Aprendendo a amar - parte VII

Um conto erótico de Alessa
Categoria: Homossexual
Contém 967 palavras
Data: 30/04/2013 13:45:06
Última revisão: 30/04/2013 14:22:51

Fui pro meu lugar e ao pegar meu celular havia uma mensagem de Bruna com: “Meu amor, está tudo certo pra mês que vem. Que saudades dos teus beijos, teus abraços e de... Pois é né, que saudades kkkk”. Então era isso, era uma mensagem da Bruna e a Luna entendeu tudo errado. Pus o celular no bolso e saí atrás dela, procurei em todos os cantos, mas a menina parecia ter desaparecido, ninguém a tinha visto em canto nenhum da escola. Passei o resto do horário procurando por ela, já que não poderia mais voltar pra sala naquela aula.

Quando voltei o material dela ainda estava na cadeira ao lado da minha, uma hora ela teria que voltar pra buscar, pelo menos era o que eu esperava que fizesse. Todos os horários passaram lentamente e nada dela aparecer, quando as aulas acabaram todos saíram eu continuei esperando. Pra minha surpresa, ao invés da Luna vir buscar o próprio material quem apareceu foi o Gabriel. Ele não ficou com as gracinhas de sempre, só virou a cadeira que estava de frente pra minha e sentou.

– O que você faz aqui esse horário?

– Queria falar com a Luna, estava esperando que ela viesse buscar as coisas dela.

– O que aconteceu?

– Não quero falar disso Gabriel.

– Eu queria falar contigo de qualquer forma, desculpa pelo meu comportamento ontem tá? Sei que você deve estar chateada comigo ainda.

– Tá tudo bem – levantei e peguei minha mochila, mas ele segurou pela alça.

– Deixa que eu levo.

– Não precisa, onde está a Luna?

– Não sei, ela só ligou e pediu pra eu passar aqui pra pegar as coisas dela. Vem, eu te levo em casa.

– Já tive a experiência uma vez, não, obrigada.

– Eu tô de taxi bobona e nem que não estivesse, prometo que não vou mais fazer nada do tipo, sério – ele sorriu e de repente eu notei que o sorriso dele não era mais tão encantador e o olhar também não era mais tão penetrante, não me prendia tanto. Parecia menos com o cara que eu conheci um tempo atrás, é como se ele tivesse um botão de charme que só era acionado quando ele queria.

Aceitei a carona meio a contragosto e quando chegamos a minha casa pedi que ele falasse a Luna que foi tudo um mal entendido, que eu precisava muito falar com ela. Depois disso entrei e fui direto ao computador, fiquei o dia inteiro no Skype esperando por ela, mandei mensagens em todos os seus números, deixei recado no facebook, mas não obtive resposta alguma. Resolvi dar um tempo, era a única coisa que eu poderia fazer.

A semana passou e a Luna não foi nenhum dia pra aula, isso estava me preocupando cada vez mais, mas não havia nada que eu pudesse fazer. Afinal eu não ia simplesmente bater na porta da casa dela, ou será que deveria fazer isso? Não, claro que não...

Fui ao aeroporto com minha família buscar meu irmão, quando ele chegou ao saguão parecia muito diferente do Caio que eu conhecia. Seus olhos estavam fundos, com olheira. Coitado, devia estar muito esgotado com as coisas da faculdade. Só depois notei a garota incrivelmente pequena ao seu lado, eu nunca a tinha visto pessoalmente, mas não restavam duvidas, aquela era minha cunhada, Marília.

Ele cumprimentou a todos e apresentou sua namorada, uma garota muito inteligente e simpática. E já que meu irmão não avisou que a traria consigo acabamos tendo que chamar um taxi, insisti pra que pudesse ir com eles, mas meu pai se mostrou irredutível, deixou que os dois fossem sozinhos e me fez ir no carro dele. Pelos comentários que fez durante a ida pra casa ele deixou claro que não gostou nada do Caio levar a namorada.

Quando chegamos comecei a arrumar minhas coisas pra ir pro quarto da minha irmã e dar um pouco de espaço para o casal. Meu pai fechou a porta do meu armário com força dizendo:

– Aonde você pensa que vai?

– Tô arrumando espaço no guarda-roupa pro Caio e a Marília, vou dormir no quarto da Mariana.

– Não vai, você vai dormir aí.

– Pai, a casa tem três quartos, alguém tem que ceder e certamente não será o senhor.

– Ninguém tem que ceder nada, você não vai incomodar sua irmã. O Caio que se vire com a namoradinha dele, nem que durmam na sala ou durmam vocês três aí, não quero saber.

Meu pai saiu do quarto no instante em que meu irmão entrou, eu sabia que ele tinha ouvido, mas simplesmente ignorou, naquela casa era o melhor a se fazer, sempre. Ele trancou a porta e sentou-se na cama. Ficou um tempão me olhando com uma carinha triste. Sentei ao seu lado e o abracei.

– O que foi meu bebê?

– Desculpa pela ceninha que o papai fez aqui no teu quarto.

– Você já desacostumou foi? – Ele deu um sorrisinho e balançou a cabeça, eu fiquei feliz por finalmente ter visto aquele sorriso, mesmo tão fraco. – Como tá o curso?

– Eu tranquei.

– Como assim trancou?

– A Marília também, mas ela vai voltar. Na verdade eu nem queria que ela tivesse trancado, por mim ela estaria lá concluindo tudo e se formando daqui um tempo.

– Que?! O que deu em vocês dois?

– Bom, eu tô querendo te contar faz um tempo. Tem uma coisa... Eu não sei como te contar isso, essa coisa é o motivo de ela ter vindo comigo, ela tá preocupada... Eu... – vi lágrimas escorrendo pelo rosto do meu irmão e não sabia o que fazer, nunca o tinha visto chorar, ele era meu herói, sempre foi, sempre o garoto forte, o exemplo. Porque diabos ele estava chorando? Abracei-o com toda força e fiquei esperando que ele dissesse algo, mas o que ele disse em seguida acabou comigo...

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Comentários

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Mas fica naquela né, a Manu já se machucou mt com a Bruna, ela tem medo de correr atrás e se entregar, mas calma...

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Kkkkkkk.... Verdade, mas não demora pra escrever viu... Eu fico numa ansiedade louca pra ler seus contos.... *----*

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Awn, obrigada, de verdade. Se eu não deixar na curiosidade que graça tem né? kk

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Velho pq insiste em me deixar curiosa?? Kkkkkkk, adoro todos os seus contos....

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