Meus olhos abriram, eu estava acordado mas não queria levantar, a luz do dia invadia minhas pupilas, ouvia passaros na brisa de verão, meu pai dirigia rapido no banco da frente. Estávamos bem perto do meu novo lar. A minha vizinhaça, as casas, as pessoas, tudo parecia muito novo e rico para mim. Os pássaros cantavam como nunca, pareciam que tentavam avisar os outros sobre minha chegada. Minha nova família era incrível, bonitos e ricos. Eu fui adotado hoje, fiz 16 anos ontem, foi realmente uma sorte encontra-los.
Quando finalmente cheguei em casa eu percebi o de havia me metido, era uma casa linda, feita de vidro e Madeira, perecia um paraíso, era aquelas casas do sonhos.
-Chegamos, Felipe!
Eu entrei em casa, e fui logo para o meu quarto, fiquei com o que dá na frente da casa do vizinho. A janela dele ficava bem em frente a minha. Fechei as cortinas para evitar espiadas. Tirei minhas roupas da mala e as arrumei periodicamente no armario de Madeira gigantesco. Minha cama já estava lá, com o colchão ainda empacotado. Eu estava pensando em como arrumaria meu quarto, até que meus pais me chamaram. Desci as escadas e encontrei todos sentados no sofá. Eu estava desesperado. Eles me olhavam como se me esperassem a muito tempo.
-Bem vindo a familia, Felipe!- eles falaram num ritmo que me arrepiou.
-Obrigado, nova familia.
-A partir de hoje voce será membro dessa familia assim como todos nós!- minha mãe disse.
-Eu estou abismado, sofri muito naquele orfanato, finalmente vocês me acharam! -eu sofria mesmo, não contei metade das coisas que os empregados faziam comigo, e até mesmo o dono do orfanato fazia. Eles me seguravam e me amarravam na cadeira enquanto o Sr. Eduardo me estrupava, eu gostava na verdade mas ninguém precisava saber, então eu ficava calado.
-ninguém vai tirar você de nós!- disse minha irmã.
-Bom, cada um de nós escolhemos um presente para você, espero que goste filho.- disse meu pai.
-eu escolhi um iphone e um iPad...- disse minha irmã enquanto estendia os braços com 2 pacotes grandes-... Acho essencial para você se encaixar na escola.
Eu peguei os pacotes com um sorriso de orelha a orelha.
-As vezes você vai se sentir sozinho...- meu pai disse-.. Entao eu adotei um cachorro para você!...- ele disse enquanto abria a porta de pegava uma casinha de cachorro portátil, lá dentro havia um bulldog francês que latia. -vai, abraça ele- meu pai disse para o cachorro, e como se ele tivesse entendido ele correu e lambeu meu rosto.
-eu comprei, uma televisão para o seu quarto...- minha mãe disse-... Mas ela ainda não chegou.
-E eu comprei um MacBook para você.- disse meu irmão mais velho.
-obrigado.- eu abracei todos, subi com meus presentes e me tranquei no quarto. Era tanta coisa... Estava ansioso para contar a meus amigos do orfanato no qual eu fiquei preso durante a metade da minha vida.
No meio da semana eu saí com meu cachorrinho para passear um pouco. Fui no parque aqui perto. Havia pouca gente lá.
-Oh, por favor não falhe comigo agora!- ouvi um garoto falando ao telefone perto da praça principal. -Eu lhê peco! Não me faça sentir mal, não me faça chorar, por favor.- a voz que saia do telefone era de uma mulher, o garoto usava um blusão azul da gap a pele dele era branca, ele usava um shorts bege e um tênis da mesma cor que a camisa. Ele era lindo, tinha cabelos claros e os olhos tão claros quanto os cachos capilares cortados. Eu fiquei observando aquele garoto fofo, até que meu cachorro fugiu da coleira e correu em direção ao menino lindo, meu cachorro, o Teddy, correu para os braços do menino, deu um pulo tão grande que acertou o celular que estava na mão dele, o celular voou e se despedaçou em 3.
-meu deus!- eu disse correndo para segurar o cachorro que latia para o garoto- desculpa, eu juro que não foi de propósito, meu cachorro as vezes é meio retardado. Perdão.
-tudo bem, eu já estav cheio desse meu celular- ele disse com um risada que arrepiou os pelos do meu braço. Meu coração batia mais rapido.
-eu vou te compensar de alguma forma, eu juro! Perdão!
-o seu cachorro fez certo! Parque nao é lugar para celular, né?
-sim, talvez...- rimos os dois pela minha ignorância.
- e além do mais, não vou cobrar nada para o meu vizinho!- ele disse enquanto comprimia as bochecha aveludadas na tentativa de dar uma risada.
-acho que não sou seu vizinho, eu conheço meus vizinhos, eles são uns velhos chatos...
-esses velhos chatos são meus pais!
-meu deus... Desculpa de novo!
-eu também os acho uns velhos chatos!
-haha, tudo bem então... Nos vemos depois- eu me despedi do garotão que a esse instante saia do parque.
Eu pensava comigo mesmo que ele era muito bom para mim, mas eu queria ele!
(Continua)