Primeiro Namorado - Parte 18

Um conto erótico de Dirtyboy
Categoria: Homossexual
Contém 2077 palavras
Data: 13/03/2013 21:59:59
Assuntos: Gay, Homossexual, Romance

Parte 18 – Retorno.

Eu estava indo para a biblioteca do térreo, e quando virei para o corredor, escuto notas suaves e perfeitamente tocadas de piano. Eu tinha certeza que vinha da velha sala de música do colégio. Quanto mais me aproximava da sala, mais alto o som ficava. Eu também tinha certeza de quem tocava. Hugo Dantas. O garoto novo, o qual eu bati na frente de todos. Ele estava encolhido no chão enquanto eu o enchia de murros e chutes, descontando toda minha raiva nele. Eu nunca tinha sentido tanto arrependimento. Ele nunca mais apareceu no refeitório depois daquele dia. E sempre no intervalo, eu o via seguindo um caminho diferente de todos. Ele parecia interessante... E também tinha os olhos verdes mais bonitos que vi até agora.

Quando as notas cessaram, abri a porta. Fechei novamente e a tranquei. Andei lentamente até o centro da sala, e encontrei o piano sozinho. Tive vontade de rir. Ele tinha mesmo se escondido? Cheguei perto do piano e peguei a pasta com partituras.

— Eu sei que você está aqui... Hugo. – disse baixo.

Um livro cai no chão. Agora eu não contive o sorriso. Como ele era desastrado! Escuto os seus passos, saindo de trás da estante de livros.

— Então é aqui que você se esconde, vejo que foi mais criativo dessa vez... – continuei sem olhar para ele.

Ele passou do meu lado, porque não tinha outro caminho. Então, como não queria que isso acabasse agora, segurei seu braço - em que minha quase se fechava - e o puxei em direção ao banco do piano, o fazendo sentar. Ele suspirou alto, e depois com um pouco de força, desprendeu minha mão do seu braço.

— Como você é marrentinho... – sorri, querendo que ele olhasse para mim. Querendo que ele me mostrasse mais uma vez aqueles olhos... — Não vai falar nada? – falei bem baixinho, provocante.

Como ele não respondia, decidi dar um pouco de espaço. Fui para o outro lado da sala. Ele simplesmente correu para porta. E ficou irado, e descontou a raiva na porta, dando um murrinho que não mataria nem uma mosca. Em seguida, ele virou apoiado na porta. Encarando-me, como se fosse me matar.

— Procurando por isso? – balancei as chaves no ar. Decidi irritá-lo um pouco. — Então você é fã de clássicos! – sorri olhando para as dezenas de músicas que ele tinha. — Chopin, Beethoven, Mozart, Franz Liszt...

Ele andou na minha direção com uma cara de poucos amigos. Levantei a pasta e ele ficou pulando, tentando pegar. Teria de crescer mais uns oito centímetros para isso. Quando ele cansou, parou com uma cara séria na minha frente. Seu rosto estava tão engraçado. Não combinava essa cara nervosa com esses olhinhos. Decidi brincar ainda mais.

— Nossa, que calor é esse nessa sala? – tirei meu uniforme.

Foi pouco difícil com aquela pasta na mão, mas quando terminei de tirar, seus olhos logo abaixaram para minha barriga. E seu rosto não estava mais nervoso, ficou neutro por um momento, e depois sua boca abriu só um pouquinho. Andei na sua direção, e ele se afastou receoso. Queria saber como ele reagiria a isso.

Quando ele chegou ao limite, se escorou na porta, e sua respiração estava forte. Aproximei-me ainda mais, agora sério. Consegui ver quase perfeitamente sua íris verde e linda, e por um segundo olhei para sua boca um pouco seca, com um tom rosa claro. Joguei a pasta dele no chão e apoiei minhas mãos na porta, o cercando. Sua respiração estava descontrolada. Então ele corta minha visão dos seus olhos olhando para baixo. Seguro seu queixo com força, e viro seu rosto para cima, até seus olhos encontrarem os meus novamente.

— Ainda quer fugir de mim? – perguntei bem próximo do seu rosto.

— Quero. – falou pela primeira vez.

Sua voz estava carregada de certeza. Será mesmo que ele não me desejava? Será que tinha o machucado muito? Soltei seu queixo e juntei nossos corpos, o fazendo suspirar um pouco alto. Queria levantá-lo um pouco, para que seus olhos ficassem no nível dos meus. Coloquei minha boca bem perto do seu ouvido, e deixei propositalmente minha barba por fazer tocar seu rosto enquanto perguntava:

— E agora?

Ele demorou um pouco, e disse num sussurro:

— Não.

Não? Ele me queria? Suas mãos macias pousaram delicadamente na minha cintura, me fazendo sentir uma corrente elétrica passar pelo corpo inteiro. Caralho, que droga foi essa? Ele olhou para minha boca e depois para meus olhos. Seus olhos realmente tinham vontade. E quando ele se aproxima, e eu sendo “o” intimidado da situação, recuo. Ele ia me beijar!

— Acha mesmo que vou te beijar? – disse em deboche, o deixando apoiado na porta.

Ele abaixou para pegar sua pasta, e andou lentamente, com uma expressão de dor, e estendeu a mão. Demorou um pouco para que eu entendesse o que ele queria. Cheguei ao seu ouvido de novo, e segredei:

— Não se preocupe, não vou contar seu segredo a ninguém.

Quando voltei a olhá-lo, uma lágrima descia no seu rosto, e isso me atingiu de uma forma esquisita. Eu realmente o tinha machucado em todos os sentidos agora. E estava começando a me odiar por isso. Deixei a chave cair na sua mão, e com a outra, limpou o rosto molhado, saindo da sala.

* * *

Minha cabeça doía muito. Todos os meus músculos também doíam em qualquer misero movimento. Estava de short deitado em um colchão no chão de um quarto com uma luz tênue vindo de uma janela com uma cortina rosa claro. Minha boca nunca esteve tão seca. Onde eu estava mesmo? Ahh, a casa do tio da Clara. Na cama, estava ela e outra garota que não conhecia. Andei cambaleante até a sala, e vi Gustavo em um sono pesado em outro colchão na sala. Andei para aonde deduzi que fosse a cozinha, e gritei quando vi um homem tomando café na mesa.

— Desculpa, eu...

— Os copos ficam bem ali. – disse sorridente, e apontou para um armário.

— Obrigado. – disse por fim, quase correndo para o armário.

Quando terminei de beber o terceiro copo de água, me senti melhor. Luiz era o tio mais descolado que tinha conhecido na minha vida. Ele era magro e alto, pele parda e cabelos negros.

Quando os outros acordaram, ficaram rindo de mim. E me imitando bêbado.

— Cara, imagina você dançando Lady Gaga bêbado? – perguntou Gustavo. E Clara, claro que teve que fazer a dança juntamente com sua prima (a que dormia com ela), Thaís, que só era um pouquinho mais baixa do que Clara, e os cabelos um pouco mais lisos, o resto era muito parecido.

E todo mundo riu de mim. Ótimo. Eu tinha soltado a franga ontem. E agora isso é muito engraçado.

— Eduardo teve que te carregar até o carro... – disse Clara ainda rindo.

E nesse momento eu me perguntei se Gustavo tinha visto alguma coisa. Eu não me lembro de nada disso.

— Ele também disse que você tem que vir aqui mais vezes. – disse Gustavo.

Ele sabia. Só pelo tom de malicia na voz dele, já dava pra perceber.

— Vocês não têm aula hoje? – perguntou Luiz, só que não de uma maneira preocupada, e sim com certo humor.

— Ahhhh Deus! – me joguei no sofá. — Se minha mãe sonhar que eu toquei a língua no álcool, e que fugi do colégio, sou um adolescente morto.

— Você disse: “Volto depois da aula” – Gustavo me imitou. — Ainda são dez e meia, Hugo.

— Então acho melhor vocês adiantarem, ou a sua mãe – apontou para mim — Vai passar na casa da minha irmã, e vai descobrir que você...

— Ok, tio... já sabemos – disse Clara calando o tio.

Comemos alguma coisa, e partimos de volta para casa. Graças aos céus, minhas dores amenizaram com a ajuda dos analgésicos. Caio não tinha bebido muito, e dirigia perfeitamente, até ele reclamar faltando pouco para chegar. E sobrou para quem dirigir? Eles realmente eram muito corajosos. Acho que nem ligaram para isso, com os constantes estalos dos beijos deles no banco de trás, eu tinha quase certeza disso.

Eu até que não estava dirigindo horrivelmente. Quando chegamos à cidade, passei na minha casa bem devagar. Olhei bem para ver se minha mãe já tinha chegado. Nenhuma janela aberta. Com certeza não. Daria tempo de colocar o uniforme, e fingir que tive um belo dia de aula. Essa ia ser uma das piores mentiras que contaria a minha mãe. Então escuto o toque do meu celular. Parei o carro, e procurei loucamente o telefone. Onde eu tinha deixado aquela droga?

— Procurando isso? – Clara estendeu a mão.

— Muito obrigado. – parei de respirar por um momento quando vi “H.” na tela do celular.

Meu Deus. O trabalho de literatura.

— Não vai atender? – perguntou Clara, reclamando do toque alto.

Atendi.

— Err... oi – disse embaraçoso.

— Oi. – ele foi seco. — Já chegou da sua aventura? – a ironia era forte.

— Como você...

— Não foi difícil, é só você pensar um pouco, você não apareceu na minha casa e não atendeu o celular quando te liguei, então fui à sua casa e dona Ana me disse que você iria dormir na casa da Clara, então lá vou eu para a casa da sua amiga, e quando chego lá, nossa que surpresa! Você tinha já ido para Torres. Gostou de lá? – ele disse isso bem rápido. — Imagino que sua mãe não saiba disso.

— Você não...

— Claro que não. – ele suspirou. — Dá para você descer do carro por um momento? – olhei no retrovisor, e vi sua figura parada encostada no portão da minha casa, olhando diretamente na direção do carro.

Quase cai quando desci do carro, porque tinha me esquecido que ele era mais alto. Podia jurar que tinha visto seus lábios se curvarem para cima. Eu não estava nem um pouco arrumado. Minha blusa estava toda amassada junto com minha bermuda, e usava uma havaiana branca que roubei de Luiz, já que tinha perdido a minha na praia. Meu cabelo – que infelizmente cresce rápido demais – estava todo desgrenhado. Passei a mão para amenizar a situação dele. E minha cara de morte deveria está muito linda também. Já ele, estava impecável como sempre. Cabelos loiros perfeitamente penteados, uma jaqueta preta por cima de uma blusa branca gola v, e uma calça um pouco justa e seu simples sapato. Tinha quase esquecido como ele mexia comigo, e engoli seco quando senti seu perfume.

— Como você sabia que eu chegaria agora? – perguntei colocando as mãos no bolso.

— Eu vi você dirigindo pela cidade, e sabe, usar as setas é sempre bom. – e riu.

— Cadê o seu carro? – perguntei.

Ele apontou para o outro lado da rua, e lá estava uma moto preta reluzente e grande, com o capacete no retrovisor.

— É sua?

— Não... do Daniel. Não gosto de moto. – deu de ombros. — Você veio dirigindo de lá?

— Não... você sabe que não faria essa loucura. – ele levantou a sobrancelha.

— Só para mim que você não dirige, não é? – olhou para o carro.

— Eu... – suspirei e olhei para os lados querendo sair logo dali. Desde quando eu tinha que dirigir para ele? — Não entendi...

— Sempre quando eu pedia para você dirigir, você ficava reclamando, agora só é seu amigo pedir que...

— Ok. – o interrompi. — Você está aqui por causa do trabalho, certo? – ele fez que sim com a cabeça. — Então...

— Então que não tive paciência de esperar você chegar, e acabei terminando sozinho. – sorriu sarcasticamente, e tirou um papel de um bolso interno da jaqueta e me entregou.

Folheei as páginas, quase todas com sua letra linda.

— Olha Henrique, me desculpa não ter...

— Não se preocupe com isso. Deixei para você escrever nossos nomes. – sorriu, e saiu andando e direção a moto. Antes que ele saísse, perguntei:

— Essa ironia toda e só para me dizer que não mereço ter meu nome no trabalho? Porque se for, eu...

— Não. – me cortou — É para dizer o quanto você me irrita nesse momento. – colocou o capacete e saiu fazendo um barulho insuportável com a moto.

Não tinha certeza de uma coisa. Quem mais irritava quem nesse momentoOwn vivi, desculpa : ( não queria te magoar, prometo lhe dar um presente no próximo conto. Pablo, eu não sei o que eu tenho, mas eu me sinto pressionado facilmente, não sei como foi o seu terceiro ano, mas já estou morrendo kkkk, e Recifense, não pense que eu esqueci do skype, eu realmente não entro há anos nessas coisas, juro que em breve te adicionarei – não sei quando, mas vou. E alguém pode me dizer onde meu divo – Luke – foi parar?

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Comentários

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Mto massa adorei sua historia nota 10.

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Gostei muito. Como você andava muito sumido tinha até deixado passar este conto. Cara, simplesmente maravilhoso. Gostei da visão do Henrique e sua escrita, melhor nem comentar, pois sabe que escrita é com você mesmo. Parabéns. Olha aé, eu critico, coloco o dedo na ferida, mas também sei reconhecer.

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e aí meu anjo.....saudades.....fiz uma cirurgia e tô de molho,então faz um carinho pra mim,envia o novo capítulo pra ajudar a diminuir o meu tédio sem falar que eu tô pirando pra ganhar meu presente.........mmmmm........

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Realmente, você e o Luke parecem ter um pacto astral kkkk. Terceiro ano não é fácil, força de vontade que você se adequa ao nível de dificuldade [] Cara parabéns sua história está excelente, diversos elementos que eu adoro :D. Eu tenho pra mim que o Henrique tem medo de uma relação com o Hugo, por isso preriu se afastar da pior maneira possível... Anti-heróis por todos os lados /õ\

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Realmente, você e o Luke parecem ter um pacto astral kkkk. Terceiro ano não é fácil, força de vontade que você se adequa ao nível de dificuldade; Cara parabéns sua história está excelente, diversos elementos que eu adoro :D. Eu tenho pra mim que o Henrique tem medo de uma relação com o Hugo, por isso preriu se afastar da pior maneira possível... Anti-heróis por todos os lados /õ\

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Thanks God!!! Você é otimo no que faz!Não suma mais por favor!!! Kkkk otimo seu conto...mas naum some mais (okay que a escola f#de a gente por completo), mas pvfr NAO SUMA MAIS!!!!Abraços...

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muito boa história....não demora a escrever de novo....to torcendo por vc

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perfeito,conseguiu diminuir "um pouquinho"a minha magoa.Mas ñ é por nada ñ,vc e o Luke17 andam realmente judiando do meu coraçãozinho(sem falar do JOHN2013 e do Fabulous).Que Deus me ajude.

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Cara tô adorando como sempre! E nem esquenta com o skype, tbm ando ocupado e só entro as vezes nos fds. A gente se fala via comentários, =P

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Muito bom! Gostei muito da história do Caio no capítulo anterior, me identifiquei muito. Só espero que vc não desapareça de novo' pf #COLD

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Gostei do conto, muito bom, meu terceiro ano foi muito emgraçado, mas matei aula do que estudei!

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I'm back! Malz, tava muito ocupado! Por favor não demore mais, poste hoje! Eu sei que o terceiro ano é puxado, principalmente se vc quer entrar numa boa universidade. Eu me desliguei do mundo durante o meu. Mas faz uma forcinha aê... E tentarei não desaparecer de novo. Abraço! =)

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Agora sim... Voltando aos padroes... 10, E meu terceiro ano, axo q mais matei aula do q estudei, e ainda passei com as melhores notas... Nao axei nada dimais o 3o ano

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