Eu terminei meu banho e fui dar a boas novas.
— Mãe? — eu chamei.
— Estou aqui na cozinha. — ela respondeu.
Quando cheguei à cozinha, ela estava fazendo um bolo.
— Nossa! O que vai ter aqui em casa? — Eu perguntei.
— Por que? — Ela olhou para mim.
— O bolo! Você só faz bolo quando você está com vontade ou pra agradar alguém!
— Atah! Mas eu quero agradar alguém mesmo!
— Você não vai trair o meu padrasto, não é?! Eu acabei de me acostumar com esse. — eu disse rindo. Eu ainda tive um padrasto antes desse.
— Não não, pode ficar tranquilo! Esse bolo aqui é para o meu genrinho.
— O quê? — eu disse surpreso. — Como você soube? Eu iria te contar agora!
— Eu acordei um pouco cedo para tomar um chá e vi um certo garoto saindo do seu quarto. De início eu pensei que fosse um ladrão, eu o parei e ele me disse que não era um ladrão e me contou tudo. E me contou que viria aqui hoje para se apresentar formalmente. — Ela disse com um sorriso
— Ah que bom. Ele disse à hora que viria? —
— Uma hora!
— Tudo bem então. Eu vou ir pro meu quarto.
— Tah.
Eu entrei, peguei meus fones de ouvido, meu celular e deitei na cama, quando eu recebo uma ligação.
— Alô? Quem é?
— Oi, você não está reconhecendo a minha voz? — ele disse com uma voz de decepcionado.
— Não, quem é?
— Essa frase vai fazer com que você descubra quem é: já colocou gelo no braço?
— Daniel? Como você sabe o meu número? — Como ele sabia o meu número? E nem tinha passado nem nada.
— A Daniela me passou! E aí o braço ta melhor?
— Ta sim! Mas ainda esta doendo um pouquinho.
— Faça massagem em cima de onde está doendo. — ele disse.
— Ta doutor. — eu disse.
(Risadas)
— Mas então... Você tem alguma plano pra hoje?— ele disse.
— Hoje não vai dar. Meu namorado vai vir aqui. — Eu disse e percebi que ele ficou sem jeito.
— Que bom pra você. Se precisar de algo pode ligar que o seu doutor particular vai ao seu encontro. — ele tentou animar a conversa.
— (risadinhas) Tudo bem. Pode deixar, eu ligarei!
— Agora eu tenho que desligar. Quando precisar é só ligar!
— Muito obrigado!
Eu desliguei e fui ouvir música. Ellie Goulding- The Writer. Minha música preferida. Eu acho que cochilei, pois eu acordei e vi que já era meio dia e meio. Eu levante e fui me arrumar de novo.
Eu desci e fui esperar o grande momento. Fabrício chegou e eu fui atende-lo. Ele estava lindo. Com uma camisa de manga curta roxa, uma calça jeans/social e um sapato.
— Você está lindo! — Eu o beijei e levei-o para dentro.
Quando minha mãe o viu e meu padrasto também. Já o abraçaram e foram saber mais sobre ele. Eu fiquei sobrando. De vez em quando Fabrício olhava para mim e sorria. Tudo estava ótimo até o momento em que minha mãe pegou o álbum de quando eu era bebê e foi mostrar as minhas fotos.
O que dá na cabeça das mães de tirar fotos nossas pelados? Eu não consigo entender! Eu sentei ao lado de Fabrício para passar essas páginas. Quando eu passava ele voltava e ouvia minha mãe dizer o quanto eu era lindo e tudo mais. Tem uma foto em que eu estava em uma banheira, e eu estava de bruços, e minha bunda estava toda a mostra. Fabrício consegue disfarçar e me fala no ouvido.
— Sua bunda continua linda! — ele diz isso e aperta a minha cintura, só porque eu dou uns pulinhos.
Depois de quase ver todos os álbuns minha mãe serviu o bolo e eu o levei para a parte de trás da casa. No quintal dos fundos.
— Eu adorei a sua mãe e seu padrasto! — Ele disse me abraçando por trás e colocando o parto de bolo em cima de uma mesa.
— Agora essa e a nossa família. — eu disse e ele me beijou.
— Eu ia esquecendo. — ele disse e me puxou até a sala onde minha mãe e padrasto estavam.
— Eu quero aproveitar este momento e pedir a vocês, que são os responsáveis pelo amor da minha, a mão do seu filho em namoro. — Minha mãe logo disse que sim e meu padrasto também. Eu estava sem reação. Ele foi pra perto de mime tirou uma caixa branca com dois anéis.
— Você quer namorar comigo? E esse é um pedido formal! — ele disse sorrindo. Eu não consigo resistir quando ele sorri para mim. Eu abri o sorriso e disse:
— É claro! — eu disse me segurando para não chorar. Eu não estava acreditando.
Ele colocou um anel em meu dedo escrito Fabrício e no dele escrito Victor. Eu sei que é meio brega e tal, mas é um brega lindo.
A noite passou bem rápido e quando nos demos conta era dez horas da noite. Fabrício disse que tinha que ir embora. Eu perguntei a minha mãe se ele podia dormir aqui em casa, o que seria justo já que eu havia dormido uma vez na casa dele. Ela disse que já que nós éramos oficialmente namorados, ele podia.
Nós fomos para o quarto e escovamos os dentes. Ele tirou o sapato e se se encostou à cabeceira da cama. Eu tirei meu calçado e me deitei em seu colo. O tempo todo ele ficava passando a mão em meu rosto que era lisinho e olhando em meus olhos dizendo que me amava. Era a coisa mais linda. Eu estava feliz. Nós nos beijávamos e ele me abraçava. Ficamos nisso um tempo, até que eu disse que estava adormecendo.
Ele tirou a camisa, a calça e meias e eu também. Eu vesti uma camisa branca e um shorts de pijama. Ele só aceitou um shorts . Eu deitei em seu peito e ele ficou passando a mão em meus cabelos enquanto a outra ele estava com a cabeça em cima.
— Eu te amo tanto. — eu disse
— Eu também te amo. — ele disse me puxando para cima dele e me beijando, e me abraçando pela cintura. Que beijo maravilhoso. Eu queria transar com ele naquele momento, mas eu esperei até que a manhã chegasse. Pois não teria ninguém em casa. Meu pais teriam ido à casa do campo passar um tempo lá.
Depois daquele beijo eu adormeci. Depois de um tempo eu acordo e vejo-o voltando do banheiro e deitando me abraçando. O meu corpo tem um perfeito encaixe com o dele. Eu o beijei e voltei a dormir. Foi uma calma e linda noite. Sentindo o calor de Fabrício e seus braços em volta de mim, me fazendo sentir seguro como nunca me senti.
Obrigado por lerem e comentarem. Eu posso não responder mas eu leio todos.
Até o próximo!