Via o bairro inteiro do 6 andar da faculdade, via as pequenas casas que daqui pareciam casas de passarinhos, via os prédios que antes eram imponentes virarem apenas mais um poste na cidade, via as luzes da cidade brilhando como milhares de estrelas no céu noturno, eu fiquei o dia inteiro estudando no prédio, estava morto... eram 3 horas da manhã.
-Bernardo...- Carolina me chamava-... Ninguém mandou você querer fazer medicina na USP, parece que não sabe que iria estudar mais que todos! pode me ajudando a entender essa tese do Alan Klour...
-Voce já viu essa paisagem?
-O que?
-To perguntando se você já parou para ver essas pequenas luzes acessas no horizonte.
-NÃO TENHO TEMPO PARA ISSO GAROTO!!! - ela sorriu - VOCÊ TAMBÉM NÃO! ESTOU TENTANDO FAZER MINHA PARTE AQUI!
-Eu sei, acordei!- eu virei e dei de costas com a janela gigantesca da biblioteca...- que sinistro, só nós nessa biblioteca mal iluminada!
-Cala boca- ela olhou para mim e franziu o rosto- me ajuda aqui!
-Eu...- mal acabei de falar a frase, foi como uma pedra de gelo em contato com a pele quente, ouvi um disparo de arma de fogo vindo do telhado, depois veio um grito familiar... eu me virei para a janela e vi do céu estrelado e imponente cair algo que sujou totalmente aquela bela imagem, um vulto bege passou pela janela direto ao chão. Depois veio o barulho do choque do corpo amassando o teto do carro, meu coração quase saiu pela boca, corri para a janela e olhei para baixo, as luzes do carro dançavam no estacionamento escuro, agora eu pudia ver melhor o que havia caído do telhado, era um homem usando um casaco beje que me era muito familiar. -AAAAAAAAAAAAAAAAAH- eu gritei...- LIGA PARA A EMERGÊNCIA!!!- eu disse com lagrimas nos olhos... a poça de sangue já se formava embaixo dos destroços do carro, desci as escadas correndo e chorando demais, quando cheguei lá embaixo a emergência já estava tirando o corpo.
-Ele ainda esta vivo, vamos logo para o hospital- eles gritavam.
-O que aconteceu?- eu perguntei para o porteiro da faculdade que havia visto tudo...
-Parece que alguém acabou de cair daquela altura do prédio e sobreviveu!!! Isso que é deus não é?
-Quem caiu?
-Os médicos falaram que foi um aluno daí...
-QUEM??? FALA O NOME!!!- eu estava tão nervoso que não consegui segurar minha curiosidade.
-Oxi , foi um tal de Felipe... estudava ai com vocês era do 3K...-A noticia me atingiu com a força de 3 caminhões. Flashes de memorias brilhavam no meu pensamento, sentei na calçada e pôs a mão na cabeça, eu estava tonto- tú tá bem?
-Sim..- coloquei a mão na boca e nos olhos para esconder as lágrimas-... eu estou bem.- olhei para o asfalto molhado pela agua da chuva e me recordei.
"Foi no meu primeiro ano de faculdade que conheci Felipe em meados de julho. Nas ferias nossa faculdade passava itinerários para os alunos informando onde eles deveriam ficar hospedados durante 1 semana, lá os alunos deveriam observar o local e depois fazer um relatório de como é a situação dos hospitais lá... eu fiquei com um hospital em cotia com mais 9 alunos da faculdade de outras series, tivemos de dividir o quarto do hotel para esses 9, fiz amizade com uma garota chamada Caroline, no nosso quarto tinha um garoto de mais ou menos 27 anos, era o Felipe, ele dormia na cama ao lado da minha. Felipe era um garoto de ouro, tinha cabelos e olhos escuros como a noite, pele branca como a neve e o corpo forte de quem passa horas na academia. Na penúltima noite o pessoal marcou de sair para aproveitar Cotia, nós 10 saímos para uma balada alí perto.
Lugar estranho, sujo e com gente esquisita, me sentei no balcão do bar e fiquei esperando meus amigos se cansarem.
-Me conte mais de você agora- Felipe disse sentando no banco ao meu lado, ele pediu 2 copinhos de whisky- você é bem caladão né Bernardo?
-Não...- eu gaguejei- só não tenho intimidade com quem eu não conheço direito.
-Eu sei o que pode te alegrar!- os whiskys chegaram- peguei um para você, agora vira ele inteiro!
-Não estou acostumado com bebidas-
-Não!!!- Felipe já estava bêbado - não me importo com isso, BEBE LOGO!!!- ele sorriu e passou a mão nos cabelos escuros como o céu daquela noite.
-Tá bom-eu peguei o copinho e virei. O calor foi subindo e eu já estava ficando tonto.- PUTZ, ESSA FOI DIFICIL!!!- peguei o outro copo que ele já se preparava para beber e tomei- AAAAAH!!! GARGANTA ARDENDO!- dei um sorriso
-Eae? tá bem agora?- tudo começou a ficar zonzo. Pedimos outra rodada e eu já estava quase caindo enquanto conversava com Felipe, falava um monte de bobeira e parecia que o garoto lindo na minha frente estava gostando.
Todo aquela graça, todo aquele corpo, todo aquela beleza estava rindo e se divertindo das minhas piadas, ele me fazia sentir como um diamante.
Acordei de ressaca no dia seguinte, eu nem conseguia me levantar.
-DESCULPA, DESCULPA E DESCULPA- Felipe franziu a testa enquanto se ajoelhava no chão de madeira do hotel e juntava as mãos perto do rosto- não era para eu ter te obrigado a beber...
-Esta tudo bem...
-Eu te dou uma carona para casa, ok?
-Tá bom... melhor que ir de ônibus!- rimos.
Era uma noite quente de verão, ele brincava comigo como se eu fossemos duas crianças voltando para casa.
-Ei - ele disse coçando o canto dos lábios- acho melhor você dormir lá em casa hoje...-
-Mas por que?
-Por que já esta tarde e sua casa é muito longe, estamos a 3 quadras da minha, que tal? amanha eu te levo para sua eu juro!
-Está bem então.
Felipe morava em um apartamento perto da avenida paulista, era pequeno mas era muito bem decorado.
-Uau- eu disse enquanto ele abria a porta da casa.- muito bonita sua casa.
-Ela dá o melhor de si.- rimos.
Ouvi o latido de um cachorro no quintal...
-Você tem cachorro?
-Sim, um feroz Labrador Retriever cor de mel.
Eu franzi a testa
-Ele morde?
-O que??? ele parece uma moça! não machucaria nem um inseto! -Ele abriu a porta do quintal e deixou o cachorro entrar, ele latia e pulava de alegria ao ver seu dono.- QUEM É O CACHORRO MAIS FROCHO DE SÃO PAULO?- ele coçava a cabeça do cão enquanto o cachorro latia e lambia o rosto dele.
-Ele é muito fofo-
-Ei, Spike!- ele disse falando para o cachorro- esse aqui é o Felipe, ele estuda comigo e é um cara muito legal então nada de querer trepar com a perna dele, ok?
-Seu cachorro trepa com a perna das visitas?
-Sim, e eu não culparia ele! você é muito bonito, até eu tenho vontade de trepar com você.- ele virou o rosto e deu um sorriso de canto de boca que me arrepiou.-Bom, acho que você não gostaria de dormir no sofá pois ele quebra qualquer um de madrugada e nós não temos outro colchão... vai ter que dormir comigo hoje!
-Com você?
-Sim, por que?
-Nada...
-Minha cama é quentinha, cara.- ele riu- vou tomar um banho.
Fiquei na sala sentado no sofá esperando ele sair do banho, o cachorro dele veio e lambeu minha mãos geladas, escutei a agua caindo no ladrilho do banheiro. O apartamento tinha um espelho que se refletia em outro espelho e dava para ver a porta do banheiro nos reflexos, ele deixou a porta meio aberta, achei que ele estava deixando a água ficar bem quente ante de ficar pelado e fechar a porta mas eu escutei o som ser abafado por um corpo que havia entrado debaixo da água, ele estava peladinho, eu estava quase vendo o corpo dele pela pequena fresta aberta. Estiquei meu pescoço para ver se eu conseguia ver algo, estava saindo bastante vapor do comodo... Escutei a porta se abrindo, me arrumei imediatamente virando o rosto para frente e ficando reto.
Felipe abriu a porta inteira, eu virei rapidinho para o espelho e vi o corpo branco e pelado dele se exibir, meu pau ficou duro no mesmo instante... ele nem olhou para o espelho nem nada, voltou para o banho levantou os braços grossos e passou shampoo na cabeça, eu achava que ele não podia olhar para mim pelo espelho então desbotoei minhas calças e comecei a bater uma punhetinha, eu olhei no espelho e vi que ele também estava com o pau duro, ele fez uma especie de concha com a mão e começou a bombar o pau, indo para frente e para trás, ele também estava batendo uma punheta gostosa, ele mexia no escroto como se estivesse brincando com bolinhas de gude. Vi os olhos dele se virarem exatamente para o espelho, ele me viu batendo punheta imaginando ele mas também não parou de bater a sua punhetinha. Ele piscou, e fez um gesto com as mãos me chamando para o banho. Eu ignorei e virei para frente.
-Bernardo...- ele gritou do banheiro- não adianta mentir, eu vi você batendo essa punhetinha!!! Vem aqui tomar um banho comigo, cara!- ele passou as mãos no cabelo que formavam um massa preta na cabeça dele -Vem bebezinho?
Me levantei de vagar e fui até o corredor do banheiro, ele estava no final, lindo como sempre.
-Tem certeza?- eu perguntei.
-Absoluta...
Tirei minhas roupas enquanto andava pelo corredor, olhei para o rosto de Felipe que estava serio e rígido como uma pedra, ele mordia os lábios e me olhava enquanto mexia no pênis, entrei no box já sem roupa alguma, senti a agua cair em meus cabelos e me esquentando inteiro, experimentei a boca doce daquele garoto.
-Se ajoelha aqui!- ele disse enquanto passava a mão no meio das minhas nádegas. Me curvei e fiquei de quatro no chão úmido e gelado do banheiro, ele ficou passando o dedo no meu anus, mexia em volta da aurela, as vezes enfiava o dedo que com bastante dificuldade conseguia adentrar no meu anus fechadinho, eu contraia a barriga quanto sentia ele enfiando o dedo com força. Ele bateu mais um pouco de punheta e depois com o penis duro adentrou no meu anus de vagar, senti o pênis forçando para adentrar no meu buraco, depois senti meu cú sendo preenchido com todo aquele pau, contrai minha barriga, ele começou a fazer o movimento de vagar, ele segurou minha virilha e começou a acelerar, batia a parede do abdômen na minha bunda, sentia pinicando minhas nádegas com os pelos pubianos, cada vez que o pênis dele se arrastava pela parede do meu anus, olhei para trás e vi o abdômen musculoso dele se contraindo, os olhos dele estavam vidrados em meu rosto. Ele coçou a orelha com uma das mãos e depois voltou a segurar minha bacia, sentia o escroto dele batendo nas minhas nádegas, o barulhinho *pac pac pac* estava ficando mais rápido. Ele gritou e mandou eu me virar.
-É agora,- ele disse enquanto batia punheta, eu me preparei na frente do pau dele para receber o gozo quentinho. Coloquei a língua na cabeça do pau e senti um jato quente vazar por minha boca, o liquido branco escorria pelos meus labios, quando acabou ele enfiou o pau ainda molhado de gozo na minha boca, eu limpei o pênis inteiro, como se fosse um sorvete de creme o lambi inteiro... Passei a mão no meu queixo e depois lambi meus dedos pegajosos de gozo cremosinho. Me lavantei rapidamente e tive o maior e melhor orgasmo da minha vida, sujei todo o peito musculoso de Felipe, aquele orgasmo fez com que eu não me sentisse mais lá, parecia que eu havia passeado na montanha russa 3 vezes, depois que eu tivesse ateado fogo no meu penis, enquanto passava por uma ponte de arco-iris no céu da cidade...- EU TE AMO- Felipe disse me puxando para o outro lado da casa.
Ele me deu umas roupas para dormir, ficou grande mais ficou perfeito para mim.
-Felipe...- eu disse no ouvido dele-... Você vai continuar me amando até quando eu não for mais jovem e bonito?
-Claro...- ele disse com um sorriso- eu sempre vou lhe amar, mesmo quando você estiver preste a morrer."
Acordei daquelas lembranças sinistras, eu estava sentado na calçada da faculdade, com os olhos ainda lacrimejando, minha cabeça rodava.
-Ei, Bernardo?- o porteiro disse- tú era amigo dele?
-ele...- respirei fundo-... ele era meu namorado.
-Oxente, rapaz! Tú é gay?
-Sou, sempre fui. Por que?
-Eu ein... Vai para o caminho de deus, menino!
-Bom... Eu espero que o meu deus, que não sei se é o mesmo que o seu, te perdoe pelas baboseiras que você esta falando para mim!
O porteiro ficou quieto e voltou para o seu posto, peguei o ônibus e fui para casa.
Durante a noite inteira fiquei pensando no acontecimento.
Continua...