Você me largou pra ficar com ele? -disse Sophie com os olhos bem abertos totalmente surpresa.
-O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI AINDA? –Anderson virou pra ela com os olhos totalmente em fúria
-Me responda o que eu perguntei –ela exigiu e o Anderson levantou, por um momento achei que ele iria agredi-la e por impulso acabei levantando para impedir
-Com quem você acha que está falando vadia? Com algum namorado seu? –ele disse próximo a ela
-Anderson... –o chamei, mas não sabia o que dizer
-Vá embora, agora –ele disse pra ela ainda sem me olhar
-Eu vou destruir você –ela olhou pra mim e sussurrou as palavras e saiu com o Anderson logo atrás
-Quem você vai destruir cadela? –ele gritou pra ela mas ela continuou andando com os olhos lacrimejados –Se algo acontecer a ele te garanto que você irá se arrepender –ele gritou antes dela bater a porta com força atrás dela -Ei, vem cá não se preocupa okay? Ela não vai fazer nada com você, tudo bem? Ela está apenas irritada –ele me puxou pra um abraço e só então percebi que estava chorando, eu entendia ela, eu gostava do Anderson e não era fácil ver ele com qualquer garota ou garoto que fosse
-Eu preciso ir pra casa –eu disse
-Tem certeza? Podemos continuar de onde paramos –ele propôs
-Sim, só preciso descansar um pouco
-Tudo bem, eu te levo
O caminho todo fiquei calado, ele tentava o tempo todo conversar mais quando percebia que nada eu respondia ficava em silencio, eu não entendia o meu silêncio mais simplesmente alguma coisa me incomodava na reação possessa da Sophie, Ao parar o carro ele segurou minha nuca e me deu um beijo, tentei retribuir da forma mais normal possível mas acredito que ele percebei, afastei sua boca da minha e sussurrei "até amanhã" e sai do carro.
-Então quer dizer que era essa viadagem que você fazia quando saia todas as noites -disse minha mãe quando entrei em casa
-Por um momento eu gelei e apenas ouvi minha voz dizer -do que você está falando?
-Da pouca vergonha que você estava fazendo lá fora –ela se levantou
-Mãe, eu.. eu queria te contar –tentei dizer mas ela me interrompeu com um tapa no meu rosto
-DIZER O QUE? QUE GOSTA DE SE SENTIR MULHER? QUE QUER SER A VERGONHA DA FAMILIA? QUE QUER SER O ASSUNTO NOVO NA BOCA DOS VIZINHO? –ela gritava
-Mãe para! Você está me ofendendo
-EU ESTOU TE OFENDENDO? VOCÊ GOSTA DE DAR A BUNDA POR AI E EU QUE ESTOU TE OFENDENDO? POR FAVOR SERIA MENOS VERGONHOSO TE TER COMO MORTO
-Você está ouvindo o que está saindo da sua boca? –Eu falei já com os olhos em lagrimas
-SIM E TENHO CERTEZA DE TUDO QUE ESTOU FALANDO, EU PREFIRO UM FILHO MORTO DO QUE GAY! –ela voltou a gritar
-Okay , ENTÃO ME CONSIDERE UM FILHO MORTO –gritei de volta, eu sabia que deveria ter calma, paciência, mas eu não era de ferro, não ouviria aquilo tudo calado, mesmo que eu não tivesse lugar pra onde ir, naquela casa com ela que eu não ficaria.
Continua......
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