Me Apaixonei Pelo Hétero Proibido - Parte 26 (Penútima Parte)

Um conto erótico de Douglas Lopes
Categoria: Homossexual
Contém 1611 palavras
Data: 29/05/2013 22:40:10

Estava decidido a fugir, era a única saída para a minha felicidade com Isaac, o que me restava era contar com a sorte.

- Então você topa mesmo?

- Todo, me explica o esquema

- É forma mais rápida e menos complicada é na hora do banho de sol, acontecer alguma distração para os carcereiros e assim você vai até à lavanderia que fica sempre sozinha e então tu encontra alguma roupa de funcionário e sai disfarçadamente, mas tu tem que ser muito cauteloso - sussurrava Jayme, enquanto eu ouvia atentamente o seu plano

- É cara isso pode dar certo

- Não pode, tem que dar certo!

- É vou me esforçar

- Então vai descansar que é amanhã o teu grande dia

- Com certeza, valeu Jayme - disse puxando Jayme para um abraço.

Fui me deitar naquela cama que mais me parecia uma tábua, meus pensamentos eram vagos, tantas coisas para pensar, mas o que me fazia tremer era a ansiedade da fuga, estava nervoso, ansioso e apreensivo. Sabe aquela noite que você não consegue dormir, pois fica ansioso para algo que vai acontecer no dia seguinte? bem eu estava assim, não conseguia dormir.

- Jayme? - perguntei tentando descobrir se ele ainda estava acordado

- Fala - ele disse com uma voz sonolenta

- Só quero te agradecer por tudo cara, valeu mesmo, não vou te esquecer nunca cara!

- Eu gosto da justiça Tom e quando ela acontece já fico satisfeito, agora tenta dormir porque você precisa estar bem pra a fuga

- Tudo bem

Então o silêncio voltou à cela, voltei a me concentrar no descanso, logo o sono veio e eu me rendi a ele.

Acordei com um maldito sinal que ecoava por todo o presídio, acordei e ao abrir os olhos, uma forte luz que vinha de uma pequena janela quase me cegou, o sol estava forte, mas não me parecia ser tarde do dia.

Jayme estava sentado lendo um jornal.

- Droga, que horas são? - disse enquanto esfregava os meus olhos

- Sete da manhã o sinal sempre toca, vai no banheiro pra gente descer pro café da manhã e depois temos o tão esperado banho de sol, você tem sorte - disse pausando sua leitura e em seguida retornando

- Por que? - perguntei confuso

- Você não terá que se acostumar aqui... - pausou sua leitura - não vai precisar aprender nada sobre a cadeia - voltou a ler

- Essa ideia de fuga foi sua cara

- Você não merece ficar preso, seria injusto, agora vai logo Tom, porque temos que descer.

Fui até ao banheiro da cela que ficava aos fundos, tinha uma pequena pia e um vaso entupido com muito mal cheiro, depois de tentar me higienizar naquele chiqueiro desci junto de Jayme para o refeitorio, a prisão era suja, as paredes eram rabiscadas e as grades das celas enferrujadas, o barulho era intenso muitos homens conversando enquanto saiam de suas celas e seguiam na mesma direção que eu, o refeitório era nada mais que um grande galpão cheio de mesas e cadeiras, com uma bancada cheia de panelas onde se formava uma fila de pessoas com pratos em mãos, havia homens de todos os tipos ali, tatuados, carecas, magros, cabeludos, negros, gordos, brancos, porém todos tinham algo em comum, o traje laranja ao qual eu ainda não tinha recebido, eu estava com a mesma roupa desde o dia da prisão, eu só tinha passando por dois banhos desde então. Todos olhavam para mim, segui Jayme até uma mesa mais reservada.

Fui até à fila para ver qual seria o prato, e me surpreendi, como naqueles filmes americanos a comida da cadeia parecia cimento, uma pasta branca que era mais dura que o prato e um molho ralo formavam o café da manhã naquele dia, comi apenas porque precisava de energia, aliás nem comi, apenas engoli aquilo.

Em seguida fomos para o banho de sol, era hora de dar início do plano.

- Cara chegou a hora - disse Jayme enquanto estavamos escorados em um moro nos fundos do pátio

- O que você vai fazer para distrair o carcereiro?

- Vou brigar com um dentento

- Como assim?

- Ele é um amigo meu, já combinei tudo com ele

- Alguém já tentou fugir aqui?

- Sim, mas muitas fulgas não foram bem sucedidas, mas teve um cara que fugiu com o mesmo plano que esse e nunca os policiais descobriram como ele fugiu

- Se só os prisioneiros sabem disso por quê também não fogem?

- Por falta de ajuda, só ajudamos quem merece Tom

- Poxa cara valeu mesmo, você é brother, nunca vou me esquecer de ti, nunca mesmo, você me ajudou muito, prometo que quando a poeira abaixar virei te ajudar, vou te recompensar cara

- Eu só quero a tua felicidade cara, eu vejo em você o cara que não pude ser, mas deveria, então a hora é agora, torço por você e não se preocupe comigo Tom, eu preciso continuar preso para meditar o meu crime só estou pagando por meu erro, mas você é inocente, então é hora do show - disse ele caminhando em direção à um grupinho de homens

- Obrigado - disse baixo

" O que for pra ser, será" - pensei, eu queria muito que a sorte estivesse ao meu lado.

Jayme caminhou até no grupinho de caras e logo puxou um homem magro e alto pelo ombro e o acertou com um soco no olho, fazendo com que o homem cambaleasse para trás, logo o tal homem retribuiu o soco em Jayme e um círculo já se formava em volta, eu estava atento à briga e tambem aos carcereiros, logo um carcereiro tentou conter a briga, mas sem sucesso precisou chamar o carcereiro que estava na porta que dava acesso aos corredores internos da cadeia, ele saiu e se envolveu na tentava de separação da briga, quando notei que todos estavam distraídos coma briga, corri rapidamente em direção ao corredor, caminhei atento e após passar por de frente de várias portas encontrei uma que tinha escrito em uma plaquinha "lavanderia". Entrei na sala que tinha uma lampada acesa bem fraca e alaranjada, algumas maquinas estavam funcionando, mas não me parecia ter mais ninguém ali além de mim, no chão tinha uma grande quantidade de roupas, mas eu precisava encontrar alguma que se encaixava ao meu perfil para não chamar muita atenção, avistei um balde que estava sobre uma cadeira em um canto da sala, nesse balde continha algumas calças e camisetas brancas e ao lado algumas botas brancas, eram uniformes de enfermeiros, era perfeito o disfarce de enfermeiro para sair do presídio, algumas roupas era muito largas e outras muito curtas, por sorte encontrei uma que serviu perfeitamente em mim, me vesti e calcei as botas, dei uma leve penteada no cabelo com os dedos me avistando em um pequeno espelho quebrado que estava em um canto da sala, me apressei com medo de ser pego.

Saí da sala tentando aparentar a maior naturalidade possível.

Não tinha ninguém no corredor, de loge avistava muitos policiais correndo em direção ao pátio onde se desenrrolava a confusão.

Andei por alguns minutos em vários corredores procurando a saída daquele inferno.

Encontrei um policial que acreditou que eu fosse enfermeiro.

- Ei, enfermeiro pode me dizer o que está havendo no pátio?

- Não sei o que está havendo lá - disse tentando parecer natural

- Ah sim obrigado, irei ver a situação - ele disse e foi em direção ao pátio

Acelerei os meus passos em rumo a liberdade, consegui sair da delegacia sem problemas, eu esperaria um pouco para poder avisar Isaac e Padma.

Agora me sentia mais leve, estava perto da minha felicidade com Isaac e tinha muitas coisas para acertar, principalmente com meu pai, mas isso não era prioridade, desafia-lô estando foragido era um perigo, a minha prioridade era sumir daquele país junto com o Isaac.

Peguei um ônibus em direção ao centro da cidade, lá era impossível de ser encontrado pela polícia, uma multidão caminhava naquelas ruas constantemente, eu entraria em um grupo de mendigos e depois de um tempo ligaria para Isaac, eu caminhei bastante tempo pelas ruas, tentando distração para a mente, mas a minha única vontade era de correr para os braços de Isaac.

Já era quase noite, eu caminhava por uma rua que tinha uma grande loja de eletrodomésticos, e na televisão do mostruario passava um jornal que comentava sobre uma notícia que me fez parar:

Jornalista: Voltamos a falar sobre o incêndio que ocorreu nessa manhã, na delegacia e presídio nacional de Nova Délhi, o ministro da segurança vai falar um pouco melhor sobre o ocorrido, então senhor ministro quais foram as causas desse incêndio e qual o número aproximado de mortos e feridos?

Ministro: Boa noite a todos, a causa desse incêndio foi dado por conta de alguns protestos internos contra as pessimas condições dos presídios indianos, os protestos começaram a essa manhã, e os presos que causaram a rebelião deram início no incêndio, até os responsáveis pelo incêndio morreram, estima-se que cerca de 74 pessoas morreram, alguns corpos foram carbonizados e estão irreconhecíveis, o número de feridos ultrapassa os 50, dentre a vítimas encontra-se policiais e detentos, o governo lamenta o ocorrido, e declara isso como catástrofe nacional, daremos apoio às famílias das vítimas.

Fiquei em estado de choque, eu me livrei da morte, e será se Jayme havia morrido? fiquei abalado com a notícia, e certamente a minha família e Isaac estavam acreditando que eu estava morto, o incêndio foi logo após a minha fuga e antes que notassem a minha ausência.

Era hora de voltar e acertar tudo uma vez.

CONTINUA (...)

________________________

Espero que tenham gostado, não deixem de votar e comentar.

Críticas e sujestões são bem vindas.

Amanhã tem a última parte do conto, espero vocês (:

<3 <3 <3 <3 <3 <3 <3

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Douglas Lopes a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Nossa estou sem palavras está perfeito e vou sentir muita saudade já estou né

0 0
Foto de perfil genérica

bem esperto o Jaime... Mas ele não deve ter morrido, na certa os corpos carbonizados e irreconhecíveis eram os policiais. Ahhh agora acabou a perseguição do pai do Tom... E o Isaac e ele podem ir viver suas vidas em paz

0 0
Foto de perfil genérica

Posta uma foto de vcs saber como são vcs :D ow passa o seu face

0 0
Foto de perfil genérica

Pocha tomara que jayme esteja bem ah eu acho q foi por isso q ele e os amigos ajudaram vc a sair do complexo provavelmente eles ja tinham planejado o incendio antes d vc ser prezo e ao ver sua inocencia ele se sentiu culpado de deixar vc prezo e morrer junto não éh?

0 0
Foto de perfil genérica

Feel like a Prison Break! Lindo, lindo! Pena q é o penultimo capitulo! Cara, me adiciona no skype pra gente conversar: leo.vitt

Adoro seus contos! Beijoo!

0 0
Foto de perfil genérica

Muitoo boum! 10 sempre vou sentir muitas saudads do conto! ;(

0 0
Este comentário não está disponível
Este comentário não está disponível
Foto de perfil genérica

ouuuun já estou com saudade do conto :/, muito bom, espero que jayme esteja entre os sobreviventes

0 0