Depois de terminarem a refeição seguiram para a sua cabana e Gerard ajudou-lhe a levar as malas. Stuart ele ia a frente abriu-lhe a porta para os deixar entrar no exato momento que o seu celular toca. Ele olha para o visor e da um sorriso com um brilho intenso no olhar. Distraiu-se um pouco e teve que ser Stuart a acorda-lo do transe.
- Gerard, já estamos entregues daqui para frente nos viramos, pode atender o telefone.
- hã...ah...o quê... desculpa...é que eu...
- não te preocupes, já atende deve ser importante pela sua cara...
- eu... - começou por dizer ruborizado.
- vai lá atende não podes deixar a pessoa esperando: disse-lhe piscando-lhe.
- ok, obrigado, até mais tarde – disse saindo sorridente e atendendo o celular. Parecia uma criança que tinha acabado de ganhar o melhor presente.
- eu acho que temos um apaixonado por aqui - disse Stive.
- pois, é – afirmou Stuart – acho que a Michelle logo, logo vai ter o problema dos netos resolvido.
Ao entrarem na cabana deparam com um verdadeiro lar. Tudo muito familiar, parecendo que alguém cuidava daquilo pessoal dando um toque mesmo aconchegante. Tinha uma lareira feita de tijolos num canto da sala com dois sofás grandes, havia lenha cortada ao lado e estava acesa o que mantinha o ambiente quente e agradável. Era um verdadeiro apartamento com tudo o que precisavam. Se quisessem podia ter toda a privacidade e nem precisavam ir comer fora já que podiam prepara tudo. Mas como a Michelle tinha sido muito gentil e gostaram da sua companhia então iam mesmo comer com ela e Gerard.
- que legal este lugar, - exclamou Lucas.
- é mesmo, parece um ninho de amor – disse Jotapê olhando para ele, deixando vermelho de vergonha.
- ninho de amor!? Sei, eu vou estar de olhos em vocês dois- disse Stuart com graça.
- qual é pai, é só uma forma de falar, não é, Jotapê? - perguntou Lucas tentado defender o namorado.
- pois, eu sei, já tive a vossa idade. E sei o que se pensa quando se vê um lugar desses.
- o que se pensa pai? - pergunta Gaby que parecia interessado na conversa.
- Jotapê, vamos ver os quartos...acho que o papai precisa de ter uma conversinha com o Gaby. Kkkkk. Disse ele com um olhar, como quem agora aguenta.
- volta aqui senhor Lucas … - tarde demais eles já se tinham afastado.
Enquanto isso Stive estava na cozinha admirando tudo. Era tudo muito lindo. Bem arrumado e dava ares de ser mesmo um lar. Certamente todas as pessoas que passaram por lá se sentiram em casa.
- então pai?!- perguntou Gaby impaciente.
- o quê filho!?
- o que se pensa?
- ah, filho, o que tu achas? Aqui está quentinho certo?
- sim
- então, viste que la fora está frio e com muita neve, né? Pois, dá vontade de ficar aqui do quentinho da lareira e não sair daqui.
- é só isso?
-sim, porque pensou que fosse o quê?
- sei lá, pensei que íamos buscar uns cobertores e ficar aqui todos vendo desenho – disse ele meio decepcionado ( pois é gente as crianças querem explicações fáceis sem complicações, nós é que pensamos logo em coisas erradas).
- mas se quiseres podemos fazer isso – disse Stuart segurando no colo fazendo-lhe cocegas. - anda, vamos ver o que o papai está fazendo na cozinha.
Ao chegaram lá encontraram Stive a examinar tudo e fizeram a proposta de ver um filme juntos. Ele foi ver se havia pipocas e encontrou de micro-ondas que num instante ficou pronta a lá foram.
Enquanto isso Lucas e Jotapê, tinham examinado os quartos, a suite ia ficar para os pais, e os dois quartos seriam para eles. Tinha um com uma cama de casal e outro com duas camas de solteiro.
- bem que a gente podia ficar no mesmo quarto- disse Jotapê puxando Lucas para os seus braços beijando com desejo. Ele correspondeu ao beijo. Já estava desejoso de sentir a boca do seu amado. Depois de alguns instantes afastaram-se ofegantes.
- os pais não vão deixar. Eu também quero muito mas...
- pois, também não dá jeito com eles aqui ao lado, nè?
- pois é, eu não me ia sentir a vontade. Mas a gente dá um jeito depois. Agora me dá mais um beijo, pois já estava com muitas saudades desta tua boca gostosa.
- só se for agora...
Estavam quase a se beijaram quando Gaby irrompe no quarto chamando-lhes: afastaram-se rapidamente
- Lucas, Jotapê, pais estão chamando para gente ver um filme
- hummm, agora Gaby?!! não pode ser depois!? - implorou Jotapê decepcionado.
- sim...ah já sei vocês estavam namorando...?
- quê isso, moleque, interrompeu Lucas. O Jotapê estava me ajudando com um cisco no meu olho.
- sei...- disse o menino desconfiado. - já saiu?
- si...sim..
- então vamos...o pai fez pipocas.
- bora então – disse Lucas dando-lhe a mão. Jotapê ficou com cara de tacho. Mais uma vez tinha ficado na mão. Mas também era só um beijo pois não podiam fazer mais nada com os pais em casa. Mas teria que dar um jeito nisso. Já não aguentava esperar, tinha que fazer amor com Lucas e teria que ser nesta viagem. Não sabia como mas ia dar um jeito.
Enquanto isso no quarto de Gerard.
- então amor quando você volta?
- serio?!! - disse depois de ouvir a resposta da pessoa que estava do outro lado da linha.
- não vejo a hora de te ter nos meus braços.
- vem para cá? Não é melhor a gente se encontrar como de costume no mesmo sitio?
- eu tão estou com muita saudade, mas tenho que ajudar a minha mãe e hoje chegou aqui mais uma família terei que ser o motorista deles.
- então você vem como hospede...
- eu dou um jeito...digo que...sei lá eu trato disso.
- eu vou amar te ter aqui comigo, eu te amo também. Até logo então. Tchau amor, beijo.
Ele desligou sorrindo. Estava feliz o seu amor ia visita-lo. Mas não sabia bem como fazer. Como iria conseguir disfarçar a frente da mãe? Quando eles estavam perto só se pensavam em beijar.
