Na Hora Da Raiva
Alcione
Na hora da raiva
Eu lhe disse tudo
Na hora da raiva
Eu rasguei o verbo
E falei de tudo, aquilo que sentia
E o que eu não queria
Eu falei também
levantei da cama e vesti a roupa
não me conhecia
Estava quase louca
Fui até a porta e antes de sair,
Voltei com o pretexto de me despedir
Na hora da raiva
Não pensei em nada
Perdi a cabeça e descontrolada
Peguei minhas coisas, gritei
vou me embora
Te disse umas tantas, só pra te agredir
Mas você me pegou com aquele seu jeito
Me puxou com força,
Me apertou no peito
E como acontece quando a gente ama,
Me esqueci da raiva e acabei na cama.
Narrado por Cristiano
Parte I – O Amor e o Prazer
Estávamos bem à vontade e diferente de quando chegamos ao jantar, realmente sentia que estávamos sendo aceitos, foi aí que fomos interrompidos por uma visita inesperada, que chegou gritando com rispidez e arrogância, todos estavam com os olhos nessa pessoa, que falou “será que eu estou interrompendo ou atrapalhando um clima tão alegre e animado em família? Por que não me convidaram pra esse jantar?”...
Seu Olavo falou “entre meu irmão, seja bem vindo”. O pai de Fernando continuou falando com rispidez “me falaram uma história e eu não pude acreditar, vim ver com meus próprios olhos”. Senti que meu amado já ia partir para cima dele, foi aí que eu segurei em seus braços “não faça nada” falei baixinho. Ele disse “por consideração a você e minha família”.
Dona Jurema tomou a frente e como grande dama soube contornar “não estou entendendo Horácio, então eu ofereço um jantar para os jovens da família e amigos e você faz questão de ser convidado? Você nunca deu importância a essas convenções. O que houve? E Por que tanta agressividade?”.
“Bem, é que eu fiquei sabendo de umas histórias e ...”.
“Bem meu cunhado, não sabia que você dava ouvido a fofocas e sinceramente estou muito decepcionada por você entrar assim em minha casa, tentando estragar meu evento”.
“Desculpe é que eu... Por que a Sabrina não foi convidada?”.
“Fernando tomou as rédeas da conversa e falou “por que eu e ela não estamos mais juntos pai, a presença dela poderia causar algum constrangimento, mas penso que o senhor não tem nada a ver com isso, Tia Jurema e Tio Olavo convidam quem eles quiserem pra casa deles, o senhor não acha?”.
“A verdade é que a Sabrina nunca foi muito simpática com a gente, sempre querendo ser mais que todo mundo. Você mandou muito bem em se separar dela Nando” falou Angelina.
“Bem, família, obrigado por tudo, eu vou embora com meus amigos, pois já está ficando tarde, e mesmo eu estou tão feliz hoje, que nem o senhor Horácio Alberto Villaverde irá estragar esse momento”.
“Você sempre me interpretando mal, não é Fernando? Parece que eu sou sempre um estorvo pra você”.
“Eu tenho muita coisa pra falar e perguntar pro senhor, mas não hoje, não quero brigar com ninguém, hoje é um dia maravilhoso pra mim e nada e ninguém vai estragar. Vamos?” Falou se dirigindo a mim e Jonas.
Seu Olavo disse “vai sim filho e fique bem. Horácio eu quero falar com você agora meu irmão”. E foram para uma varanda conversar e faziam isso de maneira muito séria, eu até pensei ouvir seu Olavo dizer “isso é intriga, é coisa de gente mal amada e que não se conforma com um fora...”.
Dona Jurema disse “bem, eu tenho uma lembrança pra dar a todos”. Ela Trouxe várias cestas de doces (maracujá, castanha e cupuaçu), “pra vocês continuarem adocicados” falou com muita simpatia. Todos aplaudiram e pegaram suas cestas, lindas e delicadas.
Patrícia falou com um belo sorriso no rosto “Mandou bem viu Fernando. Adorei o Cris, mil vezes melhor que aquela bruxa da Sabrina, ele é lindo e educado, rs”.
“O próximo jantar será em minha casa” falou Angelina. Fernando agradeceu e disse “calma meninas, ainda iremos ter muitos jantares juntos”. A despedida foi com beijos, abraços e apertos de mãos.
Saímos por volta das 23 horas e confesso que estava aliviado. Foi uma prova e tanto encarar a família de Fernando. Jonas foi em seu carro e fomos no nosso. Foi quando Fernando me falou “eu sabia que tudo iria dar certo e eu estou muito orgulhoso de você amor”.
Confessei “você não sabe como eu estava nervoso, tremi mais do que vara verde, kkkk, mas ainda bem que deu tudo certo”.
“Aquele crápula do meu pai quis estragar tudo. Eu acho que ele desconfia ou alguém falou alguma coisa pra ele. Só não abri o jogo e fiz o maior barraco por tua causa e dos outros, não quis estragar o clima, mas em breve eu falarei tudo pra ele e quero ver se ele é homem pra me encarar”.
“Deixa pra lá amor, não precisamos de problemas agora, vamos é viver nossa vida” falei dando um selinho nele.
“Ei, quero fazer algo agora” Fernando falou parando o carro numa rua sem movimento.
“Que foi? Aconteceu alguma coisa?”.
“Aconteceu sim. Me dá tua mão aqui e sinta você mesmo”. Falou-me colocando a minha mão em seu pau duro.
“Ah não Fernando, corta essa, não vou fazer sexo aqui no meio da rua, não”.
“Poxa amor, é uma fantasia que eu tenho, transar contigo dentro de um carro, faz isso por mim, por favor, vai. Quero te comer agora” e já foi me pegando e me beijando, sem dar tempo de eu ter qualquer reação. Só soltei “aaaahhhh, seu tarado”.
Ele baixou sua calça até os joelhos e deixou a mostra o seu pau que apontava para mim, duríssimo e brilhante, eu vibrei vendo o pau do meu amor. A cabeça já estava molhada e pulsava como um coração. Eu admirava sua coragem e ousadia e pensei “dane-se o mundo, quero é dar prazer ao meu macho”. Com as mãos eu o toquei delicadamente e depois fui apertando, o sentindo pulsar em minhas mãos, ele urrava e eu me abaixei. Os carros passavam e as luzes iluminavam nossa doce loucura.
“Você gosta do meu pau, não é amor?
“Sim, eu amo teu cacete amor, ele é o melhor do mundo, ele é lindo”. Falei já o metendo na boca. Não me fiz de rogado e suguei pra valer. Nando falou “adoro sentir a sua boca nele! Chupa gostoso, ahhhh”. Enfiava aquela coisa quente e pulsante na minha boca. Ele Reclinou o encosto do banco e pude trabalhar melhor com minha língua. Claro que não podia deixar de morder sua barriguinha e dar mordidas no bico do seu peito. Ele arranhava de leve minhas costas e também apertava o bico do meu peito. Ele foi descendo e achando meu buraquinho, melando o dedo médio e enfiando levemente em mim, eu delirei. E passei a lamber o cacete como se fosse um sorvete. Lambia o pau todo, da base até a cabeça rosada. E mais rápido eu lambia aquele objeto do meu desejo e do meu prazer. Ele me pediu pra eu parar “para, senão vou eu gozar na tua boca e eu quero é te comer aqui amor”.
Respondi “vem, quero me entregar pra você no teu carro”. Tirei meu sapato e me despi todo. Ele também colocou meu pau em sua boca e começou a sorver, depois foi descendo até chegar em meu buraquinho que começou a piscar. Começou uma leve chuva, como que molhando e coroando aquele momento. Ele foi metendo, e eu sentindo aquela pressão. O lugar era apertado, mas a excitação era grande.
Estávamos suados. Abri-me todo pra ele. Ele me puxou pra parte de trás do carro, me posicionou de frango e foi metendo a rola. Eu não aguentei e comecei a arranhar suas costas e ele meter com força. Eu comecei a delirar e pedir mais “mete com mais força, acaba comigo meu macho, me come, me nutre com o teu gozo”. Ele começou a me beijar e a falar besteiras em meu ouvido, com estocadas fortes e firmes “você é meu putinho, meu gostoso, sou teu macho, vou fazer você virar do avesso pra você nunca olhar pra ninguém”. E lançava a pica em mim. Meu cuzinho começou a piscar e Fernando foi ao delírio. O carro começou a balançar e o cheiro de sexo se instalou. Parecia que ele estava possuído, tamanho era o som do urro e gemido dele. Eu tinha medo, misturado com prazer.
Eu me fazia de putinho e eu dizia pra ele meter, que eu estava adorando dar pra ele no carro. Que eu era o putinho dele e que ele seria meu macho pra sempre. Ele foi intensificando as metidas, enquanto o suor dele caia em meu corpo, até que ele anunciou o gozo “Cris, meu putinho, teu macho vai gozaaaaaaaaaaarrrrrrr”. Ele caiu em cima de mim e eu todo aberto pra ele. Ficou uns 5 minutos em cima de mim. Eu ainda estava de pau duro. Ele começou a me punhetar e me chupar e eu não aguentei e gozei dentro de sua boca. Ele engoliu e voltou a me beijar. “Caramba amor, essa foi uma das melhores fodas que você me deu, você é de mais meu macho”. Falou enquanto ajeitávamos o carro pra gente ir dormir no apartamento dele.
Quando chegamos em casa, fomos direto tomar banho. Quem disse que ele estava saciado. Queria me comer de novo. Primeiro me deu maior banho e depois foi chupando meu pau, mordendo minha bunda, meus peitos e meu cuzinho. Fernando estava mais tarado do que nunca e eu confesso que estava muito feliz por causar esse tesão todo nele. Me entreguei de novo pra ele. Dessa vez ele deixou a água do chuveiro cair lentamente, ele levantou minha perna direita, formando uma espécie de y e mandou ver em meu rabinho. Só que como ele tinha gozado, demorou um pouco, me causando dor e prazer “Ai amor, tá doendo”. Ele dizia “você é meu marido, tem que aguentar meu pau, sou louco por você Cris. Eu não vivo sem teu corpo”. Começou a me punhetar, meter e passar a língua pela minha orelha. Dessa vez fui eu quem gozou primeiro e apertei seu pau com meu anel “ai amor, mete, tá doendo gostoso, me come vai meu macho, eu vou gozaaaaaaarrrr”. Ele me segurou forte e gozou de novo dentro de mim.
Completamos nosso banho e fomos dormir completamente saciados. Ele pediu pra eu ficar nu, juntinho dele e claro que eu o obedeci. Agarrou-me pro trás e disse “Cristiano, obrigado por me fazer tão feliz, eu te amo, boa noite meu amor” e eu respondi “Fernando você é meu homem, eu é que tenho que te agradecer por tanto amor e prazer. Eu vou ser teu pra sempre. Durma bem meu amor”. E fomos tomados nos braços por Morfeu, o deus do sono, eram duas horas da manhã.
Parte II – Vingança a qualquer preço (narração do autor)
“Então, o que a senhora deseja? O Chefe avisou que a senhora queria falar comigo. Meu serviço é fazer programa, é dar prazer e não ficar conversando” falou Jonhy de forma ríspida.
“Eu conheço seu tipinho, mercenário e sórdido. Não se preocupe, eu vou pagar pelo seu tempo, mas o que eu tenho a oferecer é muito maior que um programa” com superioridade falou Sabrina.
“Então fale logo, não tenho tempo a perder. Sou um garoto muito requisitado, ainda mais depois que Adr... Depois que um dos garotos de destaque saiu da agência”.
“Você ia dizer Andrew, não é mesmo? Pois bem, é sobre esse verme mesmo que eu quero falar com você. Meu nome é Sabrina Villaverde, mulher de Fernando Villaverde. Vou direto ao assunto, se você me ajudar a destruir essa coisa nojenta que eles chamam de amor, eu te dou muito dinheiro”.
“Pelo que eu sei a senhora não é mais mulher, é ex-mulher do Fernando. Ele já entrou com o pedido de divórcio. Ele agora está comprometido com o Andrew e estão cada dia mais unidos”.
“Aí é que está, quanto maior o tamanho, maior a queda. Quero ver se esse amorzinho resiste às mentiras, traições e intrigas. Se você me ajudar, vais ganhar muito com isso”.
“Senhora, de boa, desista desta ideia de separar os dois. Eles realmente se amam. São incapazes de trair ou magoar um ao outro. Eu sei por que eu mesmo já me insinuei com seu ex-marido e só tive mesmo foi o desprezo dele”.
“Isso é o que veremos. Ninguém é perfeito, todo mundo tem teto de vidro e Fernando nunca foi um cara comportadinho e é aí que você entra”.
“O que eu tô querendo dizer é que não adianta tentar separar eles. Foram feitos um para o outro. Nem parece coisa desse mundo. A gente não tem chance nenhuma com eles”.
“Aí é que você se engana. Quanto maior o amor, maior a decepção. E eu sei que você não gosta desse seu amigo chamado Andrew. Você concorda que Fernando é muito pra estar com ele?”
“Realmente, tô ligado na parada. O Andrew foi uma grande decepção. Sempre querendo ser o certinho, arranjando os melhores clientes, se achando o mais bonito, ele pensa que é a última cereja do bolo. E ainda ficou com o Fernando. Isso me deixa puto!”.
“Exatamente meu caro, esse tal de Andrew, mexeu com nós dois. Está rindo da nossa cara. Por isso vim te procurar e propor um acordo. Quero que você me ajude a acabar com essa relaçãozinha de araque”.
“A senhora parece que tá surda né. Eles se amam. Não têm o que fazer. Atualmente um vive pro outro. São tão grudados que irrita. Não vejo como separar os dois”.
“Claro que há, sempre há o que fazer e é aí que você entra”.
“Tá, tudo bem, vamos dizer que eu tope essa parada. O que eu ganho com isso e o que eu posso fazer pra separar os dois? Onde eu entro nisso?”
“Eu te ofereço cinco mil reais e três para o teu chefe. Você vai começar a disseminar a desconfiança de Andrew em relação a Fernando, até o ponto de ele ficar muito inseguro, depois damos o tiro de misericórdia”.
“E por que não podemos fazer a mesma coisa com o Fernando?”
“Por que simplesmente ele é muito forte e seguro, muito inteligente, não se deixa influenciar. Quando quer alguma coisa ele vai lá e faz, não fica com a pulga atrás da orelha”.
“Uhmmm. Saquei, já Andrew é mais inseguro, mais fácil de ser influenciado. Se bem que, de graça eu já comecei a fazer isso que a senhora tá dizendo. Mas eu não quero cinco, eu quero sete mil. Pode deixar, vai ser bom ver o Andrew cair do cavalo. Até que vai ser divertido. Será que eu ainda terei uma chance com o Fernando?”.
Sabrina bate na mesa e dispara “deixa de ser estúpido seu verme. Se olha no espelho? Você acha que tem alguma chance com o Ele? Fernando Alberto Villaverde é meu marido entendeu? Ele vai voltar pra mim. Se você tentar abrir suas asas eu acabo com tua vida.
“Tudo bem madame, como a senhora quiser, mas não me subestime e não me ameace”.
“Aqui está o dinheiro desse tempo que conversamos. Aguarde contato e comece o serviço. Passar bem”.
E assim começa o plano para separar Cristiano e Fernando.
Parte III – O Treinamento de Jojô e o Ciúme de Cris – Narrado por Fernando
As semanas que sucederam o jantar foram maravilhosas. Eu e meu amado estávamos realmente numa fase encantadora. Sabe aquele momento de alegria, de construção do amor? Muito sexo, diversão, afinidades e planos para o futuro. Finalmente eu consegui dar entrada no meu pedido de divórcio, claro no litigioso, pois Sabrina não tinha a menor pretensão de facilitar minha vida e eu não esperaria outra coisa dela. Mesmo assim, estava feliz. Era só uma questão de tempo pra eu e Cris nos unirmos de vez e logo eu procuraria uma criança pra adotar, já que meu desejo de ser pai não saia de minha cabeça, era um sonho que não morria em meu peito.
Mas como todos sabem, eu tenho uma dívida com meu amigo Jonas e resolvi intensificar seu treinamento para ser macho, kkkk. Será que seria possível? Cristiano e Jonhy toparam me ajudar, claro, sem saber que aquilo era um louco acordo entre eu e Jonas. Devo dizer que Jojô era realmente um afeminado nato, isso tornava a missão mais difícil. Eu já encarei muitos desafios na vida, tanto no lado pessoal, como no profissional, mas transformar Jonas em um machão era o meu maior desafio em todos os tempos.
1) No meu apartamento treinávamos com Jojô a maneira de andar, sentar e se portar (inspirado em http://www.homemalpha.com.br).
“Jô um homem deve está sempre com os peitos abertos, estufados e ombros para trás, o que faz com que os ombros pareçam mais largos e o peito mais imponente transparecendo toda sua masculinidade”. Fazia a demonstração e ele tentava repetir, dando aquela reboladinha básica, que só meu amigo conseguia fazer e era repreendido drasticamente por mim.
A Cabeça deve está sempre erguida e queixo alinhado, o que demonstra toda confiança e poder de um homem, manter a cabeça baixa e encolhida como se estivesse com medo do mundo é certeza de repulsa por parte de outros machos.
O homem viril deve ter com um sorriso fácil e discreto no rosto, por isso nunca esteja emburrado ou demonstre cara de insatisfação diante de qualquer situação, sempre esteja com o astral bom, sem com isso querer ser a Hebe Camargo “gracinha”.
Ao falar: Converse sempre usando um tom de voz firme, alto e falando devagar, nada de querer usar sempre o diminutivo (xicarazinha, comidinha, festinha, etc).
Ande sempre devagar como se não estivesse com pressa mantenha uma postura ereta, nada de desfilar como se fosse uma modelo de passarela. O homem anda de perna semiaberta e não se esqueça de manter a postura com a cabeça erguida e os peitos estufados.
Ao sentar fique sempre com as pernas afastadas e os braços sobre a mesa. Nada de cruzar pernas e braços e não demonstre insegurança brincando com objetos ou com as mãos. Isso indica sinal de boiolagem.
Jonas tentava nos imitar em tudo e vez por outra ele começava a rebolar, falar no diminutivo, cruzava as pernas e revirava os olhos. Quando fazia quaisquer coisas dessas era severamente criticado por nós. Ele chiava, se debatia e voltava a treinar. Era cômico, mas isso puxava com nossos nervos.
2) Na Academia Jonas praticava aeroboi. Eu comecei a frequentar junto com ele e o treinei em musculação. Vale destacar que ele queria só ficar na esteira ou fazendo pernas. Eu comecei a ensiná-lo a puxar ferro. Ele reclamava sempre e dizia que eu era um general perverso. Claro que toda a academia começou a notar algo diferente. Juro que comecei a observar uns caras começando a olhar Jonas, que, diga-se de passagem, meu amigo é muito gato “loiro, 1,72m, 70 kl, cintura fina, bunda grande e pernas grossas, com seus olhos verdes maravilhosos, corpo sem pelos e sem nenhuma marca (era estilo aquele ator Marcos Pigossi, sendo menor e mais franzino)”. Passei a perceber que tinha muito marmanjo de olho em Jonas e ele é que não percebia. Vi um militar grandão e moreno que não tirava o olho dele e sorria sempre quando estávamos treinando. A história deles eu vou contando aos poucos.
3) Levei Jonas pra jogar futebol comigo, com Cristiano e Jonhy. Marcamos numa quadra de grama artificial. Ele começou como nosso goleiro, mas era muito frangueiro. O substituí por Cris, que se saiu muitíssimo bem, enquanto íamos para ataque. Jonas se jogava, caia, gritava e não acertava a bola de jeito nenhum. Foi numa dessas em que eu dei um passe pro Jonhy que marcou um gol no time adversário. Veio correndo e me agarrou, dando-me um beijo no rosto e um forte abraço. Eu correspondi pela alegria, mas não percebi que meu amor ficou furioso com esse gesto. De propósito Jonhy se aproximou de mim no jogo e fizemos vários gols juntos, o que fazia com que nos abraçássemos e comemorássemos muito.
O resultado de tudo isso é que Jonas não fez um gol, ficou todo quebrado e ainda foi bastante frangueiro. Mas aconteceu a mesma coisa que na academia, ou seja, um monte de marmanjo machão de olho em Jonas. Isso significava que o treinamento de uma maneira torta estava fazendo efeito. Brunão, um moreno que praticava jiu jitsu veio me perguntar quem era a figura e que o tinha achado legal.
No vestiário senti os olhos e curiosidade da macharada em Jonas, o que me fez perceber que não tinha nada de errado no jeito dele. Tem pra todos os gostos e ele chamava atenção dos homens sim, mas não sabia disso. A minha missão então era convencê-lo a ser ele mesmo e saber que era especial do seu jeito, que não precisava mudar.
Ainda no vestiário pude perceber que Cristiano estava meio diferente comigo, enquanto Jonhy parecia bem à vontade e querendo fazer amizade. “Tá tudo bem amor?”. Perguntei baixinho “sim, tudo bem, ou será que tem alguma coisa que você está sentindo que eu não sei?”. Respondi “só se for vontade de fazer amor contigo”, respondi. “Não me surpreende, você só pensa nisso”, falou com voz ríspida. “Ei, tá acontecendo alguma coisa? Você está tão estranho?” perguntei preocupado. “Não Fernando, só quero ir embora pra casa, só isso”. Falou se retirando e se enxugando.
Fomos deixar em casa Jonas e Jonhy, que ao chegar me deu maior abraço e disse “valeu companheiro de pelada. Tu jogas muito bem brother. Quero jogar muiiiiiito contigo”. Correspondi ao abraço e saí. No caminho até meu apartamento Cris falou “me leva pra casa, tá! Preciso fazer umas coisas lá”. Revidei em um tom sério “negativo, você combinou de ficar comigo hoje e eu estou louco pra ficar sozinho com você”. Ele de cara amarrada ficou em silêncio até chegarmos em casa.
“Que foi Cristiano, o que é que está acontecendo? Por que você está com essa cara amarrada? Eu fiz alguma coisa de errado?”.
“Você não fez nada errado. Acho que o errado sou eu mesmo. Nem jogar futebol direito eu sei. Só não estou legal, só isso”.
“Ei, peraí, eu perdi alguma coisa nessa história? Eu não estou entendendo nada Cris”.
“Eu vi como você e o Jonhy ficavam se abraçando na hora do jogo. Se um fazia um gol o outro corria e logo abraçava. Era um tal de abraço beijo pra cá e pra lá”.
“hahahahahahhaha. Você está com ciúme do jogo, do Jonhy? É isso?”.
“Qual é Fernando, eu vi o sorriso e a intimidade de vocês tá, e eu feito um trouxa lá no gol”.
“Amor você jogou pra caramba, nós só ganhamos de 4x3 por que você agarrou muito. Que bonitinho amor, com ciúmes de mim” falei fazendo biquinho.
Ele com os olhos cheios de lágrimas começou a disparar “quer saber, tô com ciúmes mesmo tá Nando. Não gosto de ver você abraçando meu melhor amigo. Olha pra você cara, você é lindo e o Jonhy é mais bonito que eu. Porra, como você quer que eu me sinta. Eu sou humano, eu tenho ciúmes sim, caralho”.
“Háhahhahahaha. Amor da minha vida se toca. Você é lindo e eu só tenho olhos pra você. Quem colocou na tua cabeça que aquele rapaz é mais bonito que você? Isso não existe. Falei já num tom sério e olhando em seus olhos “eu amo é você e é contigo que eu quero ficar e construir a minha vida. Além do mais, eu tenho um jeito bem legal de acabar com essa ciumeira” o puxei pro meu corpo e o coloquei no colo.
“Me larga Fernando! Porra, eu tô com raiva, caralho!” Se debatia todo.
“Eu não vou largar porra nenhuma. Eu sou teu marido e você não tem nenhum motivo pra ficar assim. Será que não enxergas que eu te amo?” Falei dando um beijo em sua boca de tirar o fôlego.
Ele começou a rir e chorar ao mesmo tempo “palhaço, não vê que eu tô com raiva? Eu te amo Fernando”.
“E eu te amo mais ainda meu amor. Você é meu sol, minha vida. Eu jamais te trocaria e olharia pra outro homem. Quero você sempre comigo. Carreguei-o em meus braços até a cama e falei. Vem, quero fazer amor agora. Te amooo Criiiiiiiiisssss....
Continua...
Mais um capítulo do nosso romance meu amores. Desculpem se ficou grande. Um forte abraço e ótima semana a todos e todas.
Lembrem-se, o bom de brigar é as vezes acabar na cama .kkkkk.
