Essa estória me foi contada por meu falecido pai e eu a guardei na memória tanto pela sua simplicidade, como também pela sua narrativa ágil e repleta de significado. E ela se inicia nos anos setenta/oitenta, quando meu pai, após vários anos perdidos no vício do álcool, finalmente dele se libertara e passara a viver dignamente comigo e minha mãe. Naquele momento eu pude ver o homem fantástico que ele era, mas que a bebida sempre ocultou debaixo de um manto sinistro de violência e perdição, e que, paulatinamente, voltou ao mundo dos vivos, passando a conviver com a família e buscar nosso sustento.
Desempregado por anos, ele sabia que não seria fácil recomeçar – e eu digo isso mesmo nos dias de hoje, quando um ex-viciado tenta, de todas as maneiras reintegrar-se socialmente, e acaba por retornar ao vício – e depois de algumas buscas inúteis, ele veio a conhecer um descendente de Armênios, cujo nome era Murad, e que trabalhava por conta própria, … ele era proprietário de um ferro-velho nas imediações da atual Avenida Ricardo Jafet, no bairro do Ipiranga. Naquela época haviam muitos terrenos naquela região e boa parte deles era ocupada por negociantes da estirpe de Murad; ou seja, “catadores de lixo”, como eram chamados e que haviam construído verdadeiras fortunas a partir do recolhimento e comercialização de materiais descartáveis diversos. Originalmente, entre os anos cinquenta e sessenta, esses indivíduos caminhavam pelas ruas dos vários bairros da capital, puxando carroças movidas por cavalos ou burros, oferecendo-se para recolher tudo aquilo que as pessoas tinham em suas casas e consideravam inúteis ou descartáveis, separando-as e fazendo uma verdadeira operação de reaproveitamento ou mesmo de desmanche propriamente dito.
Na época em que meu pai entrara nesse negócio ele já havia se sofisticado, posto que as montadoras instaladas na região do “ABCD” adquiriam essa “mercadoria” para alimentar as siderúrgicas e metalúrgicas com insumos para a reciclagem com destino certo, ao mesmo tempo que o comércio de peças reaproveitadas para veículos forneciam elementos para os milhares de paulistas que, não tendo a oportunidade de adquirir um carro novo, valiam-se dessas peças para manter seus carros em funcionamento. Bem, … mas isso é história apenas, … o fato é que meu pai e o tal Murad progrediram nos negócios e em pouco mais de ano e meio, eles tinham dois depósitos na mesma região, e contratos com as montadoras para fornecimento de sucata de ferro e para outras indústrias os metais que também eram obtidos pelos “catadores de rua” que despejavam sua labuta diária em uma balança e pagos com a contrapartida em dinheiro.
Eu estava cursando o colegial técnico e pedi para meu pai para acompanhá-lo no trabalho em regime de meio expediente, pedido esse que foi concedido senão após alguma relutância. Fiquei exultante com a possibilidade de ganhar algum dinheiro para mim e todos os dias, após as aulas, eu pegava duas conduções saindo da zona norte da capital e deslocando-me para a região do bairro do Ipiranga (lembrando que o Metrô somente viria no final dos anos oitenta), para lá carregar “mercadorias”, ajudar na pesagem e outras tarefas menores. À noite voltávamos juntos, eu e meu pai, no seu carro seminovo (um esplanada da Chrysler, … que ninguém deve ter ouvido falar!), e após o jantar eu recebia a minha paga que serviria para comprar cigarros e outras coisas que eu desejava ter.
Certo dia, percebi que entre os catadores que traziam o produto do seu esforço para ser comercializado, havia uma mulher; não era jovem, mas também não era muito velha, … devia ter entre quarenta e cinquenta anos (muito embora aparentasse bem mais!) e mesmo vestindo-se com andrajos maltrapilhos, percebia-se que debaixo daquela sujeira havia uma mulher que havia sido muita bonita. E foi essa mulher o ícone da aventura que estou aqui narrando. Essa tal mulher, cujo nome me era totalmente desconhecido, e que, portanto, batizarei de Helena, sempre ficava no final da fila de catadores e depois que o seu produto era pesado e pago ela não ia embora, ficava por ali, sentando-se no chão e esperando por alguma coisa que eu não sabia bem o que era. E com o passar dos dias, aquele costume de Helena foi nutrindo uma curiosidade dentro de mim que precisava ser saciada de alguma forma, pois havia um momento em que ela desaparecia dentro do depósito, e eu não a via mais, exceto no dia seguinte, na mesma hora e com o mesmo comportamento.
Tive uma vontade incontrolável de perguntar para o meu pai, mas o bom senso me impediu de fazê-lo, já que eu não sabia o que realmente acontecia com aquela mulher. Era algo curioso, … instigante, … quase excitante, … mas, mesmo assim eu tinha meus recatos em falar com meu pai sobre aquele evento. E os dias de se sucederam, terrivelmente iguais e monótonos, … apenas pela presença constante de Helena, cuja feições denotavam que havia sido uma mulher extremamente bonita, … o que teria sucedido a ela para acabar a vida como mendiga catadora de lixo nas ruas da capital? Quem ela teria sido? Haveria se casado? Teve filhos? Foi rica? Enfim, quem era Helena? O que o destino havia feito com ela.
Meses depois de eu ter iniciado meus trabalhos com meu pai, houve uma sexta-feira que foi excepcionalmente produtiva e rentável, algo que não era muito comum naquela época. Uma soma considerável de dinheiro vivo entrou para os bolsos de meu pai e de seu sócio que sabia ser justo na partilha do produto do esforço conjunto, e acabou por me presenteando com algumas notas também (algo que me deixou esfuziante de alegria). Ao mesmo tempo, Murad dirigiu-se até onde Helena estava agachava fumando uma bituca de cigarro e pegou-a pelo braço fazendo-a levantar-se e sussurrando algo em seu ouvido. Helena imediatamente estampou um sorriso no rosto e correu para os fundos do depósito, no exato lugar onde havia o escritório e um banheiro completamente “equipado” com restos obtidos ao longo do tempo.
Meu pai percebeu meu olhar curioso e deu uma risadinha bem safada. Tocou meu ombro e perguntou-me se eu queria ir comer uma pizza com ele (algo, no mínimo, surpreendente, em se tratando do meu pai!), ao que concordei de imediato, perguntando se seu sócio iria nos acompanhar. Papai deu outra risadinha idêntica a anterior respondendo que não, que iríamos apenas nós dois. Fomos, então, eu e meu pai para o outro alojamento existente no depósito e depois de nos lavarmos, trocamos de roupa, pegamos o carro e fomos para a pizza, rumando na direção da Avenida Paes de Barros, local que abrigava, naquela época, algumas das melhores pizzarias da cidade, depois das localizadas na região do “Bixiga”. Sentamos em uma mesa com aquela indefectível toalha de xadrez vermelho e branco e depois de pedirmos um pizza tradicional de mussarela e refrigerantes (acreditem, meu pai bebia apenas guaraná! Algo que me deixava muito feliz!), ele olhou para mim e perguntou se eu estava com muita curiosidade sobre Helena. Imediatamente, lhe respondi que sim, denunciando o quanto aquele assunto me interessava. E foi assim que meu pai contou a história de Helena.
Já fazia mais de ano que ela frequentava o depósito, sempre trazendo material para permutar por dinheiro, e por diversas vezes, Murad havia confidenciado ao meu pai que aquela mulher o excitava (!), … ele não sabia explicar muito bem porque, mas ele tinha certeza que, por baixo daqueles andrajos e daquela sujeira havia uma mulher bonita e fogosa que se escondia de tudo e de todos. Meu pai disse a ele que controlasse seus impulsos, pois para ele valia o ditado “casa onde se ganha o pão, não se come a carne”. Mas, a bem da verdade, Murad não era muito adepto desse ditado e para ele vigorava o princípio que uma oportunidade jamais deveria ser perdida, pois ela jamais tornaria a acontecer.
De qualquer modo, houve uma tarde fria de junho naquele período que afugentava todos das ruas. O frio em São Paulo, naquela época, era algo bastante agressivo, especialmente naquela região próxima à saída para a região do ABCD onde as temperaturas costumavam despencar abruptamente. Meu pai e o seu sócio já tinham dado o dia por perdido, e estavam decididos em fechar mais cedo, quando Helena apareceu vindo sabe-se lá de onde, trazendo seu carrinho repleto de bugigangas para serem negociadas. Eles ajudaram a ela descarregando as tralhas e separando-as para, em seguida, pesá-las na balança. Depois de contabilizar tudo com o cuidado característico de um negociante hábil, Murad meteu a mão no bolso e tirou algumas notas de dinheiro entregando-as para Helena que ficou exultante ao ver tanto dinheiro, … a bem da verdade meu pai percebera que ele pagara um valor bem superior ao que as “mercadorias” realmente valiam, mas pensou que o descendente de Armênios estava apenas tendo uma crise de mão aberta.
Enquanto Helena contava as notas, Murad aproximou-se dela e perguntou-lhe a queima-roupa há quanto tempo ela não trepava(!). Meu pai ficou estupefato com o sócio e pensou que a moradora de rua fosse lhe xingar ou ainda desferir-lhe um tapa na cara, … mas, estranhamente, ela olhou fixo para ele por alguns minutos e depois de dar um sorriso meio envergonhado, respondeu que fazia tanto tempo que já se esquecera de como era ser comida por um homem. Murad deu um sorriso bem maroto e aproximando-se ainda mais dela, tocou-lhe o ombro e sussurrou algo no ouvido. E a medida em que ele sussurrava no ouvido dela, o rosto de Helena foi tornando-se iluminado com se tivesse sido brindada com alguma espécie de esperança em meio a toda a sua tragédia pessoal.
Ela olhou para ele e acenou afirmativamente com a cabeça, ao que Murad apenas disse para ela que o banheiro ficava nos fundos do depósito. E enquanto ela se afastava, meu pai aproximou-se do sócio e perguntou-lhe o que tinha dito a ela. O armênio sorriu um sorriso deliciosamente obsceno, respondendo: “Disse a ela que, então, se ela quisesse trepar comigo, deveria ir lá nos fundos, livrar-se daqueles trapos e tomar um banho bem gostoso, … e quando estivesse pronta eu iria ter com ela...”; meu pai quis soltar uma sonora gargalhada, mas conteve-se, supondo que a proposta do sócio era realmente para valer, … ele pretendia mesmo trepar com aquela mendiga e não sossegaria enquanto não o fizesse.
Bem, a partir deste ponto a minha narrativa passa a ser um misto de informações colhidas com meu pai com outras que Murad, muito tempo depois, concordou em me revelar sob o juramento que ninguém, jamais, poderia saber de toda aquela estória, ao que concordei de plano, já que a curiosidade era muito maior que o receio. Ele me disse que após aquela conversa com meu pai, eles de despediram, e enquanto meu pai saía com seu automóvel rumando para casa, ele fechou os portões do depósito permanecendo do lado de dentro. Caminhou até a pequena edificação onde ficavam situados o escritório, o banheiro, e um pequeno quarto que tempos antes servia de moradia para o vigia noturno, e que havia ficado vazio porque este vigia pedira as contas dizendo que tinha conseguido coisa melhor na região das montadoras.
Ele entrou no banheiro que ainda estava repleto da nuvem de umidade produzida pelo enorme chuveiro elétrico antigo, percebendo de imediato que Helena não estava mais ali. Imediatamente, olhou para o lado e percebeu a porta do quarto abandonado entreaberta, denunciando que ela havia entrado ali. E quando ele se aproximou da porta, mesmo com a parca iluminação oferecida pelo ambiente, pode perceber a silhueta nua de Helena. Murad ficou ali, parado feito uma estátua de gesso, branco e sem fala; Helena tinha a silhueta de uma mulher extremamente bonita e sensual, denotando formas oferecidas, curvas generosas e um ar de excitação que fez com que o armênio sentiu seu pau endurecer de pronto, pondo-se a pulsar pressionando a braguilha das calças e apontando dolorosamente na direção daquele corpo obscenamente provocante.
Murad caminhou mais um pouco e, com cuidado, empurrou a porta evitando fazer qualquer barulho que denunciasse a sua presença. Mas, mesmo com todo o cuidado dele, Helena percebeu sua presença voltando-se em sua direção. Murad olhou aquela mulher e simplesmente ficou pasmo. Helena tinha um corpo delicioso, peitos médios e ainda com certa firmeza, uma barriguinha que em nada tornava-a uma mulher menos atraente, coxas e pernas firmes e sem qualquer rastro de celulite localizada (provavelmente obtidas a custa de muito carrinho puxado ou empurrado pela ruas da cidade). O ventre era algo de ser admirado a parte; consistia de uma região que lembrava em muito aquelas esculturas greco-romanas, cujas formas eram repletas de sensualidade e excitação. Por fim, o rosto; que rosto! Limpo com os cabelos escovados com uma velha escova esquecida no banheiro, tinha formas suaves e delicadas, deixando claro que Helena não fora uma mendiga por toda a sua vida. Seus olhos castanhos, mesmo encerrando um sofrimento contido, ainda tinham o brilho de uma mulher bonita que deve ter sido uma jovem muito cobiçada pelos homens. Seus lábios grossos estavam levemente umedecidos, convidando que os fitasse que os beijasse sem pensar nas consequências. Por alguns minutos, Murad foi apenas capaz de olhar aquela mulher, não sabendo muito bem o que fazer, … ele estava arrebatado por uma beleza escondida no lixo!
Todavia, o descendente de Armênios não precisou agir, … Helena voltou-se para ele fitando-o com um olhar guloso e repleto de tesão, … ele havia provocado uma fera adormecida e agora estava à mercê de um desejo reprimido há muito tempo. A mulher completamente despida caminhou até a porta do barraco e agarrou a camisa do sujeito desferindo-lhe um beijo molhado e tão intenso que Murad chegou a ficar sem ar por alguns instantes. Sem perder tempo, Helena praticamente arrancou os botões da camisa do sujeito acariciando seu peito repleto de pelos eriçados e mamilos arrepiados. As mãos hábeis da fêmea no cio fizeram com que, rapidamente, Murad estivesse com o dorso despido, dirigindo sua atenção para as calças, cujo zíper rolou para baixo em apenas um movimento, permitindo que Helena explorasse o seu interior, descobrindo um membro em plena ereção.
Murad estava completamente atônito com a destreza de sua parceira que, em pouco segundos, desapertou o cinto deixando que a calça rolasse amontoando-se aos pés do homem subjugado pelo desejo da sua parceira. A cueca samba canção também não foi empecilho para que Helena deixasse a mostra a rola grossa do armênio que percebendo sua ausência de iniciativa não demorou-se em agarrar aqueles peitos deliciosos cujos mamilos clamavam por carinho e atenção. Helena esfregava todo o seu corpo no corpo de Murad, ensejando provocar-lhe máxima excitação. Queria ela aquele macho em ponto de bala, … ponto para fodê-la com todas as suas forças.
Havia um cheiro forte de sexo no ar, … o clima estava tão carregado que mesmo com o inverno típico do mês de junho, aquele quartinho apertado e mal construído estava quente, … muito quente. Murad e Helena já sentiam o suor escorrer por suas peles, denunciando o que estava por vir. Ela segurando a pica dele, … e ele agarrando os peitos dela. Mas Helena era hábil e rápida. Puxou seu parceiro em direção à cama de solteiro que ficava nos fundos da edificação e empurrou Murad na direção dela, jogando-se sobre ele quase que imediatamente. Helena estava fora de si, comprovando que, de fato, há muito tempo não sabia o que era trepar! Ela queria muito ser possuída por aquele homem, e cada centímetro de sua pele clamava por isso. Murad sentia-se um objeto sexual nas mãos daquela mulher, … mas, pela primeira vez em toda a sua vida ele achava aquilo simplesmente maravilhoso!
Pouquíssimos minutos se passaram até que Helena enfiasse a cabeça da rola dura do armênio em sua boceta molhada e quente, sentindo a penetração com movimentos lentos de sua pélvis e ancas descendo na direção do “inimigo” e gemendo como uma cadela no cio. Murad teve vontade de tomar a iniciativa, … de agarrar aquelas ancas e socar sua pica com força, … mas, a bem da verdade, ele estava saboreando o momento, apreciando a dominação de uma mulher cheia de tesão possuindo seu macho e não o contrário! Ao invés disso, Murad brincava com os mamilos entumescidos de sua parceira, provocando-lhe gritinhos entrecortados de puro tesão.
Quando finalmente, Helena sentiu-se completamente invadida pela pica grossa do armênio não perdeu tempo como impertinências e passou a movimentar-se em um vai e vem pélvico frenético socando seu ventre contra o dele e exigindo que ele não largasse dos seus peitos que precisavam de muita atenção e muita carícia! Murad aproveitou o momento e apalpou as nádegas de Helena sentindo-as firmes e bem feitas (algo que fez sua rola ficar mais dura do que já estava!). Helena inclinou-se da direção do macho e exigiu que ele chupasse seus mamilos oferecendo-os descaradamente para ele e puxando sua cabeça para que ele pudesse sorvê-los com muita intensidade. Murad chupou e lambeu aqueles mamilos deixando-os ainda mais eriçados do que antes enquanto suas mãos ainda se divertiam nas nádegas de Helena cujos movimentos tornavam, a cada instante, mais velozes e vigorosos. Ela gemia e gritava de tesão, chamando Murad de seu macho, e pedindo que ele a fodesse sem piedade, … vez por outra dizia que ele precisava castigá-la por ter sido uma menina má e que ela jamais o decepcionaria novamente (?).
Helena gozou intensamente, porém não diminuiu seus movimentos. Era uma mulher sedenta de rola! Precisava daquilo mais que qualquer outra coisa, e Murad percebeu isso sem muita demora. Por um momento ele a segurou pelas axilas forçando-a a interromper seu movimentos e permitindo que ele se ativasse na mesma tarefa, empurrando sua pélvis na direção do ventre dela e fazendo com que sua rola grossa e melada escorregasse para dentro e para fora provocando espasmos enlouquecedores em sua parceira que gemia pedindo mais! Novamente, Helena gozou, gritando que aquela fora melhor que a anterior e pedindo mais, … muito mais!
Houve um momento em que Murad perdeu as contas dos orgasmos que Helena tivera e sentiu-se tão vigoroso como jamais se sentira antes, retesando todos os seus músculos e concentrando-se em manter aquela foda por quanto tempo fosse possível. Helena perecia engasgar-se com os gozos que apreciara, e Murad, por sua vez, achou que era chegada a hora de ele tomar a iniciativa. Com um movimento calculado e preciso ele levantou Helena no ar e girou sobre ela colocando-a sob seu corpo e sem deixar que a pica saísse do “esconderijo”, passando a socar aquela boceta com penetrações tão intensas e vigorosas que Helena enlouquecia por completo, enfiando suas unhas nas costas do armênio que mesmo sentindo alguma dor não se desconcentrava de sua “atividade”, posto que a sensação de prazer superava – e em muito! - qualquer dor proporcionada pela fêmea debaixo dele.
“Tá gostando, sua putinha tesuda! Quer mais, quer? Quer mais rola na bocetinha?” - Murad sussurrava no ouvido de Helena provocando-a e fazendo com que ela gemesse mais e mais, até que ela entreabriu os olhos fixando-se nos dele. “Quero mais sim, seu puto! Mas sabe o que eu quero? Você sabe, seu pintudo?” - Murad olhou para ela e por um momento pensou o impensável (!), … porém, antes mesmo que ele pudesse balbuciar qualquer palavra Helena empurrou sua pélvis para o alto provocando um choque entre sua boceta e aquela rola dura. “Eu quero essa rola grossa no meu cu, entendeu, seu safado filho da puta! Come meu cu, agora! Se você é mesmo macho, come o meu cuzinho! Vai, eu estou mandando!”. Murad enlouqueceu por completo. Saiu de cima de Helena e colocou-a de quatro sobre a cama em um único movimento, separando as nádegas e deixando à mostra o cuzinho da sua parceira. Helena continuava a provocá-lo passando da ordem para a súplica de ser enrabada por aquele macho descontrolado.
O armênio não deixou por menos e depois de lamber o cuzinho de Helena deixando-o preparado para o “ataque”, posicionou sua pica ainda umedecida pela vagina dela e, sem dó ou piedade, meteu a glande buraco adentro, fazendo a fêmea gritar e gemer descontroladamente. Murad conteve a penetração temendo que sua rola grossa estivesse causando mais dor que prazer em sua parceira; todavia, Helena não se fez de rogada e suplicou para que ele continuasse o que estava fazendo. Ele entendeu aquilo como uma permissão para que ele não desse trégua ao seu “trabalho” e imediatamente segurou a fêmea pelos quadris e reiniciou a “invasão”. A cada centímetro avançado Helena gemia intensamente, dizendo que queria mais, que queria ser rasgada por aquela rola deliciosa, estimulando seu parceiro a continuar o avanço. No exato momento em que Murad sentiu-se próximo da conclusão ele não hesitou em enfiar o restante em apenas uma estocada, fazendo Helena gritar escandalosamente e obrigando-o a tapar-lhe a boca com uma das mãos.
Helena lambeu a palma da mão do seu macho e logo tirou-a do lugar dizendo que ele não precisava mais se preocupar, pois ele havia conseguido enrabá-la com maestria. Murad passou então a estocar aquele cuzinho retrocedendo e avançando com movimentos cadenciados que provocavam na fêmea uma intensa onda de prazer que ela demonstrava com movimentos recíprocos em direção à pica invasora. Murad agora cavalgava Helena segurando-a pelos peitos e brincando com seus mamilos que pareciam que ia desaparecer dentro das aureolas tamanha era sua excitação.
Não demorou muito para que Helena gozasse intensamente, deixando seu líquido escorrer entre as pernas molhando a rola e as bolas de Murad que simplesmente adorou aquela sensação úmida em seu corpo, … Helena gozara com tal ferocidade que a medida em que rebolava o traseiro para seu parceiro permitia que mais líquido escorresse molhando o corpo de Murad mais de uma vez. O armênio continuava com suas investidas despudoradas, transformando aquele cuzinho em uma cratera de músculos dilatados e vencidos pela força do macho pintudo. Ele estava exultante com aquela trepada, pensando em como acertara ao assediar a mendiga que mais tinha jeito de madame, saboreando, agora, uma fêmea indescritivelmente hábil e excitante, cuja destreza demonstrava de forma cabal que por baixo dos andrajos havia uma mulher muito gostosa e quente!
Nesse estado de absoluto êxtase, Murad sentiu que suas forças lhe faltavam e que o orgasmo sobrevinha de modo inevitável. Acariciou as nádegas de Helena avisando-a de que estava prestes a gozar, mas antes que seu cacete iniciasse as primeiras contrações, Helena contraiu seu esfincter de tal modo que aquela musculatura anal funcionasse como um laço apertando a base da rola do parceiro provocando-lhe um espasmo levemente doloroso, mas que, ao mesmo tempo impedia que ocorresse a ejaculação. Murad gemeu apertando a carne das nádegas de Helena em suas mãos e gritando em seguida que ela era uma safada deliciosa. Era uma sensação única, que ele jamais experimentara em toda a sua vida, … era Helena quem o controlava, … era ela que detinha o poder de fazê-lo gozar quando quisesse, prolongando uma sensação que ele sequer sabia ser possível, e deixando-o a sua mercê, submisso e dominado pelo poder de um simples músculo!
Helena tirou Murad do estado de contemplação divina daquela sensação completamente nova para ele, empurrando suas nádegas na direção da pica invasora e renovando as estocadas vigorosas e plenas num vai e vem desenfreado e insano. Murad era um brinquedo nas mãos (ou melhor, nas nádegas) de Helena que fazia dele o que bem entendia, ora aumentando a velocidade das penetrações, ora diminuindo, mas sempre retendo o orgasmo com o “laço esfincteriano” aplicado no momento oportuno. O sujeito estava em total descontrole, gemendo, gritando, grunhindo sons sem sentido e chamando sua parceira por diversos nomes cada vez mais indecentes. E foi nessa atmosfera de tesão fora de controle que Helena achou por bem deixar sua macho gozar, … não sem antes provocá-lo um pouco mais!
“Quer gozar, sua puto, quer! Quer encher meu cu com sua porra quente, quer, … se você pedir com jeitinho, eu deixo, tá bom, seu caralhudo sem vergonha! … Então! Pede, se puto! Pede que eu estou mandando!”; Murad não sabia mais o que fazer ou dizer, pois as palavras simplesmente chegavam até seus lábios, mas a insanidade delirante daquela trepada o fazia ficar sem voz para exprimi-las.
“Me deixa gozar dentro do seu cu, deixa, por favor! Sua vagabunda gostosa! Me deixa gozar, … deixa o papai gozar na piranha dele deixa!”; Mesmo sem saber porque aquela última frase operou alguma coisa em Helena que sem perda de tempo empurrou suas nádegas na direção da pica de Murad, abocanhando-a e cuspindo-a com uma ferocidade indescritível, ao mesmo em que, totalmente invadida pela rola ameaçadora, rebolava os quadris fazendo com que ela sentisse a pressão das paredes internas de sua vagina. Murad soltou um grito longo seguido de gemidos cada vez menos intensos, ejaculando dentro de Helena, … inundando-a com sua porra quente e viscosa, cujo volume era tão intenso que não tardou em vazar pelas bordas do ânus derrotado por tantas estocadas violentas e pujantes, escorrendo pela parte interna das coxas da fêmea que acabou por quedar-se sobre a cama inerte e vencida, ao mesmo tempo em que a rola antes grossa e pulsante do parceiro murchava lentamente, até esvair-se para fora do “esconderijo”, dando a batalha por vencida com as merecidas honras de um lutador retumbante!
A noite já ia alta e o casal completamente extenuado após tanto “atividade” quedou-se inerte adormecendo ali mesmo, naquele catre imundo dentro daquele quartinho nos fundos do depósito de ferro-velho. Eles estavam abraçados e assim ficaram sonolentos, dormindo um sono reparador e necessário. Murad tinha um ar de satisfação estampado em seu rosto, deixando evidente que Helena o tornara o macho mais satisfeito daquela noite. E ela, por sua vez, tinha um sorriso sutil iluminando seu rosto sofrido de mulher da rua, mendiga, sem teto, mas naquele exato momento uma fêmea realizada em sua plenitude de mulher.
Eram por volta das cinco da manhã quando Helena revirou-se na pequena cama percebendo que seu parceiro não estava mais ali. Ela olhou para a parede pensando que, de qualquer maneira, fora bom enquanto havia durado, … mas, qual não foi sua surpresa quando o descendente de armênios entrou pela porta trazendo nas mãos um copo de café com leite e um saquinho de papel onde havia um pão francês com manteiga. Ele sentou-se na beirada da cama, oferecendo o dejejum para sua parceira. Helena quase não cabia em si de tanta felicidade! Ele não tinha ido embora! Ele estava ali! E aquilo não era um sonho, … era a realidade! Helena saboreou aquele café da manhã como se ele fosse digno de uma rainha e depois de saciar a sua outra fome, abraçou Murad e encheu seu rosto de beijos. Por fim sussurrou baixinho em seu ouvido que estava muito feliz com a noite anterior, … mas, ela também compreendia a situação de ambos e não pretendia exigir nada dele, … virou-se, então, tencionando levantar-se da cama e vestir suas parcas roupas para retornar à dura realidade das ruas.
Ela quase tomou um susto quando Murad segurou-a pelo braço de maneira forte e máscula, impedindo-a de concretizar suas pretensões, e forçando-a a encará-lo no fundo dos olhos. O armênio respirou fundo e disse que não queria que ela fosse embora, … ele a desejava muito mais que apenas uma noite, … ele a queria para ele! Para sempre! Helena abriu um enorme sorriso, e ensaiou abraçá-lo, … mas, o bom senso cutucou sua consciência, … ela afastou-se um pouco e respondeu que aquilo era impossível, pois ela sabia que Murad era casado. O sujeito não deixou que ela dissesse ou fizesse mais nada; agarrou-a pelos braços e beijou-a na boca sofregamente enquanto suas mãos acariciavam seu corpo desnudo, cuja pele levemente fria ia, pouco a pouco, tornando-se quente e aconchegante, … O DESTINO ESTAVA SELADO!
EPÍLOGO.
É verdade que Helena acabou retornando para as ruas, … como também era verdade que ela continuava a ser uma catadora de lixo, … o que nós não sabíamos (ou melhor, viemos a descobrir mais tarde) que tudo aquilo era um disfarce (!). Ela e Murad estavam juntos desde então. Ele adquirira uma pequena casa na parte residencial do Ipiranga, bem como a equipara com móveis e algumas outras “regalias”, pondo o imóvel à disposição de Helena e onde ambos haviam depositado seu ninho de amor e de paixão. Todavia, com o passar do tempo Helena foi ficando infeliz e sentindo-se improdutiva, algo que, ao longo do tempo, a transformara em uma pessoa amargurada e infeliz.
Murad percebendo a infelicidade de sua amante perguntou-lhe o que ele poderia fazer para torná-la feliz novamente. Helena não titubeou ao afirmar que desejava ardentemente voltar para as ruas sabendo que teria um lugar para voltar quando a noite caísse. O armênio, em princípio, ficou estupefato com o pedido de sua amante, mas depois de ponderar por alguns minutos, acabou por sorrir para ela e dizer que ela deveria fazer aquilo que lhe proporcionasse mais felicidade que desgosto. Helena ficou radiante e desde então, ela retornava para as ruas fazendo aquilo que ela mais gostava.
E após um dia de labuta árdua e cansativa ela ia ter com Murad no depósito entregando-lhe o produto do seu trabalho, recebendo como paga não apenas algum dinheiro, como também a possibilidade de trepar com seu amante no mesmo lugar onde haviam se conhecido e transado pela primeira vez (!). E depois de foderem como loucos, Helena banhava-se cuidadosamente, vestia roupas conservadas e ia embora para sua casa, … sabendo que Murad ainda iria ter com ela naquela noite (e em todas as outras).
Não sei que fim aquele casal incomum levou, pois alguns pouquíssimos anos depois ele e meu pai desfizeram a sociedade e cada um seguiu o seu rumo, … eu lamentei por ambos; meu pai, porque ele finalmente havia encontrado uma atividade que lhe dava prazer, e por Murad que muito mais que um sócio nos negócios ele havia tornado-se um grande amigo para meu pai.
Ah! Há um detalhe que precisa ser destacado. Helena tinha uma história sim, … uma história sórdida e triste, … mas isso, … bem isso fica para uma próxima ocasião.