Oi gente! Que saudades de vocês. Nem demorei né? Não deu tempo nem de vocês sentirem a minha falta! Comeram muito chocolate ontem? Trouxe um novo conto. O meu primeiro que trato de adolescente e talvez, o primeiro na CDC, em que o personagem central é o vilão da história. Espero que gostem desse novo conto, que será para mim um desafio escrevê-lo. Beijos, beijos, beijos!
“Poderíamos dizer que o psicopata é aquela pessoa que sabe a letra da música, mas não sente a melodia.”
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MARCELO – Um homem, um pai, um bom marido. Muito competente e honesto, dedica-se sempre a realizar os seus objetivos de maneira sábia e com muito trabalho. Um homem de 37 anos, determinado, trabalhador... Um grande Engenheiro. Sempre soube dividir o trabalho e a família. Pai de um jovem de 15 anos e de uma garota de 12 anos é casado com a Jéssica, uma professora de personalidade forte.
JÚNIOR – Na verdade ele prefere ser chamado de Juninho, pois diz ser mais bonito, mais atraente. Aqueles olhos castanhos, aquele rosto de anjo, com cabelos pretos e lisos. Que poder era este que ele tinha de dominar as situações? De envolver? De conquistar? De chorar? E até mesmo de pisar, naqueles que ele costumava chamar de “ratos”? Mas ele só tem 16 anos. Lindo, atraente, e perigoso... Irá se interessar loucamente pelo até então amigo do pai, o Marcelo. O que ele irá fazer para ter aquele homem casado e infinitamente mais velho que ele, em seus braços, em seu domínio?
Voltei meus amores... Curtam a partir de hoje... GAROTO VENENO.
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13 de Abril de 2002, Sexta-Feira... Junior Ferreira, 05 anos de idade.
- Calma gatinho lindo, não vai doer nada. Eu prometo que só vou cortar a sua cabeça... Pare de miar seu gato malvado! Desse jeito eu não consigo brincar de matar você!
Ele amarrou as patas do gato, e enquanto este miava, ele se divertia vendo o animal debater-se sobre a grama... Não resistindo mais, o Júnior pegou uma pedra e começou a bater na cabeça do gato, até vê-lo sangrar incontrolavelmente. Quando ele percebeu o que tinha feito, jogou aquela pedra bem longe e se aproximou do bicho. Chorando sem parar ele pegou o animal já morto no colo...
- Fala comigo gatinho! Não morre ainda... Vamos brincar.
E do nada... Ele começou a rir...
Hoje, 11 anos depois... Com 16 anos de idade...
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- Fico feliz que você tenha vindo. É muito importante para o tratamento, que você não falte a nenhuma sessão.
- Só vim até aqui porque fui forçado. Aliás, eu nem sei por que estou vindo para esta porra de lugar! – o Juninho sentou na cadeira esbravejando. O seu olhar mirava para janela, e não para o psicólogo que a sua mãe insistia em manter contato com o filho.
- E então? O que você tem a me contar hoje? – disse ele, sem dar bola para a grosseria do garoto.
- E você? O que tem a me contar hoje em psicólogo? Ou melhor, José Carlos... Você é um homem bem interessante sabia?
- Hã? O que você está dizendo garoto?
- Já faz seis meses que eu estou vindo aqui, e você acha que nunca percebi o jeito como você me olha? Hahahahhaa... Eu não sou bobo não Carlinhos. – ele riu ironicamente. – Porque não fazemos uma coisa mais interessante hein?
Era bem típico de aquele garoto provocar e fazer-se de vítima. O que ele gostava mesmo era de ter as pessoas em sua mão. Fingia-se de frágil, de delicado, e ao mesmo tempo, despertava o demônio que existia dentro de si.
- Pra quê fazer esta cara de espanto? Eu aposto que você bate punheta todos os dias, a cada vez que você fala comigo. Hahahahahaha...
Ele ria alto e olha profundamente nos olhos do psicólogo.
- Sente, por favor, Júnior! Vamos começar a consulta!
- Eu sei o que você quer de verdade...
Ele levantou-se e começou a tirar a roupa, surpreendendo o psicólogo. Era o tipo daquele garoto. Na verdade ele respirava sexo, sacanagem, promiscuidade. Ele gostava disso... De loucuras, de ser possuído, de ver as pessoas o desejando.
- Pare com isso Júnior! Eu vou ligar agora mesmo para os seus pais.
- Jura? Ahhh... Não faz isso não doutorzinho... Bota esse pau pra fora vai! Eu sei que você está doidinho para me comer. Prometo ser um segredo só nosso bobinho.
- Se vista agora mesmo garoto! Eu sou um profissional, me respeite!
Nesse momento, o Juninho aproximou-se dele, e levou a mão até o órgão sexual daquele homem. Ele tentou se afastar dando um passo para trás, mas por um impulso, deixou-se levar pelas carícias do seu paciente...
- Pede para que eu te chupe vai? – ele sussurrava no ouvido dele.
- Você é louco garoto. Você é doente...
- Eu sou eu mesmo... Irresistível... Agora chega de papo e me come todinho.
Não conseguindo mais resistir às tentações, ele pegou o garoto de jeito e transou com ele ali mesmo, em sua clinica. Era um sexo selvagem, forte, intenso. O Juninho não gritava, mais sim, o desafiava, dizendo que ele era fraco, que não sabia meter com força como homem de verdade. Ele gostava de provocar... Depois de uma hora, ambos já haviam gozado, e o psicólogo se arrependeu do que fez, logo em seguida.
- Não era pra isso ter acontecido. Eu não podia ter feito isso...
- Era o que você sempre quis não é mesmo? Agora a sessão está encerrada. Bye, bye.
Ele vestiu sua roupa, e saiu dali com um sorriso debochado e irônico. No caminho para casa, algo chamou a sua atenção. Uma família estava se mudando para a mesma rua onde ele morava. Ficou curioso para saber quem eram os novos moradores, mas na verdade, só viu mesmo, carregadores, com caixas pra lá e pra cá.
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- Oi filho. Como foi com o Psicólogo? – perguntou a mãe dele.
- O mesmo de sempre. Estou indo para o meu quarto.
- Júnior, converse direito comigo!
- Agora não mãe. – ele nem deu ouvidos a ela. Já dentro do quarto, ele tomou um banho e jogou-se na cama.
Inquieto, ele começou a andar de um lado para o outro. Ficou pensativo por alguns minutos... Na verdade, ele estava planejando algo de muito ruim.
- Você vai se arrepender de ter espalhado o nosso segredo pela escola. Você vai se arrepender Thiago. Não sabe com quem se meteu. – ele se perdeu em seus pensamentos, quando ouviu as batidas na porta.
- Oi filho. Posso entrar?
- O senhor já está dentro pai.
- Júnior, o que está acontecendo com você? Está sempre calado, reservado, não sai com os seus amigos...
- Eu não tenho amigos. E não preciso de ninguém para me diverti.
- Filho... Garotos da sua idade costumam sair pra conversar, namorar, dançar... Eu e a sua mãe te damos liberdade pra isso.
- Quantas vezes eu vou repetir que não sou igual aos outros? Eu gosto do meu mundo, dos meus pensamentos, do meu jeito. – ele falou quase gritando.
- Tudo bem filho... Eu respeito você. Agora vamos descer para jantar.
- Vai indo na frente.
O pai dele saiu do quarto, e ele rapidamente abriu a gaveta do seu armário e apanhou uma faca; colocou em sua mochila e saiu do quarto... Foi jantar com os pais.
- Eu nem contei para vocês... Um amigo meu do trabalho, está se mudando para esta rua.
- Sério amor?
Aquilo chamou mais uma vez a atenção do Juninho.
- Sim. O Marcelo é um grande Engenheiro, e como ele morava com a esposa e os filhos num ambiente pequeno demais, eu acabei conseguindo uma casa maior para ele comprar aqui na rua. Ele gostou da idéia, e deve estar se mudando hoje ainda.
- Ele está se mudando hoje sim; quando eu voltava pra casa, vi um caminhão de mudança descarregando caixas.
- Depois daremos um almoço de boas vindas ao seu amigo, querido.
- É uma boa idéia amor... E aí filho? Ansioso para as férias da escola?
- Não muito pai. Não sei o que vou fazer direito...
Os pais dele, não sabiam que o filho se envolvia com garotos... Esse prazer e sensação, ele começou a sentir quando tinha dez anos, e numa brincadeira de chupar o pau do outro, ele fazia sexo oral com o amigo de escola, de mesma idade. Hoje ele cresceu e se tornou um adolescente, e esse desejou perseguiu ele, o deixando mais ousado e promiscuo. Ele queria experimentar de tudo... Suruba, masoquismo, sexo sujo... O Júnior ficava horas no computador, aprendendo com filmes pornográficos, e buscando pessoas que topassem a fazer e realizar os seus desejos. Outra coisa que ele adorava pesquisar também era “Como eliminar os seus inimigos da sua vida”.
- Eu vou para o quarto. Amanhã acordo cedo... Tenho um trabalho de Português para apresentar no primeiro horário. Boa noite pra vocês.
No dia seguinte, ele acordou cedo, tomou café com a sua mãe, escovou os dentes e partiu.
- Filho! Não vai querer uma carona do seu pai até o colégio?
- Não mãe! Eu vou de bicicleta mesmo...
Quando ele chegou à escola, todos da turma da 8º série olhavam para ele, debochando e rindo da sua cara. Quando ele entrou na sala, viu escrito no quadro “Viadinho incubado! Menininha da escola”... Aquilo foi despertando o seu mais puro e intocável ódio. O Thiago, seu colega de classe, com quem ele transou junto com mais outro menino da idade dele. Os três combinaram segredo absoluto, só que o Thiago acabou contando a toda turma, o que tinha feito com ele. Foi o suficiente para Júnior aflorar a sua raiva.
Ele engoliu em seco as provocações dos colegas e olhava para o linguarudo com tanto ódio nos olhos, que era capaz de matá-lo só no olhar. Quando o sinal tocou, ele seguiu atentamente os passos do Thiago. Sabia onde ele morava, inclusive que ele passava numa rua deserta, antes de chegar em casa. Juninho o seguia com sua bicicleta e quando ele entrou na tal rua sem movimentação de pessoas, ele acelerou as pedaladas e atropelou o rapaz, se jogando logo em seguida em cima dele.
- Aiiii minha perna! Você ficou louco Juninho?
- Eu te pedi pra não contar não foi? – ele segurava os braços do Thiago.
- Não foi eu quem contou nada seu maluco! Me solta! Você machucou a minha perna.
- Não adianta mentir pra mim, porque eu sei que foi você! Sabe o que eu faço com pessoas que não são obedientes? Sabe o que eu faço com pessoas que faz ficar humilhado diante das pessoas?
- Você tá louco cara. Desculpa! Me perdoa.
- Perdoar? Eu? Essa palavra não existe no meu vocabulário!
Ele automaticamente pegou a faca de dentro da mochila e olhando para o desespero do colega, ele ria alto.
- O que você vai fazer cara? Eu juro que não faça mais nada contra você. Cuidado com essa faca.
Ele ainda tentou se soltar do Juninho, mais a sua perna estava muito machucada, e ele estava com dores no corpo devido à queda. Sem nenhuma piedade, Juninho perfurava a barriga dele, até matá-lo. Como ainda era dia, ele colocou aquela faca rapidamente de volta a mochila, trocou a camisa, pegou a sua bicicleta e saiu... Deixando o corpo daquele rapaz de apenas 17 anos, para trás. Aquele seria o primeiro de muito outros terrores que o Juninho iria aprontar.