***Oi, queridos leitores, que eu sequer sei se ainda estão por aqui! De qualquer forma, devo ao menos por respeito me explicar. O conto que se segue relata um fato que ocorreu em Outubro/Novembro do ano passado. Enquanto Debby e eu ainda estávamos separadas. Não muito tempo depois reatamos, e estamos juntas na data dessa publicação. Tem coisas que uma namorada não precisa saber. Mas com vocês eu gostaria de compartilhar. Demorei muito para aparecer, eu sei: Vestibulares outra vez, e mais mudanças, to habitando a capital mineira agora, pessoal! De qualquer forma, sem mais delongas, apresento-lhes: Branca***
_Oi, você! – Desde que lera aquele livro adolescente esse jeito de cumprimentar entrara em meu cérebro e parecia não querer sair. Maldita Suzanne Collins.
_Oi! – Disse ela sorrindo.
Eu já havia visto Branca em fotos, e até falado com ela por telefone. Mas naquela noite ela estava ali, na minha frente, chegando cedo demais à festa que meu irmão preparara. Eu certamente sabia quem era ela, mas resolvi não deixar isso claro demais.
_Desculpa a invasão, mas aqui é o sítio do Ju? – Disse ela, obviamente em perdida.
_Bom, é sim. Mas da próxima vez que não tiver certeza, melhor perguntar antes de estar dentro da cozinha, cê não acha? – Eu falei sorrindo.
_ Esse sim é um conselho dos bons. Você deve ser a Gabriela. A gente se falou por telefone uma vez!
_Ah, então você é a Branca! O Ju teve que ir à cidade comprar mais pão já que achou que esse não seria suficiente. To terminando de me arrumar, minha prima tá aqui no quarto. Pode ir entrando!
E esse é o começo de uma coisa que se tornou mais do que eu esperava que pudesse ser. Muito mais.
Bem, logo após o término do meu namoro meu irmão, na tentativa de me consolar, me mostrou fotos de uma garota no facebook, afirmando que eu precisava conhecê-la, e ficar com ela. Não foi preciso muito para saber que aquilo nunca aconteceria. A garota da foto tinha cabelos compridos, estava sorrindo atrás de um daqueles brinquedos giratórios de parques infantis. Seus cabelos negros quase lhe tocavam a cintura, seu rosto claro contrastava com seus lábios fartos e rosados. E seu corpo... As curvas, cada uma em seu devido lugar, seios fartos, bumbum marcando a calça, mas não exageradamente. Aquela garota era uma deusa. Aquela garota era Branca.
Não me entendam mal, eu não sou feia nos padrões atuais, a questão é que Branca era muito mais que bonita. Passei aquele FDS na minha cidade natal, mas não tive a chance de conhecer Branca. Houve um churrasco ao qual eu sabia que ela iria, mas decidi ficar em casa e fazer companhia a minha mãe, já que eu morava fora há um tempo e ela estava carente. Conversando com meu irmão no Domingo ele disse que Branca perguntou porque eu não fora conhecê-la. Mas eu podia jurar que ele estava zoando comigo.
Desta vez, quando fui embora, demorei a voltar. E falando com meu pai ao telefone ele mencionou uma garota extraordinariamente linda que ia sempre à minha casa visitar meu irmão e ele não sabia quem era. Bem, eu sabia, mas não ia dizer. Foi neste mesmo meio tempo que falei com Branca pelo telefone. Sua voz era bem infantil, simplesmente não correspondia ao corpo que vira naquelas fotos. Ela estava com meu irmão quando liguei pra ele, e insistiu em conversar comigo. Nada relevante foi dito. Foi quando um amigo que tenho em comum com meu irmão me disse que Branca tinha apenas 15 anos.
Juro aos leitores que após receber essa informação, fiz de tudo para tirá-la da minha cabeça, afinal eu não fazia o tipo Mrs. Robinson. Mas meu irmão continuava me dizendo que após o telefonema ela insistia ainda mais em me conhecer; e que quando ele a convidou para uma festa de Halloween, ela disse que iria apenas se eu fosse. Eu teria ido àquela festa de qualquer forma. Mas confesso que aquela afirmação aguçou minha vontade.
Resumindo, lá estava eu, no sítio dos meus pais, com um curto vestido preto, uma meia calça da mesma cor, uma máscara prateada cobrindo os olhos, e um chapéu preto estilo MJ observando Branca dançar com Edu, um dos amigos do meu irmão. Deus, aquela garota sabia se mover. A maneira que balançava os quadris, de alguma forma encontrando o ritmo da música antes mesmo de ele alcançar meus ouvidos era inebriante. O som alto emitia uma sequência de rocks dos anos 80 remixados. Imaginem: Seu cabelo, agora nos ombros e um pouco mais claro balançava em sincronia com seu corpo. Sua língua percorria seus lábios de uma maneira mais que sexy com uma frequência que eu não saberia descrever. Ela usava um vestido também preto, contra todas as possibilidades, ainda mais curto que o meu e um mini-casaco vermelho com o zíper fechado um pouco abaixo dos seios. Ela era o desejo em forma de mulher, ou menina.
Quando eu saí do local onde os convidados dançavam e fui ao quiosque buscar uma batida, Junior, já não tão sóbrio sussurrou: “Cuidado com o Edu, a Branca quer você, mas nunca se sabe!”.
Eu já havia ficado com Edu algumas vezes. Ele chegou a dizer que estava apaixonado, mas eu sempre deixei claro que não me sentia atraída por ele da mesma forma. Ou por menino algum. Branca era bi, eu sabia, só não sabia se Edu tinha mesmo seguido em frente, ou se apenas tentava me atingir. Se eu com 19 anos, me sentia estranha ao desejar uma garota de 15, ele com quase 30 estava sendo irresponsável, porém, Branca era mesmo difícil de não querer.
Voltei a pista de dança, e a vi conversando com ele no canto mais escuro de lá. Uma pontada de algo que eu só posso descrever como ciúmes surgiu em mim. Eles não se beijavam só conversavam, e aquilo durou muito tempo. Desisti de ficar apenas olhando e decidi que definitivamente Branca não estava afim de mim como meu irmão afirmava. Era hora de deixar pra lá. Voltei ao quiosque e comecei uma conversa animada com alguns dos meus amigos, a música agradável ainda tocava, mas a distância me permitia escutar o que os outros diziam. Não sei se foi um instante depois, ou se o tempo simplesmente passa rápido quando não se está esperando, mas logo Branca e Edu entraram abraçados no quiosque.
Ao entrar ela sorriu pra mim, que sorriso, se soltou de Edu e veio em minha direção.
_Você devia usar assim, ó. – disse ajeitando meu chapéu.
_Você ficou com ele? – A pergunta saiu sem pensar. Foi uma surpresa para ela, e para mim também. – Desculpa! Não é da minha conta. Não sei o que me deu.
_Não. Eu não fiquei. Tá doida?
_Não precisava ter respondido.
_Eu sei. Eu quis. Quer dançar?
_Eu não danço.
_E o que você faz? – e ao dizer essas palavras passou a língua pelos lábios mais uma vez. Eu sabia o que ela queria dizer. ‘Ela tem 15 anos, Gabriela!’ dizia meu subconsciente, e por um momento, eu achei que fosse conseguir ouvi-lo.
_Nada. – Eu disse e me levantei, sabendo que não poderia ficar perto dela muito tempo. – Vou ao banheiro. O de casa. O daqui deve estar uma bagunça. – Seu rosto não mostrava decepção. Ela apenas sorriu.
_Ok.
A casa estava semi-vazia. Exceto por algumas pessoas que já haviam bebido demais e procuravam água na cozinha. Entrei no banheiro, e me sentei sobre a tampa do vaso. O que eu estava pensando afinal? Meu coração, namorando ou não, pertencia à Debby. E eu queria dizer isso a ela. Tirei o celular de um bolso interno do vestido decidida a mandar-lhe uma sms. Droga, não tinha área. O guardei novamente, e ao abrir a porta do banheiro, sentada na escada, na minha frente, Branca. Mas que merda.
_Será que você pode me fazer um favor?
_Hm?
_O Edu tá tonto demais pra me levar pra casa. Mas eu preciso que alguém maior de idade explique isso pros meus avós. Cê pode ligar lá?
_Ah, tá ok. Mas vamos logo por que eu pedi uma batida de coco e elas estão concorridas!
Branca foi comigo até os fundos da casa. Lá tem um campo cheio de árvores, e algumas pedras grandes nas quais eu costumava brincar quando criança, a noite pode ser assustador, mas é o único lugar onde se poderia achar rede com certeza. Além do mais, a janela aberta de um dos quartos iluminava onde estávamos.
A avó da menina custou entender, mas acabou cedendo por questões de segurança. Branca me abraçou entusiasmadamente diante do resultado positivo. Droga, ela dormiria ali. Peguei sua mão para ajudá-la a voltar até a casa, e ela apertou a minha.
No fim da festa todos haviam ido embora, exceto meu irmão, meu primo, minha prima, Edu, Branca e eu. Durante a divisão de camas. A quem foi designado o dever de dormir com as crianças? A mim.
Meu primo que tinha 11 anos ficou com a cama, e dois colchões de solteiros foram colocados no chão, um para Branca e um para mim. A garota tinha pego uma blusa emprestada de minha prima, que claramente lhe ficava muito larga, e propositalmente ficou só de calcinha assim que apagamos a luz. Meu primo já dormia há muito tempo quando fomos nos deitar, e ela sabia disso.
_Tá frio né? – disse ela.
_Quer mais um cobertor?
_Mas aí o pessoal vai ficar sem. A gente podia juntar os colchões e dividir os nossos! – A garota estava testando meus limites.
_Não sei se essa é uma boa ideia. – Como que me desafiando, Branca arrastou seu colchão até se encontrar com o meu, jogou seus cobertores sobre mim, e se deitou embaixo deles. Assim que sua perna tocou a minha, meu corpo todo se arrepiou instantaneamente.
_Assim está melhor.
Acordei no meio da noite e percebi os braços de Branca ao meu redor. Me virei desajeitadamente e encarei seu rosto. Novidade, ela ficava ainda mais bonita dormindo. Como que por impulso minha mão tocou seu cabelo com ternura. Quase que instantaneamente seus olhos se abriram.
_Oi, você. – Disse ela me imitando.
_Oi, você. – Eu respondi sem conseguir esconder um sorriso.
_Você namora, Gabriela?
_Namoro. – Menti.
_Hm. E você a ama?
_Muito.
_E quanto a mim?
_Quanto a você o que? – Branca colocou sua perna esquerda sobre as minhas.
_Você me quer? – ela me encarou. Era um jogo, eu sabia disso, ‘O Jogo do Anjo’, um dos meus livros favoritos... Seu título descreveria bem aquela situação. Branca não desgrudou os olhos dos meus pelo que pareceu uma eternidade. E quando o fez, foi para fitar meus lábios. Aquele era um jogo que eu não me importava de perder, e, afinal, ali estava... O meu limite.
Não foi preciso pensar para entrelaçar meus dedos nos cabelos de sua nuca e puxar seu rosto para mais perto do meu. Seu hálito de hortelã denunciando os dentes recém escovados preencheu minhas narinas e alcançou meus pulmões me arrepiando. Ela sorriu um sorriso de quem conseguiu o que queria, e eu a beijei. A beijei com todo desejo que havia em mim. Sua língua buscava a minha com a mesma voracidade, e me coloquei sobre ela. Sem interromper o beijo devorador, minhas mãos pousaram em sua cintura semi-nua, sentindo o contorno de sua calcinha. Branca puxava meu corpo contra o seu como se pudéssemos nos fundir.
Me ajoelhei no colchão, suas pernas entre as minhas abertas, ela me encarava. Talvez se eu houvesse parado pra pensar, mesmo ali, tivesse sido possível me conter. Mas eu não parei, aqueles olhos cor de mel me levaram à um outro reino, a puxei pela mão de modo que ela ficou sentada frente a mim. A beijei novamente saboreando sua saliva doce, e enquanto o fazia puxava sua blusa para cima. Ela me deixou tirá-la sem resistência. Mas quando a deitei novamente pude sentir sua hesitação enquanto minha mão procurava o fecho do sutiã.
_Eu sou virgem. – Bem, eu já imaginava isso.
_Eu não pretendo mudar essa situação, não se preocupe. – disse sem desviar minha mão de sua rota.
Levei minha boca ao seu pescoço, o beijei, o chupei, respirei fundo ali e senti Branca se contorcer, suas mãos sob a minha blusa cravaram-se em minhas costas e ela gemeu. Soltei o fecho do sutiã, e a ouvi gemer. Me ajoelhei novamente para tirá-lo. Coloquei-o cuidadosamente ao lado de sua blusa enquanto admirava seus mamilos rígidos e rosados.
_Não seja barulhenta, não vai querer acordar o menino, vai? – Sussurrei calmamente em seu ouvido.
A beijei novamente enquanto minhas mãos brincavam com seus mamilos e eu sentia-a cada vez mais pressionando seu sexo contra minhas pernas. Cara, aquela menina sabia beijar. Após me ajoelhar e tirar minha própria blusa, dirigi minha boca aos seus seios, chupando-os e me deliciando com cada reação que o corpo da garota demonstrava. Cada toque por menor que fosse lhe causava tremores deliciosos. Coloquei minha mão entre as suas pernas pela primeira vez, e foi quando vi o quanto Branca me desejava. Sua calcinha estava encharcada. E mesmo sobre ela eu podia sentir seu sexo pulsando. Pedindo por mim. Olhei para ela e sorri.
_Não tão experiente quanto aparenta, não é senhorita? – Vi Branca corar. Mas ela não hesitou novamente, me puxou para si e me beijou se possível com mais desejo que antes.
_Então me mostra.
Era só o que eu queria ouvir. Minha boca percorreu seus seios mais uma vez. A língua sentindo seus pelos se eriçarem enquanto passeava pelo seu tórax, seu umbigo, os pelinhos que me levariam até onde eu queria chegar. Me ajoelhei novamente, dessa vez, eu entre suas pernas. Ela levantou um pouco o corpo facilitando para que eu tirasse sua calcinha. E eu tive que parar um segundo para contemplar, ali, diante de mim, nua, eu tinha certeza que ela era uma das maravilhas do mundo.
Apoiei um de meus braços sobre seu umbigo e pressionei de leve enquanto minha mão agarrava sua cintura. Ela pareceu não entender. Mas eu estive esperando por aquele momento, o meu preferido. Me abaixei, e devagar, deixei minha língua percorrer todo seu sexo, absorvendo tanto quanto fosse possível do seu líquido, sentindo cada parte de mim se regozijar. Branca vibrou. Fiz novamente a mesma coisa, e podia ver que ela estava impaciente, queria que eu a fizesse gozar. Passei a língua por seus grandes lábios onde uma fina camada de pelos começava a surgir. Ela tentou levar a mão ao seu sexo mas foi impedida pelo meu braço que ainda estava sob seu umbigo.
Branca já não resistia, jogava seu sexo contra minha boca como quem implora por algo que deseja mais que tudo, sem o qual não pode viver. Seus gemidos incontidos, baixos mas impossíveis de segurar, me excitavam ainda mais. Minha língua começou movimentos circulares em volta de seu clítoris, e ela instantaneamente começou a rebolar, eu percorria seu sexo, a semi-penetrava com minha língua, e voltava ao clítoris, quando comecei os movimentos de sobe e desce, não demorou muito para que seu corpo se contorcesse de prazer. Parei. Esperei que seus espasmos parassem. Com ambas as mãos afastei seus grandes lábios, e passei a língua com força por toda sua extensão de novo. O gemido não pode ser abafado desta vez. Não pude evitar sorrir.
_Eu já disse. Vai acordar o Rafa. – lhe disse enquanto deitava ao seu lado envolvendo sua cintura com meu braço direito. Ela não respondeu. Beijei sua nuca mais uma vez. E inspirei o doce cheiro de seus cabelos.
_Acho que estou apaixonada. – Ela disse e eu sorri.
_Não, você não está, Branca.
_E como é que você sabe disso?
_Você é muito nova, é normal fazer confusão, você nem me conhece.
_E você ama outra.
_Amo sim.
_Tudo bem. Acho que posso conviver só com o que a gente tem.
_E o que é que a gente tem?
_Tempo pra descobrir. – E dizendo isso fechou os olhos. E dormiu.
Acordamos antes de todos pra que ela pudesse se vestir. Eu a beijei novamente, e posso jurar que se dependesse dela íriamos transar de novo e esquecer do resto. Mas eu já sabia que seria apenas uma vez.
Me sentei a beira de uma das pedras do fundo. Tirei o celular do bolso do moletom. Disquei.
_Alo? – Uma voz de sono respondeu.
_Debby?
_Que foi, aconteceu alguma coisa?
_Não. Eu só... Eu amo você.
_Eu estive esperando que você dissesse isso.