Timmy & Sam: Don't ask, Don't tell part 5

Um conto erótico de Syaoran
Categoria: Homossexual
Contém 4032 palavras
Data: 06/04/2013 19:51:07

Gente, desculpem a demora. Este capítulo não esta muito bom, mas os outros vou tentar melhorar.

Minha cabeça ainda doía e eu tentava raciocinar as coisas que aconteciam a minha volta. Eu havia terminado. Sim, eu estava solteiro. Descobri que meu namorado era um idiota e terminei com ele. Simples assim. O mais engraçado disso tudo é que estou anestesiado. Já chorei o que tinha que chorar, Timmy não merece mais uma lágrima minha sequer. Ele foi covarde e não vou sofrer por ele. Volto a casa e percebo que aquela era a NOSSA casa, estanda impregnada dos sonhos que tivemos juntos e de nossa vida, como ele esta fora, nada mais aceitável que as coisas dele também irem pra fora. Então decidi empacotar tudo e mandar para casa de sua mãe.

- Luna, aqui é Sam. Você esta podendo falar?

- Claro meu querido, eu soube do que aconteceu. Espero que saiba que isto não muda nada entre a gente. Esta casa sempre estará de portas abertas. - Ela me falava.

- Obrigado, mas eu gostaria de falar algo não muito agradável.

- O que foi meu filho? - ela perguntava.

- Bem, como o Timothy e eu não estamos mais juntos, gostaria que a senhora viesse, ou mandasse alguém pegar as coisas dele.

- Entendo. - ela fez uma pausa, como se procurasse as palavras.

- Luna, você ainda está ai?

- Sim, claro... você... ah você tem preferência de horário?

- Por volta das duas da tarde.

- Mas, Samuel, você não acha que esta sendo rápido demais?

- Como?

- Vocês só tiveram um desentendimento, não acha que esta atitude esta sendo precipitada?

- De forma alguma. Como à senhora se sentiria se seu marido escondesse coisas da senhora, coisas que a senhora estivesse envolvida?

- Ele era um oficial, ele não me contava muitas coisas, por isso creio que você esta fazendo uma tempestade em um copo d’água.

- Eu não iria me casar com um oficial, Luna. Iria me casar com um civil. Ele havia...

- Você não iria se casar com o Oficial?

- Não!

- Samuel, não seja tolo. Ele pode não ter se alistado antes, mas este era o sonho dele. Sonho que teve que abortar por sua causa..

- Mas, eu não...

- Por favor, eu sei que você não o obrigou a nada, mas não acha que carregar o peso dos sonhos dele seria alto demais?

- Luna, por isso da minha decisão, eu deixo de pagar o preço dos sonhos dele e não o obrigo a ter que suportar a carga dos meus. – ela iria começar a falar mais alguma coisa, mas pra mim, aquela conversa havia terminado – então, até as duas.

- Até lá.

Eu tinha que ser forte e assim me mantive, depois da conversa com Luna percebi algo a mais que Timmy havia me deixado de presente. Ele não estava mais na cidade e eu deveria informar às pessoas que não estávamos mais juntos. Tínhamos diversos planos, que não seriam concretizados, o aniversário de nossa amiga Sally. E o pior, éramos tidos como o “casal”, a super gay couple. Ou seja, você não diz terminei e pronto, veem aquela série de perguntas, tais como, por que terminaram? Ele te traiu? Eu não acredito? Eu estava sem paciência pra todos estes questionamentos. Então acessei minha conta no Orkut e percebi que Timmy já havia apagado a sua, depois disso atualizei meu status de relacionamento para solteiro. Agora era oficial.

Eu sou uma pessoa forte, prometi que nenhuma lágrima a mais verteria de meus olhos por causa dele, mas vi que precisavam falar com meus pais, eles sempre me deram tanto apoio e deveria estar cientes do que aconteceu. De certa maneira eu ainda atuava de uma forma automática, eu apenas reagia ao que acontecia a minha volta, eu precisava de um tempo. Chegando a casa lá minha mãe correu para receber-me

- Meu filho, o que foi? Você parecia tão aflito ao telefone? - perguntava minha mãe.

Eu contei toda a história, de como ele havia agido pelas minhas costas, de como havia sido covarde. Ele me deixou na ignorância a respeito de algo em que eu estava totalmente envolvido. Ela só ficava calada e me escutava. Vendo o seu semblante não consegui resistir e chorei.

- Chora meu filho, pode chorar. - minha mãe falava.

- Por que ele fez isso, mãe? Por... por que?... E... ele não era feliz comigo? ele tinha que jogar tudo fora?

- Querido, você esta de cabeça quente...

- Eu quero que aquele idiota morra... não, eu não quero que ele morra. - Ela ficava calada - Mãe, faz parar, faz não doer tanto.

- Meu querido, sinto, mas eu não posso fazer isso, vai doer, vai doer muito, mas eu ainda não consigo entender o porquê dele ter feito isso.

- Simples, porque ele é um idiota, ou melhor, eu sou um tremendo IDI...

- SAMUEL OWEN, não ouse terminar esta frase, não vou deixar filho meu se menosprezando por causa de homem nenhum.

- Mas eu sou mãe - eu não queria chorar, juro pra vocês, mas, enquanto eu falava com ela minha voz ficava cada vez mais embargada, meus olhos marejados. Eu lembrava de todos os momentos, do nosso primeiro beijo, do último beijo. De tudo o que passamos juntos e fico enojado. Sim, eu fico enojado de ter sentido tudo o que senti por ele e, mesmo assim ele ter me tratado daquela forma. Mas agora ele teve o que mereceu. Eu estou livre daquele crápula, mas, mesmo assim ainda dói. Nosso affair acabou.

- Sam, o que você pretende fazer agora? – ela me perguntava.

- Não sei. Sabe, eu estou me sentindo aqueles adolescentes. Nem quando eu terminei com o Christian, eu me senti assim. Tão diminuto, não sei se quero voltar praquela casa.

- Você pode ficar aqui o tempo que precisar.

- Obrigado, mas... mas mãe...

- Sem mas, nem meio mas. Não te deixarei sozinho em um momento como este.

- Garanto que será temporário. Só o tempo de rescindir o contrato de locação daquela casa em que moro e procurar um canto pra mim.

- Certo meu filho. Vou arrumar seu quarto. – ela falava com um sorriso no rosto.

Depois disto se passou uma semana, agora todos sabiam que eu estava solteiro e descobri que tenho novos problemas. Eu me senti como um pedaço de carne no qual os urubus ficam atrás, ou melhor, com Timmy fora alguns “falecidos” decidiram voltar à vida. Eu estava em meu horário de almoço e decidi sair, ir para um restaurante com minha secretária, que embora fosse irmã do crápula ela sempre se mostrou uma grande amiga.

- Não tem o John da contabilidade? – Vivi perguntava. – Ele me perguntou se estou solteira, vê se pode.

- Mas até que ele é bonitinho. – eu respondi tomando um suco.

- Bonitinho, sei. – ela começava a rir. – mas ele não faz o meu tipo.

- E quem faz o seu tipo?

- O Mark...

- O Mark?! Aquele que fica no caixa? – perguntava.

- Isso mesmo. – Ela lançava um sorrisinho sarcástico.

- Por isso que você sempre vem aqui. – respondi e começamos a rir. Neste momento alguém se aproxima da nossa mesa.

- Oi, Sam? – um homem começa a falar comigo, eu ainda não havia me virado para ver quem era, mas pela cara que a Vivi fez, bem como aquele tom de voz eu já imaginava quem seria.

- Oi Clarkson. – Fiz meu melhor sorriso forçado.

- Então, como vão as coisas? - ele perguntava tentando puxar assunto.

- Muito bem, obrigado. – Respondi sexo.

- Eu soube que você está solteiro, é verdade?

- É sim, mas...

- Eu também estou. Qualquer coisa, podemos ver alguma coisa...

- Clarkson, não.

- Não se preocupe, eu não guardo rancor algum.

- Mas, não é isso.

- Ainda bem que você se livrou do peso morto do Timothy, sabe, eu me perguntava até quando você ia ficar com aquele cara. E vejo que não sobreviveram a famosa crise dos 5 anos.

- Para de falar besteira, seu idiota. – Vivi falava de forma dura.

- Vivi, por favor. – Eu pedia.

- O Timothy é bem mais homem do que você jamais sonharia em ser. – Vivi falava de uma forma alterada, mas ela se altera fácil. – Sabe, até queria ver como o Eric Clarkson havia ficado, mas te vendo agora. Creio que o Sam fez uma troca bem feita. – Ela fez uma pequena pausa, olhando sério para ele, bebeu um pouco de suco e depois soltou – O seu interesse no Timothy é bem outro que eu sei.

Eric ria, assim ele se mostrava desconfortável com as alegações de Vivi e tentou até brincar dizendo coisas do tipo: “Olha aé, cuidado, vai que teu ex-namorado volta a ser hetero e decide ficar com esta sua secretária, pela forma como ela fala dele. Não se esqueça que aquele cara é um galinha... na certa a esta hora já tá trepando com outra pessoa.” Tive que segurar a Vivi, eu via a hora em que ela voaria no pescoço daquele que ofendia seu irmão. Clarkson me dá o número de telefone dele e se despede.

- Por favor, não vai trocar o meu irmão por aquele idiota. – Ela pedia.

- Não se preocupe. Águas passadas não movem moinhos, e aquele ali é passado.

- Ele é assim porque meu irmão nunca deu uns pega nele. É um mal comido, isso sim. – Vivi disparava.

- Como?

- Ele fica dizendo que tem raiva do Tim, sei... A raiva dele é bem outra. – ela falava consigo mesma enquanto ria.

- Me explica esta história direito.

- Ele é primo da Jully e teve uma queda pelo Tim. Simples.

- Como é que é?

- Logo quando nos mudamos para Ashley eu era uma pequena garotinha. Meu irmão logo fez amizade com Jully, que se converteu em sua primeira namorada. Acho que eu tinha uns sete, oito anos, meu irmão tinha uns 12 e uma nova pessoa chegou a nossa vizinhança, era Erik Makenzie Clarkson, ou apenas Erik Clarkson, primo de Jully. Seus pais haviam se mudado a pouco por conta da educação de seu filho.

Ao contrário de Jully, que era uma garota como eu, o Clarkson era um menino mais franzino, incrivelmente bonito, mas pelo contato com a prima começou a interagir com o grupo. Teve um dia em que ele foi dormir lá em casa e eu, que não sou boba, reparei na beleza dele, mas uma coisa me chamou ainda mais atenção.

- O que foi? – eu interrompi.

- Ele estava olhando fixamente para uma foto do Tim. Eu achei aquilo um pouco estranho, não pelo fato dele ter observado a foto, mas por ele, ao ter me percebido, ter ficado nervoso.

- Mas, Vivi isso pode não ser nada, ele poderia simplesmente...

- Quem foi a primeira pessoa a descobrir de você e do meu irmão?

- Você. – respondia de maneira retórica.

- Então não discuta. – Ela começava a rir.

- Mas, ele diz que eu fui seu primeiro namorado.

- Sim, porque meu irmão é uma mula e não via as coisas. Quando ele e Jully terminaram o Clarkson não saia lá de casa. Meu irmão achava que era para dar apoio, essas coisas, mas eu ficava pensando... pensando que não era bem assim. Clarkson era o melhor amigo dele, mas eu sabia que o que ele queria era outra coisa. Tipo, quando meu irmão começou a sair com a Isabella.

- O que aconteceu? – eu perguntava.

- Ele ainda continuou amigo do meu irmão, mas nunca mais andou lá em casa. – Ela fez uma pausa – eu aposto, o que você quiser que se o Tim aparecesse aqui e dissesse: “Clarkson, fica comigo.” Ele ficava. A raiva que ele tem do meu irmão não é por outra coisa.

- Mas, eu estava namorando com o Clarkson, antes de ficar com o Timothy. – eu tentava argumentar.

- A raiva que ele sente é porque ele não é HOMEM SUFICIENTE, passou, bem uns três anos apaixonado pelo meu irmão e não fez nada. É assim, ele não perdeu apenas você pro meu irmão, ele também perdeu o meu irmão pra você. – Ela começava a rir.

Eu não podia imaginar uma coisa daquelas, o Clarkson apaixonado pelo melhor amigo e eu fiquei em um fogo cruzado. Agora imagino, o que poderia ter acontecido se eu não tivesse me envolvido com ele, ou antes disso, não dividisse o dormitório com Timmy. A minha vida seria outra, eu seria outro. Poderia ter arrumado um outro namorado....

__________________________

Eu sempre quis estudar direito e por isso sempre me esforcei ao máximo para isso. E, não sei porque Stanford sempre me pareceu o lugar certo. Quando chegou o momento de mandar a solicitação de bolsa eu estava ansioso, eu já tinha juntado uma quantia até considerável para pagar a faculdade, mas, se eu conseguisse a bolsa não reclamaria.

Meu Deus seria uma espécie de sonho realizado. Passaram-se algumas semanas, intermináveis, até que a carta chegou e EU ENTREI. Foi um dos dias mais felizes da minha vida e seria uma compensação, há pouco havia terminado com um namorado, Christian, eu o peguei me traindo com um primo. Safado, cachorro, bandido.

Malas prontas me despedi de minha família e de minha irmã Samantha. Tenho que confessar, meus pais não tiveram criatividade nenhuma na hora de escolher os nomes, somos gêmeos e ela é 10 minutos mais velha que eu. Então eles decidiram colocar os nomes de Samantha e Samuel, ou seja, ambos temos o apelido de Sam. Diferente de mim, que era todo certinho, ela sempre foi afeita as artes e estava de partida para Yale, iria cursar artes cênicas.

Cheguei a Stanford uns dois dias antes do “início” das aulas e logo me dirigi para os dormitórios e arrumei minhas coisas. Havia outra cama vazia, para o meu futuro colega de quarto. Não me importei muito, apenas dormi.

No dia seguinte foi um verdadeiro alvoroço, todos os corredores lotados, repletos de malas e os demais calouros e veteranos chegando. Como não sou besta, eu faço minha refeição e depois vou olhando os novos colegas. E, de cara, você consegue ver quem é quem. Aqueles que conseguiram bolsa por conta do esporte, aqueles do teatro, aqueles do direito, era algo, não sei. Na forma de se vestir, ou se portar que os delatava. Quando eu voltei a meu quarto havia um rapaz um pouco mais alto que eu, com corte militar e outro rapaz ruivo, visivelmente contrafeito com algo.

- Quem será o idiota que ficou aqui? – o ruivo falava.

- hauahuahuah, cara, já vai antipatizar com o outro sem nem conhecer? – o moreno indagava.

- Cara, tu é quase meu irmão. Achei que ficaríamos juntos.

- Ihhh, ta me estranhando é, tu sabe muito bem o porquê de eu estar aqui. – o moreno começa a rir – não sabia que curtia essas coisas.

- Vira essa boca pra lá. – o homens de cabelo cor de fogo ria de uma forma nervosa.

Eu dou uma tossida e faço com que me percebam.

- Olá, sou Samuel Owen e eu estou neste quarto.

- Prazer, eu me chamo Timothy Brian Milles, e serei seu colega de quarto – falava o rapaz moreno – e este é meu amigo Erik Makenzie Clarkson.

- Prazer. – Falava Erik visivelmente desconfortável com a situação.

- Ele não é assim não, terminou com a namorada recentemente, por isso é que ta com essa cara azeda. – Timothy fazia graça, nossa que sorriso ele tinha.

Conversamos um pouco e tiramos a ideia de Erik de trocar de dormitório comigo, ele ainda tentou, alegando a forte amizade que nutria por Timothy, ou do que já haviam combinado. Mas, a conversa fluía com o este fluía de uma forma tão fácil que cheguei a estranhar, contudo poderia ser fruto da impressão que Clakson inicialmente deixou, de uma pessoa enjoada. Naquele mesmo dia fui apresentado a Isabella, que era namorada de Timothy e, segundo ele, um dos grandes motivos para ter ido pra faculdade.

A forma como ele falava do estudo me deu certa raiva, era como se não quisesse estar ali, como se fosse uma obrigação. Cheguei a dizer diversas vezes? “se não quer estar aqui, quem te obriga? Saia e se aliste, siga seu sonho.” Ao que ele sempre respondia que devia isto a seu pai. Dos sacrifícios que este foi obrigado a fazer pela família, coisas do gênero.

Neste momento eu ainda pensava, como aquele cara é complicado e no que a pobre Isabella deveria passar. Alguém que carrega o peso da família nas costas. Mas isto deve ser coisa de irmão mais velho. Ele tentar ser O protetor. Há medida que eu sentia compaixão por sua namorada eu o admirava. Mas, não. Não. O cara é hetero e eu decidi não mais me apaixonar por heteros.

Ao final daquele dia teríamos nossa primeira festa, então nos arrumamos cada quarto tinha o seu banheiro, ele foi primeiro e depois eu fui. No momento em que saí, meu Deus, Timothy estava vestido com uma calça jeans, uma camisa branca, que realçava o seu peitoral definido e um all star. Eu, com aquela toalhinha chinfrim tive que me segurar para não ter uma ereção na hora. Eu executava mentalmente o meu mantra “Não, o cara é hetero. Não, o cara é hetero. Não, o cara é hetero” Ele chegou a perguntar se esperava por mim, mas o mandei sair. Bem sei que sou uma pessoa séria, mas não sou nenhum santo. Não sabia se minha integridade conseguiria aguentar um homem lindo e cheiroso deitado em uma cama ao meu lado.

Chegando a festa ele não desgrudou de Isabella, claro, com a quantidade de calouros e veteranos e a beleza de sua namorada ele deveria marcar território. Mas, por que eu ficava atentando estes detalhes? Decidi sair, isto deveria ser fruto de minha carência, sim, que depois que terminei com Christian não tinha ficado com mais ninguém. Eu sou assim mesmo, não sou daqueles que assim que termina com um já dividindo a cama com outro, sou o que se poderia chamar de amante a moda antiga. Eu gosto do romance, da conquista, ficar é uma coisa, mas ir pra cama é outra, já perdi vários ficantes por conta disto, mas, fazer o que? Eu sou assim.

Optei por espairecer, enquanto Erik ficava segurando vela pro casal.

- Clarkson, vamos dar uma volta? – Eu perguntava.

- Tô bem aqui. – ele me respondeu.

- Clarkson, VAMOS dar uma volta. – Eu insistia.

- Vai lá Erik, vê se arruma alguma mulher. – Timothy falava.

- Tim, deixa ele, ele vai se ele quiser. – interpolava Isabella.

- Não, eu vou. – Por fim ele decidiu ir.

Fomos e eu percebi certo desconforto de Clarkson com alguma situação, mas relevei. Ele poderia estar um tanto contrafeito com os acontecimentos das últimas horas. No fim, ele se arranjou com alguma garota, Lilian da administração, se não me engano. E eu errei pela noite até encontrar com o Luccio, era um moreno lindo, com seus 1,90, olhos castanhos, dentes brancos, só tinha um defeito: salivava muito, quase me afogo. Mas, pra qualquer pessoa que precisasse de alguém lindo a seu lado. Este era o homem ideal, bom papo e a pegada... meu pai, mas não nos vimos mais depois.

O balanço da festa foi positivo e uma coisa acabou me surpreendendo, Clarkson mudou drasticamente a forma como me tratava, se antes eu era uma espécie de intruso, aquele que veio roubar seu posto ao lado do amigo, agora não. Ele guardava o meu assento nas aulas. Ele queria saber mais de mim e falávamos de alguns vícios que Timothy tinha, ele por ser amigo já os conhecia desde sempre e eu estava sendo apresentado a eles pela convivência. A conversa começava a fluir e, algumas coisas se modificaram, ele ficava cada vez mais comigo.

Mas ele tinha um problema, ele era muito pegajoso, ele queria ir comigo em todos os lugares, o que dificultava minha vida. Como algum cara iria se aproximar eu tendo outro à tira colo? Contudo, dos males este era o menor, antes ter um cara pegajoso do que ter problemas com o melhor amigo do meu colega de quarto, o que poderia fazer com que a convivência fosse um verdadeiro inferno.

Passou-se um mês. Tivemos outra festa e nesta Clarkson não parava de beber, e também não desgrudava de mim. A certa altura ele, mais pra lá, do que pra cá...

- Eu sei o que tu é. – ele falava bêbado.

- Como? – Eu indagava.

- Eu não imaginava, até que você é bem machinho...

- Como?

- Eu vi você se agarrando com aquele cara ali – ele apontava pro Luccio – na outra festa, mas ele não é homem pra ti.

- Creio que isto quem decide sou eu, não?

- Eita que a bichinha é arisca. – ele falava.

- Bichinha o que?

- libera ai vai? – ele falava me agarrando.

Eu não acredito que estava escutando aquilo. “Tenha calma, ele esta bêbado. Não sabe o que esta falando”, eu pensava pra não voar no pescoço dele.

- Libera. – ele me deu um beijo e apertou a minha bunda. Ele poderia estar bêbado, mas apertar a minha bunda isso é de mais. Dei um murro nele que o fez beijar o chão.

Saí correndo, eu me sentia enojado. Aquele idiota havia me beijado bêbado. Por isso que ele estava tentando ser legal comigo? Ele achava que eu era uma daquelas bichinhas fúteis que ele iria levar pra cama facilmente, mas eu não sou assim. “Idiota, idiota, idiota”. Eu corria. Corri pro dormitório, mas a porta estava fechada com uma meia na maçaneta.

- Droga, droga, droga. – eu pensava. Timothy havia desenvolvido este sistema de aviso, na certa ele estava no quarto com Isabella e não queria ser incomodado.

Imaginem, eu num inferno por conta do melhor amigo deste e ele fudendo no quarto, nossa que noite ótima, esta é, sem sombra de dúvidas a melhor noite da minha vida eu pensava enquanto adormecia no corredor.

No dia seguinte acordei todo quebrado, as costas doíam, as pernas doíam, tudo doía, mas o que doía mais era o meu orgulho, um idiota havia me agarrado bêbado, alguém que eu julgava estar tentado ser meu amigo, simplesmente se aproximou pra tentar me levar pra cama, quem ele pensava que era? Sei que posso estar exagerando, sei que as vezes me porto como uma perfeita Drama Queen, mas fazer o que? Eu sou mesmo. Pra outros isto pode não parecer nada, mas fui ofendido naquilo que tenho de mais valioso, o meu orgulho.

Eu acordo com o dia já amanhecendo e a porra da meia ainda na maçaneta, Timothy ou era um animal, ou eles acabaram dormindo pra minha total alegria. Eu precisava entrar naquele quarto, tomar um banho e me arrumar para as aulas. Então começo a bater na porta e sai um Timothy só de coeca samba canção.

- A farra foi boa heim? – Ele me pergunta.

- Como?

- Safado, chegando agora aqui e diz que a noite não foi boa? Pegou quantas? – Ele falava com um aspecto de sono, enquanto eu não entendia nada.

- Acho que estes assuntos não se devem conversar quando a sua namorada esta no quarto. – Respondia ríspido.

- Ela não esta, disse que estava com dor de cabeça, cólica essas coisas de mulher, e foi embora. – me responde chateado.

- Como é?

- Isso, ela me deixou na mão, vê se pode.

- E.. e... – eu tentava manter a calma, mas não conseguia. – por que diabos esta droga de meia esta na porra da maçaneta. – gritava.

- Ah – ele pareceu entender – eu esqueci de tirar, mas desculpa. – falava envergonhado.

- Quer dizer que eu passei a noite toda neste corredor por nada... POR NADA?

- Desculpa, desculpa, desculpa. – falava com as mãos juntas como uma oração.

- Ahh, vo...cê... ahmm.. – deixa eu ir que tô atrasado.

Tomei um banho me vesti e fui pra minha aula, minha cabeça doía ainda mais. Quer saber, eu deveria ter deixado aqueles dois dividirem o dormitório, creio que grande parte dos meus problemas teriam sido resolvidos..

- Precisamos conversar. – ele pedia.

_________________________

O restante do almoço com Vivi foi muito tranquilo, conversamos horrores e ela conseguiu o que queria, o telefone de Mark. Aquela garota é um arraso. Sinceramente eu amo a companhia de Vivi, mas não sei quanto tempo poderemos ficar assim, juntos. Ela é uma grande amiga, mas não posso negar o fato de ser um ex-namorado de seu irmão e que não sou santo e nem estou morto. Lógico que não ficaria com o Clarkson, mas, se ela ficou com esta cara no momento em que ele me deu uma cantada imagina se alguém que eu me interesse me cantar?

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Comentários

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Maravilhoso, pena só está votando agora o problema foi que fiquei sem net todo o fim de semana. Abraços.

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A única coisa q posso falar é q está maravilhoso como sempre, um pedido, separa não o tim do sam, brincadeira, está ótimo, um grande abraço e como diz o rô um beijunda.

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outro capítulo maravilhoso deste conto tão inteligente e envolvente! Incrível como a "Don't Ask, Don't Tell" estragou vidas. Claro que isso não teria acontecido se o bobão do Timmy não tivesse se alistado (é, ainda não entendi, nem achei válido o motivo dele ter feito essa burrada); Vish, a chei que ia ter briga/morte na parte da ligação pra mãe do oficial O.o; Mal posso esperar pra ler o próximo capítulo ^^

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