*** Bom, de forma oficial, peço desculpas! Prometi a continuação da história para quase um mês atrás e não foi possível. Porém, está aqui - finalmente - o resultado do pedido de casamento do Bernardo. E vem história por aí! ***
_Você disse que no seu mundo tudo é a meu respeito?_ Sorri. Precisava reverter a situação.
_Claro que você só ouviria essa parte. Tão típico._ Ele bateu com a mão na testa. _Acha realmente que envolveria um aeroporto e toda a segurança aérea se não te amasse?_
De novo, ele me desestruturou. Só ele sabia como fazer isso.
_Desculpa!_ Pedi e me aproximei quase boca com boca. _É essa história maldita de não ter relacionamentos saudáveis..._
_Essa história de autopiedade funciona para você?_
_Você sabe o quanto é difícil para mim..._ Tentei fazer um drama, mas fui interrompido.
_Cala a boca logo, casa comigo de uma vez e me beija!_ Sua língua invadiu minha boca.
Capítulo 13
Casa comigo? Não, ele não tinha usado essas palavras. Impossível. Acho que o avião caiu enquanto voltava para casa e agora eu estava em um tipo de limbo, tudo aquilo não passava de uma ilusão.
Parou de me beijar. Pronto, já tinha acordado de todo aquele sonho. Meio que em choque.
_Casa comigo?_ Senti beliscar meu braço. _Acorda!_
Não, também não era um sonho.
_Vai me deixar aqui sem resposta?_ Ele já estava impaciente. _Ou quer que eu me ajoelhe?_
Quando ele foi se abaixar, segurei seu braço. Aquilo era demais para mim, mais do que eu merecia, quebrava todos os limites, ia além de todas as consequências. Mas danem-se limites e consequências. Olhei seus olhos castanhos – quem disse que olhos claros é que são bonitos? – lindos e profundos, capazes de fazer se perder qualquer um.
_Sim, eu caso!_
Nesse momento senti o abraço mais apertado que já havia ganho em toda a vida, meus pés se afastaram do chão, sua boca me deu um beijo rápido. E aquele homem, que agora estaria para sempre comigo, transformou sua expressão para a de um meninão sapeca.
_Queria comemorar nosso noivado aqui nessas poltronas mesmo. “Come”-morar entende o trocadilho? Mas acho que a segurança aérea iria nos prender de verdade._ Soltou uma risada. _E além do mais são 3h da madrugada, daqui a pouco tenho compromisso na prefeitura. Acho que a gente podia ir pra minha casa, minha cama, aproveitar um pouquinho. O que acha?_
Segurei sua mão.
_Vamos!_
Saímos discretamente. Alguns metros depois da saída da salinha estava o senhor barrigudo, segurando minha mala e meu iPhone. Antes que eu pudesse, Bernardo já tinha pego tudo e agradecido ao velho amigo do aeroporto.
_Acho que seu iPhone pode ficar comigo hoje, não quero ver você me trocando por isso aqui no nosso primeiro dia como noivos._
Sorri ainda não acreditando.
.
Chegamos a sua casa, agora já mais tranquilos, mas mantendo sempre a discrição característica que a profissão dele – e a minha – exigia.
_Quer comer alguma coisa?_ Perguntou.
_Não estou com fome! E você?_ Por que eu perguntei?
_Estou com fome de Felipe! Faminto_ Ele me abraçou forte e me beijou, ali, no meio da sala de estar. _Vamos para o quarto?
Não precisei responder. Em menos tempo que se poderia imaginar, ele estava deitado em cima de mim, com sua língua na minha boca. E logo em seguida no meu ouvido:
_Quero te foder inteirinho!_ Seu pau pressionava a calça, como se fosse explodir.
_É mesmo? Pois eu quero te sentir inteiro dentro de mim._ Respondi.
Tirou a camisa (lindo!), primeiro a dele, depois a minha. Era como se sentisse um choque quando nossos peitos nus se tocavam. E os beijos aumentavam em intensidade, como se não houvesse limite. Como se fossem os últimos.
Subiu um pouco. Abriu a calça, e aquele membro duro saltou como se tivesse vida. Ofegante, ele ordenou:
_Chupa!_
Enchi a boca. Cobri com minha boca toda a cabeça inchada do pau dele. Senti o gosto que tanto esperava todos os dias enquanto estava longe. Delicioso. Segui, com dedicação. Ele forçava cada vez mais seu cacete em minha boca, como se fosse possível ir mais fundo do que ele já tinha ido. Era, para mim, a melhor coisa do mundo ter ele em minha boca e satisfazê-lo daquela maneira, entretanto eu também precisava. Queria sentir ele me foder, tão intenso quanto poderia. Mais uma prova da nossa sintonia. Não precisei pedir.
_Quer agora?_ Ele perguntou segurando meus cabelos e me fazendo olhar para o seu rosto.
_Sim._ Respondi ofegante.
_Então pede. Pede para eu te comer?!_ Ele segurou meu queixo, numa espécie de dominação que só me fazia mais excitado.
Caprichei na cara de bom menino e pedi:
_Por favor, me come! Quero seu pau, vem!_
Ele me deitou de bruços, sempre coordenando qualquer movimento que adotássemos. Segurou meu cabelo de novo. Enquanto isso, seu pau agora pressionava minha bunda. Beijou minha nuca, minha boca e em seguida falou olhando em meus olhos:
_Me diz, quem é teu homem?_ Beijou e mordeu meu lábio.
_É você, meu homem, meu amor!_ Disse quase hipnotizado.
_E o que você quer de mim? Fala!_ Mais um beijo com uma mordida.
_Eu quero você, me come, quero sentir teu pau!_ Já estava quase desesperado.
_Por favor..._ Corrigiu.
_Por favor, eu te quero! Me come!_
Senti, metodicamente, enquanto ele beijava minha boca direcionar seu membro e senti a dor (que parecia sempre a primeira vez) quando me penetrou. Gemi baixinho, egoísta o suficiente para dividir aquele momento somente comigo.
Durou pouco aquele momento lento, em que tudo podia ser sentido a flor da pele. Ele começou a estocar cada vez mais forte. Gemidos, respirações, beijos. Tudo tão intenso, quanto possível.
_Ah, isso!_ Era só o que eu consegui no momento.
Quando tudo atingiu o ápice, que senti seu gozo forte, seus espasmos junto com os meus. Gozamos juntos.
_Eu te amo!_ Ele ainda tinha forças para falar.
.
Terminamos os últimos momentos que ainda restavam da madrugada dentro da banheira dele. Ouvi e falei ali coisas que nunca imaginei dizer um dia.
_Sabe, eu quero ter filhos!_ Ele disse pensativo. _Tenho quase um encantamento por crianças._
Isso me deixou um pouco chocado. Não era algo que costumava pensar, muito menos um passo que estivesse nos meus planos. Senti quando ele beijou minha bochecha e disse:
_Por favor, não vai fugir de novo. Antes de tudo isso, ainda temos bastante tempo, para aproveitar, para depois dessa fase de exposição eu poder colocar uma aliança no teu dedo, e amadurecer essa ideia. O que quero dizer é que adoro crianças._
Quando as surpresas iriam acabar? Filhos? Gostar de crianças? Acho que teria que amadurecer a ideia mesmo. Tirando minha infância, o maior contato com uma criança que já tinha tido, fora através do filho da Vic. E, sinceramente, ele fazia barulho e às vezes cheirava mal. Por outro lado, seria interessante ter uma versão minha da Suri Cruise. Uma bonequinha para vestir Valentino e Lacroix.
Enfim, nesse perdido de pensamentos, ele se despediu dizendo que tinha que ir para a prefeitura para um compromisso já marcado para aquele sábado.
_É um compromisso inadiável. Aliás são dois, e para o segundo, o futuro senhor Brandão está convocado a participar._ Disse apontando para mim.
Eu? Mas nem trabalhava mais lá!
_Como assim?_ Tentei perguntar, mas ele já tinha ido, dentro daquele terno perfeitamente alinhado.
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Continua...
Sem previsão.