Todos nós passamos por problemas, enfrentamos dificuldades e barreiras, e não há como ser chamado de vencedor sem enfrentar essas dificuldades, não há vitória sem luta, eu lutei pelo meu amor com Isaac e era a hora da minha recompensa.
Caminhei em direção ao ponto de ônibus, estava frio, as ruas aos poucos ia ficando vazias, eu estava muito sujo, me sentia mal, pois queria muito tomar um banho, sentia muita fome, pois não me alimentava desde aquele café da manhã na cadeia, a minha roupa que era branca estava marrom, aquele uniforme que era de enfermeiro estava parecendo mais de mecânico. Peguei o ônibus para o distrito onde Isaac morava, cada segundo demorava como um século. Cerca de meia hora depois desci do ônibus e caminherei por algumas ruas até à casa de Isaac que não era muito longe, não havia mais ninguém nas ruas deveria ser quase 11 da noite. Na porta da casa tinha dois carros estacionados, e era possível ouvir algumas vozes.
Respirei fundo e toquei o interfone, quem me atendeu foi a mãe de Isaac
- Quem é? - perguntou com uma voz abatida
- Dona Alicia sou eu o Tom, por favor peça para que Isaac saia aqui na rua
- Não tenho tempo para graçinhas, que brincadeira de mal gosto o Tom está morto - disse ela com uma voz chorosa
- Não eu fugi da cadeia antes do incêndio, cenha até aqui e comprove.
Ela desligou, achei que não fosse vir, certamente achou que fosse uma brincadeira de mal gosto, até que ouço alguém abri o portão, Alicia saiu e me olhou com uma feição de espanto.
- Tom é você mesmo? - ela perguntou desacreditada
- Sim Alicia eu lhe disse que estava vivo
Ela correu e me deu um forte abraço
- Me perdoe por duvidar, mas é que aqui todos acham que você está morto, achei que fosse uma brincadeira, Isaac está mal não queria incomoda-lô, mas agora ele precisa te ver urgentemente
- Eu entendo Alicia, vamos eu preciso ver o meu amor e dizer que esse pesadelo chegou ao fim.
Alicia me puxou pelo braço e foi me levando para dentro de sua casa, Arthur, Hugo, Padma, a vovó e o pai de Isaac estavam sentados no jardim e todos olharam espantados ao me ver
- Não pode ser - disse a minha avó abrindo um largo sorriso
- Tom! - gritou Padma correndo em direção à mim, senti seu forte abraço e ouvi o barulho de seu choro
- Não acredito, você está vivo, esse é o maior presente que os deuses poderiam me dar, estou sem palavras primo, a gente sofreu bastante - ele disse em meio a lágrimas
- Padma me desculpe por não ter avisado antes, eu fugi da cadeia antes do incêndio, e fiquei sabendo dele a pouco tempo, não queria trazer sofrimento à vocês
- Sem problemas o importante é você estar vivo
- Primo, felizmente você está vivo, eu fico muito feliz mesmo - disse Hugo me abraçando
- Obrigado por se preocupar Hugo, te adoro primo
- Eu voltei da viagem o mais rápido possível, Padma nos avisou da prisão, como isso tudo pode acontecer? talvez eu não devesse ter viajado e então nada disso teria acontecido
- Você não tem culpa de nada Hugo e sim o meu pai, e se eu não tivesse ido preso nada disso teria acontecido e nunca teria um impulso para viver com Isaac, isso só me ajudou a criar coragem e agora é hora para ser feliz com Isaac
- Amigo fico muito feliz por você estar vivo, aquele aperto no meu coração se foi, agora é vida nova, te desejo muitas felicidade com Isaac
- Obrigado Arthur, você é muito importante na minha vida, você é um irmão.
- Tom fico feliz por você estar bem, seja feliz ao lado de meu filho - disse o pai de Isaac
- Obrigado senhor, eu vou sempre amar o seu filho e vou fazer de tudo o possível para faze-lô feliz
- Que assim seja! - ele disse
- E você vovó não vai me dar um abraço?
Vovó se levantou e veio até à mim, senti seu forte abraço
- Meu garotinho no fundo eu sabia que você estava vivo, eu não me desesperei, o tempo sempre faz a justiça
- Minha guerreira muito obrigado pelo seu apoio sem a senhora eu teria desistido de tudo, a senhora me deu uma oportunidade para continuar, obrigado mesmo vovó, agora vou tentar ser feliz, ta vendo vovó você me fez chorar - eu disse sorrindo enquanto limpava as lágrimas que rolavam sem pudor
- Você vai ser muito feliz meu garoto, e só chore se for por alegria, agora vai no Isaac porque ele é quem mais precisa de seu abraço.
- Isso Tom vai no Isaac - disse Alicia
- Você me acompanha?
- Não esse momento é de vocês, a noite é de vocês, ainda teremos muito tempo para conversarmos
- Então tudo bem vou ficar com Isaac, mas amanhã quero ficar junto de todos vocês, obrigado pelo apoio, eu amo muito vocês.
Subi as escadas deixando todos ali no jardim, queria ficar ao lado de todos ao mesmo tempo, ao menos havia deixado todo ali no jardim contentes, Isaac era quem precisava de mim naquele momento assim como eu precisava dele, limpei as minhas lágrimas para dar espaço às novas que chegariam, a porta do quarto estava entreaberta, a janela estava aberta e a luz da lua invadia o quarto, Isaac estava deitado na cama e chorava bastante, acendi a luz e Isaac rapidamente levantou a cabeça e me olhou assustado
- Tom?? é você ou é eu que estou vendo coisas? - ele perguntou enquanto se levantava e me olhava como se estivesse me avaliando
- Sou eu Isaac, não morri meu amor, estou aqui e vou ficar com você para sempre
- Tom, não acredito, você está vivo, eu sou o cara mais feliz desse mundo - ele dizia enquanto tocava em mim, me apalpava, como se quisesse me sentir
- Esse pesadelo chegou ao fim meu amor - disse puxando ele para um forte abraço
- Eu te amo tanto, eu daria a minha vida por você, quando soube do incêndio eu queria muito ter ido preso em seu lugar, que bom que a vida te trouxe de volta para mim, eu não conseguiria imaginar a minha vida sem você, mas como você saiu da cadeia?
- Isso é uma longa história, sem querer parecer ser chato, eu preciso de um banho
- Só vai se me der um beijo
- Com todo prazer
Meus lábios se encostaram aos dele, senti hálito refrescante, era um beijo forte e intenso, cheio de desejo e ternura. Depois daquele beijo fui para tomar um banho, Isaac quis me acompanhar.
Ficamos um tempo trocando beijos em baixo do chuveiro, depois ensaboamos um ao outro, Isaac era tudo o que precisava, estando ao lado dele eu nem me lembrava do que havia acontecido.
Depois do banho, pedi Isaac para preparar os nossos tradicionais sanduíches que eu não comia a tanto tempo hehe.
E como disse Alicia, aquela noite era minha e de Isaac e o que nos faltava para que tudo ficasse perfeito era sentirmos um ao outro na cama.
Isaac trancou a porta do quarto e se deitou sobre mim, arrancamos nossas roupas, nossa excitação era visível, Isaac apagou as luzes, e se deitou sobre mim novamente, nos beijamos e depois ele começou com beijos em pescoço e foi descendo até chegar ao meu pau, Isaac chupava com muita vontade, seus movimentos eram intensos, seu jeito único de chupar me levava ao delírio, ele variava nos movimentos, e depois de chupar por um longo tempo, eu fui retribuir aquela chupada, punhetei aquele mastro por algum tempo e depois abocanhei aquele mastro com muita vontade, eu precisava muito sentir o gosto daquele pau em minha boca, fiz diversos movimentos e Isaac gemia de prazer, depois de chupar o pau de Isaac, me deitei ao lado dele, penetrei meu pau na entrada de seu cu, e fui forçando, ele soltou um leve gemido de dor, mas logo seus gemidos de dor viraram gemidos de prazer, eu fodia Isaac de lado, eu estava com muito tesão acumulado até que meus movimentos foram ficando mais intensos e gozei dentro de Isaac.
Depois que fodi Isaac, era a vez dele se sentir dentro de mim.
- Tom hoje te deixo no comando, faça o que quiser, cavalgue no papai
Então me sentei no pai de Isaac, fiz uma cara de dor enquanto sentia sua vara entrar em mim, mas vendo aquela cara de safado dele, fui me animando, logo eu cavalgava a toda velocidade, ele sorria de alegria e o barulho de suas bolas batendo em minha bunda era intenso.
- Ah eu te amo de mais cara - ele dizia entre um gemido e outro
- Também te amo Isaac, te amo mais que tudo
Senti seu pau pulsar dentro de mim e seus jatos de porra quentes escorrerem pela minha bunda, nos beijamos e fomos para um banho, após sairmos do banho Isaac me emprestou mais uma roupa, nos vestimos e nos deitamos um ao lado do outro.
- A minha vida só fez sentido depois que conheci Isaac
- A minha também Tom, não me imagino sem você cara - disse puxando a minha mão e em seguida dando lhe um beijo nela
- Nunca pensei poderia amar alguém tanto assim, sempre fui um cara egoísta que não ligava para sentimentos, o importante era ficar e foder, mas você mudou a minha forma de ver as coisas, eu nunca havia amado alguém assim, e juro que quando me apaixonei achava tudo isso era impossível, achei que você não sentisse o mesmo e que aquilo fosse passar, eu não entendia nada de amor, mas hoje vejo que esse sentimento bonito mudou a forma minha de ver a vida e me ensinou a dar valor nas coisas simples e nas pessoas que me amam
- Eu também não conhecia muito o amor, eu nunca amei a Laila, só me sentia bem com ela, mas depois que me apaixonei por você tentei reprimir esse sentimento, foi inútil, você deu um novo sentido na minha vida, você me ensinou o que é amor
- Quero que noites como essas se repitam sempre, quero envelhecer ao seu lado
- Eu também meu amor, e vamos viver para sempre juntinhos, amor se lembra que você prometeu que almoçaria em minha casa?
- Sim me lembro
- Então hoje você paga a dívida, vamos almoçar todos em família para comemorar o nosso amor...
Passamos quase toda a noite conversando, contei a ele da minha fuga, falamos de muitas coisas e fizemos planos para o nosso futuro.
Dormos abraçados com sorrisos explícitos em nossos rostos.
Acordei com a luz do sol iluminando o quarto de Isaac, me levantei enquanto ele dormia como um anjo.
Desci até à cozinha, bebi um soco e sai para dar uma volta, mesmo sendo arriscado eu sentia que precisava sair.
Sai da casa silenciosamento, caminhei pela rua, passei de frente à minha antiga casa, todos pareciam ainda dormir, caminhei naquela manhã até à uma praça, eu precisava caminhar um pouco e aquele leve sol da manhã estava perfeito.
Fiquei vendo algumas crianças brincarem, velhinhos caminharem e ouvi passarinhos cantarem, decidi voltar para casa cerca de meia hora depois, já tinha matado um pouco da saudade de me sentir livre.
Caminhei de volta pra casa, tive uma surpresa inesperada na esquina da rua encontrei a minha "mãe", fiquei parado encarando ela, até que ela disse:
- Tom... eu fico feliz por você estar bem - ela disse meio sem graça
- Ah que legal, sério me surpreende você dizer isso, achei que não se importava com isso - respondi irritado
- Eu te amo meu filho, mas eu não sou ninguém para desafiar seu pai
- Ele não é meu pai
- Tom ele se arrependeu, depois que achou que você morreu, se arrependeu de tudo, ele disse que deveria ter dado valor a você
- Eu não morri, ele não precisa ter remorso por isso, so precisa ter remorso por ter destruído a minha vida, me botar na cadeia e me expulsar de casa, mas de certa forma eu agradeço, porque sem isso nunca teria tido coragem para enfrentar tudo, os meus medos se foram, agora serei feliz com Isaac
- Tom seu pai está doente, ele se arrependeu e quer o seu perdão, você precisa ter compaixão
- Porque ele não teve comigo? ele merece sofrer como eu sofri
- Não se paga mal com o mal, perdoe ele, só assim ele vai se sentir melhor
- Se esse é o problema, então perdoo ele, ta feliz agora? ele vai pagar por tudo no inferno
- Não diga isso, espero que perdoe ele de coração, agora seremos uma família - ela me abraçou e em seguida se distanciou
- Que palhaçada, como assim? eu perdoo vocês, mas isso não significa que quero voltar a conviver com vocês, não tenho desejo de estar ao lado de vocês, existem pessoas com quem eu me identifico mais, pessoas que me amam do jeito que sou e me apoiam, é com essas pessoas que quero ter contato, eu perdoo vocês fiquem tranqüilos, não lhes desejo mal, vou viver com Isaac e espero não ter mais problemas com vocês, agora eu preciso ir, adeus! - eu disse e em seguida caminei em direção à casa de Isaac.
- Tom não se preocupe com a justiça, seu pai já esclareceu tudo na delegacia - ela gritou enquanto eu me distanciava
Eu tinha perdoado eles de verdade, quem sou eu para odiar alguém? afinal eu também erro, querendo ou não eles são meus pais, e me ensinaram a perdoar, eles me amaram do jeito deles, mas me amaram, sou grato pelo que me fizeram, e no mínimo que tinha que fazer seria perdoalos, agora estava com a cabeça tranqüila, não sei o que ele fez, mas minha mãe disse ele tinha resolvido tudo com a justiça, eu tinha retirado um peso da consciência.
Ao entrar pelo portão, Isaac correu até à mim e me abraçou forte.
- Tom aonde você foi? perguntou desesperado
- Fui dar uma volta - respondi
- Você não deveria ter saído, é perigoso, seu pai mora bem ao lado e você pode ser preso.
- Me perdoa Isaac é que...
Então contei a ele o encontro com minha mãe, ele ficou super feliz com a notícia, agora sem problemas com a lei poderíamos viver sem nos esconder.
Chegou a hora do almoço, uma grande mesa cheia de comida estava posta no jardim, a mesa estava enfeitada, e junto à aquele lindo jardim cheio de flores coloridas e passarinhos nas árvores ficava explêndido, a beleza se formava com harmonia, o sol brilhava como um diamante, as nuvens brancas em meio ao céu azul, formavam sorrisos.
Todos estavam sentados à mesa, Eu, Isaac, Padma e seu namorado, os pais de Isaac, Arthur, Hugo, e vovô e vóvó.
Todos almoçamos juntos, contando histórias e conversando sobre assuntos bobos, todos sempre sorrindo.
- Eu e Isaac conversamos bastante nessa noite e temos uma coisa a dizer - Disse me levantando da mesa, Isaac se levantou junto comigo
- Então diga - falou Arthur
- Tom e eu vamos viver na Inglaterra, lá vamos estudar e trabalhar tranqüilos, lá é mais fácil de se viver, já vou comprar as nossas passagens amanhã, mamãe vocês ainda tem aquela casa dos meus avós em Londres não é? - disse Isaac
- Sim temos, ah que pena que meu bebê vai para longe de mim - disse Alicia
- Tudo bem Alicia, eles vão ser felizes, desejo tudo de bom a vocês, e saibam que as portas de nossa casa sempre estarão abertas para vocês - disse o pai de Isaac
- Que bom, desejamos tudo de bom a vocês e também tenho algo a dizer - disse Hugo se levantando da mesa
- Então diz - eu falei
- Arthur e eu vamos morar no Brasil - disse Hugo puxando Arthur para um abraço
- Então também vou dizer que vou me casar com Albert - disse Padma
- Que legal Padma - eu disse
- Tom meu netinho espero que ne esqueça da sua velhinha aqui, te amo meu netinho, seja muito feliz
- Não vou te esquecer nunca vovó, também te amo... e você vovô não tem nada a dizer?
Vovô ficou um tempo parado pensando e finalmente disse algo:
- Um brinde ao amor! - ele disse levantando sua taça
Todos nós levantamos nossas taças, cada um com a bebida de seu agrado e brindamos ao amor, à saúde e à felicidade.
Os pais de Isaac conversaram sério com os pais de Laila sobre o que ela fez e ela foi mandada para um dos colégios internos mais rígidos do mundo na Coréia Do Norte.
Fiquei super feliz ao saber que Jayme não morreu, apenas ficou ferido, visitei ele em um hospital e agradeci por tudo, eu quis pagar um advogado para tirar ele da cadeia, mas ele não aceitou e desejou felicidades para mim.
O Meu "pai" continua com hipertensão crônica, nunca o procurei, mas sempre quando falo com Padma ela diz que ele está muito diferente de antes, aprendeu amar as coisas sem ter que perdê-las antes.
Padma se casou com Albert e ficou grávida, Arthur e Hugo realmente foram feitos um para o outro, foram para o Brasil e estão se dando bem, eles tem bons empregos e às vezes nos visitam aqui na Inglaterra.
Isaac e eu continuamos mais apaixonados a cada dia, entramos em uma universidade e fazemos estágio, já temos uma boa condição financeira e o nosso próprio apartamento, não deixamos de enfrentar problemas, preconceitos, mas apesar de tudo nunca deixamos que as dificuldades nos vençam, mesmo com problemas não nos deixamos de ser unidos e nos amar, eu sempre vou ama-lô, ele me ensinou o que é amor.
É com amor que todo se resolve, somos muito felizes juntos, a gente se completa, com qualidades e defeitos a gente se ama.
Esse é o segredo, nunca perder a fé, nunca deixar de amar, independente da barreira, busque sempre estar unido ao seu amor, não perca a fé no amor, mesmo quando a noite parecer escura não desista porque logo o sol vai se abrir, não desista de seus sonhos.
Se você cair você precisa levantar e tentar de novo.
FIM.
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Ufa terminei, espero ter correspondido às expectativas de cada um, esse conto foi um desafio para mim, eu fiz o meu melhor e espero mesmo que tenham gostado, cada capítulo foi um desafio e um aprendizado, realmente esse último capítulo foi um dos mais difíceis, espero ter agradado a vocês.
Me perdoem pelos erros, digitei tudo pelo celular.
Obrigado é pouco, mas não há palavras que expressam o meu agradecimento por vocês, eu queria poder citar o nome de cada um, mas não quero cometer a gafe de esquecer ninguém, agradeço a cada voto, leitura e comentário, sem vocês seria impossível terminar esse conto.
Sem vocês eu não seria capaz de nada, então muito obrigado mesmo.
Deixem seus comentários gerais sobre o conto, comentem e votem por favor.
Meu celular está com a memória cheia por isso estou sem skype.
Deixem seus emails que vos adicionarei no msn :D
Agradeço mesmo a vocês que me acompanharam até aqui.
E vocês querem que eu continue escrevendo? espero que sim rs
Em brevo trago novidades ((: