Hoje quero deixar um abraço para o “tzinho” e “por do sol”, meus novos amigos.
Depois de ouvir aquela conversa do Renato com aquela garota fui tirar satisfações com ele, entrei na cozinha e perguntei:
Ariel: Quem era aquela garota que saiu daqui Renato?
Renato: Ariel? Pensei que tava dormindo ainda! – falou assustado.
Ariel: Não foge do assunto. O que vocês iriam fazer quando eu não estivasse em casa.
Renato: Nada cara. – com cara de nervoso.
Ariel: Pensei que confiava em mim, cara. – falei saindo dali, pois estava muito magoado com ele.
Fui até o quarto me vesti e fui tomar café na padaria. Chamei a Natalie para ir comigo, pois eu não a via há algum tempo. Cheguei lá e ela estava com um garoto, perguntei:
Ariel: Bom dia Natalie, tudo bem? – falei a cumprimentando com um beijo de amigo.
Natalie: Bom dia Ariel! Olha esse é meu namorado, o Juliano. – falou apontando para ele que logo estendeu a mão para me cumprimentar.
Juliano: prazer em conhece- lo.
Ariel: O prazer é meu! – falei apertando sua mão.
Dali para frente nós três conversamos bastante, fiquei amigo do Juliano e contei a Natalie do meu novo trabalho e disse que era muito bom a ver ela namorando.
Saí dali e fui para faculdade, lá encontrei o Renato, mas não quis conversar com ele.
No meio da aula o professor pede para que eu, por ser um aluno muito aplicado e de boas notas, ajudasse um cara da sala que estava se ferrando, pois o garoto era seu sobrinho e pelo jeito iria reprovar e se isso acontecesse iria levar um bom castigo do pai e ele por ser tio estava com pena do garoto naquela situação, então pediu para que eu o ensinasse o básico para que não reprovasse, eu aceitei de boa. Ele disse que iria falar para o cara me encontrar na biblioteca da cidade e lá estudaríamos, a principio não achei o local adequado, mas topei, além disso se o garoto passasse eu ganharia uma recompensa. Então não tinha como negar.
Após a aula vi que o Renato tentou vir falar comigo, mas eu resolvi que iria deixá- lo de castigo por esconder as coisas de mim.
Fui para a biblioteca às quatro da tarde e lá fiquei esperando o garoto por meia hora. Quando já estava indo embora ele aparece. Veio até mim e falou:
Garoto: Me desculpa pelo atraso cara, mas consegui chegar antes de você ir embora. Meu nome é Roberto, prazer! – falou me cumprimentando. E eu já pensei que aquele garoto devia ser muito folgado, pois chegou atrasado e levou na normalidade.
Para quem quiser saber como o Roberto é, digitem no Google imagens Alex Gonzáles, ele é bem parecido com esse cara.
Dei a tal aula para o garoto e percebi que ele tinha mesmo bastante dificuldade, mas que com o tempo ele aprenderia e conseguiria passar de ano, e o melhor nisso tudo seria minha recompensa claro!
Voltei para casa depois da aula e não encontrei o Renato pela sala quando entrei, procurei pela cozinha, mas não achei. Fui até o quarto e ao abrir encontrei o chão cheio de pétalas de rosas vermelhas e o quarto iluminado a luz de velas com uma mesa ao meio preparado para o jantar, e lá estava ele de terno e gravata, todo chique falou:
Renato: Este é o nosso jantar romântico Ariel!
Ariel: Não acredito nisso!
Renato: A garota que você viu era de uma loja de decoração e ela preparou tudo para nós dois.
Ariel: Nossa, mas você de terno e eu com roupa normal.
Renato: O que importa é que você está aqui, vem vamos jantar!
Fomos para a mesa e comemos uma deliciosa comida que ele não quis me contar se ele tinha feito ou não. Mas o problema é que no meio do jantar ele se levantou veio até mim, se ajoelhou e começou a se declarar lendo o seguinte:
Renato: Decerto, o sentimento abrasador que move o coração humano arde de uma forma diferente em meu ser.
Sim, pois o que entendo por amor não é um sentimento que tem por função preencher uma lacuna não preenchida por um sentido.
Preencher uma lacuna... não o amor que entendo. O amor tem por função demonstrar que o outro possui um coração e um sentido diferente desse meu sentido,
E que os dois corações precisam um do outro de uma forma desprovida de egoísmo...
De certa forma, posso captar no olhar dela o sentido de seu amor, e em suas palavras a vontade que arde loucamente em seu jovem coração.
Mas, decerto, o sentido que ela busca tem para sua alma uma significância não completamente compreendia; existe para todos um hiato entre o desejo brutal e a verdadeira essência do sentido subjetivo.
Mas é claro que essa de quem falo tem seu próprio método de interpretação de si, e não cabe a mim interpretá-la de meu modo.
Porém, o que vejo naqueles olhos desperta em mim uma ponta de sentido; sentido este, significante para mim.
Mas, de qualquer forma, gosto de olhar naqueles olhos,
E só não os tenho, porque ainda não mostrei o que existe além de meus olhos e de minhas palavras.
Mas hoje de manhã contemplei o horizonte... e não vi nada além de meus olhos voltados para o sentido que, hoje mesmo, habita minha dúvida.
Ele guardou o papel que lia e falou:
Renato: Depois de tudo isso eu te peço Ariel... Quer casar comigo?
Continua...