas esperanças John. Eu não posso dizer o quanto você demonstrou ser meu amigo... Sei que deve ser muito esquisito tentar assimilar algo assim e ainda não dizer nada a ninguém. — Ele disse olhando para baixo. — Eu também fico muito constrangido por ter que olhar para o senhor, quer dizer, você, tendo consciência que sabe tanto sobre mim, sabe meu segredo, um de meus segredos mais importantes. – Ele levantou os olhos de maneira gloriosa, derretendo qualquer tipo de frieza de minha parte.
— Obrigado por achar isso... Você é legal garoto... Apesar de ser bicha, você é legal. — Só depois me toquei do que tinha dito, mas já era tarde. Christopher me encarou com uma expressão glacial e levantou a sobrancelha em um tom de escárnio. — Eu diria que um tanto ingênuo com algumas coisas, mas legal. — Disse engolindo em seco pelo toque inesperado da sua mão na minha. Ele suspirou fundo.
— Eu sei... Por isso que o admiro, é um amigo de ouro, John, por não me julgar sem antes me conhecer pra saber se sou uma boa pessoa ou não. Você me julga pela pessoa que eu sou e não por com quem me deito em uma cama. — Ele disse, ainda com a mão segurando de leve o meu pulso.
— Obriga-gado — Gaguejei. Ele soltou a mão de meu pulso e foi levar o Ben para brincar na sala.
— Sabe... De vez em quando você parece tão melancólico... Por quê? — Ele perguntou, logo que voltou pra cozinha deixando Ben vendo TV.
— Impressão sua. — Disse tentando negar uma verdade. — Vou subir para me arrumar, tenho que trabalhar... Chris, você poderia ficar com Ben enquanto tenho essa reunião? É rápido.
— É que eu precisaria almoçar na minha casa... Tem problema de eu levar ele até lá? – Ele perguntou;
— Nenhum, chego lá pelas 2h da tarde. — Falei subindo os degraus.
— Ok. — Só ouvi isso como resposta.
Entrei no quarto, trancando a porta. O que foi aquele toque?! Ou melhor, o que foi aquilo tudo o que eu senti com aquele toque? Que poder é esse que esse garoto exerce sobre mim? Só de sentir a mão dele, meio gelada e macia por sinal, no meu pulso foi como se uma descarga elétrica tivesse me partido em mil pedaços diferentes... Levantei o pulso tentando sentir algum vestígio de perfume, mas não encontrei nada. “Mas que merda!!!” pensei. “Que porcaria que eu tô fazendo? Eu tô tentando sentir o perfume dele? Meu Deus! Eu não deveria ter aceitado sair com aquele garoto, eu deveria voltar lá embaixo e inventar uma desculpa qualquer e desmarcar está merda.” Tirei a camisa e a calça, me fitando no espelho. Meu aspecto físico ainda era normal com leves traços de músculos que restavam depois de anos de educação física na escola. “Poderíamos até ser irmãos...” ele me disse. O pensamento me fez sorrir... “Não, não! O garoto quer apenas um amigo!” pensei.
Vesti uma calça social, sapato de couro, o paletó e gravata. Mesmo nesse inferno de calor, era obrigado a vestir esse trambolho. Desci as escadas e vi Chris segurando Ben pela mão com uma mochila nas costas. Deixei-os na porta da casa de Chris.
— Boa reunião John. — Chris falou antes de descer do carro.
— Brigado Chris, tentarei ser rápido e logo que acabar minha reunião eu venho pegar o Ben, ok?
— Ok, sem problema. — Chris falava perscrutando-me dos pés a cabeça. E depois saiu, me deixando perplexo pela a maneira em que me vasculhou com os olhos.
Pisei no acelerador e abaixei as janelas e deixei que o vento quente e constante entrasse no meu carro, enquanto a rádio tocava uma música de Blues. No espelho retrovisor encarava os meus olhos, verde-oliva acinzentado, enquanto pensava mais uma vez no que diabos estava acontecendo comigo. Eu estava apreensivo demais... E sem motivo! Minha vida era boa, eu amava minha esposa, amava meu filho, tinha um bom emprego, tinha uma boa casa, simples, mas era minha e tudo estava correto, tudo estava...
O meu casamento era... Quer dizer os casamentos não precisam ser necessariamente legais para os dois... Tipo, cada um tem suas crises, não é? Quanto a Ben, eu o amo, mas a verdade é que se ele não tivesse nascido minha vida seria outra, eu seria mais um jovem, talvez cursando alguma faculdade, participando de festas, cercado de garotas, quem sabe até, eu estivesse no lugar do Sco...
Não, não, não, não! Meu Deus! O que é que você está pensando, hein John O’Connor? Oh, só por que um garoto te agradeceu por ser um bom amigo, te elogiou e disse que vocês poderiam se passar por colegas de classe você fica neste estado? É muita babaquice da sua parte! Não é John? Ah, merda. Suspirei. Respire fundo, isso passa! Tudo isso é apenas por o cara ser jovem, ter mais chances de aproveitar a juventude do que você teve, já que meteu os pés pelas mãos. Calma, você está passando por uns probleminhas, mas isso passa! Você não pode pensar essas coisas, ficar desse jeito!
Entrei no escritório, já preparando o meu psicológico para uma reunião com Frank. O homem é simplesmente insuportável... “O’Connor, isso... O’Connor aquilo, blá blá blá...” com aquele jeito asquerosamente ditador que lhe é bem caracterísco. A reunião em si era para discutir o futuro do marketing da loja e novas propostas a serem ditadas... Apesar das minhas ideias serem todas descartadas por Frank, já que “era totalmente vazia, sem cabimento e necessitava de mais aprofundamento e não essa coisa rasa e superficial” foi no geral uma boa coisa. Me distraiu por um momento de meus pensamentos estranhos e até certo ponto indecentes.
Quando sai, era por volta das 01h45min da tarde. Tirei o paletó e a gravata, levantando a manga da camisa, louco da vida para comer algo e tomar um banho para me aliviar... O calor parecia cobrir cada centímetro de minha pele com uma camada fina de suor, me deixando grudento. Céus!!! Parece que eu vou incandescer a qualquer instante e virar uma pira humana. Parei com o carro de frente a casa de Chris. E encontrei a mãe dele, Lilian Portman, uma dentista alta, de cabelos escuros ondulados curtos com dentes perfeitos.
— Bom dia senhora Portman... Eu vim aqui pegar o Ben que ficou com o Christopher... Eles estão aqui? — Perguntei sorrindo.
— Bom dia senhor O’Connor, eles estão sim, estão na piscina... Hoje está quente, não está? — Ela disse educadamente.
— Sim e como... Não tem perigo de o Ben ficar nessa piscina?! — Perguntei tomando consciência do perigo. — Vai que ele se afoga!!!
— Não, o pequeno está em uma piscina rasa e inflável embaixo de uma árvore para não pegar sol, a qual eu costumo usar com os irmãos mais novos do Chris. O meu Christopher é que está extrapolando os limites... Eu já estou imaginando as sardas que vai ganhar...
Eu ri mais aliviado.
— Onde fica a piscina? — Perguntei.
— Aquela porta ali. — Ela apontou a direção, indo para a cozinha.
Sai para a área onde se localizava a piscina e logo vi o meu filho brincando animadamente com um patinho de borracha em uma pequena piscina de ar... Ele parecia feliz quando me viu, estava mais tagarela do que nunca com os brinquedos novos dados por Chris, eu presumo, para brincar na água, e depois de observá-lo percebi Chris deitado em uma boia em formato de espreguiçadeira no meio da piscina, confortavelmente esparramado ao sol de verão vestindo um short curto azul escuro e óculos-gatinho, enquanto folheava uma revista em quadrinhos. Enquanto ele flutuava, recebia aquela cena da mesma forma como foi no churrasco, como um soco no nariz. Ou no estomago se preferir. Choque. Incredulidade. Fascínio. Paralisia... Tentação?!
Com pernas carnudas e elegantes, levemente torneadas com os tornozelos cruzados despreocupadamente, as coxas que recebia reflexo da água, os braços fluidos e estruturados, o tórax delicadamente definido, com quadris e cintura fina e ombros levemente largos e o brilho do cabelo escuro... Era cada detalhe... Por exemplo, a pele dele era tão clara que o sol em vez de deixa-lo corado fazia refletir nela como papel, ou o cabelo escuro de aparência macia que cintilava como mogno polido. Parecia uma pintura antiga... Cada célula de meu corpo deu atenção aos detalhes de Christopher Portman.
— Ah, oi John... Como foi a reunião? – Ele virou o rosto dele para mim, me saudando com um aceno com a cabeça.
— Foi boa... Tudo bem... E o Ben se comportou? – Perguntei olhando para o meu filho que dividia sua atenção com o patinho de borracha e com uns navios de plástico, muito entretido em suas brincadeiras. Resolvi agir como Chris e fazer de conta que nossa última conversa não acontecera.
— Como um verdadeiro cavalheiro. — Ele disse em um tom humorado de deboche. — Lógico que sim, papai coruja. Quer dar um mergulho? — Ele perguntou colocando o pé na água da piscina, movimentando o pé como se estivesse chutando a água devagarinho.
— Não, obrigado. — Recusei.
— Por quê? Acho que o pequeno Ben não se importaria de demorar mais um pouco se refrescando na piscina, além do mais, o dia está muito quente hoje, não? — Ele tirou os óculos de sol e mordiscava a haste dele.
— Realmente está fazendo muito calor... — Disse apertando as minhas mãos. A música que saia do tocador de discos de Chris parecia que falava por mim... Era Burning Love...
“Senhor todo poderoso/ Eu sinto minha temperatura subindo/Mais alto e mais alto, Está queimando dentro de minh'alma/Eu sinto minha temperatura subindo /Me ajude, eu estou flamejando /Eu devo estar com 43ºC/Queimando, queimando, queimando/E nada pode me refrescar/Eu devo virar fumaça/Mas eu me sinto bem”.
Yeah Elvis... Eu REALMENTE me sinto bem, mesmo estando em chamas. Nem mesmo aquela piscina com água fresca poderia me aliviar. O garoto parecia uma espécie de miragem de um oásis em pleno Saara.
— Fica para outra hora... — Falei. — Cadê as roupas de Ben?
— Meu quarto. — Ele colocou os óculos de volta.
—Poderia buscar para mim? — Perguntei me sentando na cadeira de jardim, embaixo da sombra da árvore.
— John, eu realmente estou com muita, mas muita pouca vontade de sair daqui... — ele deu uma risadinha. — Segunda porta a direita.
— Tem certeza que posso entrar? Não vai atrapalhar nada? — Perguntei sem jeito.
— Com certeza não... — Ele fez um movimento com a mão e nem fez questão de me olhar.
A casa de Chris era grande e bem mobiliada... Os móveis eram modernos, e o piso e as paredes de uma cor creme. Apesar de todas as casas do bairro serem praticamente parecidas, a dos Portman era com certeza a mais luxuosa e bem decorada... Subi as escadas e parei na porta mencionada e a abri. O quarto tinha papel de parede azul-claro e piso de madeira escura, uma cama de solteiro com lençóis desarrumados e uma cômoda onde ficava uma parafernália de objetos. Este era o quarto de Chris. Olhei para a poltrona e vi as roupinhas de Ben, mas agora eu pouco me importava com elas... O interessante do quarto é que apesar da desordem adolescente, ele parecia ser de criança com os diversos carrinhos em miniaturas e bonecos nas prateleiras.
Cheguei perto da cômoda e vi cadernos amontoados, bloco de notas e vidros de perfume... Olhei para os lados e destampei o frasco levando-o ao nariz e aspirando a fragrância, fazendo ela me causar arrepios. O cheiro do Christopher. Peguei-o e coloquei dentro do meu bolso, sei que era loucura, mas... Eu precisava levar aquilo comigo. Passei a mão pela a cômoda sentindo a textura da madeira e sem querer deixei uma bola de baseball que foi para baixo do móvel. Abaixei com certo de medo de ser pego em flagrante e tateava o piso para tentar encontra-la. Peguei a bolinha e puxei junto um papel dobrado que estava meio empoeirado... Abri com cuidado para não rasgar e vi a foto do Portman quando criança, ao lado de outros moleques do bairro; Ao lado no sentido figurado, por que o garoto se manteve distante na hora do click, mantendo os braços cruzados e um olhar fixo no grupo com uma expressão tímida.
Mas a foto estava manchada de tinta vermelha com riscos nos grupos e diversos nomes que foram rasurados.
— John... O que você está fazendo? — Ouvi a voz como um estalido profundo, e senti rapidamente o sangue corar o meu rosto como se eu fosse uma criança pega fazendo travessuras.
— Ah, bem é que... Humm... Só peguei as... Minhas chaves que caíram do bolso... É, é isso. — Menti pessimamente óbvio.
— O.K... — Ele disse estreitando os olhos e depois pegou um roupão. — Então... Vai ou não sair comigo?
Ele tirou o calção molhado, largando-o no cesto, me fazendo dar conta de que... Ele estava seminu comigo em um quarto. Nós dois sozinhos...
— Depois eu penso nisso. — Engoli o seco pegando as roupinhas de Ben e saindo do quarto dando privacidade a ele. Desci as escadas e junto como o meu filho, fomos para a casa. Deixei ele no cercadinho na sala e fui direto para o banheiro. Tirei a camisa e a calça sentindo o suor escorrer pelo o meu corpo, enquanto eu arfava para a quase ebulição... Vi o frasco de perfume e o borrifei no ar, sentindo o cheiro daquele garoto me causar uma ereção instantânea. Liguei o chuveiro na agua gelada mesmo, sentindo ela percorrer o meu corpo como uma língua... Massageei o meu pau que estava em ponto de bala, juntamente com a água gelada e o perfume daquele filho da mãe suspenso no ar, dominando cada partícula, como se ele estivesse ali, sorrindo e tomando o banho comigo. Escorreguei de costas na parede sentando no chão do box... E acabei que batendo uma... Pensando no Christopher.
Quando deu umas seis da tarde (e por incrível que pareça, “aquele” calor não havia passado), Grace chega em casa me falando sobre os planos que teve para um tal desfile. Ela estava radiante, óbvio, mas era que... Sabe quando você se sente inquieto com tudo ao seu redor e tivesse vontade de gritar e não pode? Bem, pois é. Quando deu umas 8 da noite Grace já cansada colocou Benjamim para dormir. E fiquei na sala, assistindo tv. E em um dado momento, levei a mão até o nariz, sentindo logo de cara o cheiro daquele garoto que foi o suficiente para me dar atitude: levantei do sofá, vestindo a primeira roupa que estava no armário da escada, calcei o tênis e fui em direção a casa de Chris.
Ele estava na varanda vestindo um suéter azul-bebê com gravata borboleta vermelha e uma calça jeans azul. Estava esparramado em um banco de olhos fechados, enquanto um fraco vento fazia os sininhos de vidro pendurados nas vigas da varanda tilintar sem cessar.
— Tá, tudo bem. Eu mudei de ideia... Mas a gente não pode demorar, compreendido? — Disse fazendo-o sorrir ainda de olhos fechados.
— Fico bastante feliz por ter aceitado John. — Ele respondeu abrindo os olhos. — Tire.
— O quê? — Indaguei confuso.
— Essa roupa... Tá muito, mas muito careta. — Chris franziu o nariz.
— Mas eu não estou nem de paletó, gravata ou chápeu. — Me defendi.
— Está horrível. Tira a camisa social... E fique só de regata. E vista isso. — Ele me jogou uma sacola que peguei por reflexo.
— Onde eu me visto?!
— Você tem exatamente 30 segundos para vestir essa calça sem que ninguém veja... — Ele sorriu lascivo.
Olhei para os lados suspirando fundo, e abaixei as calças com pressa e peguei o jeans tratando de vestir rapidamente. A adrenalina maluca de tirar a roupa em público aliada ao fato de alguém dar o flagrante era estranhamente revigorante.
— Jaqueta... Na sacola.
Obedeci prontamente. Era interessante por que mesmo com o tom de voz calmo, havia uma leve nota de autoridade, como se ele soubesse o que estava dizendo.
— Pronto! Vejam só! Por baixo de toda aquela caretice havia uma James Dean, não é? — Ele riu, me arrancando uma risada nervosa.
— Obrigado. — Adorei saber que Portman me via como um James Dean da vida, embora ser rebelde não seja exatamente uma qualidade. Tentei recobrar o bom senso e resolvi quebrar aquele clima. — Mas afinal, nós vamos ou não?
— Claro senhor O’Connor.
— Então vamos. Mas Chris, aqui estamos como amigos, você poderia me chamar apenas de John, por favor.
Saímos da parte mais central da cidade e fomos em um Bar-Club mais na área “marginal” da cidade. Logo que chegamos Chris me guiou até uma área próxima ao bar, havia um grupo que cantava música ao vivo de frente ao bar, do lado direito ficavam as mesas onde as pessoas consumiam suas bebidas e fumavam a vontade e do lado esquerdo ficava as mesas de bilhar. A área central era usada para transitar no ambiente interno do Bar-Club e ainda sobrava espaço para quem quisesse dançar, ou seja, lá o que se fazia com aquele tipo de música que estava tocando naquele lugar. O som era alto, mas não chegava a impedir que conversássemos, contudo precisávamos falar um pouco ao per do ouvido um do outro para nos fazermos melhor entender.
— Vou pegar algo pra tomarmos, já volto. — Chris saiu com um sorriso sedutor de nossa mesa indo em direção ao bar, voltando logo em seguida com os dois copos de cerveja e cigarros, já com um aceso. — Aceita um?
— Você fuma? — Perguntei chocado.
— Algo contra? — Mais uma vez ele respondeu-perguntando.
— Não... — Falei observando-o levar o cigarro até a boca, tragar enquanto afastava os dedos do cigarro e falar algo que não prestei atenção, via o movimento de seus lábios vermelhos enquanto ele falava que depois ficaram entreabertos para ele expelir a fumaça que havia tragado. Chris estendeu a mão pra mim com um cigarro nela me entregando o cigarro e perguntando. — E então, topa?
— Desculpe, mas o quê? — Falei enquanto bebia outra virava meu copo de cerveja de uma vez.
— Dançar, topa dançar comigo esse estilo de música?
Eu apenas fiz uma cara de espanto, dois homens dançando juntos era demais até para alguém moderno, afinal pegaria mal um homem dançar com outro, mesmo com um garoto como Chris.
— Como eu estava lhe dizendo esse novo estilo de música se dança solto também, então podemos dançar sem problemas, você só terá de seguir os meus passos.
Mas como havia dito não me entregaria naquela tarde, eu iria aceitar o desafio e iria até onde ele fosse. Tomei mais dois copos de cerveja pra tomar coragem e fui ter a minha primeira dança com um homem, em um Bar-Club com meia lotação, acho que devido o horário. Me levantei da cadeira na qual estava sentado e o desafiei.
— Você vai me ensinar essa dançar nova que você tanto fala ou não?
Chris que já não falava nada há algum tempo, apenas mantinha um olhar fixo em mim, me fitando nos olhos deu um leve sorriso e levantou-se também, dirigimo-nos até o centro do salão aonde muitas pessoas dançavam de forma, eu diria descoordenada e espontânea, cada uma dançava meio que ao seu jeito, Chris começou e eu tentei imitá-lo. Não podia negar, aquilo era muito bom! Há tempos não me divertia tanto, Chris dançava e se entregava completamente ao som da música que estava tocando, parecia que aquela música lhe conferia um magnetismo especial.
— E então, está gostando?
— Muito, não me divertia assim há um bom tempo, só ficava na rotina, trabalho-casa, casa-trabalho, entende? — Na verdade, quando saíamos era ou pra casa dos meus pais ou pra casa dos pais da Grace, quando não no máximo pra casa do Charles e da Brenda. Mas pra nos divertir assim, não saíamos mais desde a adolescência. Estava muito bom está ali, conversando com Chris que sempre tinha algo de interessante a se dizer a respeito de tudo, bebendo sem preocupações com o dia-a-dia, de um modo geral, e sem ter de me preocupar em bancar o adulto responsável. Estava ótimo.
Voltamos pra mesa na qual estávamos e continuamos bebendo.
— Você gosta muito desses novos estilos de música, não é Chris? — Perguntei tentando conhece-lo, entender aquele garoto que me envolvia sem fazer qualquer esforço. Ele era divertido, inteligente, tinha uma boa cultura de mundo, não tinha os preconceitos idiotas das pessoas da nossa cidade e ainda era lindo.
Após algum tempo falando de amenidades, sem que nem eu tocasse no nome do Scott e nem ele no nome de Grace, (era nosso trato silencioso o qual não o fizemos de fato, mas o cumpríamos espontaneamente) Chris me pergunta:
— Você tem quanto ai?
— Humm... 47 dólares.
— Não vai dar... Preciso de grana. — Ele suspirou tirando o suéter.
— Vai aonde?! — Indaguei.
— Ganhar grana Sr. O’Connor. — Ele piscou.
Chris pediu ao baterista e a o baixista que fizessem um fundo musical... E ele subiu em cima do palco, desfazendo a gravata borboleta devagarinho, enquanto as garotas gritavam enlouquecidas pelo o que estava para acontecer. Os caras ficavam estupefatos e de braços cruzados. Eu fiquei de cueca melada, hipnotizado e estranhamente irritado. Tirou o suspensório... A camisa social branca... Depois abriu a braguilha da calça... E a música parou, e ele saiu em cima do palco enquanto era assediado pelas moçoilas ensandecidas. Ele conversou com um homem que mais parecia um armário e ele lhe entregou algo que não pude ver.
— O que pensa que estava fazendo?! — Disse entredentes.
— Já que hoje é o dia de experimentar coisas novas quero que você experimente mais isso aqui. — Ele disse enquanto pegava uma cartela, ou melhor, um pequeno papelote e me passava com um sorriso macabro.
— O que é isso?
— Vai te relaxar... Vai te soltar... É só colocar debaixo da língua. — E pós um debaixo da própria língua.
— Não... Eu não tomo essas coisas não... Isso não é comigo. — Me esquivei.
— Ah, qual é... Só um não faz mal.
— E quanto tempo dura? — Perguntei com um pouco de medo.
— Algumas horas no máximo. — Ele arqueou a sobrancelha.
Recebi a papelote de suas mãos e coloquei debaixo da língua como instruído por ele. Tomei um gole de cerveja e ficamos conversando um pouco até que notei algo estranho.
— Minhas mãos... Estão tão... — comecei a rir. Era uma sensação estranha... Era como se tivesse várias formiguinhas geladas que passeavam pelos os meus dedos e começassem a caminhar pelo o meu braço... E depois o meu corpo inteiro. E isso me dava vontade de rir...
— Ihhh... Alguém vai ficar doidão... — Ele disse sorrindo. Me encostei nele, passando o nariz no pescoço enquanto aspirava fundo o perfume. Em pouquíssimo tempo pode perceber o efeito. As cores ao redor ganharam outros tons, mais vivos, com movimentos, as sensações do meu corpo, eu sentia com se estas tivessem sido amplificadas, potencializadas, meu tato e paladar estão hipersensíveis, ondas de luz vinham de encontro a mim periodicamente. O tempo era algo que já não tinha significado, ora parecia que estava ali há dias, ora parecia ser a pouquíssimos minutos. Minha audição variava entre a normalidade e a total ausência me colocando no vácuo dos meus pensamentos, e meus pensamentos se concentrava na única figura focada em minha visão naquele momento Chris.
Depois de dançar e fazer mais algumas coisas das quais eu não me lembro, nos dirigimos para a minha casa. Grace dormia no andar de cima e que pela benção dos céus a casa tinha paredes de isolamento acústico, o que me dava liberdade pra falar o que quiser.
— Cê sabe o que tá fazendo comigo moleque? — Perguntei olhando fixamente nos olhos dele, quase com raiva no olhar e na voz, aquilo estava me torturando desde o churrasco e ontem... Ou foi semana passada... Ou mês passado, nem sei mais quando, estava me matando, eu queria aquele filho da puta, só de pensar eu podia sentir o gosto dele, sentir sua boca, podia comer aquele rabinho gostoso, aquele bundinha empinadinha já me deixava com o pau muito duro.
Chris apenas acenou positivamente com a cabeça, enquanto mantinha aquele sorriso filho da puta no rosto.
— Não tô mais aguentando, seu safado. — E o agarrei pela nuca e beijei aquela boca, castigando aqueles lábios como eu tanto desejei nestes últimos tempos.
Chris nada disse apenas correspondeu ao meu beijo, e meu Deus, que beijo, aquele foi de longe o melhor beijo, o mais saboroso, o mais... Não tenho nem palavras, mas foi o melhor beijo da minha vida. Era diferente de todo beijo que eu já tinha dado na vida. Era diferente de beijar uma mulher, mas era tão gostoso quanto, na verdade chegava até a ser mais.
Nosso beijo foi se intensificando mais e eu ia sentido o quão meu pau já ansiava pra está dentro dele. E Chris então começou a descer pelo meu pescoço, tirando minha blusa para passando a língua por minha barriga, onde outrora houvera gomos definidos e que agora restaram apenas seus vestígios, beijado, chupando acariciando, lambendo, mordendo. Nossa eu já estava em êxtase nessa hora. Até ele chegar à minha calça, ele abria minha calça e a tirava lentamente me torturando de prazer, enquanto desejava com todas as minhas células aquilo e ele com o olhar fixo nos meus, sorrindo maliciosamente.
Fechei os olhos e virei minha cabeça pra trás, foi quanto senti. Sua boca quente, molhada apertar a cabeça do meu pau, descendo até quase a metade e succionar com bastante força. Nossa, aquilo foi demais, gemi, ou melhor, quase urrei de prazer. Olhei para Chris que mantinha o contato visual comigo e quanto viu que eu o olhava, ele forçou tudo o que pôde. Colocou mais da metade dentro da boca forçando contra o fundo da garganta, senti um aperto delicioso na cabeça de minha rola, era incrível aquela sensação, aquela sensação estava tão intensa, aquilo era tão gostoso que sentia que poderia gozar a qualquer momento. Derrubei sem querer um vaso de flores que estava na mesinha ao lado, fazendo os mil cacos espalharem no piso juntamente com as rosas, enquanto o safado do Christopher me chupava.
Foi quando ele deu mais uma invertida engolindo quase tudo que sentia que não conseguiria mais segurar o gozo e gozei no fundo de sua garganta. Segurei a cabeça de Chris com as duas mãos e estoquei fundo, sentido os músculos da garganta apertar mais uma vez a cabeça de meu pau e a região próxima a ela. Mantive meu pau ali, por mais um tempo até a sensação de gozo se ir, ou seja, demorei alguns segundos talvez uns 10 segundos nesta posição.
Logo que o soltei Chris buscou ar de forma urgente, olhando pra mim com aqueles olhos com fogo no olhar, em seguida ele me beijou, ainda deu pra senti o meu próprio gosto na sua boca, mas ao invés de me dar nojo, aquilo me foi prazeroso, pois era o meu sabor e não de outro homem. Ele ficou de frente para mim e simplesmente sorriu... Adormeci.
Ao acordar a primeira coisa que veio a minha mente foi como que uma única parte do nosso corpo pode nos causar tanta dor, pois toda a concentração de meu corpo estava em minha cabeça, ou melhor, em minha dor de cabaça. A vontade que tinha era de arrancar minha cabeça fora, se isso ajudasse a acabar com está dor miserável.
— Bom dia, John, está melhor? — Perguntou Grace entrando no quarto com uma bandeja com alguma coisa pra eu comer. Meu Deus só de pensar em comer algo meu estomago revirava.
— Só minha cabeça que parece que foi pisoteado por uma manada de elefantes.
— Chris me falou de ontem. — Ela falou calmamente.
Então as imagens vieram a minha cabeça como flashes, o Bar-Club, a música, a bebida, aquele troço que ele me deu, o beijo, o sexo oral... Meu Deus, o sexo oral, o que foi que eu fiz? Nossa agora sim, eu conseguia apreciar aquela dor, era um novo significado que está palavra assumia. Eu fiquei olhando para Grace que depositava a bandeja na mesa central e se virava pra mim.
— Me disse que você saiu em um bar e que estava caindo de bêbado... Como pode fazer isso comigo, John?!!! E os vizinhos o que iam pensar de nós?! E em Bem?!
Eu fiquei estático só observando Grace que continuava com a história que Chris havia lhe contado.
— Ele disse que achou você tentando abrir o carro e dirigir até aqui... Graças a Deus ele te deu uma carona... Mas onde estava com a cabeça de beber Jonathan! Sorte que ele estava por perto.
— É foi uma sorte! — Falei enquanto pensava comigo mesmo: “Mas o que foi que aconteceu, não lembro de ter vindo pra casa, nem de ter ido pro carro, a última coisa que tenho certeza que aconteceu foi Chris me entregando aquele papelote”.
— Vou deixar você sozinho com a sua culpa na consciência. — Ela disse áspera, saindo da casa. Suspirei fundo e olhei em volta, e subitamente tive uma vertigem quase que estática... Ali, ao meu lado, o vaso ainda estava intacto. Sem nenhuma rachadura ou trinca e o vidro devidamente polido. Nenhuma rosa fora de seu lugar. E assim minha cabeça pesava como chumbo, graças ao sorriso doce e cândido de Christopher Portman.
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VERSÃO DE BRENT
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— O tempo da visita acabou. — Falou o guarda que entrou na cela já conduzindo John por uma porta e nos indicando a nossa porta de saída, me deixando ainda cheio de dúvidas e indagações.
Para dúvidas, sugestões, críticas, amizade ou só me encher o saco (brincadeira)
iky.01@hotmail.com
P.S.: Voltei após algumas horas só pra corrigir uma injustiça, gostaria de agradecer ao meu amigo Syaoran por me aturar no msn durante o processo criativo, e olha que eu o obrigo a ver várias versões do mesmo capitulo, até me dar por satisfeito, gostaria de agradecer ao ... por puxar minhas orelhas pra que eu voltasse a publicar logo e a todos os meus leitores em geral. Realginário, Guhhh!, Oi Lins, Mô, Syaoran, GG, Alê12 adoro vocês, vocês são demais, e quero dedicar esse capitulo a vocês e a um amigo mistérioso, um dia digo quem é. kkkkkkkkkkkkkk. Abraços.