Meus interesses musicais maiores sempre foram por MPB e Rock. Poderia até ouvir pagode e axé de vez enquando. Entretanto, para me deslocar até um show, por exemplo, teria que ser uma boa banda de rock ou um bom cantor da música popular brasileira. Funk era um estilo musical que nem entrava em cogitação eu ouvir. Nunca havia gostado ou me interessado. Não gostava mesmo do estilo.
Um dia um grupo de colegas me convidou para ir conhecer um baile funk. Nunca tinha ido a um funk. Disseram que iriam a um muito bom. Seria no subúrbio do Rio e falaram que bombava. Eu disse que, de forma alguma, aceitaria um convite daqueles. Aí eles compreenderam. Disseram que já sabia pois eu faço o estilo certinho e comportadinho demais e que não conseguiam me ver em um ambiente cheio de muvuca e barulho demais. Realmente eu sou assim. Tenho o estilo de quietão, reservado. Realmente eu tenho aquela característica de bom moço, responsável, que acorda cedo para trabalhar e estudar e no dia seguinte eu teria aula bem cedo na faculdade. Resumindo: estava fora de cogitação minha saída naquela noite ainda mais para um baile funk.
Entretanto, naquela época, eu estava começando a namorar uma garota que eu achava muito interessante e que eu tinha demorado um certo tempinho para começar a conquistá-la. Ela disse que queria ir neste baile com a galera. Como o namoro estava bem no comecinho e eu gostava muito dela, não poderia, já de início, proibi-la, porque isso poderia comprometer o início do namoro. Não tinha direito adquirido ainda para dizer a ela que não fosse. Também não queria que ela fosse sem mim porque sei que uma moça sem a companhia de um namorado seria muito azarada num local desses. Fiquei num grande dilema. A solução foi eu ir junto pois não queria perdê-la.
Quando chegamos lá, subiu ao palco um grupo de quatro rapazes que ficaram se insinuando com gestos eróticos no palco. As mulheres ficavam loucas e gritavam a cada gesto deles. Minha namorada começou a dançar e gritar também. Eu fiquei por traz dela numa posição para protegê-la e defendê-la de uma eventual passada de mão ou coisa do tipo que algum engraçadinho quisesse fazer. Eu não dançava. Apenas, às vezes, me embalava no ritmo da minha namorada que estava à frente.
Fiquei observando os rapazes dançando e as garotas enlouquecidas, querendo passar a mão neles. Eles chegavam até próximo às mãos delas que estavam próximo ao palco, fingindo que iria deixar elas tocarem, mas se esquivavam. Faziam gestos com a mão simulando sexo, simulavam sexo deitados no chão como se houvesse uma garota em baixo. No começo, eu achei ridículo aquilo tudo. Depois foi me despertando uma coisa estranha. Era uma sensação muito esquisita começar a sentir tesão por aquela situação. Não conseguia entender direito o motivo do meu tesão pois não estava vendo garota nenhuma no palco, só aqueles garotos. Talvez fosse os gritos delas muito excitadas desejando eles.
Tiveram três momentos em que meu tesão chegou ao máximo: Primeiro: quando eles tiraram a camisa. Segundo: quando puseram a mão por dentro da calça pegando no pinto. Terceiro: quando desabotoaram a calça e deixaram aparecer um pedaço da cueca. O tesão era tanto que eu esqueci da minha namorada. Só ficava olhando para aqueles caras e vendo tudo o que eles faziam. Não era só o que eles faziam, mas o que falavam. Tinha um deles com o microfone e dizia coisas bastante vulgares, mas muito excitantes. Acho que o que estava me excitando mais nem era tanto os gestos, mas o que ele falava e cantava. Ver todas aquelas garotas, inclusive minha namorada, gritando enlouquecidamente com aquela putaria, pude perceber que o que as mulheres gostam é de serem chamadas de piranha, é de dizer para elas que vão colocar elas para mamar, que vão pegar elas por trás. Eles chegaram a perguntar para elas cadê o chifrudo.
Com o meu jeitinho certinho eu nunca poderia esculachar elas do jeito que elas gostam. Posso ser inteligente, gentil, abrir a porta do carro para elas, levar para um jantar romântico e outras coisas mais do tipo. Mas dar a pegada e esculacho que elas gostam eu não posso. Todos esses pensamentos durante aquela noite foram passando pela minha cabeça. Só que estes pensamentos, de forma estranha começaram a ir além disso. Já que eu não conseguia fazer isto com elas, eu merecia ser esculachado por eles também. Achei que aquilo seria somente um pensamento transitório e que terminaria naquela noite. Mas não foi.
Fui para a casa e depois daquele dia não conseguia tirar aqueles pensamentos da cabeça. Eu me lembrava frequentemente deles e de todas as coisas que falavam e gestos que faziam. Demonstravam uma postura de superioridade ao se esquivar das tentativas delas de passar as mãos neles. Só eles é que podiam passar as mãos nelas, por elas de quatro e esculacha-las.
A minha fissura e meu tesão foram aumentando a cada dia. Sempre ficava excitado quando estes pensamentos vinham à minha cabeça. O tesão era tanto que passei a ir a bailes funks só para ver aquelas danças e aquela putaria no palco. Ia só em shows onde tinham aqueles dançarinos dançando e o vocalista falando putaria. A cada vez que ia, mais aumentava meu desejo e minha vontade que eles fizessem tudo aquilo comigo em um show íntimo e exclusivo onde eu seria a piranha que iria no show ficar piradinha com a dança deles e eles me esculachariam com toda a vontade e pressão. Eu sempre ia escondido, sem ninguém saber. Se encontrasse alguém, diria que estava matando uma curiosidade de saber melhor como era o baile funk.
Isto é muito estranho pois não tenho atração por homens, de uma maneira geral. Por isso, não me considero gay. Só tenho o tesão e desejo de ter um cara desses dançando para mim e me fazendo obedecer tudo o que eles mandarem. Continuo sendo macho, como sempre fui mas tenho este desejo, mas só com caras que tem este movimento e gingado do funk e saibam esculachar, falando muita putaria.
Em um dos bailes que fui, teve algo que me levou ao extremo da excitação. Um dos dançarinos perguntou quem é a piranha da plateia que iria fuder com ele depois do show. Aquilo me levou à loucura. Fiquei de pau duro e com taquicardia naquele momento.
Enfim, continuo sendo macho, mas, de uma forma que não sei explicar, continuo querendo ser putinha de um cara assim, mas só de um cara assim. Esta fora de cogitação algum outro tipo, pois, em se tratando de homens, só moleque assim é que me despertam este tesão que estava oculto em mim e que só descobri porque fui a este baile. Meu e-mail é fan_de_funkeiros@hotmail.com