Amores proibidos XII

Um conto erótico de Alone
Categoria: Homossexual
Contém 1116 palavras
Data: 21/05/2013 02:16:11

Capítulo XII Conflitos

Desde o dia em que fiquei jogando com Rogério, Ricardo passou a me evitar e eu resolvi deixar prá lá, que ele um dia talvez me deixasse explicar. Passou se os dias e ele nunca me deu uma chance, seria o jeito mandar uma mensagem e foi o que eu fiz: Sei que a rivalidade da sua parte com o Rogério é fundamentada e com razão, mas naquele dia ele me ajudou a terminar os trabalhos por isso sobrou um tempo e daí fomos jogar. Esperei ele responder e nada. Resolvi fazer algo pra comer e deixei o celular no sofá. Estava na cozinha quando minha mãe pegou o celular.

_Tem um tal de Ricardo mandando mensagem.

_Tá deixa ai.

_Ele ta dizendo que... espera... que macacada é essa VICTOR?

Mais que depressa corri e tomei o celular da mão dela numa velocidade incrível. Mas era tarde demais, a cara dela estava simplesmente sem nenhuma expressão. Não sabia dizer se era raiva, decepção, tristeza. Só sei que momentos depois essa essas foram minhas expressões. Principalmente quando vi a mensagem: Oi, eu fui muito idiota cara me desculpa, eu te amo. Podemos comemorar ainda?

_Diz pra mim que não é verdade.

_Desculpa mãe.

_Nada de desculpas, você sabe bem que eu não admito esse tipo de coisa. Eu tive filho macho, todos três. Então você vai ser macho, quer queira ou não.

Minha mãe em hipótese alguma admitia ter um filho homossexual, pois para ela era uma humilhação. Sempre acreditei que não fosse nem pelo fato dela ter vergonha, mas seria pelo fato dos comentários e criticas das pessoas. Eu tinha dois irmãos, “normais”, que jogavam bola, viviam na rua e o mais velho sempre tinha namorada, era do mundo ai entrou pra igreja e ficou com uma fixa, o mais novo não tinha idade ainda. Eles eram o orgulho dela, e eu que nunca gostei de futebol, nunca apresentei uma namorada e vivia intocado dentro do meu quarto ela vivia a reclamar.

_Você sabe que não vive debaixo do meu teto vivendo como um fresco. Pode cuidar em se ajeitar. Criar vergonha na cara.

Aquelas palavras entravam e pareciam facadas no meu coração, mas eu não podia fazer nada. Somente chorar

_Se a senhora não me quer, então vou embora com maior gosto.

_Você nunca conseguiria viver no mundo. Quando perceber o quanto era bom debaixo deste teto vai querer voltar.

_Pode ter certeza que não.

Entrei dentro do meu quarto e comecei a arrumar minhas coisas, eu não tinha malas e queria sair com o mínimo possível de coisas dela. Mas com um tom de ironia ela me deu uma mala, onde coloquei algumas roupas, guardei numa caixa todo meu material da faculdade e na mochila todos meus pertences preciosos como mangás, livros, revistas e alguns DVDs e jogos de vídeo game. Tudo isso aconteceu de manhã, era quase meio dia quando terminei de arrumar minhas coisas.

Sai de casa era exatamente uma hora, não me despedi de meus irmãos pois ambos estavam na escola. Decidi naquele momento que eu não iria olhar para trás, sairia dali e provaria pra ela do que eu era capaz. O único problema é que sai de lá sem ao menos ter para onde ir. Da minha família ninguém me aceitaria então era melhor nem tentar. Meus amigos a maioria não podia nem se manter quanto mais me ajudar.

Sempre vi naqueles filmes pessoas que saem de casa e vão para o terminal e de lá tomam seus destinos, outras cidades e tudo mais. Eu lógico que não sairia da cidade, mas decidi ir pra lá.

O terminal não era um dos lugares mais agradáveis, era um local mal cuidado e que cheirava a miséria. Cheguei lá estava com muita fome, sentei num restaurante que tinha e decide, posso passar fome, mas hoje eu como bem.

Depois de comer conversei com a Ana, ela foi até onde eu estava. Minha situação estava deplorável, eu estava mais que suado e minhas roupas estavam sujas. E com uma mala e uma bolsa, sendo que pra completar os olhos inchados de chorar.

Ela chegou, me abraçou e eu desabei a chorar de novo.

_Foi difícil não foi?

_Foi, só não discutimos mais porque eu sai de casa.

_Como assim saiu de casa, pra onde tu vai?

_Não sei, tenho uma grana ai posso alugar um quarto por esses dias e sei lá até quando manter a facul, dou meu jeito.

_Tu ta maluco? Vamo lá pra casa hoje. Vou falar com a mãe.

_Ana, tua mãe nunca vai deixar, melhor não.

Ficamos discutindo até um carro parar bem próximo a gente, era o carro do Ricardo. Ele vinha com um ar sério que eu nunca tinha visto, chegou cumprimentou a Ana e me deu um abraço. Sei que estávamos em publico mas não resisti. Abracei ele com todas as minhas forças.

_Aninha, você dá licença quero falar com ele.

_Tudo bem, cuida dele ta . Vou indo.

Entramos dentro carro, ele colocou as minhas coisas no banco de trás mesmo e sentou-se na frente e eu do lado dele. Ele passou alguns minutos sem reação, quando me encolhi e quis chorar novamente. Ricardo apenas se aproximou passou a mão no meu rosto, limpou minhas lagrimas e beijou meu rosto.

_Não precisa chorar.

_Não estou chorando. (Ainda estava chorando)

_Hei, tu sabe que eu to aqui neh? Vim te buscar. Você é meu. Agora eu poderei cuidar de ti. Não importa... não importa se sua mãe te largou. Você viu que tem amigos e mais tem a mim. Fica tranqüilo que vai dar tudo certo.

_Muito obrigado. Eu te amo.

_Repete...

_Eu já disse que te amo.

_kkkk Nunca me canso de ouvir. Eu te amo mais ainda.

Chegamos lá, ele jogou a mala no chão e fomos pro sofá, lá mesmo ele chegou com um prato feito por ele mesmo, o que mais me surpreendeu.

_Fiz especialmente pra você. O motivo da demora a ir ti buscar era que eu queria preparar tudo pra sua chegada.

_Não sei nem como agradecer.

_Eu sei ... assim.

Eu e ele passamos a noite assistindo filmes e acabamos dormindo ali juntos, da forma que ele mais adorava, por trás de mim com os braços em volta. No meio da noite acordei e olhava para aquele rosto lindo e pensava o quanto eu poderia ser feliz ao lado dele.

Bom pessoal é isso, tenho uma relação com o número 12 e achei que fosse bom relacioná-lo com este momento. Agradeço a todos que leem o conto, e um agradecimento especial pela força ao meu amigão Pedro da Paraíba, abraços amigo. Valeu pessoal até a proxima.

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Comentários

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Muito massa! O Rick me surpreendeu. Continua logo!

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Ai que vaca,ai eu me daria pro Ricardo ele é tão fofinho e peludinho hahahaha

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