QUERIDOS... Eu não podia iniciar o meu novo conto, sem antes dar um desfecho para este conto que mexeu com muitas pessoas aqui na casa. Afinal? Quem não curti uma história de triângulo amoroso? Rsrsrsrs... Para aqueles que sentiram saudades desse trio, Lucca, Hugo e Vinicius... Eles estão de volta, numa curtíssima temporada desta PAIXÃO ESCANDALOSA.
Mil beijos para todos vocês e boia leitura...
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... Bom, três anos se passaram, e eu, Lucca, ainda me vejo numa armadilha da vida, ou talvez, um destino cruel que o meu coração é obrigado a viver. Dois, amores, dois homens completamente diferentes, duas belezas raras e uma certeza... O meu amor por ambos. Não sou de questionar certas coisas da vida, mas hoje, mais maduro, mais intenso e mais preparado para encarar os desafios, me sinto completo na vida. Ah! Eu consegui um trabalho como assistente administrativo numa multinacional, e consigo dividir as contas com o Hugo. Falando nele... É um fofo, um companheiro e parceiro para todas as horas. Quando tenho tempo, me encontro escondido com o Vini, o meu outro amor, o meu doce pecado. Desde que o meu pai me bateu, há três anos, na festa do meu querido irmão Caio, eu nunca mais o perdoei. Bom, a minha relação com o Breno, meu irmão mais velho, melhorou muito, e estamos cada vez mais próximos! A única pessoa que sabe do meu triângulo amoroso é a Gisele, minha melhor amiga e colega de trabalho. A minha mãe é apaixonada pelo Hugo, e sempre que pode, ela vai nos visitar. É isso gente... Muitas coisas aconteceram e muitas estão pra acontecer...
- Amor! Amor! Anda Hugo, acorda! Você vai chegar atrasado ao trabalho. Sabe como é o seu chefe... Detesta que cheguem atrasado.
- Hum, hum... Só mais um pouquinho de sono bebê.
Enquanto ele pronunciava alguma coisa, meio sonolento, eu puxava o edredom do corpo dele.
- Ai, tá bom seu chatinho, eu vou levantar.
- Amor... Você sabe que não gosto de vê-lo chegando atrasado. – eu disse, grudado no pescoço dele e quase o beijando.
- Você tem razão Lucca. Vou tomar um banho... Quer vim comigo?
- Hã, até parece né? Toda vez que tomamos banho junto, você não consegue controlar o huguzinho aí. – eu rir.
- Ah! Já tem um apelido pro meu pau é? Gostei de huguzinho. Rsrsrrsrs...
- Anda, vai tomar banho seu safado! - eu o expulsei, pois sabia que um vacilo, e gente acaba em sexo. E resistir ao Hugo era quase que impossível.
Finalmente eu consegui tirá-lo de casa. Naquela sexta-feira, eu não tinha trabalho, pois o pai do meu chefe havia falecido e ele acabou dispensando a galera. Eu aproveitei e coloquei a casa em ordem. Tinha cueca do Hugo espalhada pelo chão do quarto e pra variar, toalha molhada em cima da cama.
- Como eu queria que ele fosse igual a mim meu Deus! – eu suspirei, e nem vi quando o meu celular tocava insistentemente. Era o Vinicius...
- Eu já te falei pra não me ligar este horário Vini! Pode ser perigoso!
- Eu estava com saudades de você coração. Aquele mala sem alça já saiu?
- Não fala assim dele!
- Ahhh... Vai ficar defendendo o outro é?
- Eu só não quero ofensas senhor Vinicius. Você aceitou a condição, então não reclame.
- Vamos sair hoje? – ele mudou de assunto.
- Não sei se vai dar. O Breno ficou de passar aqui em casa, para irmos numa balada.
- Parabéns Lucca! Eu te convido pra sair há mais de uma semana, e sempre recebo um não... Agora, fazer programinhas sem mim, pra isso você tem tempo?
- É porque ele insistiu muito Vini.
- Ok! Desculpa ter te incomodado. Divirta-se hoje à noite.
Antes que ele batesse o telefone, eu o interrompi.
- Não fica assim meu anjo. Eu amo você... Tá bom então. Hoje a gente sai. Que tal irmos ao clube à tarde?
- Fechou. Mais depois eu quero você uma noite só pra mim.
- Pode deixar seu bobo.
- Quando eu sair do trabalho, mais ou menos por volta das duas da tarde, eu te encontro lá.
- Combinado meu amante mais lindo e mais gostoso.
- Quando você fala desse jeito, meu pau chega latejar na cueca.
- Tchauzinho seu tarado! – eu desliguei o telefone, caindo na gargalhada.
Não sei se o que faço é certo. Claro que fico mal, enganando o Hugo, e de certa forma, o Vinicius também, mais só de imaginar viver sem um deles, é muito doloroso pra mim. Sei que eu corro o risco de ser julgado, criticado, mais só eu sei o quanto sofro por dentro... Só eu sei o que eu sinto. Talvez as pessoas nunca entendam... Mas sou tão complexo...
Depois de limpar tudo, eu tomei um banho, pus uma roupa leve, bermuda, camiseta e tênis, e fui ao encontro do Vinicius. Seu trabalho era de representante comercial, e por isso, não tinha horários fixos.
Fiquei esperando num quiosque, tomando água de coco, quando eu o avistei se aproximando.
- Nossa! Vê-lo naquela roupa social, me deixava louco. O Vini, assim como o Hugo, tem um corpo escultural, e uma beleza de dar inveja. A mulherada sempre dava em cima dele, e volta e meia, vivia cercado de piranhas, o que me causava ciúmes mortais por dentro.
- Eu posso saber o que aquela branquela azeda queria com você? – eu disse, quando ele se aproximou.
- Tá com ciúmes coração? – ele riu.
- Eu te fiz uma pergunta Vinicius.
- Ela só queria saber onde ficava a sala de jogos.
- Humm... Sei. E porque ela não perguntou aos seguranças?
- Não precisa fazer essa cara seu bobinho. Meu coração só tem um dono.
Sentamos e começamos a bater um papo divertido. Minha vontade era agarrar ele ali mesmo. Por várias vezes eu quase fui pego com o Vinicius... Foram três anos de risco e muito amor. Eu ri pra mim mesmo. Até que era divertida situação. Ele fazia o papel do amante perfeito.
- Tá rindo do quê?
- Nada Vini, só pensei alto. Eu há te disse que você está muito gostoso neste terno?
- Ainda não... Mas pode dizer no local que eu vou te levar agora.
- Que local? Eu pensei que...
- Sem perguntas... Vem comigo.
Ele me puxou pelo braço, eu feito um doido, fui sendo arrastado por ele.
- Ei? Pra onde você vai me levar seu maluco?
- Eu não vejo a hora de tirar esta sua roupa, chupar esse peitinho gostoso, e comer esta bunda deliciosa.
- Vini! – eu exclamei. – Me respeita um pouco né?
- Ahhh... Eu sei que você adora quando eu falo essas sacanagens com você.
- E você ainda rir? Parece que só pensa nisso.
- Poxa, mais já tem uma semana que...
- Eu sei paixão... Mas é que nem sempre eu consigo conciliar trabalho e dois homens né?
- Não precisa me lembrar de que você tem ele.
- Desculpa.
O Vini não gostava quando eu tocava no nome do Hugo, e ele tinha razão. Ficava meio constrangedor. Por diversas vezes, eu tentei ficar só com um, mas foram tentativas em vão. Era como se um pedaço de mim fosse arrancado... Como eu queria meu Deus, como eu queria viver só com um deles. Minha vida parece coisa de novela, mas é a pura realidade, e eu poder ter o controle de mim mesmo. Por diversas vezes eu chorei, sozinho, sofrendo, me crucificando, por ter de mentir, de fingir...
- No que está pensando? – ele me tirou dos meus pensamentos.
- Nada. – eu disse meio seco.
- Chegamos.
- Eu sabia que você ia me trazer para um motel.
- Olha pra mim Lucca.
Eu olhei nos olhos dele.
- Eu te amo muito.
- Eu também te amo Vini.
Ele colocou o carro na garagem do motel, e subimos juntos para o quarto.
CONTINUA...