CONTINUAÇÃO
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(...) Ela desceu
então a boca pelo meu pescoço,
seguindo
pelo meu peito e parou em meu
umbigo, causando um frenesi
nunca antes
sentido. No instante seguinte eu
a puxei pelos longos cabelos
loiros e
voltei a beijar sua boca.
Precisava sentir aquele sabor
estonteante que me
causava tontura e algo como um
orgasmo constante que deixava
meus tímpanos
vibrando. Deitei-a no chão com
tanto cuidado e carinho que
nem mesmo o mais
apaixonado, romântico,
submisso e entregue dos homens
jamais o faria igual.
Em seguida comecei a chupar
seus peitinhos avermelhados
pela pressão de
minha boca. E quanto mais
chupava, mais desejava chupá-
los. E no momento
seguinte voltava à sua boca
maravilhosa, num repetitivo
carinho que a
deixava fora de si. Por fim fui
descendo minha boca até chegar
a seu
umbiguinho lindo, começando a
enfiar minha língua repetidas e
sequenciadas
vezes desejando jamais parar.
Até que finalmente abocanhei
com toda vontade
do mundo sua linda vagina. E
então relaxei enquanto lambia
seu clitóris com
vontade e depois enfiava minha
língua naquela apertadinha e aconchegante entrada
paradísica. Mas minha
língua parecia ser bloqueada
por uma barreira. Então percebi
que ela era
virgem. Fiquei muito mais
enlouquecido pelo desejo, e
depois de um tempo
proporcionando-lhe toda a
intensidade de minha paciente
preliminar, virei
seu corpo e comecei a beijar
aquelas nádegas tão perfeitas e
maravilhosas
que eu não conseguia parar de
intimamaente agradecer por
aquela dádiva deliciosamente cheirosa, um presente de Odim.
Virei seu corpo e finalmente me
posicionei para penetrá-la.
Então comecei a
movimentar meu corpo, porém delicado e com muito cuidado
enquanto a olhava naqueles
incríveis olhos azuis. Ela
se contorcia num delicioso vai-
e-vem, provavelmente ansiosa que eu rompesse logo aquela barreira que limitava seu prazer. Eu me encontrava em completo êxtase. E devo confessar que por alguma
razão desconhecida, meu prazer
se prolongava
na medida que eu tinha
sucessivos orgasmos, algo
absoluta e absurdamente
sobrenatural. Finalmente ela
abriu a boca e liberou um
gemido acompanhado
de algo como um sussurro,
então estremecemos longamente
no mais longo dos
orgasmos.
Deitei ao seu lado e ficamos
observando o céu azul,
estranhamente azul.
Depois de um tempo ela ergueu
a cabeça e me olhou dentro dos
olhos, então
sorriu. Eu retribuí seu sorriso.
Ela então passou a mão em
minha têmpora.
Eu fechei os olhos, sentindo o
maravilhoso toque de sua mão
macia. Então
ouvi algo como um sussurro que
disse “você me libertou, meu
amor”, aí
estremeci e entrei num estado
de inconsciência consciente.
Meu corpo
começou como que a flutuar,
girando continuamente à mercê
do esapaço, numa
soborosa vertigem. E aquilo
pareceu demorar uma
eternidade, até que comecei
a ouvir vozes graves misturadas
que ecoavam em meus ouvidos.
Então fui
recobrando a consciência em
meio à intensa neblina que
encobria a serra.
Olhei pro lado e vi minha moto.
Haviam pelo menos dois carros
parados. Dois
homens tocavam meu rosto,
tentando me acordar. Pelo
menos três garotas
pareciam apreensivas a me
olhar. Levantei rapidamente e
comecei a perguntar
pela garota nua. Estava confuso
e misturava inglês com
português. Mas
eles disseram “do que você está
falando? Não havia ninguém
aqui.
Encontramos você sozinho,
desmaiado no chão”. E eu
insistia que havia uma
garota comigo, que eles estavam
loucos. Por fim eles foram
embora e eu
permaneci lá, tentando
encontrar uma solução.
Somente quando o dia começou
a clarear o mundo e a neblina
foi sendo dissipada, subi na
moto e fui
embora.
Por três anos seguidos eu
voltei ao Brasil a fim de
descobrir algo
sobre aquela menina, mas
nunca encontrei nada sobre ela.
Por muitas vezes
fui àquele mesmo lugar, onde
passei noites inteiras à espera
de alguma
resposta, mas nunca consegui
nada. Não havia registros de
acidentes naquela
área envolvendo pessoas com o
perfil daquela garota. Era como
se ela
simplesmente nunca tivesse
existido. Mas para mim, só
existia uma
convicção: um dia nossos
destinos voltariam a se cruzar.
Eu a desejava
tanto, tanto, tanto.
Até que certa vez, em minha
casa, no estado de Oregon
(EUA), eu estava
vendo fotos antigas da 2ª Guerra
Mundial – sempre fui fascinado
por tudo
que diz respeito àquela guerra.
Aquele era um álbum bem
antigo, inclusive
com fotos tiradas pelo meu avô,
que fôra membro da FEB (Força
Expedicionária Brasileira) e
lutara contra os nazi-fascistas
em território
italiano. De repente eu vi uma
foto e um rosto familiar. Parei
um pouco e
fiquei atônito. Era ela, a linda
menina de traços germânicos
daquela noite
em 2004, na serra de Santos. Só
que numa antiga foto de 1945,
na cidade de
Dresden, Alemanha, pouco antes
desta cidade antiquíssima ser
destruída por
um feroz bobardeio aliado e
haver ceifado cerca de 50 mil
vidas. Eu não
queria acreditar e resisti para
não ceder, mas aquilo não podia
ser uma
coincidência. Aquela era
realmente a menina com quem
eu passara a noite
mais alucinante de minha vida.
Acredite quem quiser, mas isto é
pura
realidade.
"In the end, I think my mother was right. Now I think people only complete when they find their true soul mate. After all, I found mine. The irony, however, is that my better half died 25 years I came to be born."
(No fim das contas, acho que minha mãe tinha razão. Agora acredito que as pessoas só se completam quando encontram sua verdadeira cara-metade. Afinal, encontrei a minha. A ironia, porém, é que minha cara-metade morreu 25 anos que eu viesse a nascer.) **
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Conforme narrado por:
Thomas Harrison de Souza *
(Com consentimento para publicação)
* Preservada a identidade original do
proprietário desta obra, conforme exigência pré-estabelecida entre as
partes envolvidas.
** Ler 1a. parte do relato.
São Paulo, 16 de Abril de 2013
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