LOVE - Mais uma história cliché adolescente 5

Um conto erótico de L.perfectionist
Categoria: Homossexual
Contém 1098 palavras
Data: 26/04/2013 07:19:55
Assuntos: Gay, Homossexual

Cap. 05 – Do amor ao ódio

No dia seguinte acordei muito antes do horário, tanto que eu vi minha mãe sair para trabalhar. Eu realmente tinha dormido muito mal por conta do ocorrido, mas tinha esperanças de que o Eithan não fosse um completo idiota e depois de algum tempo ele me entregasse mesmo que ele tivesse lido meu diário eu aguentaria as brincadeiras dele de mau gosto, aliás, de péssimo mau gosto. O mais importante eram as cartas. As cartas...

- Oi migo.

- Oi Bel.

- O que tá acontecendo?

- Nada.

- Tá sim você tá com cara de quem chorou.

- Não foi nada Bel.

- Olha eu quero ser sua amiga aqui então eu acho melhor você me contar o que está acontecendo pra que eu possa desempenhar minha função aqui.

A Bel pode até bancar a maluca, mas ele com certeza era alguém que eu podia confidenciar minhas coisas então eu contei tudo a ela que de imediato se prontificou a, de alguma maneira, me ajudar.

Quando ele chegou a Bel quase que acabava com a raça dele na sala, mas antes que ela fizesse isso a impedi, naquele momento não seria bom mexer com quem era mais poderoso do que eu.

Enquanto o professor copiava a atividade na lousa eu recebi um bilhete dele que dizia “na hora do intervalo quero falar com você, mas vá sozinho”. Nossa ele realmente estava por cima e eu não poderia fazer nada a respeito senão esperar e seguir seus comandos.

Chegada à hora do intervalo ele saiu da sala e eu fiquei mais um pouco conversando com o professor e tal. Depois de um tempo sai à procura do Eithan, infelizmente não o encontrei.

Tocou o sinal e voltamos pra sala. Fiquei muito curioso com o que ele queria falar comigo, mas infelizmente eu só ia descobrir depois.

Quase no final da aula pedia a professora de história para ir ao banheiro. Sai e fui lavar meu rosto.

Quando eu estava levantando meu rosto assusto-me com o reflexo do Eithan no espelho.

- O que foi? Tá assustadinho é?

- Vê se não me enche Eithan.

- Não sei se você sabe, mas eu estou com o seu diário que por acaso é muito bom e as suas cartinhas.

- Olha cara, numa boa, essa historia já foi longe demais eu já aprendi a minha lição. Você é quem manda eu perdi e admito, mas, por favor, devolve o que é meu.

- Claro que não. Você tem que pagar por tudo.

- Vai pro inferno então.

- Ah é, mas saiba que eu sei o seu segredo.

Quando ele falou isso o chão sumiu e senti que acabara de cair em um poço sem fim. Todos os meus temores se concretizaram, ele realmente leu o meu diário e com certeza ele, no mínimo, iria tira uma cópia dele e mostrar pra escola toda.

- Pois é o seu segredinho tá comigo. Será que eu conto?

Fiquei em silêncio e ele continuou.

- Acho que vou contar. Não, não vou contar. O que você acha?

Permaneci em total silêncio.

- Bom quem cala consente então acho que vou contar.

Ele saiu e eu fiquei ali paralisado preso em meus pensamentos. Eu só pensava que ele ia falar.

Quando finalmente voltei ao mundo real me dirigi até a sala sentei e esperei tocar pra ir embora e poder, enfim, chorar o que tinha direito. Poderia ser de raiva por me sentir impotente naquele momento e/ou tristeza porque eu tinha fé na humanidade dele.

No caminho pra casa pensei;

“Como eu te odeio Eithan. Sua hora vai chegar e quando chegar eu triunfarei sobre você”.

Cheguei a ter medo do que acabara de pensar, mas meu ódio era maior, muito maior.

Em casa eu não deixei que ninguém percebesse nada, não estava a fim de ouvir minha mãe com a ladainha de sempre, fazer um escândalo na escola e ele acabar destruindo os meus bens. Deitei-me um pouco na cama, mas estava sem sono então fiquei olhando para o teto branco, pensei em por algum papel de parede lá. Com esse pensamento em mente fiquei imaginando em qual eu colocaria até ser interrompido pelo alerta do facebook. A Bel falou um oi e eu fui responder com outro oi, ficamos conversando um pouco até que ela perguntou por que eu tinha voltado pra sala daquele jeito, expliquei toda a historia e tal, como sempre ela ficou muito indignada com ele. Ela estava mais maléfica que eu, queria muito se vingar dele, mas eu falei que não queria porque senão eu ia ficar sem as minhas coisas ela pensou bem e concordou em não fazer nada com ele.

Dias se passaram e nada mudou, mas eu continuei firme. Pelo menos tentei ser.

E o fim de semana acabara e era hora de voltar pra rotina de sempre, pois é eu realmente estava sem saco nenhum para encará-lo, mas enfim que escolha eu tinha.

Estava lá eu tentando entender a matéria quando o Eithan passa por mim com as minhas coisas e me joga um bilhete dizendo que era pra eu acompanhá-lo. Ele saiu e eu fui atrás, a Bel queria ir junto, mas eu disse que não que eu iria resolver isso sozinho de uma vez por todas.

Respirei fundo e segui-o até um corredor deserto, não tinha ninguém nem nas salas, ele parou e falou:

- Bom acho que já é hora de resolvermos isso.

- Concordo.

- Por isso toma.

Ele me entregou o meu diário e as minhas cartas. Depois sai dali e olhando as cartas percebi que estava faltando uma e era justamente a que eu mais tinha carinho. De repente ele me chama e eu olho pra trás o vejo com ela numa mão e na outra ele tinha um isqueiro.

Antes que eu pudesse fazer alguma coisa ele acendeu o isqueiro e ateou fogo na carta e disse:

- E isso é pra você aprender o quanto é bom se meter comigo.

Cai no chão e deixei uma lágrima escorrer pelo meu rosto. Estava ali naquele chão frio à carta que mais me admirava, a carta do primeiro cara que eu namorei de verdade, uma carta de amor verdadeiro, quer dizer, mais ou menos porque no final nos tornamos bons amigos, mas uma carta apaixonada.

Enquanto eu chorava baixinho a Bel se aproxima e me abraça. Ficamos por ali alguns longos minutos. Quando eu me senti um pouco melhor eu contei a ela o fato e disse que depois daí eu não queria me meter mais com o Eithan, ela me abraçou e sem falar nada saímos em direção à sala.

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