Tudo estava perfeito. Entramos no carro e dirigi até a boate. Observei o movimento do local e contei a elas o meu plano.
_ É o seguinte, Karen vai ficar no carro com a arma. Danica e eu vamos entrar e ver o que consigo descobrir lá dentro. – Disse sentindo-me um espião.
_ Mas eu não sei dirigir. O que vou fazer no carro? – Perguntou Karen.
_ Simples. Tome este bip. Caso eu precise de ajuda ou algo aconteça, vou enviar um sinal pra você, que deverá ir por aquele beco até achar a porta dos fundos. Combinado? – Instruí entregando-a o aparelho.
_ Okay! Vamos, Marcel! Eu já sei como criar uma distração. – Falou Danica com um sorriso malévolo no rosto.
Saímos do carro e fomos em direção a porta de entrada. Esperamos cerca de dez minutos na fila, até podermos apresentar nossas identidades e entrarmos. Os seguranças nos olharam de cima em baixo. Danica jogou charme em um deles e conseguiu escapar de ser revistada. Sorte essa que eu não tive. Fui revistado e passaram um detector de metais sobre minhas roupas. Nada foi encontrado e pudemos entrar.
_ Você veio desarmado? – Questionou-me.
_ Não. Lembra-se da adaga que ganhei do tio Matt? Ela é feita de rocha sólida e polida. Não há como um detector de metais encontra-la. – Expliquei com um sorriso no rosto.
_ Mas e a revista? Como eles não acharam?
_ Compartimentos, minhas cara. Compartimentos. Acha mesmo que eles me revistaram por completo? – Perguntei arrancando um sorriso de minha irmã.
_ Mente maligna! Quero ser como você quando eu crescer! – Exclamou rindo, pois ela é mais velha que eu.
A boate estava fervendo. Muita gente bebendo, som alto, pista lotada, pouca iluminação. Aquilo era um ambiente perfeito para criminosos camuflarem seus “negócios”, principalmente por ser uma boate em um bairro “barra pesada”.
Minha querida irmã se dirigiu ao palco e conversou com o DJ. A música começou a tocar (http://www.youtube.com/watch?v=YUtHjOvPKT0) e eu sabia bem que era o sinal. Aproximei-me do bar e consegui encontrar quem eu estava procurando.
_ O que uma delícia como você faz sozinho esta noite? – Perguntei descaradamente a um dos barmans.
_ Vejam só! Quem é vivo sempre aparece! Opa. Desculpa! Eu esqueci da morte da sua mãe. Me perdoa…
_ Relaxa! Eu sei que você não fez por mal! – Interrompi, deixando-o aliviado.
Era Richard, um amigo de infância. Ele foi um dos meus melhores amigos, mas nos afastamos um pouco embora isso não comprometesse nossa amizade. Richard estava lindo. 1,80m, olhos castanhos claros, cabelo loiro escuro com um corte moderno, corpo bem musculoso. A roupa destacava e muito seu belo corpo. Era engraçado eu fazer uma brincadeira dessas com ele, principalmente por ele saber da minha opção sexual.
_ Então, senhor, o que posso fazer por você essa noite? – Disse debruçando sobre o balcão e lançando-me um sorriso safado.
_ Pode me dar as informações de que preciso. – Disse ao pé de seu ouvido, juntamente com uma leve mordida.
_ Melhor parar por aqui. Dessa vez eu fiquei arrepiado! Então, o que quer saber? – Disse-me com um sorriso encantador.
_ Quero saber se você notou algum “movimento estranho” nesses últimos dias. Rick, eu fui atacado algum tempo depois da morte da nossa mãe e minha casa foi invadida. Eu preciso de ajuda. – Confessei e vi seu semblante de preocupação.
_ Bem, eu notei uns caras estranhos conversando com um tal de Miguel. Acho que ele pode saber de alguma coisa ou não. Isso só você pode responder, ou melhor, só ele pode te responder. – Contou-me dando um copo com vodka.
_ Me deseje sorte. – Falei virando o conteúdo do copo de uma única vez.
Assim que Danica desceu do palco fui ao seu encontro. Ela era minha peça chave. A única que poderia me ajudar naquele momento.
_ Descobriu algo? – Perguntou-me aflita.
_ Não muito, mas aquele cara lá pode saber de algo. Preciso que você arranque alguma informação dele. Mas tenha cuidado. – Disse após apontar o indivíduo.
_ Deixe comigo! Sei me cuidar, mas esteja atento a qualquer movimento estranho. – Advertiu-me enquanto caminhava ao encontro de “sua presa”.
Posicionei-me estrategicamente em um ponto onde eu pudesse observa-los melhor. A conversa parecia estar fluindo muito bem, pois Danica estava se agarrando com o possível criminoso. Eu estava extremamente distraído quando alguém, acidentalmente, esbarrou em meu braço.
_ Me desculpe… - Ele não terminou de falar ao me observar.
_ Não foi…
Nem eu fui capaz de terminar a frase. Aliás, eu não estava em condições de terminar qualquer construção gramatical, muito menos dar a resposta para “1+1”. Albaron estava na minha frente, com o braço enfaixado e uma cara de espantado absurdamente sexy.
_ O que você está fazendo aqui? Você deveria estar descansando! Acabou de levar um tiro. – Disse, não sendo capaz de esconder minha preocupação.
_ Pensei que minha mãe fosse outra pessoa! – Respondeu-me rude.
_ Eu juro que não sei por que tento te entender ainda. – Pensei alto demais.
_ Deve ser porque eu sou muito gostoso e você não resiste a mim! – Declarou com toda convicção de suas palavras.
_ Como é?!
_ Isso mesmo. Eu te dou tesão e por isso você se importa. Aliás, não duvidaria que você estivesse doido pra que eu ficasse na sua casa, só pra você bancar a “esposinha preocupada”! – Falou dando uma gargalhada sarcástica.
Eu fiquei sem reação. Não podia estar ouvindo aquilo. Fui tirado dos meus lamentos ao rememorar o fato de minha irmã estar tentando arrancar segredos de um bandido em potencial. Fitei onde eles estavam e não os encontrei. Acionei o bip de Karen e corri em direção à saída dos fundos, abandonando Albaron onde ele estava.
Cheguei a rua quase que no mesmo instante que Karen e notamos um carro arrancar pelas estradas. Danica havia sido sequestrada e nós não pudemos impedir. Na verdade, a culpa foi toda minha em não impedir que isso acontecesse. Enquanto tentávamos ver pra onde o carro estava indo, um homem nos surpreende com uma arma apontada para nós.
_ Hora dos negócios, crianças! – Disse.
_ O que você quer de nós? – Perguntou Karen.
_ Eu já disse antes. Eu quero o diário de Agatha Siren! – Gritou aos quatro ventos.
Nesse instante pude notar que foi o mesmo homem que me atacou naquele dia. Eu precisava fazer algo. Isso não ficaria assim.
_ Vocês tem até amanhã, às 16 horas, para levar o diário da velha ao mesmo lugar onde o corpo foi deixado, senão a garota morre. Entenderam? – Disse extremamente cheio de si.
Eu não poderia deixar isso ficar assim. Eu precisava de informações. Eu precisava salvar a minha irmã. Sem pensar duas vezes, saquei a adaga e a lancei em direção a arma. O golpe foi forte o suficiente para desorienta-lo, dando a Karen a chance de atirar nele com a arma de choque. Com o bandido desacordado e a nossa mercê, tínhamos uma chance de salvar a nossa irmã.
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Bonne nuit! hehehehehe
Meus francês é fajuto e péssimo, eu sei disso...
Boa noite, meus queridos amigos! Espero que essa parte tenha dado uma "esquentada" no rumo da história... Quero avisar que devo postar a nova parte do conto no domingo ou na segunda... Eu tô atolado em provas e coisas da faculdade... Sem contar que me inscrevi em um curso de seis semanas... Ou seja, say goodbye para qualquer vida social, mas eu sou danado e vou dar o meu jeito... kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Um muito obrigado a todos e, antes que me esqueça, tenham muito cuidado... Edir Macedo está a solta na Cdc e pode querer nos exorcizar... kkkkkkkkkkkk... Cara, na moral, eu me divirto com esse tipo de coisa... Ah! The Crow, me faça um favor: se for fazer algum comentário ruim sobre o meu conto, escreva ao menos uma frase... Prove ao mundo que existe algum tipo de vida inteligente habitando seu corpo...