Oi meus leitores queridos. Gente tá acabando... Vou sentir saudades do conto. Tem algo pro último capítulo que vocês vão se surpreender. Eu nunca comentei aqui, pois como eu havia dito antes, o final já estava pronto há muito tempo, claro que eu fiz umas modificações, mais quero me despedir no próximo post, agradecendo a todos vocês pelo grande carinho. Iky (meu lindão e amigo), Herck (meu amigo nota dez), CrisBr (obrigado por tudo lindo), Alanis e Lena78@, Dr. Romântico, Guhhh (amigo valeu), Lipe, L.P, dede88, diiegoh, Hercules Silva, Kelly, Bruno Del Vechio, Grimm, luy95, por do sol e todos os outros que eu não citei aqui, meu muito obrigado por me acompanharem até o final desta história. Vocês são nota!
BOA LEITURA...
- Fala doutor! O que eu tenho?
- Você... – a voz dele embargou. – Você está com um tumor maligno no cérebro, e este tumor já está em estágio avançando Guilherme.
- O senhor quer dizer que eu...
- É só uma questão de tempo. Não há nada que possamos fazer.
www.youtube.com/watch?v=ej3SmDScjjY
Aquela notícia o pegou de jeito. Ele não sabia o que falar como agir, o que pensar... Nunca imaginava ser algo tão sério assim; Antes mesmo de o médico dizer alguma coisa, ele saiu dali correndo, chorando, sem rumo, sem noção do tempo, da vida, do mundo. Chegou até a praia, parou o carro e se jogou no mar. Sua cabeça fervia, e as pessoas que ele tanto ama nesse mundo, passavam como um flash em sua mente.
A voz do doutor, dizendo que ele tinha apenas poucos dias de vida, martelava insistentemente em sua cabeça. Ele não queria morrer! Não agora, que havia encontrado finalmente a sua paz, a sua felicidade. Não era justo com ele. Suas lágrimas se misturavam com a água salgada. Cansado, ele se jogou na areia. Um vazio percorreu o seu íntimo. Era como se fizessem um grande buraco negro em sua alma, e ele estava preste a cair na escuridão.
- Porque Deus? Por quê? Não me deixe morrer. Não agora. Eu não quero ficar longe do Andrey, da minha mãe, dos meus amigos. Não me deixe morrerrrr! – ele gritou no vazio, deixando o vento levar a sua voz para o nada. O Guilherme chorava tanto, que às vezes chegava a soluçar. Já não tinha mais lágrimas... Tão pouco força. Estava arrasado por dentro. Saber da própria morte e ter a certeza de que ela estava breve, não era fácil pra ninguém, muito menos para ele, que lutou, sofreu, brigou, chorou, passou por todas as provas da vida, para conseguir a sua tão sonhada felicidade.
Algumas horas se passaram, e ele ainda estava ali, jogado na areia... De repente ele se levantou, e seu olhar estava perdido na imensidão daquele mar. Enquanto sofria a sua dor, ele acabou ganhando forças e foi se conformando aos poucos que na vida, não se podia fazer muita coisa. Se há sua hora estava próxima, ele ia viver intensamente ao lado de todos que ele amava, cada momento, cada instante...
Chegou em casa, sentindo fortes dores de cabeça, mais ignorou a dor e imediatamente foi até o quarto da sua mãe... Ela estava penteando os cabelos.
- Oi meu filho! Entra.
Ao olhar dentro dos olhos dela, uma lágrima escorreu em sua face.
- O que aconteceu Guilherme. – disse ela preocupada.
- Nada não mãe. É que... Eu sou muito feliz por tê-la como mãe, e eu queria aproveitar pra lhe dizer o quanto eu te amo.
- Ôôô... Eu também te amo querido. – ela abraçou o filho.
- Mãe? Promete pra mim que nunca vai se esquecer de mim, e me perdoa se eu não fui o filho que a senhora tanto queria ter. Eu me esforcei ao máximo mãe.
- Guilherme, você é muito mais que um filho, é o meu bem precioso. Claro que eu sou feliz por tê-lo como filho... Você é o meu orgulho! Aconteceu alguma coisa?
- Não, eu só tive vontade de lhe dizer isso. Eu vou pro meu quarto ta? – ele beijou o rosto dela e saiu. Claro que a dona Sandra sentiu que algo estranho estava acontecendo.
Guilherme tomou a decisão de não contar sobre a sua doença. Não queria ver ninguém sofrendo por ele, muito pelo contrário, ele queria todos felizes. Jogou-se na cama e desabou em choro. Depois foi até a escrivaninha e com caneta e papel, começou escrever algumas coisas.
O sol raiava sobre a janela do quarto dele, fazendo Guilherme despertar. Levantou-se e foi até a janela, olhou as nuvens, e fechou os olhos. Me dê forças senhor. O que tiver que ser será! – ele disse aquela frase pra si mesmo, e sorrindo, foi até o banheiro, fez a sua higiene e depois se encaminhou para a cozinha.
- Oi Maria. Tudo bem com você? – disse ele dando um beijo nela.
- Nossa que alegria hein?
- A vida é curta Maria... Tenho que sorrir ao máximo, pois alegria ilumina a nossa alma. Cadê a minha mãe?
- Ela saiu cedinho...
- Maria, hoje eu resolvi dar uma jantar aqui em casa. Quero chamar os meus amigos, o meu namorado, a mãe dele... Eu quero todo mundo que eu amo hoje aqui comigo.
Ele estava feliz. Mesmo sabendo que lhe restava pouco tempo de vida, queria aproveitar esse tempo com os amores da sua vida.
- Você me ajuda a fazer este jantar Maria?
- Claro que sim meu filho. O que você vai querer servir?
- O que você imaginar. Confio no sue gosto.
Ele tomou café e ligou para o Andrey. Precisava vê-lo. Não sabia qual seria sua reação quando encontrasse com ele, mas o seu coração palpitava, implorava pelo seu amor. Marcaram de se encontrar no Cristo Redentor. Em pouco tempo o Andrey chegou, todo sorridente, e pegando ele de surpresa por trás.
- Sabia que você fica lindo olhando para o céu? – disse o Andrey no ouvido dele.
- Que susto meu amor!
- Eu já estava morrendo de saudades de você meu branquinho.
- Eu também meu Deus de Ébano. – Guilherme olhou profundamente nos olhos dele. Era como se ele conseguisse ver a alma do Andrey. Por um momento, um misto de tristeza invadiu o seu ser... Não queria imaginar, ter que deixá-lo sozinho no mundo, mas por outro lado, tinha que pensar que ele teria de ser forte e continuar seguindo a vida.
- O que vamos fazer hoje? – perguntou o Andrey... – Amor! Estou falando com você.
- Hã? Desculpa nêgo. Eu estava distraído.
- Está acontecendo alguma coisa amor? Estou sentido você tão distante.
- Estou bem sim meu pretinho gostoso. Sabia que eu te amo muito, muito, muito?
- E sabia que eu não consigo viver sem você?
Estava sendo difícil para o Gui, olhar para ele e segurar a emoção. Aquele homem havia transformado a sua vida. Fez com que ele tivesse outra visão do mundo e da própria vida.
Eles ficaram apreciando a vista do alto Cristo e depois foram para um hotel que o Guilherme reservou para os dois. Ele queria sentir o cheiro e o corpo do seu amor, pela tarde inteira. Entraram no local, onde havia um quarto muito bem confortável e iluminado. Os dois tomaram banho juntinhos e abraçados, e por um momento o Guilherme chorava no ombro dele, sem que ele percebesse. Seu coração doía por dentro. Foram para cama, e fizeram amor gostoso e calmo.
- Andrey... Posso te fazer um pedido?
- Quantos você quiser meu lindo.
- Quando eu morrer, eu quero ser cremado, e as minhas cinzas jogadas ao mar.
- Que conversa estranha é essa Guilherme? Você não vai morrer meu amor. Vamos ficar velhinhos um ao lado do outro.
Nesse momento, Guilherme acariciou o rosto dele, olhando dentro dos seus olhos.
- Promete que nunca vai me esquecer?
- Nunca meu branquinho. Você é um pedaço de mim. Pare de ficar falando essas coisas... Parece que vai partir.
Guilherme voltou a deitar no peito largo dele, e adormeceu...
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Já era noite, quando o Gui apressava a Maria com o jantar. A mesa estava linda, e ele havia convidado o Dinho, a Lívia, o David, a sua tia Paula, a Kátia, a sogra, o Antônio, tio do Andrey, e irmão dele e o seu amor. Eles foram chegando aos poucos, e a Lívia por conhecer o Guilherme desde pequeno, estava com uma sensação estranha.
- Amigo, está tudo bem com você?
- Claro pilantrinha... Eu estou muito feliz que vocês estão aqui.
- E eu mais ainda amigo. Esqueceu? Somos o trio parada dura! – o Dinho, a Lívia e ele, uniram a suas mãos, como forma de mostrar que eram inseparáveis.
Todos tinham chegado e o jantar foi servido. Como sempre a tia Paula falava suas indecências, causando risos e espantos.
- Tia! A dona Francisca é evangélica! Contenha-se.
- A senhora é evangélica, mas não é morta não é mesmo dona Francisca? Todos nós temos nossos prazeres ocultos.
Eles riram inclusive a mãe do Andrey. Guilherme levantou-se e pediu silêncio a todos.
- Eu resolvi dar este jantar, por uma simples razão... Eu queria reunir todas as pessoas importantes na minha vida; todos que eu amo muito e que sempre vou amar. Eu quero que vocês saibam, que por mais que seja difícil o caminho, jamais devemos desistir de lutar, de enfrentar os obstáculos... Se tudo fosse tão fácil, não teria graça. E não há nada no mundo, que o nosso velho e sábio tempo não resolva. Eu acho que a única coisa que ele não é capaz de apagar, é este sentimento sublime e puro, ao qual chamamos de amor. Eu quero dizer que amo cada um de vocês, e que o livro da minha vida, não teria nenhuma página escrita, se vocês não existissem. Obrigado por tudo!
Ele já estava chorando, fazendo a sua mãe, a Lívia e o seu namorado chorarem também. Guilherme pediu um abraço coletivo, e sentiu o seu coração confortado e calmo.
Ele puxou a mão do Andrey, e o arrastou para fora de casa. Queria olhar as estrelas ao lado dele.
- Amor... Está vendo aquela estrela isolada das outras e com brilho intenso? É a estrela Dalva... Ela é a minha favorita.
Andrey se aproximou e envolveu-o em seus braços fortes.
- Toda vez que você se sentir sozinho, é só olhar para o a estrela Dalva, que eu estarei do seu lado.
- Guilherme... Você fala de um jeito, como se fosse morrer. Me deixa até assustado.
- Eu te amo Andrey e sempre vou te amar. Sempre!