PARTE 6
Eu sempre acreditei que em certas coisas não se deve nunca mexer. Só para ver como são, e como funcionam. E também que elas deveriam permanecer onde e como sempre estiveram. Trancadas e bem longe do alcance de nossas mãos. E que seriam melhor assim, uma mera impossibilidade. Porque às vezes não temos como responder pelas consequências. Mas curiosamente são nessas mesmas coisas que geralmente resolvemos mexer. Porque afinal, se não fosse assim, qual seria a graça de viver uma vida sem riscos.
A primeira vez que vi o Emerson ele me pareceu sem graça e sem nada que me inspirasse qualquer sentimento. Sinceramente tanto ele quanto o seu amigo Felipe numa multidão passariam despercebido por mim. E continuariam passando, numa multidão verde-oliva, sendo parte do resto da tropa daquele quartel. No entanto quando tive a oportunidade de vê-los como realmente eram, despidos literalmente, e eles a mim, as coisas tomaram um novo rumo. Para todos nós.
Acordei com o despertador que marcava 5:00 da manhã, estiquei minha mão para o lado afim de encontrar o Emerson, mas ele não estava mais ali. Sentei-me na cama e escutei o barulho do chuveiro, levantei correndo, vesti uma bermuda e minha regata e fui até o banheiro, a porta estava entre aberta, e observei ele tomando banho. Mesmo com um pouco de vergonha, e não sei por que isso nunca foi de ter vergonha, decidi entrar no banheiro.
- Bom dia Davizinho. – Disse-me ele com olhar malicioso.
- Bom dia. – Respondi abrindo o armário e pegando minha escova de dente.
- Não vai tomar banho?
- Depois de você. – Disse colocando a pasta na escova.
- Nada disso. – Disse ele saindo do Box, e me pegando por trás. – Você vem comigo. – Disse ele me arrastando praticamente para o banheiro com roupa e tudo, molhando todo o chão.
Ele me deu um beijo demorado.
- Soldado, não podemos ficar de gracinha no banheiro, temos de trabalhar.
- Ok senhor. – Falou ele sério e fazendo posição de sentido. Não conseguindo se segurar e rindo, me fazendo rir também.
Terminamos o banho, nos vestimos, tomamos café rapidamente e fomos para o ponto de ônibus.
- Cara eu não sei o que estou sentindo por você. – Disse olhando em meus olhos. – Mas não acho isso certo.
- Também não acho, mas eu gosto de você.
- Também gosto, mas não queria que fosse assim. Poxa, sei lá, estou arrependido por ontem. – Disse-me parecia perdido com suas palavras.
- E a sua atitude de hoje, no banho?
- Eu não sei o que deu em mim. Aliás, quando estou perto de você, eu perco a razão, o sentido, só penso em te... – Ele travou e não terminou o que ia falar.
- Pensa em que Emerson?
- Nada. – Disse secamente. Nisso chegou nosso ônibus e não pudemos continuar a conversa.
O trajeto foi um silêncio total, ao chegarmos ao quartel, ele apenas despediu-se com um aperto de mão e foi para sua bateria, e eu para a minha.
***
Apesar do fim de semana único, a volta ao quartel foi normal. Cada um ficou em sua bateria. E só não agimos como se nada tivesse acontecido porque estávamos todos mudados. Eu trabalhava na sargenteação, que é uma espécie de departamento pessoal dentro do quartel, cuidando da documentação de todos os militares da minha bateria. E como estávamos perto do fim do ano, e também por conta do feriado, eu tinha trabalho acumulado. Mas como não pensar no Emerson. O curioso é que ele tinha incorporado no começo do ano junto com o Felipe, e já estávamos em setembro, e praticamente nunca os tinha visto, até então sequer tirado serviço com nenhum dos dois. Talvez porque eu tinha sido promovido a cabo há pouco tempo. Ou talvez porque o destino, e as escalas de serviços, nunca providenciaram um encontro nosso. Mas agora as coisas estavam diferentes, eu sabia deles e onde estavam, e se quisesse outra vez, teria de agir. No entanto as atividades diferentes entre soldados antigos e novatos sempre providenciaram novos desencontros. Nos horários das refeições eu os vi de longe. Nos exercícios físicos matinais eu os vi correndo com o resto da bateria deles. Ao final da tarde não o encontrei, e como estava atrasado já para a faculdade tive de sair correndo para não perder a primeira aula.
***
Na terça eu tirei serviço de cabo da guarda no quartel, o que pode aproximar nosso contato, eu trabalharia agora um pouco mais perto, pela primeira vez comandaria o pelotão de 30 soldados, pelotão esse que estava Emerson e o Felipe, junto com o Terceiro Sargento Silva que era o meu superior ali presente. O serviço é de total ronda do quartel, controlando quem entra e quem sai, os alojamentos, as instalações e ronda na detenção onde alguns soldados cumpriam punições. Ou seja é uma guarda completa de total controle no quartel. Todos os sentinelas se posicionaram em frente à guarita do quartel, onde começou uma série de flexões e todas as formalidades ao som do que dizia o terceiro sargento, e todos marchando foram guiados para suas respectivas funções. Uns parados em frente à guarita controlando quem entrava e quem saía do quartel, outros fazendo ronda pelas instalações, outros em frente a guarda, que ficavam por 2 horas sem poder sentar, falar ou fazer algo a mais, apenas observar sem baixar a guarda e sua arma. Justamente o que o Emerson pegou. Enquanto o terceiro sargento ficava para um lado comandando um dos pelotões, eu ficava com a outra parte dos sentinelas. E foi assim algumas longas horas. Ao final da tarde, fui para o alojamento tomar banho antes de ir para a faculdade. Este serviço de guarda dura até 24 horas, com duas horas de trabalho e quatro de descanso, e revezamento entre os soldados, até outra guarda assumir no dia seguinte. O alojamento do quartel o banheiro era coletivo, separado em duas partes, uma de banho e outra para necessidades. Fui até o armário pegar minhas coisas para tomar banho. Ao me virar dei de cara com o Emerson que ficou me encarando.
- Quer alguma coisa soldado? – Minha vontade era de agarrá-lo e de levar para dentro de um dos Box e fazer mil e uma loucuras, mas infelizmente não seria possível.
- Só queria te dar um oi. – Disse-me abaixando a cabeça.
- Só isso?
- Não sei.
- Seguinte então. Vou tomar um banho, me espera nos fundos da caldeira, que já vou lá te dar um oi. – Falei dando uma piscadinha, ele entendeu o recado e saiu, e eu fui tomar meu banho.
Alguns minutos depois, atento para não ser notado, fui para os fundos da caldeira como o combinado, ele estava lá me esperando, com um sorriso lindo e ao mesmo tempo tímido para mim. Não gosto de admitir essas coisas, mas estava completamente apaixonado pelo Emerson já, me aproximei dele, ele se levantou e ficamos um frente ao outro, com um mão segurei por trás de seu pescoço e com a outra passei por trás de sua cintura juntando nossos corpos, estávamos a centímetros um do outro, sentia sua respiração, seu hálito, fechei os olhos e aproximei minha boca da sua, e dei um beijo nele, calmo, sem pressa, mas cheio de desejo. Ele desvencilhou seus lábios dos meus, olhou dentro dos meus olhos, eu pude notar seus olhos mareados, ele apenas me abraçou, forte aliás, e encostou sua cabeça em meu ombro.
- Aconteceu alguma coisa? – Perguntei.
- Às vezes penso que isso é sonho Davi.
- Sonho? Olha se isso for sonho, é o melhor que já tive. – Falei. – E o mais fantasioso também, estou pegando um príncipe. – Disse rindo e tirando umas risadas dele.
- É! Só que não. – Falou segurando forte minha cintura. E me prensando contra parede.
- Não disse que seria apenas um oi soldado? O senhor está se alterando já.
- Esse é meu jeito de dizer oi. – Falou me calando com um beijo, me prensando forte com seu corpo contra a parede, e com suas mãos percorrendo todo meu abdômen por baixo da camiseta. Foi de tirar o fôlego.
Eu me soltei e o peguei por sua farda e prensei-o contra parede sem separar nosso beijo que a cada movimento mais ardente ficava. Comecei a desabotoar a sua calça e ele se assustou.
- Tem certeza Davi? Não acho seguro. – Falou ele apreensivo.
- Nada demais vai acontecer, essa caldeira está desativada a anos e ninguém faz ronda aqui. – Falei voltando a beijá-lo, nisso ele voltou a segurar minha cintura e percebi que ele estava mais seguro agora.
Terminei de desabotoar a sua calça e desci até seu pai, que já estava bem animadinho em sua cueca. Tirei pra fora e começar chupar com vontade, mais rápido que chupava, mais ele gemia e aquilo me excitava. Coloquei seus testículos em minha boca enquanto punhetava seu pau. Com a língua fui da base a sua cabeça até abocanhar novamente e chupar seu pau.
- Ahhhhhhh. Que delicia. – Ele gemia, e mais eu acelerava o vai e vem com a boca.
Ele me puxou pelo braço e me beijou, e eu continuei punhetando seu pau. Nisso escutamos um barulho.
- O que é que está acontecendo aqui?
Continua...
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Oe meu povo, essa parte é a metade do conto, eu acho kkk, desculpa ter postado pouco, prometo que amanhã recompenso vocês com uma parte bem maior, se eu não mudar alguma coisa, mas quero agradecer a vocês todos por estarem lendo e acompanhando. E hoje vou começar os agradecimentos novamente pelo meu novo amigão
- The Crow ##: Cara, vc é simplesmente o “leitor” favorito desse conto, fala a verdade, você fica naquela ansiedade pra ser o primeiro a comentar, que “lê” numa rapidez que é admirável, e além de ser um “leitor” assíduo, é muito participativo não gosta de comentar só uma vez, prefere duas, no último foram 3 vezes, cara, tu é meu “leitor favorito”, continua assim, valeu! abração ae pra tu.
- Geo Mateus: obrigado
- J's: valeu! Obrigado
- Oliveira Dan: atitude bacana né? Então hoje rolou mais um pedacinho desse romance meio maluco desses dois, o que será pra frente só nos próximos capítulos, haha, obrigado por acompanhar.
- grimm: isaaa, que bom que voltou a ler haha. Um dia desses quem sabe de certo né? Te adoro bjão.
- diiegoh': valeu
- hpd: obrigado
- FabioStatz: valeu cara
- CrisBR: valeu, obrigado
- Digo123: foi de arrepiar um poquinho, valeu por ler
- lugrey: obrigado
- Thomas.D.C.: obrigadoo, fico contente que esteja gostando
- afonsotico: é, fictício da pra inventar 1001 loucuras haha, valeu cara
- Iky: quem sabe pra frente não é? Tem muita coisa pra rolar haha, obrigado Iky
- juniormoreno: obrigado :]
- Ru/Ruanito: haha ainda bem que foi so um pouco, valeu ai, obrigado
- (Al): valeeu :] zoi, zuvido, zureia? Kkkkkk obrigado cara
- Mia22: obrigado :], e os contos dele não são lixo não, é MERDA mesmo kkkkk. So quem leu vai entender.
- dede88: obrigado :]
- Realginário: meu emburradinho preferido <3, hhaha vc falou falou e falou e eu não entendi, mas não quero entender mesmo haha te amo
- iceboy1: obrigado
- Lucas M.: valeu
- Hogu: muito obrigado, eu tento deixar o conto mais real possível, Emerson ta arrasando kkkkkkkk
- Hércules Silva: Valeu cara, obrigado
- Lord Tom: obrigado
- Alê12: obrigado amigo, e desculpa, já li os atrasadoos hahaha
- Shot: O Emerson esta bastante confuso, nos próximos capítulos vc entenderá melhor isso
- Tristan18: que bom que temos um militar pra comentar aqui, haha, desculpa não ter comentado pra ti no conto passado, quando comentou acho que já tinha postado, eu tive maior vontade de entrar pro exercito, mas por uns motivos parecidos com do Emerson eu não entrei, mas gosto bastante de filmes e tals, e já vi algumas vezes ao vivo com funciona, por isso to tentando deixar o mais real possível, e muito obrigado porá ta lendo :]
- bell: obrigado
- Luiz Dudu: valeu brother haha, daqui a pouco vai faltar Emerson pra essa gente haha.
- lena78@: obrigadooo :], tbm to torcendo kkkkk, bjs
- Homem sério: é houve, haha, valeu
- Hotn'Cold: valeu cara, vo tentar melhorar isso, tem nos primeiros capítulos, mas eu vou dar uma informada denovo haha. E não ligo cara, comentário negativo me motiva mais ainda a agradar quem esta gostando, e desagradar cada vez mais quem não gosta e fica tumultuando.
- por do sol: não sei se a confusão do Emerson passou ainda haaha
- caamilaa: culpa eu acho haha, brigado linda, te adoro bjs :]
- João Ricardo: como eu disse, que seria um conto romântico, mas estou tentando manter o erotismo do conto também, que bom que esta gostando, obrigado.
- Alex20: obrigado
Meu deus é muita gente que leva 1hora pra fazer isso haha, mas faço com muito prazer obrigado a todos, beijos e abraços, fui, até o próximo post.
