Amor (3)- Sra. Durftys

Um conto erótico de Felipe Freitas
Categoria: Homossexual
Contém 1519 palavras
Data: 21/04/2013 15:36:21

Lucas me levou na reserva, o frio batia em nossos rostos.

-Vem comigo- ele disse enquanto subia o penhasco.

-me espera...- eu sorri. Coloquei meu pé em uma pedra que estava solta, pisei em falso e quase caí do penhasco.

-cuidado...- ele olhou para trás e sorriu. O sorriso dele me fazia arrepiar, os cabelos loiros brilhavam no sol, os olhos tinham o mesmo azul do rio que passava do lado do penhasco.

-Chegamos...- ele olhou para frente e sentou em uma arvore quebrada no chão que parecia um banco natural.

-Por que você me chamou aqui?

-Olhe para frente- ele apontou para a paisagem que se exibia na nossa frente.

O lugar era lindo mesmo, ao fundo podíamos ver vários caminhos que o rio fazia, pareciam veias, havia alguns locais brancos de neve e um pouco de névoa saindo dos rios.

-Voce tem razão, é um belo lugar...- eu olhei para ele-... Agora me conte... O que aconteceu ontem?

-Bom... Sabe aqueles segredos que não podemos contar? Então...

-Você fez aquilo?

-O que!?- ele franziu a testa-... Eu nunca mataria ninguém... Mas se eu te conta-se quem foi... Bom, digamos que eu estaria em um grande problema.

-Você sabe quem... - ele me interrompeu

-Vamos mudar de assunto?-

-O que?- eu fiquei abismado, eu confiei nele para contar meus segredos mais sujos e ele nem poderia me contar isso.- tchau.

Eu me levantei e tentei descer o penhasco.

-Calma, não precisa ir embora.

-Eu não estou me sentindo bem.

3 semanas se passar e eu paassei dias pensando naquela cena, o rapaz morto no asfalto em frente de casa, eu faria te tudo para não ter visto aquela cena horrível.

Era o primeiro dia de aula, eu estava passando pelos corredores da minha nova e gigantesca escola.

-O que você esta fazendo aqui?- ouvi uma voz masculina e familiar. Olhei para trás e vi Lucas com um sorriso de orelha a orelha.

-Como assim? Você esta me seguindo?- rimos.

-Que coincidência estudamos na mesma escola...- ele mal acabou de falar a frase e uma voz feminina interrompeu a frase.

-Amor, quem é esse garoto que você esta conversando?- uma garota loira abraçou Lucas enquanto falava- oi, meu nome é Larissa- ela colocou a mão em minha direção para um aperto. Eu apertei a mão dela- e eu sou a namorada do Lucas!

-Oi, prazer em conhece-lá.- eu disse

-Lari, estávamos conversando aqui...- Lucas falou enquanto fazia uma cara de "me desculpe mas ninguém te chamou"-... Você pode me dar licença por favor?

-VOCE AINDA ESTA COM RAIVA DAQUELE DIA?- Larissa gritou.

-Eu nunca estive com raiva, e nem estou agora.

-Então tchau.- ela disse e correu para a sala.

Ele coçou a sobrancelha e disse.

-Eu vou terminar com ela...- ele deu um sorriso.-... Posso ver que sala você caiu?- Eu dei o papelzinho da matricula para ele, ele leu -caiu na sala ao lado da minha.

-Isso é bom?- eu sorri

-Se voce gostar se pessoas antipáticas é ótimo...

-Eu caí em uma sala ruim?

-Caiu em uma péssima sala.

-Eu posso mudar para a sua?

-Provavelmente, mas como essa escola é lenta só vai conseguir no meio do ano.

O sinal bateu e todos que estavam nos corredores correram para as salas.

-tchau- ele disse

-tchau, até o intervalo.

Entrei na sala e vi que o professor já estava sentado. Sentei na frente e peguei meus materiais. A sala já estava cheia de alunos. Uma garota sentou ao meu lado, ela era ruiva e muito bonita.

-oi...- ela disse-... Você é novo na escola, certo?

-sim...- eu estava com vergonha.

-Ah...

-EI LANA GATINHA- um garoto gritou lá de trás.

-Cala boca Pedro...- ela disse

Passei a aula inteira conversando com ela, em um dia viramos melhores amigos.O sinal da saída bateu.

-Nossa, o dia passou tão rápido né?- ela disse

-Sim... Tchau até amanha...

-Até...

Minha escola era muito grande... Os alunos eram todos filhinhos de papai, os motoristas deles viam busca-los de limousine, e eu ia para casa a pé... Lucas também ia mas não era por falta de oportunidade, ele era um dos mais ricos do colégio, os pais deles são donos de quase todo bairro.

-Lucas...- eu disse olhando para os olhos azuis dele- eu estou com medo...

-de que?- estávamos á 2 quadras de casa.

-De que voce morra...

-Mas por que?

-Eu sei, não sou besta, eu vi que sua família esta sendo ameaçado por bandidos.

-Eu não teria medo se fosse você...

-Você não esta ajudando... Por que você não me conta a verdade?

-Por que é difícil até para mim contar sobre isso.

-Ótimo...- nossas bocas se calaram e o som das buzinas soaram mais forte ao fundo.

-Dorme lá em casa hoje... Vamos assistir um filme ou sei lá.

-Claro... Vai ser legal.

Cheguei em casa e já fui me trocando, peguei uma mala coloquei umas roupas e avisei para meus pais que dormiria fora hoje.

Corri para a mansão ao lado, Lucas estava na frente da porta gigantesca de Madeira revestida de uma tinta branca.

-Bem vindo ao lar dos Durftys.- ele sorriu e abriu o grande portão...- só nós estaremos em casa hoje... Meus pais estão em uma reunião na Alemanha e hoje é o dia de folga dos empregados.

-Então a mansão é só nossa?

-Sim... Vamos ir logo para o meu quarto, eu fiz pipoca e tem guaraná no meu frigobar.

-Vamos!

-Voce trouxe roupa?

-Sim.

-Ótimo.

A casa dele era gigantesca, as portas tinham suas molduras de ouro, e a maioria dos moveis também eram de ouro. Haviam duas escadas que no fim formavam apenas uma. Haviam quadros em toda a parte, fotos em família, fotos de Lucas jogando Polo e um grande quadro de um jovem, provavelmente o irmão falecido de Lucas, no centro da parede. O corredor dos quartos eram enormes, entramos no ultimo quarto onde ele dormia, de lá dava para ver todo meu quarto pela janela.

-que horror...- eu disse- você consegue me ver dormindo do seu quarto.

-Sim, eu fico te vendo dormindo toda noite, você sabia que você ronca?- rimos

-Ja me contaram no orfanato.

O quarto dele era do tamanho da sala da minha casa.

-vou me trocar.- Ele tirou as calças na minha frente, tirou a camisa e exibiu a bundinha branca para mim. Eu fiquei muito constrangido, fiquei olhando para os lados sem dar muita pinta. Ele colocou uma cueca branca e depois colocou uma calça. - eu gosto de dormir sem camisa, espero que voce não se importe.- ele virou para mim e mostrou seu tanquinho, o abdômen dele era muito forte e se separava em 6 partes, os peitos eram pequenos e musculosos.- vem, pode deitar na minha cama comigo.

Ele deitou na cama de casal que era gigantesca e se cobriu com todos aqueles cobertores. Eu deitei ao lado dele e acabei nem assistindo o filme, dormi ou pelo menos fingi estar dormindo, eu estava morrendo de vergonha por estar ali na cama do garoto mais desejado do colégio.

Acordamos no dia seguinte, tomamos café e fomos para escola. Conheci a Angra na escola, uma garota que parecia ser legal... Voltei com Lucas novamente, ele me convidou para jogar video game, eu aceitei " eu amava video game" jogamos até a mãe dele chegar, ela era uma moça de cabelos loiros, rosto firme para a idade que aparentava ter.

-Quem é seu amigo, filho?- ela disse com toda a classe possível.

-Boa tarde senhora Durftys.

-Boa tarde, rapaz.- ela estava com a secretaria dela ao lado. -voce é da escola dele?

-sim, e sou o vizinho de vocês também.

-olha que ótimo um amiguinho próximo para meu filho.

-foi ele que dormiu aqui em casa ontem- Lucas disse, a mãe dele olhou para mim e substituiu o sorriso por um rosto serio.

-Vou ir pegar um suco.- ele disse e saiu da sala.

-Ei...- a mãe dele disse.- QUERO QUE VOCE NUNCA MAIS FALE COM MEU FILHO.-ela sussurrou em meus ouvidos- Eu não quero ver a tragédia que aconteceu com Daniel novamente- eu estava quase morrendo de vergonha. Lucas voltou e perguntou:

-Esqueci de perguntar se voce quer suco também.

-Filho...- a mãe dele disse- você foi muito mal educado, chame-o para escolher o suco com você... - ela falou como se não tivesse acabado de me ameaçar.

-Vem Felipe?- ele perguntou

-Claro.

Eu peguei o suco e me despedi, eu não conseguia pensar direito, ela foi muito rude comigo.

Cheguei em casa e chorei como se não houvesse amanha. Meu deus, eu nunca havia sido ameaçado daquela forma antes. O que ela queria falar com aquilo? Pesquisei na internet sobre Daniel, o filho falecido, descobri que ele era gay, assim como o bibliotecário morto na frente de casa, de repente tudo começou a fazer sentido em minha mente.

(Continua)

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Comentários

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Tô morrendo aqui! Ele dormiu na cama do gostosão e não rolou nenhum beijo? Sério? Muita treta tem essa sua história! Continuação já, please!

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Muito bom o conto. Realmente faz um pouco de sentido mas ainda não dá pra saber tudo. A atitude dele de não querer falar já foi estranha, a da mãe dele então, foi muito estranha. Estou ansioso pelos próximos capítulos.

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O que faz sentido?,só o fato dele e do bibliotecario serem gays?tem alguma coisa ai,alguem desse lugar deve ser um serialkiller,homofóbico,ja a atitude da mae dele é mt precipitada,ameaçando as pessoas sem nem as conhecerem?,a ela q se foooda

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