Coração Otário Parte 12

Um conto erótico de Passionate Boy
Categoria: Homossexual
Contém 1598 palavras
Data: 28/04/2013 17:01:31

Coração Otário

Capitulo: (12) Próximo do felizes para sempre? O fim evidente.

"Relacionamentos quando não se sustentam mais, utilizam tanto do 'ponto final' que acabam se tornando reticências." - Aline Lopes

Eram 16:30 e eu me sentia tenso. Não era pra menos, no próximo dia as aulas e toda aquela chatice recomeçaria. Mas pera, não esse ano. É, seria diferente. Eu teria alguém pra partilhar tudo que me chateasse e assim me sentir pronto pra enfrentar o temido ensino médio. Na verdade, eu não sabia o que esperar, então ter alguém que pudesse ficar ao meu lado já parecia perfeito.

_Preciso ir aí. Agora. - O tom de voz não era nada feliz. Era tenso na verdade, tanto quanto eu me sentia.

_Então vem. Agora. - Respondi no mesmo tom de voz. Eu queria rir e pensar que ele ia falar algo sobre não saber com que roupa ir, ou que hora deveria acordar. Mas não consegui esboçar um sorriso, lembro que na verdade temi por algo que não sabia ao certo o que era.

Não demoraram cinco minutos e ele já estava a minha frente. Tenso, os punhos fechados, mal me cumprimentou. Essa cena me marcou, eu pressenti o término, a sensação foi terrível.

Por alguns minutos ele empurrou o porque de estar ali. Com alguns assuntos triviais, mas nada relacionado ao colégio. Até que eu perguntei:

_Que hora então você passa aqui?

_Não passo. Não vou com você.

_O que? - Fiquei chocado naquele momento. Porque não querer ir comigo?

_Não vou pro seu colégio. Vou para o... - O colégio que ele disse que ia era um localizado no centro da cidade, movimentado, com bastante gente com mais grana, digamos assim. Não era particular, mas era um colégio bom. E como o pai dele, apesar do monstro idiota que era, prezava pela educação e pelo próprio dinheiro, escolheu o tal colégio. Não sei dizer qual o motivo de querer um colégio bom. Eu tinha de ser sincero, sozinho Ben não aprovaria naquele colégio.

_Ahh cara, como me fala isso agora? Tu não tinha feito pressão pra ir pro mesmo? - Eu incomodei ele tanto pra ele incomodar seu pai que era frustrante saber que tudo tinha sido em vão. Lembro de perguntar várias vezes "ele já fez tua matricula?" e ele dizer ainda não, mas quando feita me garantiu que era no mesmo colégio que eu ia. Fomos enganados.

_É. Ele me falou hoje. Um dia antes. Ele planejou isso, com certeza. Agora não posso fazer nada, briguei com ele inclusive. Ameacei não trabalhar, mas não tem jeito. Vou pro noturno.

_Ah não acredito, isso ainda piora? - Se ele ia trabalhar a tarde ou manhã e estudar a noite, de qualquer jeito só teríamos os finais de semana.

_Não é culpa minha. - Eu sabia que não era, mas também não era minha, principalmente por ter forçado a história da matricula no mesmo lugar. Não era tão grave quanto podia ser, também não era uma boa notícia. Agora eu teria de trocar de escola, simples.

_Ok, deixa assim.

No dia já fiz planos pro final de semana que viria inteiro. Chequei os dias da semana e não tinha jeito, era sábado e domingo livres. Só. Combinamos de futuramente acordar cedo em ambos dias, ou fazer algo o sábado a noite. A ideia parecia boa demais até, mas sinceramente a semana foi pior do que poderia ser.

Uniforme feio, dia feio e quente, gente estranha, escola que parecia um manicômio ou igreja do século XVIII. No pátio a diretora, uma loira magra e cheia de botóx discursava com uma voz enjoante e antipática. "Aos alunos novos bem-vindos" é só o que eu lembro do blábláblá dela. Eu olhava pros lados ainda, tinha a esperança de ver Ben por ali. Depois dessa chatice toda encontrei William. Já falei sobre ele não? Ele foi importante quando Ben tava de papo com a Vanessa. Ele não sabe dos detalhes por trás da confusão, claro. Nós conversamos, ele me mostrou um pouco do colégio, muito animado pra quem acordou as 6 horas. Eu me sentia horrível com aquele uniforme, saudades de calças jeans. Usava jeans desde que comecei a cuidar do meu visual, ou seja sempre. Hoje em dia é comum, mas na época me enxiam o saco. Então encontrei Henri, que eu chamava de amigo, no terceiro andar. Já estavam em frente a uma sala, a do canto. O corredor era estranho, uma das paredes era somente uma grade torta. Dava uma boa visão do refeitório e mais ao fundo, a montanha gigante e só arvores. Se eu não estivesse de mau humor, teria observado aquela paisagem já naquele dia. Esse se tornou meu hobby no meio do ano.

As turmas então receberam seus professores. A minha era um tanto estranha, cara de brava, peitos gigantescos, gigantes mesmo. Ela reclamava que sentia até dores nas costas, coitada. Explicou as regras do escola, contou sobre a história do prédio. Sim, já tinha sido um convento ou algo assim. Pelo menos padres viviam lá. Isso explicava salas menores e outras bem maiores. Ainda era estranho imaginar padres naquelas salas. Ai um trabalho. A primeira semana foi assim, professores apresentavam-se, na maioria dos dias permaneciam lá todas aulas graças a falta de períodos marcados. O primeiro trabalho eu não fiz, é comecei bem. Ainda falei "não fiz" pra professora. Na época ela me odiou, pegava no meu pé... Mas isso mudou com o tempo.

Minha turma e amigos consistiam de: Repetentes e nós. Quando digo nós, quero dizer que o resto veio do mesmo colégio que eu, mas de outros turnos. Era um colégio pequeno, a maioria já se conhecia. Tinha essa menina, que eu conhecia desde a infância mas não era do meu turno, a Bruna. Henri, que vocês já conhecem, infelizmente. Eduarda, que estudava com Henri e eu, Vini e Ale. Logo nós formamos um grupo. Ai tinha esse outro grupo, duas meninas e um menino. Um grupo do fundo de 7 meninas. Todas bagunceiras ao extremo. 4 delas saíram antes do fim do ano. No meio diretamente do meu lado o Vini e o Ale, e mais repetentes. Pro outro lado só repetentes. Um pior que o outro, foi tenso. A professora de biologia sofria, coitada. Colocavam sujeira até no cabelo dela, por ser baixinha. Ela era tão boazinha com todo mundo e só recebia brincadeiras ofensivas em troca.

A semana passou incrivelmente péssima. Nosso grupo era bem divertido pra ser sincero, mas faltava algo entendem? Com o tempo isso foi me afetando. Ele me ligava no skype, ligava webcam, mas eu ainda me sentia sozinho. Falava com a passionate girl, que eu desabafava minha frustração. Uma leve distanciação com Ale e Vini ocorreu e eu não me dei conta. Nós nos cumprimentávamos, jogávamos algo na educação física, mas as coisas mudaram também. Ahh, nunca futebol, os repetentes praticavam bullying simplesmente por você respirar. Qual que era a graça em simplesmente botar medo?

Essa rotina, vazia, começou a me colocar numa depressão profunda. Eu já tinha uma certa instabilidade de humor, essa debilitação, problemático como sempre fui. É foda passar por algumas coisas, e eu tinha a cabeça fraca, uma relação familiar conturbada, tudo conspirava pra eu acabar num poço de solidão e tristeza. Ben e eu começamos a nos ver menos e menos. Ainda nos falávamos com certa regularidade, mas nos víamos menos. E cada vez menos. Dois meses assim, e eu comecei a escrever isso aqui. Via ele as vezes uma vez por mês, e tudo parecia estranho, como era antigamente. Eu não passava o tempo que tinha reclamando, mas também nada era discutido, só ia ficando no meio da minha frustração. Eu então escrevia. Na época, minha memória tinha detalhes intactos. Hoje em dia eu escrevo pra não esquecer, e o que eu quero esquecer não sai da minha cabeça. Todo dia escrevo, seja por frustração, tristeza, alegria. Seja pelo que eu quero do futuro, pelo que eu sonho.

Não demorou muito, lá por junho eu pensei em trocar de colégio. As coisas com Henri e cambada iam de mal a pior. Eles brigavam entre si, e meu estado letárgico não ajudava muito. Não eram brigas que acabavam a amizade, mas eram ofensivas. Com o tempo comecei a ser ofendido junto. Algumas eram até engraçadas, eles viam graça naquilo. Uma vez ou outra ficavam um ou dois dias irritados um com os outros, mas sempre tudo voltava ao normal. Só que o que eles me ofendiam ficava. Eu comecei a cuidar menos da minha aparência, voltei ao normal, por assim dizer. Claro, até lá já tinham me zuado tudo o que tinha pra zuar, tanto os idiotas da turma quanto meus "MELHORES AMIGOS". E com a baixa auto-estima tudo piorou umas dez vezes. A gota d'água foi quando da boca do Henri, eu fiquei sabendo uma coisa que me matou por dentro. Eu sabia que era exagero, mas mesmo assim, o exagero podia explicar bastante todo sumiço dele. Ben tinha começado a usar 'drogas', como Henri mesmo disse, com direito a aspas gestuais. Esse foi o inicio do fim.

Olá. Eu disse que ia postar no dia 31, mas pra variar, uma coisa aconteceu. Eu ia postar cedo, ai acabei na casa de um parente a tarde até a noite. Na hora dos fogos, esse animal me ligou. É estranho, mas acabei ficando bobo, e decidi deixar rolar, quem sabe algo acontecia? Meu aniversário já ia chegar, então esperei. De qualquer jeito, ai está o capitulo 11. Esse ano tem show do Paramore, quem sabe não é? Eu sou idiota mesmo :

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Comentários

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Ah Luck como eu queria que você voltasse a escrever esse conto maravilhoso.

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Então Zack saudade de vc, de verdade. Provavelmente vc não vai ler isso td q vou falar aqui, pq faz mt tempo q vc não posta nd aqui na CDC, mesmo assim vou tentar ^^. Cara, eu lembro mt bem uma coisa q vc dizia no seu conto: “a minha ideia era escrever pra ajudar alguém que passasse por algo parecido. Fazer a diferença na vida de alguém, como eu gostaria que alguém tivesse feito na minha em outra época” Então, imagino q vc sabe q fez mt diferença p mts pessoas q leram, mas talvez não saiba o quanto foi importante p mim. Então vou te contar... Quando nos falávamos por e-mail ou MSN eu te falei q tinha vontade de ser corajoso como vc e escrever sobre minha vida como vc faz. Alguns anos depois relendo sua história.. Tomei coragem, escrevi e publiquei aqui, e por incrível q pareça algumas pessoas gostaram e ate hj continuo escrevendo. Eu dedico a vc cada palavra q venho escrevendo, cada sentimento e cada lagrima q derramei relembrando meu passado, te conhecer me deu coragem, se não fosse isso eu jamais teria feito. Por “culpa” sua hj montei td o quebra-cabeça da minha vida e me entendo bem o suficiente p ser bom de verdade p alguém, e tb entendo q tds os problemas q passei no passado acabaram me fazendo vitorioso no presente. Obrigado sempre, e sempre e sempre, sua historia fez de mim alguém melhor e agora também tento ajudar outras pessoas, pra q elas se sintam... normais e percebam q amar quem quer q seja nunca vai ser um defeito, é uma qualidade, é nossa maior qualidade, amar, mesmo passando por tantos problemas e preconceito e ainda assim continuar amando. E tipo... isso aqui é sim uma declaração, estou me declarando p vc rsrsrsrs. Isso é o mínimo q posso fazer por vc q foi minha inspiração. Sou péssimo em demonstrar sentimento, acho q já te falei isso, mas a Hayley sabe:

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"Some things just. Some things just make sense. And one of those is you and I. Some things just. Some things just make sense. And even after all this time. I'm into you. Baby not a day goes by. That I'm not into you. I should be over all the butterflies” Aaahh!! Não to dando encima de vc viu!! Ou pelo menos acho q não rsrsrs ;D

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Mais uma vez aqui... implorando de joelhos pra que nos dê mais um capitulo, no mínimo... a vida não tem sentido sem esse conto... kkk

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Cadê você? Por que sumiu? Voltaaa!!!!!!

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No final das contas era um exagero do Henri como eu disse. Mas é tenso, a imagem que você tem da pessoa é outra.. Eu acho que vou postar o próximo logo. ACHO. Até porque, esse capitulo é a prova do porque eu não queria postar isso antes...

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O_O Mentira que você voltou, depois de tanto te implorar e esperar alguns meses já perdi a esperança! Bem, muito problemas pra pouco Izaque '-' , imagino que deve ter sido barra acontecer isso tudo e saber que o namoradp está usando drogas. Você deve ter sido forte para passar por tudo isso e ainda dando oportunidade até hoje para Ben. Será que vocês terão outra noite como aquela ou Ben não vai querer ir ao show contigo? E não se prejudique porque as coisas não estão dando errado, saiba sobreviver e tirar proveito dessas situações, já que elas que nos permitem amadurecer e melhorar sempre. POOR FAVOOR, POR FAVOR, não pare de postar quero tanto saber do que aconteceu!!! Super abraço ;)

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Nem toda história tem seu "Felizes para sempre", mas... Espera! A vida ainda não terminou, agora que você "desabafou" conosco, levanta a cabeça, luta, grita, dá a volta por cima! Não deixa que nada te abale! A vida só acaba quando você assim permite.

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