Quando eu abri a porta era o Lucas.
- Oi. - disse ele.
- Oi, entra. – eu disse desanimado.
Ele entrou e eu sentei no sofá e ele logo ao meu lado.
- Você não foi a escola hoje, o que houve?. – perguntei.
- É que eu acordei atrasado. – disse ele e não parava de me olhar. – me responde uma coisa?
- Pode perguntar. – eu disse.
- Quem era aquele cara que veio contigo? – perguntou
- Ele é o Victor, nosso novo vizinho, e também estuda na nossa sala, eu não tava me sentindo bem e como ele também vinha pra casa ele me ofereceu uma carona.
- Hum, mais eu notei que você não ta bem, o que aconteceu? – Perguntou ele passando os dedos no meu rosto.
- Nada. – eu disse olhando para baixo.
- Olha Gustavo, embora a gente se conheça a pouco tempo eu te conheço e você não ta bem. – ele disse. – me diz o que aconteceu, foi o Bernardo?
- Não te interessa. – eu falei com voz de choro, sei que ele só tava querendo me ajudar, mais algo me bloqueava.
Ele simplesmente deitou minha cabeça nas pernas dele e começou a me fazer um cafuné.
- Não se torne aquela pessoa amarga que eu conheci no inicio do ano, aquele não é você, não tente ser outra pessoa Tavinho. – dizia ele enquanto alisava meus cabelos.
- São esses malditos sentimentos que me fazem assim, eu odeio parecer ser fraco, por isso que não queria me apaixonar. – eu disse chorando.
- Me conta o que aconteceu. – ele disse. Resolvi contar tudo pra ele e quando terminei de falar ele me disse: - Você já ouviu o que ele tem a dizer.
- Não. – respondi.
- Então vocês precisam conversar. – Logo após ele terminar de falar alguém entra na sala.
- Atrapalho? – perguntou o Bernardo.
- Muito. – eu disse.
- Bom, eu já vou indo. – disse o Lucas indo em direção a porta. – pensa no que eu te disse Tavinho. – ele disse isso e saiu.
- O que ele te falou. – perguntou o Bernardo sentando-se ao meu lado.
- Ao contrario ele não tem nada contar ti, mandou eu ouvi o que tu tinha pra falar. – eu falei serio. – e eu acho bom começar logo.
- Amor, eu não ia beijar ela, eu nunca faria isso contigo, ela tava se aproximando de mim, mais eu tava afastando, e quando eu ia levantar você chegou. Quantas vezes eu vou precisar dizer que te amo.
- Foi isso mesmo que aconteceu? – perguntei. Ele assentiu com a cabeça.
- E aquele Victor, me disseram que você veio com ele, e eu... – não deixei ele terminar e o interrompi.
- E você nada, ao contrario da ordinária da prima dele ele não tentou nada comigo.
- Ta, ta ,ta, não vamos mais tocar no assunto. - ele disse isso me beijando, lógico que eu cedi, e tivemos uma ótima reconciliação.
No outro dia na escola tivemos uma noticia de uma festa que teria no sábado na casa de um colega de sala, estavam todos empolgadas, na hora do intervalo eu vi a Barbara conversando co o Paulo, ela me olhava torto, antes de bater o sinal pra acabar o intervalo, eu recebo uma mensagem de um numero desconhecido.
“ Vem aqui atrás da escola, sou eu o Lucas é que eu não to me sentindo bem.”
O estranho é que o Lucas não tinha me dito nada sobre ter trocado de numero, mais não érea hora de fazer nenhum tipo de questionamento, vai que ele tava passando muito mal, decidi então ir quando chego lá não vejo ninguém, começo a chamar pelo seu nome e ninguém aparece até que sou surpreendido por alguém me prensando contra a arvore segurando meus braços, era o Paulo.
- Nossa você é muito idiota mesmo. – disse ele prensando minhas mãos contra a arvore.
- Me solta Paulo.-
- Cala a boca e me escut... – ele mau terminou de falar e alguém acertou um soco nele. Era o Victor.
- Ta louco meu. – disse o Paulo passando o polegar na boca.
- Louco ta é você quem tu pensa que é pra prender os outros a força. – disse Victor o encarando.
- Não te mete onde tu não foi chamado. – disse o Paulo.
- Acho melhor tu sair daqui cara, se não eu não respondo por. – o Victor disse.
- A gente ainda vai conversar direito Gustavo, eu o teu ta guardado otario. – disse o Paulo saindo.
- Tu ta bem? – perguntou o Victor.
- To sim. -eu disse sentado um pouco aliviado.
- O que ele tem contar ti. – ele me perguntou.
- Eu também não sei. – eu falei.
- Vamos, acho que a aula ainda não começou. – disse ele me dando a mão.
Seguimos pra aula, quando chegamos na sala, por sorte o professor ainda não tinha chegado, entramos e o Bernardo me olhou com a cara feia, mais eu nem liguei, as aulas se seguiram normal, até que fomos pra casa, chegando em casa o Bernardo me perguntou o que eu fazia com o Victor, lógico que contei pra ele, ele não falou mais nada, só disse que ia ter uma conversa com o Paulo, ele foi pra casa dele e eu fiquei na minha, e enquanto eu banhava, eu fiquei pensando, o que será que o Paulo e Barbara tanto conversavam, porque será que ela me olhou daquele jeito, terminei meu banho e fui almoçar, a tarde o Bernardo não me deu noticia, logo porque ele voltou a malhar ai só tava em casa quase a noite.
Desde quando eu voltei de viajem, tinha esquecido geral do Junior,rsrs, então como eu tava sem fazer nada, fui até a casa da minha avó buscar, ele, quando eu cheguei lá ele pulou em cima de mim, me labéu, minha avó ficou feliz em me ver, realmente o Junior tava uma bolinha de pelo, tava parecendo uma bolinha de algodão gigante.
Passei um pouco da tarde com minha avó e como já tava escurecendo resolvi ir pra casa, fui de taxi, porque não dava pra ir de ônibus com ele, o homem do taxi ainda me perguntou se ele não ia fazer xixi nos bancos dele, eu disse que não.
Quando chegamos em casa, o Bernardo tava me esperando na sala conversando com minha mãe. Coloquei o Junior no chão e ele correu pras pernas do Bernardo que logo se assustou pelo fato de não terem visto eu entrar, brincamos um pouco com o Junior, minha mãe logo foi pro quarto dormir, o Roberto não tava com ela, ele teve que sair mais tarde do trabalho e não iria dar pra passar aquela noite lá em casa. O Bernardo logo teve que ir porque ele falou que o pai ficava implicando com ele. Nos despedimos com um beijo e ele se foi.
A noite quando eu tava deitado olhei pro Junior que dormia, pensei, eu vou pra escola pela manha, o Bernardo também, com que eu vou deixar o Junior, corri pro quarto da minha mãe e perguntei se ela não poderia deixar o Junior na casa vovó, ela disse que não que ele era responsabilidade minha, fiz tanta manha que acabei convencendo ela.
A semana se passou rápida, e logo chegou o dia da festa, festa essa que eu acho que teria sido melhor eu nem ter ido, mais isso eu conto no próximo conto...
Mais uma parte meus amores, espero que estejam gostando, se não me falem... Um beijo pra todos que lêem... até o Próximo...