07. Verdade
→Tyler
Eu estava decidido a continuar trabalhando ignorando Carlos, mas a verdade era que eu ainda o amava muito e ignora-lo era uma tarefa muito difícil.
Eu, ás vezes, beijava Fábio na frente de Carlos só para provoca-lo. Tudo ia bem, com exceção de que eu não conseguia esquecer Carlos, até que um dia eu estava andando quando alguém me puxa para uma sala, vejo que é Carlos, antes que eu possa falar algo ele diz:
- Você tem se afastar daquele cara ele não presta – ele fala baixo.
- Quem é você pra falar se ele presta ou não? Você me filmou sem meu consentimento, e ainda quer dar lição de moral em outras pessoas?
- Não foi eu que filmei, foi o Fábio – quando ele falou isso eu fiquei indignado. Como ele podia falar daquela forma com Fábio?
- Limpa sua boca para falar do Fábio – eu falo em um tom bem agressivo.
- Eu sei que você acha que eu fiz aquele vídeo mas eu não fiz, Fábio fez e eu tenho provas!
- Pois então prove sr.dono da verdade!
- Você sabe que, pelo regulamento da empresa, não deveríamos ter câmeras nos nossos escritórios...
- É parece que você desrespeitou essa regra – falei com sarcasmo.
- A empresa não permite câmeras nos escritórios mas tem câmeras em todos os corredores.
- Eu não estou entendendo aonde você quer chegar! – falei.
- Aonde eu quero chegar e que Fábio colocou aquele disco no meu escritório.
Antes que eu pudesse falar algo ele apertou play em um controle remoto e apareceram imagens em várias televisões. E me surpreendi com a cena que eu vi, Fábio entrou no escritório de Carlos com uma caixa escura idêntica a que vi no dia em que briguei com Carlos.
Não era uma caixa idêntica. Eu tinha certeza que era mesma caixa que eu quebrei.
Eu não podia acreditar como Fábio era tão mentiroso, tão falso. Eu poderia estar até triste mas eu não estava, estava até feliz porque meu macho dominador, Carlos, realmente me amava.
Pedi desculpas e ele me disse:
- Você me feriu muito quando você beijava aquele infeliz mas eu perdoo você, afinal o que seria de mim sem meu Tyler.
O beijei forte, estava muito feliz para esconder a emoção que eu sentia. Era tão mágico e nesse momento eu tive a certeza de que eu o amava muito.
- Eu te amo – falo enquanto sua boca percorre carinhosamente meu pescoço.
- Não mais do que eu – ele fala e eu sinto sua ereção contra minha perna eu realmente queria transar com ele naquele mesmo instante, mas não podia arriscar ser filmado novamente.
- Nós temos que parar, se não alguém pode nos ver – ele me olha e vejo sua face linda e o beijo novamente.
- Vou no seu apartamento hoje para nós nos divertirmos, quem sabe não usamos até alguns brinquedinhos – falo deixando ele de porta aberta na sala.
Por mais que eu estivesse ansioso pela noite que viria eu tinha que fazer algo antes, eu tinha que ir até Carlos.
Cheguei em seu escritório e vi sua face, eu sentia nojo dele, sentia raiva da sua atitude.
Ele chegou mais perto e tentou me beijar mas eu o impedi com um soco bem forte na sua cara que ele caiu no chão.
- Você mentiu pra mim, como você pode?
- Como você pode me bater? Eu só ofereci um atalho de destino para você, você vai ser meu, eu só quis adiantar as coisas.
Eu me surpreendi com o que ele disse, ele era muito louco para pensar que eu algum dia o amaria de verdade.
Estava saindo, pois não suportava mais ver a cara daquele homem na minha frente, quando ele falou:
- Você teve sua chance de fazer as coisas pelo jeito fácil! – ele falou em tom de ameaça.
Na hora nem liguei muito para o que ele tinha dito mas depois fiquei pensando na sua ameaça.
Cheguei em casa e tomei um banho bem demorado, me vesti e me dirigi para a porta para ir no apartamento de Carlos quando percebo um barulho interno e vejo que a porta não estava trancada mas eu tinha certeza absoluta que eu tinha trancado a porta.
Não tinha com negar, todas as evidencias só levavam a um fato: alguém invadiu meu apartamento e pelos barulhos, a pessoa que invadiu, ainda estava lá dentro.
[Continua]
