Boa noite galera =D mais um capitulo saindo do forno direto para vocês! Agradeço aos comentários e juro que nunca quis por Araujo na posição de vilão da história... Novas reviravoltas virão. Aguardem! Obrigado!
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“I don’t feel it anymore” - William Fitzsimmons.
Como você pode se lembrar meu amigo leitor, o ano passado, o Festival de Idiomas foi o responsável pela maior mudança da minha vida. Eu me acertei com Edu, descobri que Biel me amava, mas foi no dia seguinte que ele fugiu também.
Mais ou menos um ano depois, Edu me odiava e eu não sabia se eu amava Edu ou Biel. Voltei ao meu estado de solidão, o qual eu me encontrava antes do festival do ano anterior. Será que esse festival mudaria algo na minha vida? Descobriria em breve.
Para o nosso azar, ou sorte, nosso idioma foi o português. Portugues raramente ganhava algo. Não lembro se eu disse, em 11 anos de festival, havia ganhado apenas 1 vez.
A discussão da escolha da musica foi intensa, mas entramos em consenso. Nossa musica seria Bandolins do Oswaldo Montengro [Mitooo! Link: http://www.youtube.com/watch?v=VemQd1nZdnE]. Eu tocaria no teclado e adivinha quem me acompanharia no bandolim? Biel.
Isso mesmo. Ele deu um sorriso radiante para mim quando eu concordei que seria uma boa ter um bandolim acompanhando a musica Bandolins. Esse sorriso me alegrou até o fundo da alma. Foi nessa hora que eu soube que a pessoa que eu deveria ficar era o Biel.
Mas eu ainda tinha uma “divida” com o Edu, e precisaria falar com ele. Eu sei, seria complicado, mas deveria. E eu falaria logo nesse sábado.
De sexta pra sábado eu nem consegui dormir direito. Eu não sabia o que dizer, sabia o que deveria ser dito, mas não como dizer. Sabia que deveria ser dito. Sabia que deveria dizer o tanto que ele é importante, o tanto que eu amava ele, mas que nossos amores estavam em níveis diferentes. Era isso.
No sábado levantei preocupado. Estava um dia lindo, mas em um contexto triste. Tomei café, tomei um banho e fui pra casa do Edu.
Embora o trajeto fosse curto, pareceu mais longo que o normal. Cheguei lá suando frio. Toquei a campainha e Edu mesmo me atendeu. Logo que me viu, foi logo começando:
- Se veio se desculpar, pode ir embora. – Edu falou em um tom sério.
- Eu não vim de desculpar. Eu vim ter uma conversa séria com você. Explicar meu ponto de vista. Agora você tem duas opções: ou escute e tenta me entender ou continua na ignorância. – Falei num tom mais sério possível. Ele pensou durante algum instante e disse:
- Entra. – Entrei. Uma vez lá dentro ele continuou:
- Late.
- Edu, eu sei que vai ser difícil pra você, mas eu não te amo do jeito que você me ama. Você é super importante pra mim, mas acho que a classificação dos nossos amores é diferente. – Enquanto eu falava Edu suspirava e chorava em silencio. Meu coração doía por ver ele chorar assim, mas era necessário.
- Então é isso? Você está realmente me abandonando? Depois de tudo o que eu fiz? De tudo o que eu sacrifiquei? – Ele estava desaguando em lagrimas e nesse ponto eu também estava.
- Não! Claro que não! Olha.. Eu nunca vou te esquecer, você foi a pessoa mais importante pra mim. Você me tirou do meu buraco de solidão e me deu vida...
- E agora que tudo está melhor, você arranja outro e vai fude com ele? Eu sei que amanhã você vai ta fazendo com o Biel o mesmo que fez comigo!
- É cara. Eu amo o Biel e não é justo com você eu ficar ao seu lado fingindo. Você mesmo disse “Um rei uma vez me disse que quem deixa ir tem para sempre”.
- Então vai. Mas escute bem, é um caminho sem volta. Se um dia você quebrar a cara, não adianta voltar chorando... – Ele disse isso chorando tanto que eu quase quis ficar. Mas não. – Antes de você ir, posso pedir uma coisa?
- Claroultimo beijo, só pra ficar guardado na minha memória, pra me acompanhar nos dias tristes e me alegrar... – Ele pediu em um tom tão sereno que não rejeitei. Beijei Edu. Foi o beijo mais carinhoso que tivemos. Após isso, sai, chorando e fui correndo pra casa.
Chegando em casa, tratei de ligar logo para Biel.
- Biel...
- Oi Araujo! Você ta bem?
- Ah.. Respirando sem aparelhos. Você pode vim aqui hoje pra gente ensaiar?
- Posso sim. Que horas?
- A hora que você puder.
- Ok! To indo jájá!
Aproveitei o tempo que ele demorou pra chegar pra chorar tudo o que eu tinha que chorar. Quase desidratei, mas após, eu estava melhor. Por fim Biel chegou, minha mãe o atendeu e o mandou ao meu quarto.
Na hora que ele chegou no meu quarto, senti o seu perfume. Ele estava perfeito. Havia feito a barba, mas seus olhos e cabelos do mesmo tom estavam perfeitos. Meu coração deu uma bobeada nessa hora.
- Oi Araujo. – Ele disse em tom solene.
- Oi Biel. – Logo após eu dizer oi, eu o abracei. Ele retribuiu o abraço e então, eu o beijei. Era a terceira vez que eu o beijava e era a terceira vez que o tempo ao meu redor parava. Mas ele me empurrou.
- O que foi, Biel? – Perguntei perplexo.
- Eu não posso.. Desculpa. – Ele respondeu em um tom triste.
- Por que? – Perguntei mas perplexo ainda.
- Eu to namorando.