Aquela noite teria a festa que se eu pudesse voltar no tempo eu não teria ido, sinceramente não sou muito fã de festas, prefiro ficar em casa mesmo, mais fazer o que, a maioria me venceu. Sabe quando você ta sentido que algo vai acontecer que você sente um aperto no peito, foi o que eu senti logo após terminar de me arrumar.
- Nossa e esses meninos que não chega, eu quero ir logo pra poder voltar cedo. – eu pensava em voz alta.
- Deu pra falar sozinho agora. – disse o Bernardo entrando no meu quarto logo em seguida me dando um selinho.
- Vamos. – eu disse indo em direção a porta.
- Não, temos que espera os outros chegarem. – nisso ele me agarrou pela cintura e começou a beijar minha nuca. – alem do mais podemos namorar um pouco.
Quando as coisas estavam ficando mais quente, alguém bate na porta.
- Ei, da pra desgrudar ai, a gente vai se atrasar. – disse o Joel rindo.
Eu só olhei pro Bernardo e dei de ombros. Fomos todos em direção a tal festa, como a casa do menino que iria dar a festa era um pouco longe o Joel veio no carro do pai dele, chegando à festa tava a maior zoada, gente fumando, bebendo, beijando, tudo, e quando eu falo tudo, é tudo mesmo... Não se passaram nem dez minutos que tínhamos chegado e quando olho o Bernardo ta com um copo na mão, o que ele tava bebendo, não sei, nem perguntei, não bebo, isso me traz más recordações, tipo morte... não vou mentir, eu tava curtindo a festa, a musica tava legal, amo musica eletrônica.
- Bê eu vou ao banheiro, mais já volto. – disse um pouco alto no seu ouvido.
- Ok, se você demorar vou atrás de você. – disse ele levando o copo até a boca.
Eu sai na busca do banheiro, que deveria ser no andar de cima quando cheguei perto da escada vejo a Barbara e o Victor entrando, o Victor acenou pra mim, e a prima dele só virou o rosto pro outro lado e foi em direção as suas amiga, subi as escadas e eram tantas portas, qual seria o banhei, abri uma porta e me deparei com uma menina e um menino transando, na hora fiquei todo desconcertado, mais em fim não levei muito esse constrangimento a serio nem eles que estavam no ato não se importaram. Em fim achei o banheiro, entrei, fiz o que fui fazer, e logo em seguida me olhei no espelho, até que eu não tava tão mal. Resolvi voltar pra onde tava meus amigos, quando cheguei lá perguntei pelo Bernardo, me falaram que ele tinha ido pegar mais bebida, fiquei esperando e nada dele voltar, passaram-se 20 minutos e nem sinal dele. Eu olhava para todos os lados, por um momento quando eu tava o procurando com a visão, avistei Paulo que não tirava o olho de mim, e cochichava algo com seus amigos.
Cansei de ficar ali, fui atrás dele, fui onde estavam servindo bebida e nada, e vi o Victor.
- Oi. – eu disse gritando próximo dele
- Oi, o que ta achando da festa? – perguntou ele.
- Ta legal, mais eu to procurando o Bernardo, você viu ele
- Não. – ele disse agora sentando em um banco alto pois estávamos em pé. – senta ai.
- Não posso, é que eu to com um pouco de dor de cabeça e to procurando ele pra ir pra casa. –eu disse
- Hum.
Eu subi as escadas, e fui verificando os quartos, até que me deparo com uma cena que me tirou o chão, o Bernardo deitado em uma cama com a Barbara com a cabeça em seu peito e roupas espalhadas pelo chão, ambos dormiam, eu não sou muito de fazer confusão, ou de bater, eu apenas olhei mais uma vez passei meus dedos no meu rosto enxugando as lagrimas e fechei a porta vagarosamente, desci as escadas um pouco atordoado e me esbarrei com o Victor, não pedi desculpas, não estava com cabeça pra quilo, só sai daquele lugar, que desejei nunca ter ido, até quando eu já estava no jardim alguém me puxa.
- O que aconteceu.
- Nada Victor.
- Quer dizer que agora você chora por nada, vai me conta o que ouve. – ele disse isso tentando me acompanhar, pois eu tinha me soltado dele e continuado caminhando. – confia em mim.
Eu parei, olhei pra ele.
- Você quer mesmo saber? – perguntei.
-Sim. – disse ele parado olhando pra mim.
- Éh que eu acabei de pegar a sua prima e Bernardo juntos. – eu disse. – e antes que você me pergunte, ele é, ou pelo menos era meu namorado. – eu disse isso voltando a caminhar.
- Eu já sabia, vi vocês se beijando um dia desses, na frente da tua casa a noite. – ele disse ainda vindo atrás de mim.
- Para de me seguir eu quero ficar sozinho. – eu falei irritado.
- Eu te levo pra casa, é perigoso andar essa hora sozinha. - ele disse isso me puxando novamente.
- EU NÃO QUERO SUA AJUDA, VOCÊ É SURDO. – falei isso gritando e logo comecei a chorar, ele me abraçou, eu batia em seu peito pra ele me soltar, mais quanto mais eu batia, com mais força ele me abraçava, até que parei.
- Ta mais calmo? –ele me perguntou e eu nada respondi. – vem. – ele falou me puxando em direção ao carro, eu fui sem relutar, entrei, eu estava de olhos abertos, eu estava acordado, mais eu não enxergava nada, eu não ouvia nada, eu não pensava nada, era como se eu estivesse inconsciente só me dei conta que tinha chegado em casa quando sinto alguém me chacoalhar, e desperto do meu transe.
- Gustavo, fala comigo, Gustavo. – repetia ele a todo o momento. – vem que eu vou te levar, ele tirou a chave do meu bolso, abriu a porta da minha casa, fechou, e eu ali, parece que não estava dentro do meu corpo, todo tempo olhando pro nada, ele me levou pro meu quarto, quando chegamos lá, ele me sentou na minha cama e sentou do meu lado.
- Você ta bem? – ele me perguntou me olhando nos olhos.
Eu fechei meus olhos e fui me aproximando dos lábios dele, mais sinto sua mão em minha boca.
- Não, você só que me beijar pra se vingar, você não ta pensando direito, faz o seguinte, toma um banho, dorme, amanha é outro dia. – ele disse isso, me deu um beijo na testa e saiu.
E assim eu fiz, fui para o banheiro, tirei minha roupa, liguei o chuveiro e sentei-me no chão, e enquanto caia a água sobre minha cabeça eu me lembrava da cena, eu imaginava como tinha sido eles fazendo sexo, eu sentia nojo. Sai do banho vesti uma roupa, e me joguei em cima da cama, acho que eu tinha chorado tudo que tinha pra chorar, porque não saiam mais lagrimas, e eu fiquei pensando, como minha vida era num estante eu estava feliz, no outro triste, ela vivia oscilando, e em dados momentos era como uma montanha russa, numa hora eu estava lá no topo, e depois despencava de uma só vez, belo sentimento, que só me fez sentir dor, amar, será que eu me permitiria a repetir isso novamente? Acho que não, se é pra sofrer, que não seja por amor. Eu não gosto de aparentar ser fraco, por isso que uso a ironia e a frieza como mascaras, apesar delas caírem, eu iria manter elas minha até quando eu pudesse.
E fiquei ali pensando, agora sentado na cama, encolhido, com os joelhos encostando-se ao queixo, e os braços entrelaçando as pernas. Não me dei conta de quando dormir, isso é eu não me lembro de ter dormido, mais quando amanheceu eu não me sentia cansado, levantei, tomei banho, e agi como se nada tivesse ocorrido, quando sai do banho vesti um roupa, peguei um caderninho com pensamentos e comecei a escrever, aquilo de certa forma me aliviava, era o meu ponto de vista do mundo. E quando estou no meu auge da concentração, alguém bate em minha porta, mais quem será não precisei pensar muito.
- Gustavo, abre a porta, precisamos conversar. – era o Bernardo, sua voz estava rouca, e eu por minha vez estava calmo, sim calmo.
- Se você girar a maçaneta ela abre. – eu falei friamente.
Ele se aproximou de mim, me deu um abraço e eu não me movi.
- Olha, eu não sei o que houve ontem, mais eu te jur... – não deixei completar. Ele se afastou um pouco de mim.
- Não precisa jurar nada, eu vi. – disse calmamente.
- Mais você precisa me ouvir. – ele disse com os olhos cheios de lagrimas, e pra mim não passava de teatro, quando crio rancor de alguém, eu sou muito frio.
- Pode falar, estou lhe escutando. – eu disse olhando pra ele
- Olha, eu não transei com ela. – ele disse
- Ah, então você estavam cansado de dançar na festa e decidiram descansar, na mesma cama, e pelados, Nossa por que eu não pensei nisso ontem, teria até ficado te esperando acordar. - eu disse rindo ironicamente.
- Me escuta, por favor. – ele dizia voltando a chorar
- Meu querido fale, eu estou lhe ouvindo.
- Eu fui buscar uma bebida pra eu beber, foi quando eu encontrei a Barbara encostada no balcão, daí eu pedi uma bebida deixei o copo em cima do balcão fiquei conversando com ela, tomei um gole da bebida e foi quando ela começou a passar mal e desmaiou...
- Ai você foi bancar o herói. – eu disse. Ele apenas prosseguiu.
- Então eu a levei pro quarto, quando eu a deitei em cima da cama eu me senti tonto e apaguei, e acordei hoje com ela do meu lado, mais eu não fiz nada.
- Acabou? Perguntei.
- Sim. – ele disse.
- Eu amei a história, você levou quanto tempo pra criar ela, parece até cena de filme, mais se você não se incomoda, saia do meu quarto que eu quero ficar sozinho.
Nesse momento uma lagrima escorreu dos olhos dele, ele se levantou e foi em direção a porta, olhou pra mim e baixou a cabeça e se foi. Eu queria acreditar nele, mais não conseguia. Mais tarde o Lucas veio me visitar, mais inventei estar dormindo, à tarde eu fiquei brincado com o Junior, recebi varias mensagens, e por ultimo um numero desconhecido.
“Nem sempre o que vemos é suficiente para tirar conclusões, pare pra pensar, olhe ao seu redor, analise seus inimigos, e novamente pense, nem sempre uma imagem vale mais que mil palavras. Boa tarde! Ass:Victor.”
Por um momento fiquei com aquilo na mente, mais depois esqueci, considerei como uma bobagem.
Segunda-feira chegou, e lá estava eu na escola, na sala de aula, eu evitei olhar para o Bernardo, falei com os meninos e me sentei no meu lugar, nem prestei atenção na aula, na hora do intervalo me sentei num local isolado, não queria ficar no mesmo local que ele, então preferi me afasta, e assim seguiu, terça, quarta, os meninos me perguntaram o que estava acontecendo, lógico que o Bernardo já devia ter contado pra eles, mais eles vieram me perguntar, eu disse que nada, que só queria ficar sozinho, eles me entenderam e se foram, passou quinta e na sexta feira, eu estava sentado em baixo da arvore, quando alguém senta ao meu lado.
- Posso sentar aqui? – perguntou Victor
- Já sentou. – eu disse olhando pro nada. – se veio aqui. Ele nem me deixou continuar.
- Me escuta, eu tenho algo serio pra falar contigo...
Mais uma parte, espero que estejam gostando, e se não estiverem gostando do enredo ou da minha escrita, me avisem para que eu possa melhorar, adoro ler os comentários de vocês, então peço que continuem comentando, são os comentários de vocês que me incentivam a escrever. Bernardo.18:também sou teu fã... Xx.jhow.xX : obrigado por acompanhar... hpd : obrigado por ler o meu conto... Ru/Ruanito : obrigado por me acompanhar desde o inicio... King.biel: obrigado... : obrigago por acompanhar... Celio.F: amo teus comentários, obrigado pelo carinho e atenção... (Al): obrigado por ler... e aos demais que não mencionei, só tenho a agradecer... bjs e até o próximo....