Darkness Of Love - Chapter 5: Wings (Part I)
Eu achei que precisava de coisas novas pra me esquecer das velhas, mas as coisas novas só me confundiram mais, tanta confusão em uma mente só, era estranho porque eu sempre me achei tão fraco, e de repente eu me sentia forte, completo e seguro.
Segunda, caminhava pelo corredor da escola cortando as pessoas apressadas, segui ao meu armário. E lá estava ele, Eric estava lindo, regata, calça jeans, um tênis da Nike e concentrado em ler um papel, me aproximei dele.
-E aí folgado?. Falei de frente pra ele, ele olhou pra mim e sorriu.
-Você sumiu esse fim de semana. Ele comentou.
-Eu te mandei umas três mensagens, mas você não respondeu, não mandei mais porque me sentiria chato fazendo isso.
-Eu não recebi nenhuma mensagem sua.
-Se você não recebeu mensagem minha porque não me mandou? Você sempre manda.
-Pensei que você queria ficar só com seus pensamentos.
-E o que faz você pensar isso?
-Nada, você já viu as aulas extras. Ele me entregou o papel que ele estava lendo.
-Não, o que tem de bom aí pra fazer?. Comecei a ler o papel e as atividades eram várias e entre todas a que eu me interessei foi dança. -Dança é interessante. Devolvi o papel a ele.
-Sério? Você dança bem?. Ele perguntou encostando-se ao armário.
-Bem eu não sei, mas eu danço.
-Tipo o que?
-Ah, dança contemporânea.
-Legal, mas eu não vou fazer nada daí. Ele apontou para lista.-Eu sou do time de futebol americano da escola e minhas tardes, são reservadas para o treino.
-Hmmm quero ver você jogar. Eu disse atencioso.
-Mês que vem tem jogo, você pode vir me ver jogar, sim eu irei, e meu melhor amigo vai voltar de viagem?, Quando ele falou isso eu senti aquele friozinho estranho que nós nomeamos de ciúmes, mas porque eu estava sentindo eu não sabia, ou talvez soubesse e não queria admitir.
-Você nunca me falou dele.
-Ah é o David, nós crescemos juntos, amigos desde crianças.
-Entendi. Falei sem muita expectativa.
-Não precisa esquentar, eu não vou te abandonar. Ele riu, foi como se ele sentisse o que pensei.
-Eu não disse nada. Falei tentando parecer verdadeiro.
-Mas você exalou desapontamento.
-Que nada.
-È sim. Eu ouvi... Esquece.
-Ouvi o que?
-Nada, deixa pra lá.
-Ok. Fui ao meu armário e peguei meus livros, e seguimos pelo corredor, fomos para a aula de história americana, depois para o laboratório, para a biblioteca e aula de literatura, e por fim intervalo fomos para o refeitório, e fomos para a fila, pegamos nossas bandejas, e as cozinheira iam colocando os alimentos, o melhor é que nas escolas americanas servem o que eu mas amo, hambúrguer e batata frita com queijo, e de sobremesa uma gelatina, tudo bem a gelatina eu acho sem graça, fomos seguindo para uma mesa vazia onde costumávamos sentar. Por mais que Eric fosse parte do time da escola ele se sentava comigo na hora do almoço, ele dizia que não gostava de ficar com eles. Ele havia entrado pro time a dois meses, segundo ele antes ele era um nerd e invisível, mas ele fez um teste para o time e passou, seu melhor amigo também havia feito, mas ficou como reserva, já Eric ficou como co-capitão do time, e ele dizia ser bom, mas eu não podia dizer porque nunca o vi jogando. Estávamos nos aproximando quando Jake passou do meu lado e me deu uma ombrada e eu caí no chão e juntamente meu almoço, minha cabeça bateu forte e eu vi tudo girar, eu ouvi algumas risadas, mas eu estava muito tonto, ouvi um som de um baque como um soco, me levantei e olhei pra frente e Jake estava jogado em cima de uma mesa. Eric o pegou pela gola da camisa e o levantou como se lê fosse a coisa mais leve do mundo e o socou no rosto, jogou Jake no chão.
-Vai mexer com ele de novo otário?. Ele falou furioso, quando minha visão voltou a ser cem por cento eu olhei pra ele, e ele estava ofegante e a veia de seu pescoço estava saltada e seus punhos fechados com força e seus olhos com o tom dourado novamente, todos no refeitório estavam gritando e torcendo pra ver quem ganharia, mas Jake estava no chão encarando Eric com assustado.
-Eric!!!. Eu o gritei, ele voltou a atenção pra mim, e foi ao meu encontro e me ajudou a levantar, eu o puxei pela mão e oi levei até o corredor, e entrei numa sala vazia. Segurei o rosto dele com as duas mãos e olhei bem dentro dos olhos dele.
-O que foi? Ele perguntou.
-Seus olhos. Eu disse surpreso.-O que e porque isso acontece quando você fica nervoso?. Deslizei a mão pelo seu pescoço dele calmamente e as veias saltadas diminuíram e os olhos se apagaram do dourado incandescente.
-Nada. Ele falou virando o rosto e encarando um ponto no chão.
-Isso está me assustando. Eu falei olhando pra ele, e tirei s mão de seu rosto e pescoço.
-Não precisa se preocupar, cuide da sua vida. Ele saiu da sala.
Queria que alguém me explicasse o significado de coração despedaçado. O segundo tempo foi entediante, mais uma vez Eric havia ido embora e eu fiquei só, por onde eu passava as pessoas comentavam, mas não sabia bem o que. Faltava dez minutos para a última aula acabar, eu estava cansado, nas escolas americanas, quem muda de sala é você, e tem gente diferente em todas as aulas, e a única pessoa que eu falava era Eric, então com a ausência dele eu ficava calado, e naquele dia eu estava sendo comido com os olhos por todos, e alvo de comentários, então abaixei a cabeça na mesa e me concentrei no que havia acontecido. Senti alguém sentar ao meu lado.
-Oi sou Luna. Ouvi uma voz feminina e levantei a cabeça e a olhei, era uma garota com cabelos compridos e loiros, pele branca e olhos azuis como o céu, ela era magra e carregava uma expressão que parecia doçura com curiosidade, trajava um suéter vermelho e uma saia verde musgo e botas marrons de couro curtas e um par de meias listradas cinza e preto, sem dúvidas excêntrico .
-Oi sou Diego. Falei sem muito entusiasmo.
-Posso ser sua amiga?. Aquilo era tão jardim de infância.
-Claro. Me endireitei na cadeira parecendo estar interessado.
-Sinto muito que aconteceu na hora do intervalo, Jake é sempre muito encrenqueiro, uma vez ele pendurou minha mochila no mastro da bandeira.
-Ele é um idiota.
-Talvez ele seja um clichê de garota mal incompreendido que faz mal pros outros pra se sentir melhor.
-Ou ele precise de uma surra.
-Bom se for isso ele tomará jeito. Ela colocou uma mecha do meu cabelo atrás da orelha. M dia no intervalo eu e Eric analisávamos as pessoas da escola e ele me contou sobre as pessoas que mais eram excêntricas ou se destacavam, Eric dizia que ela era estranha, e meio biruta, e que as mulheres religiosas da cidade acusavam ela e a mãe de bruxaria, mas eu acreditava que ele fosse apenas diferente.
-Espero que sim. Sorri pra ela.
-Eric é legal, a mãe dele e minha mãe são muito amigas, talvez pelas duas terem perdido os maridos, é talvez seja isso. Ela disse pensativa, eu não sabia bem o porque de toda aquela informação.
-Ele até agora era meu único amigo aqui.
-Mas eu seus primos?
-Eles tem suas panelinhas. O sinal tocou, arrumamos o material e Luna me acompanhou até meu armário, guardei minhas coisas e fui até o dela com ela.
-Luna, eu posso te fazer um pergunta?. Perguntei.
-Claro. Ela disse tirando um livro que se chamava o guia da meia noite, ignorei o livro.
-Tá afim de um passeio de em sei lá, qualquer lugar.
-Pode ser. Saímos e fui até o carro onde Jason e Brittany me esperavam.
-Não vou com vocês, vou sair com uma amiga. Falei me aproximando da janela.
-Amiga ou vai para a casa do Eric?. Perguntou Brittany.
-Vou sair com Luna Denali. Falei seco.
-Agora se relaciona com a garota bizarra?
-Você devia cuidar mais da sua vida. Falei áspero e saí de perto do carro.
-Vamos?. Luna falou me dando o braço.
-Pra onde?. Perguntei sendo puxado para trás da escola.
-Um, lugar especial. Nos paramos em frente a floresta densa que havia na parte de trás da escola.
-Eu não posso entrar aí, e os ataques?
-Acredite, os ataques só ocorrem a noite, e são 15:00 da tarde, pode confiar em mim.
-Tem certeza?. Perguntei duvidoso.
-Palavra de Wicca.
-Então tudo bem.
Nós entramos na floresta, a cada passo a floresta e seus pinheiros eram mais densos, olhei pra trás e não vi mais a escola somente árvores.
-Luna pra onde você está me levando. Perguntei sendo puxado pelo braço.
-Para o paraíso, mas é um pouquinho longe, então relaxa e confia.
Nós íamos andando em silencio e os únicos barulhos eram os dos galhos sendo quebrados debaixo dos nossos pés, cada passo s raízes da arvores eram mais grossas e fincadas no solo. Fomos entrando em uma clareira chegando perto de uma casa estranha e velha, muito velha.
-Que lugar é esse?. Perguntei.
-Eu nunca vi essa casa antes. Ela falou surpresa.
-Você se perdeu?Continua na parte dois.