Hotel California - Dia 3

Um conto erótico de Camaleão
Categoria: Homossexual
Contém 1591 palavras
Data: 07/04/2013 11:13:26
Assuntos: Gay, Homossexual

================================= 3 DIA

Eu nunca achei que essa viagem poderia ter sido tão perfeita!

Cadu e eu acordamos juntos. Nos beijamos com vontade. Trocamos de roupa e resolvemos sair para ver o dia. Estava maravilhoso. Fomos até o salão de jogos para jogar sinuca. No caminho encontrei com Caio e Lucas.

- Aaaahh! Olha lá! o casal mais gay do universo! Olha! A namorada dele também! - Lucas estava falando com Caio, em alto e bom som. Por um momento me esqueci que no meu chalé ainda estavam dormindo Lucas e Caio. Merda.

- Na verdade a namorada é ele... - Cadu disse em um tom irritado e brincalhão ao mesmo tempo. Eu dei um risinho e completei:

- Pô amor... Isso era segredo! - Rimos juntos. Lucas serrou os olhos e saiu pisando firme. Caio apenas o seguiu, indiferente.

Fomos até a sala de jogos. Era linda. Tinha tudo: dardo, pembolim (tótó), sinuca, fliperamas e etc. Não tenho nem noção de quanto tempo ficamos lá. Mas jogamos muito, rimos muito, nos divertimos muito! Saimos e fomos para algum lugar mais "reservado". Nos beijamos muito! Seus beijos eram fortes e com vontade. A coisa começou a esquentou. Mas paramos. "Aqui não. É muito perigoso."

Com fome, fomos para o restaurante. Durante almoço encontramos Carlinha. Ela se sentou na nossa mesa. Conversamos bastante. Até que ela se despediu, e antes de sair disse:

- Vocês são um disperdicio. - Deu um suspiro.

Eu e Cadu continuamos almoçando e conversando. Nossas conversas eram sempre muito divertidas e algumas delas intelectuais. Agora, por exemplo, estavamos discutindo se Capitu traiu ou não Bentinho (Dom Casmurro, Machado de Assim).

Acabamos nosso almoço e então eu fomos para a piscina. Chegamos ao local e lá estavam os ex-amigos de Cadu. Eles olharam para nós dois e começaram a dar risinhos. Cadu se descontrolou. Foi até o que estava mais proximo dele, de costas. Encostou em seu ombro, na hora que ele olhou para Cadu, Cadu virou um soco na sua boca que nocauteou ele. Felipe, eu acho, caiu com o nariz sangrando, olhando assustado para Cadu, que estava com sangue nos olhos. Na hora eu fui até ele.

- Cara, calma! - Falei pra ele. Todos os seus amigos estavam assustados com essa reação. Cadu nunca fora violento.

- Arranjou uma nova namorada Cadu? - Aquele mesmo negrinho sexy estava zoando com a gente. Respirei fundo. Puxei Cadu e nos viramos para ir embora.

- Ihh! A lá! Duas mulherzinhas fugindo de um bando de macho! A gente podia estrupar elas! Elas gostam! - Todos riram, agora foi meu sangue que ferveu. Embora eu quisesse ir lá e estourar a cara dele, falei calmo:

- Cara, eu só não vo ai te dá uma surra, por que tu é preto e não tem moral nenhuma na sociedade. Se apanhar de um viado então... Vai ter que mudar de pais pra não ter mais fama de fracote. - Consegui o que queria: ele estava fervendo de raiva.

- RACISMO É CRIME! - Ele gritou estressado. Os outros amigos de Cadu e o Cadu estavam só observando, sem reação.

- Homofobia também, mas se tiver algo contra, vem aqui que a gente resolve no braço. - Foi o estopim: O negrinho saiu correndo em minha direção pra dar uma voadora. Como eu disse no começo, eu luto Muay Thai. Simplesmente desviei da voadora. Parti pra cima. Rodei o pé na cara dele, literalmente. Ele ficou meio tonto. Cheguei um pouco mais perto, dei um soco só pra terminar de desmaiar ele.

- Mais alguém? - Agora era Cadu falando por mim. Todos os seus amigos estavam assustados. Um desmaiado, o outro com o nariz quebrado. Pela reação dos outros, aqueles dois deveriam ser os mais fortes entre eles. Ou o Cadu ser muito influente, pois enquanto nós não saimos de perto, nenhum deles ousou mexer um musculo sequer.

Saimos e fomos para a quadra. Lá, sentamos no mesmo lugar que sentamos na primeira noite de conversa.

- Cara, eles eram maioria. Se eles resolvessem partir pra cima, a gente tava fudido!

- Não. - Cadu já havia acalmado - Aquele que eu quebrei o nariz, o Felipe, luta jiu-jitso. E seu pai e sua mãe são empregados do meu pai. Ele era meu melhor amigo. Aquele que você desmaiou, o Marcus, foi campeão de muay thai na nossa cidade. Os outros só tem corpo e braço por causa de suplemento e academia 24h. Ninguem ali é forte de verdade, só é gostoso. - Rimos da situação. Devia ser umas três horas da tarde. Ficamos ali, sentados sem falar nada. Abraçadinhos. Até eu falar:

- Cadu, você foi a melhor coisa que já me aconteceu. Digo, até eu te conhecer eu apenas sobrevivia, agora, pela primeira vez, eu estou de fato vivendo. Está perfeito. É cedo mas, eu acho que eu te amo. - Falei com uma voz apaixonada.

- Sabe, você tirou todas as palavras da minha boca. - Ali mesmo, sem preocupar com os outros, nos beijamos. Mas seu beijo estava diferente. Menos doce, menos forte, menos com vontade. Deve ser por causa das pessoas em volta.

A partir desse momento, embora estivessemos sempre juntos, Cadu estava lonje. Seus beijos perderam toda a vontade, sua voz estava mais fria, seu olhar sempre distante.

Durante a tarde nós ficamos jogando ping pong e xadrez. Cadu estava tão lonje que perdia tudo. Nem conversando direito ele estava. Comecei a ficar preocupado. Será que eu havia feito algo errado?

Chegou a hora do por-do-sol e fomos para lá. Hoje voltariamos mais cedo. Queriamos nos preparar para a festa da noite: Como sempre era programado, seria o lual. Todos se fantasiaram de havaianos para tal festa, seria perfeito.

Enfim, chegamos ao local, e começamos a ver o por-do-sol. Estava lindo, como sempre. Durante o expetáculo, puxei Cadu para um beijo. Ele retribuia, mas sem emoção. Eu queria aquele corpo em mim, comigo, então eu começei a tirar sua roupa. Cadu respondia, mas sem vontade. Comecei a chupa-lo, ele gemia, sem emoção. Eu mesmo tirei minha roupa. Eu mesmo coloquei a camisinha nele. Eu mesmo sentei naquela vara linda. Eu mesmo me masturbei até gozar. O sexo foi bom, mas Cadu estava seco, aspero, frio. Vestimos nossas roupas e ficamos um tempo em silencio. Até eu perguntar:

- Cara, me fala o que aconteceu? - Perguntei preocupado.

- Nada... - Ele respondeu distante, como havia estado sempre, nas ultimas horas.

- Nada não existe, não nesse caso. Você mudou. Foi algo que eu disse? - Comecei a me irritar.

- Não foi nada! - Ele se irritou.

- FOI SIM! E VOCÊ VAI ME FALAR! - Agora eu estava gritando com ele.

- Ok. Foi você que pediu: Tudo estava perfeito! Até você dizer que me amava! Sabe, nas ultimas horas eu andei pensando: Isso não vai dar certo! Nunca! É impossivel. Em, praticamente dois dias que estamos juntos você já brigou com seus melhores amigos. E eu também briguei com meus melhores amigos. Sabe, vai dar errado. Vai dar errado não, já deu errado! Eu sinto muito, eu gosto de você. Mas não podemos. É mais seguro assim. Nós nos esbarramos. - Lágrimas escorriam pelo meu rosto. Nunca chorei tanto na minha vida. Ele deu um beijo na minha testa, levantou, e como um covarde, saiu. Me deixando ali sozinho. Eu chorava, fiquei deitado por um tempão.

Voltei para o hotel e foi direto para o bar. O lual estava lindo. Todos estavam fantasiados de havaianos. Mas aquilo não fazia sentido mais pra mim. No bar, bebi como se não houvesse amanhã. Durante a bebedeira, Lucas se sentou ao meu lado.

- Uai, a namorada, digo, namorado, te largo? - Ele me falava em tom sarcastico.

- Sim. E eu quero que você me leve até aonde estão as melhores gatas desse hotel! - Bebado, por entre um choro reprimido eu disse.

- Olha quem voltou ao nosso time! - Ele parecia alegre.

Saimos, mas antes eu passei no meu chalé para tomar um banho e trocar de roupa. Coloquei minha roupa de havaiano e sai.Embora eu tivesse certeza que eu iriar dormir com uma gata, não era isso que eu queria. Era ele. Mas ele não me queria, mas como diz o ditado: "Tá no inferno, abraça o capeta".

Chegamos à um lugar que só tinha altas gatas! Logo cheguei, no que eu julguei a mais gata do local. Era facil, alguns gracejos, alguns poeminhas bobos, alguns carinhos e logo eu estava pegando ela. Comecei a beijar seu pescoço, mas algo estava errado. Não era o cheiro dela que estava ali. Era o cheiro dele. Com certeza ele havia feito o mesmo. As coisas ficaram menos pior, seu eu não pudesse ficar com ele, pelo menos com o cheiro dele eu ficaria.

Eu e a menina ficamos ali, nos pegando. Bebemos, conversando, rindo. Mas eu estava distante. Resolvi convida-la para o meu chalé. E fomos.

Lá, foi normal, como todas as outras. Ela tirou minha roupa, me chupou, nos beijamos. Fomos para a cama. Fudi ela forte, com vontade, igual Cadu me fudia. Aquele cheiro perfeito ainda estava na minha cama. Ela gritava de tesão. Acabamos de fazer o sexo. E ficamos deitados. Ela ficou deitada sobre o meu peito.

- Esse cheiro... não me é estranho... - Ela falou sem pensar.

- Sim, é dele. - Ela levantou no susto.

- Cadu? - Perguntou assutada.

- Sim... - Ela me pareceu irritada, trocou de roupa e saiu do meu quarto. Eu sairia também. Coloquei uma roupa normal e sai. Foi eu sair e ver Cadu, todo alegre com uma vadia qualquer. Nossos olhares se cruzaram. Então, ele desviou o olhar e continuou rindo e brincando com sua vadia. Aquilo foi forte demais. Voltei pro meu chalé e então, de roupa mesmo, cai no sono.

================================= FIM 3º DIA

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Comentários

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Aii que chato, o Cadu deveria ser mais cordeal rsss.... mais ficou muito bom

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ahhhhhh estava torcendo pra vocês ficare juntos. Ele mereceu mesmo ser corno e zuado pelos "amigos", é u babaca completo!

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Nossa cara, tu escreve bem e a historia e show!

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