Bip. Bip. Bip.
Estava escuro, parecia que era de noite, mais devia estar escuros por causa das cortinas grossas que tapavam a janela do quarto.
- Olá, vamos aplicar o soro em você agora. – disse uma mulher que estava toda de branco, com peças cobrindo todo seu corpo magro. Uma enfermeira logo o deduziu.
Brian olhou em volta, e percebeu os aparelhos que havia naquele local.
- Estou em um hospital? – perguntou.
- Sim você está querido. – respondeu com doçura a enfermeira.
Havia tanta coisa para perguntar, do tipo “Há quanto tempo estou aqui? Eu vou ficar bem? Quando vou sair”; mais ele perguntou.
- Alex esta aqui?
A mulher o olhou por alguns instantes e disse.
- Vou verificar e já volto.
Ele afirmou e continuou a olhar. Eram tantos barulhos que o deixavam pior do que estava. Dor de cabeça e com a sensação de que iria vomitar.
O mais estranho que ele pensava era que não sabia o que aconteceu para estar em um hospital.
A mulher chegou, ele a estranhou por que estava sozinha, sem ninguém ao seu lado.
- Desculpe mais ele não está. Sua mãe disse que ele já foi embora faz mais de seis horas.
Brian sentiu que iria chorar a qualquer tempo.
- Há quanto tempo estou aqui?
- Cinco dias.
- Espere você só pode estar brincando. Cinco dias? Impossível. E alias o que aconteceu comigo, eu não me lembro de nada!
A mulher andou até a janela e abriu a grande cortina, e quase o deixou cego.
- Você tropeçou na escada, você caiu vários degraus e então parou muito longe e sua cabeça teve um corte profundo. Teve uma hemorragia interna.
- Espere. Que dia é hoje?
- Segunda feira, vinte e oito.
Era aniversário de Jenn, e ele não podia nem se quer levantar da desconfortável “Cama” do hospital.
- Jenn está? – perguntou.
- Sim está ela foi a primeira a perguntar por você quando sai lá fora. Uma Caroline também está lá.
- Não, só a Jenn desta vez. Você pode chama-la?
- Um instante.
Ela pegou alguns objetos que havia perto da janela e saiu dando um sorriso para ele.
Instantes depois Jenn entra na sala e diz com uma enorme satisfação.
- Até que enfim você acordou! Estava tão preocupada que não sai do hospital uma hora se quer! Como você está? Está tudo bem? Precisa de ajuda? – ela perguntou tantas coisas que Brian quase não conseguiu entender ela.
- Calma Jenn! Estou bem, não preciso de ajuda alguma. – e sorriu. – Feliz Aniversario. – completou.
Os olhos dela começaram a se encher de lágrimas.
- Você se lembrou! Até quando está em um hospital você lembra!
- Eu poderia lhe dar um abraço, mais não sei se vou conseguir – brincou.
- Bobo. – disse Jenn e deu um beijo no rosto. – Agora preciso ir. Ela disse que você tem que descansar um pouco, que você não está perfeitamente bem.
- Mais eu me sinto muito bem, fique... Por favor. – mentiu, não queria magoá-la.
- Não Brian é serio; você precisa descansar e eu ir para a escola.
- Escola se tornou mais importante para você. – disse. – Estou apenas brincando. Pode ir, não vou ficar bravo. – e sorriu.
- Você realmente conseguiu me assustar! Tchau. – disse o beijou no rosto e saiu.
Tudo ficou em silêncio até que Brian ouviu o som de uma pessoa falando o nome dele. Parecia estar insistindo, querendo entrar pra vê-lo.
Por favor, vai ser só alguns instantes, não vou demorar. – dizia a voz. Mas a outra dizia: O senhor não pode, ele precisa descansar, volte mais tarde. Até que a pessoa cedeu às vontades dele e disse. Só alguns minutos.
Os passos estavam chegando mais perto e então chegou à porta em a com uma voz calma disse.
- Oi, como você está?
Brian reconheceu no mesmo instante que ouviu. Era Alex.
- Alex! O que você esta fazendo aqui?!
Pareceu que ele falou com uma empolgação desnecessária.
- Te visitando. Mas se você quiser que eu vá embora, vou agora mesmo. – disse encenando que ia embora.
Quase que de imediato Brian disse.
- Não, por favor, não! Fique. Não gosto de ficar sozinho.
Com isso, Alex chegou mais perto dele e se sentou em uma cadeira que havia ao lado. Demorou um pouco para falar.
- Mal te conheço e já faço você passar por isto. – e riu.
- Não foi culpa sua. Sou desastrado mesmo. – e começou a rir junto.
A sala ficou em completo silêncio por vários segundos.
- Você não deveria estar na escola? – perguntou Brian.
- Hoje não vou. Estava preocupado demais com você, e, além disto, eu não conseguiria controlar aquelas garotas mimada sem você me ajudando. – e sorriu como se estivesse jogando uma indireta e queria que ele entendesse.
Ah! Aquele sorriso encantador de Alex. Brian não conseguiu conter a felicidade e sorriu.
- Você aguentaria. Você é forte. – respondeu.
- Então você acha que sou? – perguntou.
- Sim acho.
- Na escola, antes de você... Cair, você ia me perguntar algo; o que era? – perguntou Alex da forma mais sutil, querendo não o ofender.
- Pra falar a verdade, eu não me lembro de nada, a única coisa que me lembro; é da nossa conversa na hora do almoço. E então quer dizer que eu desabei no chão?
- Sim! Você não se lembra de mesmo? Mais você se lembra do que estávamos conversando? – perguntou.
- Sobre namoro, eu acho.
Olharam-se mais um pouco e Alex disse.
- Acho que tenho que ir, eu não posso ficar bastante tempo. A enfermeira vai acabar me expulsando se eu não for.
- Eu entendo. Até mais então.
- Até.
Brian esperava um aperto de mãos. Estava se preparando pra dar o aperto mais Alex o surpreendeu quando lhe deu um beijo no rosto. A sensação dos lábios de Alex no seu rosto foi incrível. Os lábios eram quentes e macios.
Ele ficou sem reação. Alex o olhou estranhamente. A expressão no rosto de Brian era de surpresa.
- Está tudo bem com você? – perguntou Alex.
- Estou ótimo. Perfeitamente bem.
- Se você não gostou do que eu fiz... Desculpe-me, eu não devia ter feito isto.
Por que Alex estava tão preocupado quando devia estar simplesmente normal?
- Não se preocupe! Eu na verdade... Gostei. – disse.
- Me sinto melhor. Nós nos vemos mais tarde?
- Claro, sem duvidas. A não ser se eu não sair daqui ainda hoje.
- Você vai.
Alex passou pela porta mais rápido do que entrou. Mais uma vez estava só.
Sua mãe entrou segundos após de Alex ter saído.
- Mãe! Bom te ver por aqui!
- Brian! Fiquei tão preocupada!
- Você não precisava.
Sua mãe estava estranha. Parecia que tinha algo a contar.
- Mãe, seja lá o que aconteceu me conte.
- Nada aconteceu filho. Não se preocupe. Agora vamos para casa.
- Como se não consigo nem me mexer?
- Mais é só um braço quebrado. – disse rindo. – E o médico já autorizou a sua saída. Então vamos?
- Vamos.
Levantou-se da “Cama” e saiu andando. Alex não estava mais lá. Provavelmente já estava em seu carro, dirigindo loucamente.
Caroline não estava na sala de espera. Simplesmente não estava.
Brian chegou tão cansado do hospital que nem pensou em trocar a roupa. Apenas entrou em sua casa e foi direto pra seu quarto, pensando e repensando no beijo que Alex deu em seu rosto.
Lembrava-se da sensação dos lábios quentes em sua bochecha e em como ele ficou com tanta vergonha que até pediu desculpas pelo que aconteceu.
Neste dia, foi a primeira vez que sonhou com ele.
Então gente, mesmo o texto ja estar completo no meu PC anda meio dificil de postar.
Essa é a continuação e pretendo postar o resto logo.
Obrigado vocês que estão acompanhando, e asim que acabar esta turbulência que anda acontecendo na minha vida eu lhe respondo tudo o que tiverem pra perguntarem. Bjos.