Olá, quero pedir desculpas a todos por ter pareado de postar por um tempo e só ter colocado um aviso ontem. Quero agradecer os comentários de Ru/Ruanito, IceWolf1994 e Tati Jessie. Bem, como viram ontem (ou não) o conto vai mudar um pouco, vocês entenderam com o decorrer dessa história, mas já digo que o Luciano vai ser mais presente, mas o título do conto ainda será com A & R, pois o Renato não vai deixar o conto e nós não vamos não separar, mas em um meio termo eu e ele teremos mudado os nossos sentimentos, se é que me entendem. O título será acompanhado de um subtítulo que será “Dias de um Futuro Esquecido”, pois abrangerá em uns cinco ou seis capítulos aí, um futuro que prometia grandes promessas e sonhos realizados, mas que foram interferidas por puro imprevisto do destino. Vai ao conto!
(...)
Eu estava naquele escritório com Luciano e ao mesmo tempo com a minha boca dentro da dele. Ele me beijava com um carinho e paixão que me fez perceber que ele realmente me amava, mas ao mesmo tempo eu tinha na consciência e no coração um alguém que me impedia de cair definitivamente nos braços daquele homem.
Ariel: Para Luciano! – falei me afastando dele.
Luciano: Desculpa Ariel! Eu não resisti. – falei com um olhar triste e culposo.
Ariel: Eu acho melhor eu ir embora. – falei abrindo a porta.
Luciano: Será que poderemos conversar durante a semana?
Ariel: Vou pensar! Depende do destino. – Mal sabia eu, que depois de falar no destino ele trataria de armar uma surpresa para mimNo dia seguinte eu fui para a faculdade e lá todos vinha me perguntar sobre o Renato, o que me deixava com mais raiva dele por ter me presenteando com mais a satisfação que eu teria que dar sobre o seu sumiço. Eu falava a mesma coisa para todos os curiosos: ‘Eu não sei, não quero saber e tenho raiva de quem sabe!’, ou seja, em outras palavras eu tinha raiva de mim mesmo.
Quando voltei para casa fui direto para o meu quarto para refletir da minha vida e após um tempo eu decidi que iria ligar para o Renato e se precisasse iria implorar para ele para que voltasse para mim.
Liguei, liguei, liguei e sempre caía na caixa postal. Fiquei pensando e cheguei a conclusão que ele tinha mudado de número de celular só para eu não conseguir mais falar com ele. Saí de casa para jantar estressado, tanto que liguei para a Natalie para nos encontrarmos no restaurante, pois eu precisava de alguém para me ouvir, mas ela não estava muito bem de saúde. Numa atitude de pessoa deprimida resolvi ligar para o Luciano que não pensou duas vezes antes de aceitar o encontro, mas eu já fui avisando- o: “Este não vai ser um encontro romântico!” e ele concordou.
Eu estava sentado á mesa quando ele chega e pergunta:
Luciano: Cheguei tarde?
Ariel: Que nada! O bom é que você veio. Senta aí!
Luciano: Eu estava tenso pensando que você tinha ficado muito magoado comigo, mas fico feliz que deu tudo certo.
Ariel: É mesmo! Eu poderia ter ficado muito magoado, mas entendo o seu lado.
Luciano: Que bom!
Naquela noite eu conheci o Luciano de verdade e percebi que ele não era só aquele cara safado que ficava me olhando com malícia, e sim um garotão divertido, compreensivo e companheiro que devo dizer que se eu não estivesse amando o Renato ficaria com ele mesmo que estivesse namorando uma menina.
Ao final de tudo ele pagou o jantar e me levou até em casa. Na frente do prédio ele disse:
Luciano: Obrigado por essa noite maravilhosa Ariel!
Ariel: Foi só um jantar.
Luciano: Para mim uma noite ao seu lado é o paraíso.
Ariel: Tá bom! – falei irônico. – Boa noite então!
Luciano: Boa noite! – e foi embora.
Entrei no AP e encontrei um velho amigo, o Ricardo. Ele conversava com minha mãe que veio me dizer:
Thereza: Filho esse seu amigo disse que está disposto a lhe fazer companhia enquanto o Renato está fora. Tudo bem para você?
Só de pensar em me livrar da minha mãe eu balancei a cabeça com sinal de positivo.
Thereza: Que maravilha! Você já está melhor da depressão e eu poderei voltar para Curitiba.
Ela saiu e foi preparar suas malas para viajar no dia seguinte.
Ricardo: É bom te ver novamente Ariel.
Ariel: Igualmente! – falei seco.
Fui para o meu quarto após o Ricardo ir embora e vi nove chamadas não atendidas da casa do Renato, retornei a ligação e a mãe do Renato atendeu desesperada e chorando.
D. Rosane: Ariel ainda bem que você atendeu... o Renato sofreu um acidente de carro e está internado no hospital aqui de Curitiba. – Era impressionante o quanto ela chorava enquanto falava, e eu depois da noticia só tive forças para falar.
Ariel: Eu vou para aí imediatamente.
Eu não controlava meus movimentos de tão nervoso, parece que o fato dele ter se acidentado tirava- me as forças que eu ainda tinha para viver sem ele ao meu lado.
Liguei para o Luciano e perguntei se ele poderia me levar para Curitiba naquele momento, mesmo sendo quase meia- noite, e ele por ser uma maravilhosa pessoa, topou e disse que não faria mal faltar o emprego um dia e que faria de tudo para estar comigo naquele momento tão difícil.
Quando ele chegou fui correndo com minha mãe para o carro, que em quase duzentos por hora me levou até um hélioporto de Florianópolis onde eu descobri que o Luciano era tão podre de rico que tinha um helicóptero particular que nos levou rapidinho para Curitiba.
Chegamos lá às duas e meia da manhã e eu quando entrei no hospital tratei logo de ir até a UTI onde o Renato estava, mas não me deixaram entrar, só vi o medico saindo e perguntei:
Ariel: Por favor, me deixa o ver Doutor? – falei chorando.
Doutor: Eu não posso!
Ariel: Então me fala o que vai acontecer com ele.
Doutor: Ele sofreu um acidente de carro muito grave e teve traumatismo ucraniano, está em coma e não sabemos quando ele vai acordar. Você deve fazer o mesmo que os pais dele fizeram, ir para casa e aguardar notícias.
Saí dali e fui correndo até a sala de espera do hospital onde encontrei o Luciano me esperando. Abracei- o e falei chorando e desesperado com a situação do Renato:
Ariel: Me ajuda! Me ajuda! Me ajuda a ter forças para suportar. – falei agarrado ao seu corpo.
Luciano: Calma! Eu nunca vou te abandonar! – e beijou minha cabeça seguido de um forte abraço de conforto.
Continua!
"E tanta gente passa pela vida apenas reclamando dela. Não conseguem enxergar as coisas boas que ela possui.
Tudo bem, existem problemas sim, todo dia, toda hora e para todos. Mas será que se a vida fosse toda redondinha não seria meio sem graça ou pelo menos rotineira demais a ponto de se tornar cansativa?
Sei lá, não tenho bola de cristal para saber, não é mesmo?
O que realmente me faz questionar tudo isso é que muitas vezes vejo pessoas supervalorizando fatos que deveriam ser ignorados ou pessoas que não valem um minuto da nossa atenção.
Enfim, hoje estive numa sessão de quimioterapia durante cinco horas. Não era eu que estava me submetendo a ela. Fui acompanhar um amigo, quase irmão e lá pude ver o verdadeiro significado da vida, justamente ali, num lugar onde a vida está tão frágil.
Pessoas temerosas e esperançosas. Pessoas cheias de garra, de força. Idades e histórias variadas. Lindas histórias, porque nem sempre um fato preocupante deixa de envolver uma história bonita. Pessoas simples, todos iguais, embora fosse visível a diferença social entre elas.
Existe um momento na vida em que nos damos conta que definitivamente ninguém é melhor que ninguém. Somos todos, invariavelmente, idênticos. Viemos ao mundo da mesma forma, estamos sujeitos às mesmas situações e deixaremos o mundo da mesma maneira.
Não importa se alguém tem mais dinheiro, se é mais bonito, se é de família mais importante, se tem um cargo invejável ou um carro último tipo. No final das contas, nada disso tem valor. O grande valor da vida é a própria vida.
Alguns, poucos talvez, conseguem entender isso sem precisar passar por um momento difícil, outros nunca ficam sabendo, até porque nunca passam pelo tal momento difícil e ainda outros aprendem com a vida.”