Escravos e Espartanos [Cap.:3]

Um conto erótico de Cinzento Curioso
Categoria: Homossexual
Contém 1602 palavras
Data: 24/04/2013 20:04:16

Eu estava completamente centrado nos olhos do meu mestre, sem nem piscar. Pude sentir o olhar de algumas pessoas sobre nós, antes do primeiro choque do meu mestre passar, e ele desferir pancadas ao longo do meu rosto.

- Ora seu vira-lata imundo! Você esqueceu seu lugar, um? Dizia isso em meio a sequência de chutes que agora dava em minha barriga. Eu tentava, em vão, parecer forte e fingir que nada estava me incomodando, mais meu dono golpeava com força, me fazendo, inevitavelmente, urrar de dor.

Agora um semi circulo de pessoas rodeava nós dois, eu estava de quatro, segurando o frenesi de ponta pés que recebia na barriga, meu mestre as vezes se afastava um pouco e avançava com um forte chute nas minhas costelas. Eu sei que não se desmaia com costelas fraturadas (até porque elas estavam se regenerando sem parar) mas mesmo assim, a dor era imensa. Sentia como se milhares de agulhas perfurassem meus ossos a cada chute. Doía o corpo todo.

- Ora, vejam só! Um cão rebelde! - Diria uma voz masculina do minúsculo grupo que assistia ao show.

Eu fechei meus olhos fortemente e mantive a minha posição. Agora eu olhava para o chão embaixo de mim enquanto sentia um líquido quente percorrer a superfie do meu corpo. Apertei os olhos mais e mais, para não chorar perante a humilhação que sofria.

Alguns riram, já outros falavam em tom de desapontamento:

- Tsc tsc tsc... Um mero cão dirigir-se assim com o dono? Em que mundo estamos?

- Implausível. – Uma voz concordou.

- Bata mais forte!

Ele obedecia. A cada comentário intensificava os chutes, quando a força parecia chegar ao limite, aumentava mais nos próximos golpes. Mesmo com a regeneração, seria impossível resistir a tanto.

Depois de uma eternidade, eu não mas fazia força para manter-me. Apenas deixava meu corpo desfalecer no chão frio enquanto sentia os pés pesados do mestre que agora pareciam facas ao entrar em contato com meu corpo. Podia sentir a consciência indo embora, mas os ataques pararam abruptamente.

A curiosidade, naquele momento, me valeu mais do que o medo e a dor, eu abri os olhos e pude ver a cintura de um homem atrás do meu mestre, próximo, com a mão destra repousada no seu ombro, subi mais a visão e pude ver que este cochichava algo em seu ouvido. Seu cão estava logo ao lado, olhando para os meus olhos semicerrados que observava a cena. Ele tinha cabelo curto, não raspado, um rosto grande e era musculoso. Estava com os punhos cerrados de encontro ao solo, e estranhamente tinha uma coleira prata com uma singela corrente que ia de encontro ao palmo do seu senhor. Porque diabos um cão precisaria de coleira? O mestre deste ainda cochichava perto ao ouvido do meu mestre.

Este cão, estaria preocupado ou exitado? Ele me olhava intensamente, e seu bíceps interceptava o meu campo de visão quanto a seu órgão genital.

Escutei as vozes ficarem mais altas, o cansaço, a dor e o medo prevalecerem dessa vez: fechei meus olhos.

- Pode abrir os olhos garotão, você já se regenerou. – A voz do meu mestre era estimulante além dos limites, eu, involuntariamente, ergui e pus de quatro diante dele, olhando para as suas sandálias de couro. Todo meu corpo tremeu quando ele afagou meus cabelos. Ele se abaixou, e disse ao meu ouvido:

- Porque tão rebelde, meu cãozinho? Eu não sou um mestre bom? – Sua voz era pura seda.

Ele continuou acariciando meus cabelos, dessa vez com mais força. Agora, praticamente toda a dor tinha evacuado do meu corpo, sua mão era um alicerce para minha existência. Me senti mais quente e amado. A dor acabou por deixar para trás um cão bobo com um carinho dono. Bobo e feliz.

Acabou em um instante.

Quando olhei para cima, o sorriso de satisfação se desfez dos meus lábios ao observar o objeto na outra mão do meu mestre.

Este tinha uma forma de anel grande com um vetor ligado até o centro, não sei de qual material era, sua cor alternava entre cinza e vermelho sem parar. O que me assustou não foi isso, e sim, o brilho misterioso nos olhos azuis escuros do meu mestre. De repente, senti como se ele fosse arrancar minha alma por aquele contato com meu couro cabeludo, senti aversão a meu mestre e me senti em desespero, como se tivesse que urgentemente ir para longe. Meu coração iria saltar da minha boca.

Apesar do meu estado de choque, a minha única resistência foi olhar para o lado em um pedido silencioso.

Corri meus olhos para o cão, suas sobrancelhas estavam franzidas e ele não me olhava diretamente, ele estava com pena. O seu mestre, apenas observava minha ereção... Espere, minha ereção?

Meu mestre levantou-se sem tirar seus olhos da minha face e sem retirar sua mão do lugar, começou a forçar o seu pênis por baixo das vestes contra o meu rosto. Senti uma onda de calor percorrer todo o meu corpo, finalizando em minha própria intimidade. Ele esfregava com força mediana todo o seu monumento em meu rosto, eu sentia o calor que este emanava enquanto, vez ou outra, ele puxava minha cara mais forte de encontro com seu pau.

Aí que algo estranho aconteceu. Eu não estava mais lá.

***

Eu avançava, e estava sendo seguido. Porém, estes passos estavam no mesmo ritmo do que o meu. Corríamos em um local desértico, com várias ruínas ao redor, ruínas enormes. Paramos em frente a uma muralha, esta era nova em folha, e qual nossa surpresa, quando criaturas voláteis sobrevoaram por cima da construção, pousando a algumas dezenas de metros atrás de nós.

Eu tinha me virado e agora eu via as costas dos meus acompanhantes: Um grupo de adolescentes de roupa esquisita olhava aterrorizado para os nossos oponentes. Eles eram doentemente brancos, com asas que iam vários metros atrás de seus ombros. Eles estavam com braços cruzados e, o que parecia ser o líder, dirigiu-se a nós:

- Voltem.

- Nunca! – Gritou uma garota que estava conosco.

Não entendia nada que ocorria ali, eu apenas observava dentro do meu corpo. Sei que uma batalha se iniciou, alguns de meu grupo lançavam uma escuridão com bordas clareadas rumo aos voadores, e eles, aparentemente, tinham um grande medo deste... ataque!? Como pode uma batalha começar tão rapidamente assim, antecedidos de meias palavras? Amaldiçoada seja, Moby, você nunca segura essa sua língua.

Como eu sei o nome dela? Eu estava parado, observando os voadores fazerem zig-zag pelo ar desviando das ondas emanadas pelos componentes do meu grupo, porém, um não atacava.

Estava ao meu lado, com um joelho dobrado e uma perna apoiada, estava curvado perante mim??? Eu nunca tinha visto uma pessoa do ângulo de cima, porque ele se curva perante um cão?

Eu queria perguntar, falar, fugir, mas eu estava paralisado, incrédulo.

- Suas habilidades telepáticas não funcionarão aqui, Mylord ( essa palavra ressoou como um sino no meu ouvido). Essas criaturas não tem mente própria, foram invocadas por alguém. Você deve acompanhar Lujeck até a grande cidade, para lá sim fazer bom uso.

Um garotinho ruivo carrancudo se aproximou de mim, me abraçando e uma explosão de cores explodiram nos meus olhos, tudo girou.

***

Eu estava novamente, agachado, com minha face sendo esmagada pelo monumento debaixo da calça de meu mestre. Eu senti uma leve dor de cabeça, porém, estava completamente dominado pelo desejo de ter aquele pau. Ainda não podia falar, nem mesmo resistir. Entendi naquele momento que aquela foi uma experiência que eu teria que lidar sozinho. Porém eu me sentia... diferente.

- Você não sente pena? – O cão perguntou a meu mestre.

- Quieto, Academos. – O seu senhor o repreendeu.

- Sentir pena do quê...? – Meu mestre estava excessivamente simpático, geralmente ele chuta cães alheios que dirigem a palavra para ele. Talvez ele estivesse ponderando por ser cão deconhecido? Não sei quem aquele homem era. – Ele parece não estar gostando? Ele parece estar resistindo? – Enquanto dizia isso, continuava esfregando-se em meu rosto, as vezes até me faltava ar.

- Kenichi, deite-se.

Não senti meus músculos se contraírem em reação ao comando desta vez. Me sentia leve, relaxado. Porém, não queria levar outra surra, então apenas obedeci, embora eu curiosamente não temesse uma surra agora.

- Kenichi, você ultimamente tem se mostrado indomável. Eu, seu mestre, compreendo que eu fui relaxado demais quanto a sua criação, você não é o único culpado. – Eu estava com a cabeça inclinada para vê-lo brincando com meu mastro, que estava todo babado pelo pré-gozo. Via meu corpo liso, pardo, sem pelos, vermelhões, só meu corpo. Ele havia regenerado completamente. Eu estava ofegante, meu peitoral subia e descia enquanto eu transpirava de maneira normal. Agora olhando para meu mestre, eu fia apenas um jovem bonito. Entretanto, um jovem bonito comum, não um mestre, não sentia medo. Ele até parecia mais frágil e parecia menos forte e poderoso do que antes.

- ...Você é rebelde, levado, desobediente e possessivo. Você irá ter todas suas rédeas governadas por mim agora. TODAS. Inclusive, o seu direito de gozar está sendo revogado.

Senti a joia entrar pelo meu canal da uretra, tapando rapidamente ali. Ela começou a brilhar vermelho escarlate puro, enquanto eu me contorcia de prazer. Eu sentia meu saco formigar e querendo lançar os jatos, eu teria gozado, mas algo sugava minha energia, não deixava eu sentir o ápice do prazer. Sentia minha próstata em agonia. Devido a essa sensação, comecei a chorar.

- Agora meu cãozinho, terá que me implorar para gozar. E só terá isso quando mostrar-se novamente ser um bom serviçal – Retirou a mão do meu membro rijo, ergueu-se com um sorriso vitorioso.

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Comentários

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Cara cadê você?! Volte pra nós vai, tô com saudade e ancioso pra saber o que vai acontecer =/

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Hehehehe esse gosta de apanhar quero revanche faça seu mestre de escravo tambem, tomara que ele sofra!! Muito interessante a história!

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O.O impressionado com a quantidade de detalhes e com seu jeito de narrar. Que bom que algo mudou, só não entendi muito bem como um corpo pode se regenerar tão rápido. Mal posso esperar pelo próximo capítulo desta maravilhosa história

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