Pessoal, estou gostando muito de escrever esse conto pra vocês! Você comentam, opinam e tudo mais =D continuem assim... P.S.: Eu disse que os personagens são reais, mas a história ocorreu apenas na minha cabeça. Mas, como diz Dumbledore: "Naturalmente está acontecendo dentro da sua cabeça,mas por que é que isto deveria significar que não é verdadeiro?"...
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“Dizem que o tempo muda tudo, mas não é verdade. Fazer as coisas muda algo, não fazer nada deixa as coisas do jeito que estão” – House
Edu me empurrou e entrou em sua casa pisando duro. Nem tentei explicar. Tudo o que eu falasse agora, ele usaria contra mim. Antes de bater a porta atrás de mim, ele se virou e disse:
- Eu juro que eu estava quase acreditando em você... – Após isso ele bateu a porta. Pude escutar ele encostando na porta e chorando. A culpa me assolou mais que o normal. Eu provavelmente havia estragado tudo com Edu.
Comecei a chorar, na rua mesmo. Quando cheguei em casa, minha mãe preocupada comigo perguntou:
- O que aconteceu, filho?
- Nada. Só eu que sou um perfeito idiota mesmo! – Mais uma vez me tranquei no quarto.
Mais tarde nesse dia tentei ligar para Edu infinitas vezes para tentar explicar. Mas ele nunca atendia. Ele só atendeu uma vez e disse: “Nunca mais fale comigo, pra mim, você está morto”. Aquilo surtiu como uma facada.
Eu sabia que era minha culpa, mas mesmo assim. Eu não havia perdido um amor. Havia perdido um amigo, o melhor que alguém pode desejar. A única pessoa que tinha o dom de me alegrar em qualquer ocasião.
Fui tocar teclado pra tentar esquecer. Era incrível como a musica que eu tocava refletia no que eu estava sentindo. Nesse instante as únicas que vinham em minha cabeça eram “Snuff” do Slipknot [http://www.youtube.com/watch?v=fJXEerT4TCk] e “I don’t feel it anymore” do Wiliiam Fitzsimmons [http://www.youtube.com/watch?v=CBD6Mx8bAT4].
O domingo que se seguiu foi terrível. Além de saber que Edu provavelmente estava sofrendo por minha causa, sabia que ele nunca mais iria querer falar comigo. Eu teria que provar pra ele que eu queria ele. Mas como? Todas as vezes que eu chegava perto dele, parece que Biel sempre tinha uma forma de atrapalhar! Mesmo não estando presente...
Tentei falar com Edu de novo mas não consegui. Ele não estava em casa, não atendia telefone, não respondia sms nem nada.
A segunda que se seguiu não foi menos pior que o domingo. Edu estava na escola, mas nem olhou na minha cara. Biel agora estava na minha sala. Seria extremamente ruim ter Edu e Biel na mesma sala que eu, mas ele só falou comigo uma vez. Eu estava na cantina quando ele chegou perto de mim.
- Aconteceu algo, Araujo?
- Aconteceu Biel. Por que diabos você foi voltar quando eu estava tão feliz!? Volta! Pega o primeiro vôo pra Florianópolis de novo! – Estourei com uma simples pergunta. Ele ficou me olhando assustado.
- Foi por você, Araújo... – Não deixei ele continuar de falar.
- Se fosse realmente por mim, você seria homem o suficiente pra ficar aqui depois daquele beijo e daquela carta! Mas nem pra isso você serviu! Você vai pra longe sem nenhuma explicação e depois volta achando que eu ia ficar te esperando!? Se fosse realmente por mim você teria brigado pelo meu amor... Agora talvez seja tarde demais... Covarde... – Falei tudo. Ele deu um suspiro profundo e eu pude ver uma lagrima no seu rosto antes dele ir embora.
Pronto. Edu não queria falar comigo nunca mais e eu havia espantado Biel de mim. Era incrível o dom que eu tinha pra espantar todos que eu gostava de mim. Talvez meu futuro fosse ficar sozinho mesmo.
Fui pra casa entristecido demais para conversar com alguém.
A semana também não foi melhor. Edu ainda insistia em não falar comigo e Biel toda vez que me via, claramente continha um choro e dava um longo suspiro. Será que algum dia eu conseguiria ser feliz por mais de alguns meses, tipo “Felizes para sempre”?
O tempo estava dizendo que não. Durante mais de um mês minha vida ficou exatamente desse jeito. Edu havia se fechado para mim. Todos os dias eu tentava falar com ele, mas ele não aceitava. Já Biel havia se fechado para todos. Vários dos amigos dele estavam comentando que ele estava muito diferente. Só saia de casa pra ir pra escola. Nem a barba ele estava fazendo. Será que eu fiz tanto mal pra ele assim?
Certo dia, a professora de redação pediu para nós escrevermos uma crônica de dever de casa. A minha foi um tema normal “Felicidade acima das coisas”. Mas tive uma surpresa quando eu vi o tema do Edu: “Ingratidão” e do Biel: “Oportunidades perdidas”. A professora, que com certeza sabia da relação de nós três, comentou de como nossas escritas falavam sobre a gente.
Mas então, uma coisa aconteceria que mudaria tudo de novo. Igual foi do ultimo ano.
O festival de Idiomas.