FRANCISCO
Eu arrisquei tudo e perdi o jogo.
Eu segurava Guilherme pelo braço, mas seu corpo não demonstrava nenhum sinal de luta. Ele me olhava atônito, como se eu fosse um monstro. Eu via em seus olhos sua confusão.
Todo este transtorno começou a 17 anos atrás. Eu tinha 16. Em minha adolescência, assim como outros, eu so ligava para aquilo que me importasse. Eu tinha amigos fieis, muitos momentos de diversão e o principal, eu tinha Ana.
Ela, com certeza, era e sempre será a garota mais linda que eu conheci. No inicio éramos apenas amigos, mas o sentimento de amor era mutuo. Eu seu aniversario de 16 eu a pedi em namoro e desde então estivemos juntos no melhor e no pior.
Tivemos nossa primeira noite de amor juntos e infelizmente isto gerou um peso para nós. Ana ficou grávida e nós apenas tínhamos 16 anos. Era de esperar que ficamos assustados e arrasados. Não tínhamos visão nenhuma do futuro, so queríamos curtir nossa juventude, mas nossa imprudência acabou com nossos sonhos.
Os pais de Ana praticamente a expulsaram de casa e me culparam por tudo. Meus pais foram mais sensatos, porém não menos acusatórios. Minha namorada passaria a morar comigo, porém eu teria que arcar com toda responsabilidade.
Terminei o Ensino Médio, me enfiei num emprego medíocre e levei minha vida deste modo. Eu sustentava Ana e sua gravidez, mas meu esforço colocou uma pá de cal em nosso relacionamento. Era como se fossemos dois estranhos vivendo juntos.
Quando o bebe nasceu, uma luz nos tomou. O nascimento de nosso filho foi um momento de resgate do nosso amor. Nosso fruto era a prova de que éramos perfeitos um para o outro e que a partir dali seriamos uma família feliz.
Meus pais estavam tão felizes quanto nós, porém eles viam a situação de outra forma. Papai achava que eu e Ana deveríamos voltar a estudar e continuar nossas vidas. A proposta que viria a seguir realmente iria mudar tudo.
Minha mãe que teve a ideia de cuidar de Guilherme como filho, inclusive registra-lo em seu nome. Ana naturalmente lutou contra, mas meus pais foram muito convincentes. Disseram que eu e ela poderíamos conviver com nosso filho ao mesmo tempo que poderíamos ter liberdade para continuar nossas vida.
Guilherme seria meu irmão e eu o teria ao lado todos os dias. Eu aceitei a proposta e Ana também. Apesar do plano favorecer nossas vidas, meu relacionamento com Ana terminou naquele ano. Eu pensei que a culpa poderia ter sido minha, mas ela deixou claro depois que ela precisava de um tempo para assimilar tudo aquilo. Durante cinco anos eu so a via algumas vezes, quando ela ia visitar nosso filho.
A farsa se espalhou para a família e todos foram esclarecidos a manter o segredo. Guilherme cresceu sem saber de nada. Meus pais o mimaram como se fosse seu próprio filho, inclusive eu também fiz isso. Eu ajudei a cuidar dele, alimenta-lo, educa-lo e principalmente a protege-lo.
A cada ano que se passava meu filho se parecia cada vez mais com a mãe. Apesar da personalidade se desenvolver totalmente diferente ao de Ana, sua aparência lembrava a dela. Tal constatação me fez perceber sua falta. No aniversario de cinco anos de Guilherme eu voltei com ela e voltamos a ser um casal feliz.
Aceitamos a nossa condição e por isso continuamos de onde paramos. Fizemos cursinho juntos e depois entramos para faculdade. Mesmo com a nossa vida voltando a se agitar sempre reservávamos um tempo juntos com nosso filho.
Guilherme sempre foi do tipo que queria se aventurar. Desde de pequeno era foi curioso e tentava conseguir as coisas sozinho, mas ele sempre se machucava. Eu estava lá para ajuda-lo.
Quando ele aprendeu a andar eu estava do outro lado para segura-lo. Quando ele vivia correndo, era eu que o ajudava quando ele caia. Depois, quando ele tentou andar de bicicleta, fui eu quem o ensinou. E também era eu quem sempre limpava seus machucados. Eu era seu herói.
Guilherme cresceu me admirando. Mesmo não sabendo que eu era seu pai, ele sempre contava comigo. Mesmo que eu tenha permitido esta situação eu nunca deixei de estar ali com ele. Rejeitei sair de cama para morar com Ana, recusei propostas de emprego em outros estados eu fora do país, tudo para estar junto com ele.
Guilherme era meu menino e eu não queria me afastar dele. Por isso eu tinha tanto ódio dele se envolver com alguém, pois eu sabia que logo qualquer um poderia ver nele o garoto perfeito que ele era. E esta pessoa o tiraria de mim.
Eu expliquei isso a ele, contei tudo. Deixei nada a esconder, mas mesmo assim ele ainda me olhava como se tudo fosse explodirGUILHERME
Soltei meu braço das mãos de Francisco e sai correndo. Eu não podia lutar contra aquilo. Minhas pernas me levaram para meu quarto. Tranquei a porta e meu corpo fraquejou. Cai de joelhos no chão e junto vieram minhas lágrimas.
Como aquilo poderia ser verdade? Como meu irmão pode permitir que eu fosse enganado todo este tempo? Eu não conseguia entender por que eles fizeram isso. Ana e Francisco tinham me rejeitado, me deixado para ser criado por outros. Eles não me queriam, pois eu so seria um estorvo.
Me levantei e peguei uma mala em meu armário. Juntei o que pude e a enchi com minhas roupas e pertences. Mesmo atordoado consegui pegar meu celular e ligar para o primeiro que eu conseguisse. Ricardo atendeu.
- Alô, Guilherme. Aconteceu alguma coisa? – perguntou Ricardo preocupado.
- Por favor... Ricardo vem aqui me buscar. Eu te imploro. – eu disse alterado.
- Calma. Você ta bem?
- Depois eu te falo, mas por favor me tira daqui.
- Eu to perto. Em cinco minutos eu já estou ai.
Desliguei o celular e o enfiei no bolso da minha calça. Carreguei minha mala e fui em direção a porta. Eu tinha que sair dali. Era uma situação difícil demais para suportar. Quando eu cheguei na sala meu irmão e Ana ainda estavam lá, sentados no sofá consolando um ao outro.
Ana me viu e gritou meu nome. Ela se levantou e me agarrou pela blusa.
- Você não vai a lugar nenhum. - disse ela chorando, porém suas mãos não tinham forças para me deter.
Puxei minha blusa e lhe dei as costas.
- Guilherme. – chamou Francisco.
Eu travei e escutei, mas não virei para ver seu rosto.
- Se você sair daqui a policia vai ser avisada...
- Foda-se. – respondi tentando me acalmar. - Francisco, você pode chamar a policia, o exercito e a SWAT. Isso não vai mudar a situação. Eu posso até voltar para cá a força, mas não espere que eu o abrace e diga “Te amo papai”.
Não recebi resposta sua. Andei até a porta e fui embora. Vi o carro de Ricardo subir a rua e minha lagrimas voltarem a cair. Ele parou o carro em frente a minha casa e saiu em disparada de dentro dele.
- O que aconteceu? Você ta bem? – Ricardo me abraçou e depois se certificou que nada tinha acontecido comigo.
- Me leva para sua cama, por favor. Eu explico depois.
Me enfiei em seu carro e deitei no banco de trás. Ricardo guardou minha mala e depois entrou em seguida. Fechei meus olhos enquanto o carro se movia e pedi para que nada daquilo tivesse sido verdadeRICARDO
Guilherme adormeceu no banco do carro enquanto eu dirigia. Eu tentava me concentrar na rua, mas minha preocupação era maior. Eu tive altos e baixos naquele dia. Primeiro ele passou mal, depois eu o levei para casa. Antes de Francisco aparecer e me atacar, nós tivemos um momento tão bom juntos. Por fim, era quase meia-noite eu levava Guilherme para minha casa de novo.
Esse era o poder dele, revirar o mundo dos outros. Desde que eu descobri que o amava tudo virou de cabeça para baixo. Quando estávamos juntos era tudo perfeito, mas de repente acabava do nada. Mesmo eu sofrendo com seus momentos de distancia de mim, ver o sorriso de Guilherme e ouvir meu nome sair de sua boca me enchiam de alegria.
Chegamos no meu prédio e eu o ajudei a sair do carro. Por ele ser pequeno consegui facilmente o pegar no colo. Quando entrei no prédio pedi para que o porteiro barrasse a entrada de qualquer um que quisesse ir para meu apartamento. Fosse o que tivesse acontecido, Guilherme precisaria de paz.
Entrei em meu apartamento e fui direto para meu quarto. A casa estava do mesmo jeito quando saímos e me pareceu que eu tinha passado uma eternidade lá fora. Deitei Guilherme na cama e tirei seus sapatos. Seu cansaço era tanto que ele nem se mexeu. Pensei em me deitar junto com ele, mas o toque do telefone me impediu.
Corri para a sala para atender a chamada antes que Gulherme acordasse.
- Alô, Ricardo?
Reconheci a voz de Francisco. O momento de paz foi breve.
-Sim. Se você esta ligando para falar sobre o Guilh...
- Ela esta ai? – perguntou ele me cortando.
- Sim.
Me preparei para suas ameaças, mas elas não vieram.
- Cuida dele. – disse e depois desligou.
So podia ser brincadeira. A qualquer minuto Francisco estaria na porta do prédio junto com uma viatura da policia. Em nossa ultima conversa ouvi as piores ameaças possíveis que alguém poderia deferir, mas desta vez eu ouvi um simples “cuida dele”.
Resolvi não questionar minha sorte, afinal eu não sabia o que tinha acontecido com Guilherme nos últimos trinta minutos que se passaram depois que eu sai de sua casa.
Tirei minha roupa e fui pro meu quarto para finalmente terminar minha noite. Guilherme dormia tranquilamente quando eu me deitei ao seu lado. Mesmo que algum inferno tenha lhe ocorrido parecia que agora estava tudo bem. Abracei o seu corpo pequeno no meu e assim consegui adormecerFÁBIO
Guilherme tinha saído do meu quarto a mais ou menos um trinta minutos, mas seu cheiro continuava em minha cama. Antes eu teria trocado os lençóis e xingaria meu primo, mas hoje não. Agarrei meu travesseiro como se fosse seu corpo. Nunca eu senti saudades de um corpo deste modo.
Guilherme estava se tornando diferente, especial. Eu nunca dei muita importância para ninguém. Era apenas eu contra o mundo, mas agora eu o queria comigo. Estar com ele era minha paz.
Ele me pediu para não desistir do que amo. Até então o amor era coisa de mulher, para mim. Eu não sabia o que eu amava. Talvez nem por mim mesmo eu tinha este sentimento.
Aquele fim de semana na praia significou muito para mim. Guilherme tava lindo, gostoso e era todo meu por três dias. Eu desejava ele a cada minuto que o via. Foi a primeira vez que eu me senti a vontade com alguém, sem me sentir obrigado a ficar com a pessoa. Estar com meu primo era tão natural que eu nem ligava que os outros nos vissem juntos.
O único problema era que eu não era o suficiente para ele. No segundo dia eu tentei a todo custo anima-lo, pois ele parecia estar meio depressivo. Francisco também percebeu o clima e disse que ia fazer um churrasco na área da piscina.
Ajudei a preparar o local colocando mesas e as caixas de som. De longe eu via Ana conversando com Guilherme e aos poucos ele parecia voltar ao normal. Quando eu estava carregando as carnes para por na churrasqueira, Guilherme veio até mim começou a rir.
- Da ultima vez que estávamos aprontando uma festa você me atacou na sua casa.
- Se quiser podemos dar uma pausa e eu te pego em algum canto. Talvez tenha alguém tomando banho neste momento. – respondi me aproximando dele. Tentei agarra-lo, mas ele correu.
- Não Fábio, você tava segurando as carnes. Você vai me sujar. – disse ele todo afetado.
Estiquei meus braços na direção dele e tentei pega-lo. Guilherme com cara de nojo correu na direção da casa. Eu fui mais rápido e o peguei perto da piscina.
- Sai Fábio, isso é nojento. – disse meu primo
Eu comecei a rir daquela cara de bobo dele e lhe dei um beijo no pescoço. Joguei meu corpo pro lado e com meu peso consegui cair com meu primo na piscina. Quando voltamos para superfície Guilherme me xingou de tudo que era nome.
- Pronto, agora eu to limpo. Me beija.
Me aproximei dele e o levei até borda da piscina. Guilherme me olhava feio, mas isso não me impediu de beijar aquele rostinho bravo. Apertei meu corpo contra o dele e mordi seu queixo. Ele sentiu cócegas e começou a rir.
- Ta melhor agora? – perguntei.
- Seu cheiro? Talvez. – ele respondeu
- Não to falando disso, Gui. Hoje mais cedo você parecia meio para baixo. O que foi que aconteceu?
Guilherme desviou o olhar e tentou dizer que estava tudo bem, mas sua atitude não demonstrava o mesmo. Dei um selinho para que ele se sentisse melhor e ignorei tudo. Se ele não queria me contar é porque eu não ia gostar da resposta. Eu já deduzia que poderia ser por causa de outra cara, mas eu tentei a todo custo desviar estes pensamentos.
Sai com ele da piscina e ele entrou na casa sozinho. Voltei ao meu trabalho e depois de um certo tempo tudo já estava preparado. O que era para ser um simples ambiente para um churrasco acabou virando um espaço para uma festa.
Francisco ia chamar uns amigos que estava na região e por isso surgiu a ideia de montar uma pequena festa na área da piscina. Quando tudo estava pronto decide ir procurar pelo Guilherme. Ele estava no quarto dele falando ao telefone, quando eu entrei ele desligou.
- Os convidados vão chegar daqui a pouco. - eu disse. – Seu irmão quer montar uma festa na área da piscina.
- Tipico dele. Eu vou tomar um banho...
Nem deixei ele terminar de falar e o peguei no colo. Entrei no banheiro do quarto e tirei toda sua roupa e a minha. Encostei ele na parede e o beijei com desejo. Guilherme me empurrou e apontou o chuveiro.
- Primeiro a gente entra, depois se agarra. – disse ele rindo.
- É que eu não resisto a você.
Entramos no Box e o abracei por trás. Guilherme ligou o chuveiro e pude acariciar seu corpo. Não preciso dizer que não tomamos banho no final das contas. Em poucos minutos eu estava dentro dele, sentindo seu calor e chegando ao orgasmo juntos.
Quando terminamos nosso momento continuamos o banho. Gui estava bem melhor, mas continuava preocupado com algo.
- Fábio... Me desculpa por hoje. Minha cabeça não estava aqui e você tentou de tudo para me deixar melhor.
Puxei Guilherme e comecei a lhe fazer cócegas. Ele ria como se nada mais o preocupasse. Eu adorava seu sorriso. Ele conseguia me fazer esquecer dos meus próprios problemas.
Eu amo o Guilherme. Não quero mais ser apenas eu contra o mundo. Quero ele do meu lado e o mundo como testemunhaGUILHERME
Acordei, mas queria que o mundo tivesse se destruído. Minha cabeça doía. Minha noite tinha sido muitas horas de pesadelo e desconforto. Apesar disso eu tinha a companhia de Ricardo, me abraçando o tempo todo.
O calor dele poderia ser bem vindo, mas não conseguia apagar as ultimas vinte quatro horas de reviravoltas e transtornos. Passei mal e depois fui salvo; meu irmão meteu um soco na cara do meu herói; meu primo tentou mudar o que ele sentia e daí eu meti um soco na cara dele; por ultimo Francisco encerrou o espetáculo se revelando como meu pai que me escondeu a verdade por puro egoísmo.
Eu precisaria de uma boa xícara de café para processar isso tudo. Me levantei da cama para ir á cozinha, mas Ricardo me puxou. Seu corpo pesado caiu sobre mim e seu rosto barbado rossou no meu peito.
- Ricardo me solta...
- Ricardo? Quem? Não tem nenhum Ricardo aqui. – disse ele rindo de mim.
Ricardo tirou a parte de baixo do meu pijama e apertou minha bunda.
- Olha o que eu encontrei aqui. – disse ele
- Seu safado. – respondi enquanto ele tirava o resto da minha roupa.
Ricardo sorriu e me roubou um beijo. Sua boca não se demorou na minha e desceu sobre meu corpo. Sua cabeça sumiu dentro do lençol que nos cobria e eu pude sentir sua boca cobrir meu penis. Agarrei o colchão com os dedos enquanto sentia sua língua rodar em volta de meu membro já duro pelo seu toque.
- Geme para mim, safadinho. - o ouvi dizer.
Não era nem preciso ele pedir. Ele me tinha todo para ele, inclusive meus pensamentos. Ricardo soltou meu membro e me virou. Seu trato agora era no meu anelsinho e nem se quer poderia ver sua cara de prazer, pois ele se escondia de baixo do lençol. Senti uma mordica na minha bunda.
Ergui meu quadril e Ricardo veio contra mim. Seu membro forçou sua entrada e me tomou por completo. Fui pego no colo e levado até a parede do quarto. Escorei-me na parede e senti as estocadas na minha bunda. Apesar de tudo Ricardo era muito gentil. Me fudia com cuidado, distribuindo beijos pelo meu corpo, porém seu desejo era imenso. Ele me apertou contra ele com seus braços como se eu fosse fugir. Sua respiração era mais ofegante e seus movimentos mais rápidos.
Seu grito anunciou seu orgasmo. Ele exausto se jogou na cama novamente comigo junto. Suas mãos acariciaram meu corpo até chegar em meu penis. Com seu toque eu pude gozar de prazer em ter um homem como aquele comigo.
Ricardo saiu de mim com cuidado e me puxou para um beijo. Nossos corpos cansados se apertavam e entrelaçavam. Apenas a campainha foz capaz de perturbar nosso prazer.
- Que porra. Deve ser o seu irmão, Guilherme. – disse Ricardo nervoso.
- Deixa que eu expulso ele desta vez. – respondi me levantando da cama.
Não me preocupei em vestir uma roupa. Corri até a sala e respirei fundo. Quando abri a porta eu levei um susto.
- Ai meu deus. Fábio.
Fábio estava parado na porta. Ele parecia que tinha acabado de voltar da guerra. Estava com uma cara de pouco sono, um olho roxo e carregava numa mão uma mala.
- O que você esta fazendo aqui Gui? – perguntou ele- Você ta nu.
Peguei uma almofada do sofá e cobri o que pude.
- Eu... passei a noite aqui, mas o que te aconteceu?
Fábio largou a mala no chão e começou a chorar. Apesar de seu rosto so mostrar raiva, suas lagrimas demonstravam pesar.
- Meu pai me expulsou, Gui. Eu me assumi e ele me expulsou.
Continua...