Cheguei em casa com os olhos ardendo, e para o meu azar a primeira pessoa que encontrei foi o meu pai, ele estava descendo as escadas.
- Tom, o que você está fazendo aqui?
- Olha pai, eu vou ser direto... eu fui expulso do colégio
- mais como? o que você fez? Are Baba*(Ôh Deus)
Então contei tudo ao meu pai, o porque da minha expulsão.
- você está ficando louco? não posso permitir que você continue andando com esses delinqüentes, pois vejo que você está se tornando um
- não fale assim dos meus amigos! eles não são delinqüentes, nem eu, eu apenas não vou aceitar mais que a sociedade mande na minha vida! - eu disse gritando enquanto subia as escadas.
- Volte aqui Tom ! eu ainda não terminei de falar - ouvi ele gritando, mas eu ignorei
Tranquei a porta do meu quarto, me joguei na cama e fiquei ali chorando, eu realmente não entendia o que estava acontecendo. Acabei dormindo, algum tempo depois acordei com batidas na porta.
- Quem é? - gritei
- Sou eu Tom, sua prima Padma!
Então me levantei e abri a porta para que ela entrasse
- Tom o que houve? - disse ela me abraçando
- sente-se, vou lhe contar tudo.
Então contei tudo a ela, tudo mesmo, começando do dia em que machuquei a minha perna no treino, ate o momento da expulsão. Contei a ela sobre os meus sentimentos pelo Isaac, eu estava precisando desabafar com alguém, eu confiava muito nela, ela era como uma irmã, talvez fosse mais irmã minha do que as minhas biológicas. Ela me disse que sempre me apoiaria e que eu e Isaac formavam um belo casal. A nossa conversa foi interrompida por batidas na porta, era o meu pai.
- Tom, já que você não vai estudar, ao menos vai ter que me ajudar no mercado, até que eu encontre um novo colégio para você, mas saiba que você não irá virar um vagabundo, prefiro que Ganesha te leve, a eu ter que ver você como um vagabundo pecador
- credo tio, não diga isso!
- não se meta Padma
- Tudo bem pai, eu irei trabalhar no mercado
- Então eu te espero lá
Depois do almoço, Padma e eu seguimos para o mercado, lá ficamos separando alguns pacotes de tecidos.
- Tom, troque as amostras da porta - ordenou meu pai
- ok, Padma me ajude aqui
- Tom pare de usar essas gírias, não quero você com esse vocabulário ocidental - gritou meu pai
- que droga pai, mas o que eu disse? - gritei irritado
- deixa Tom, vamos logo! - disse Padma
Então fomos para a porta da loja, meu pai havia saido, então fiquei falando mal dele
- nossa Padma a cada dia que passa esse velho fica mais chato, que saco! onde já se viu isso? agora ele deu pra ficar implicando com a minha forma de falar.
- Tom... Tom... Tom
- não aguento mais isso, meu pai é muito chato!
- TOM! - Gritou Padma
- Nossa, o que foi Padma?
- Olha só quem está passando.
Então olhei, era o meu lindo, a minha perdição, o meu desejo proibido. Fiquei ali congelado olhando para ele, ele ainda não tinha me visto.
- Tom fecha a boca se não você vai babar nos tecidos
- Nossa Padma, eu estou perdidamente apaixonado por ele, eu realmente o amo, pena que ele é proibido para mim
- que nada, vocês ainda serão muito felizes juntos, ele também te ama, vocês só precisam lutar pelo amor de vocês, precisam estar firme contra tudo e todos que se oporem
- Espero mesmo que sejamos felizes, pena que a minha família são os meus maiores inimigos
- Tom ele está vindo!
Isaac estava vindo, estava com um lindo sorriso em seu rosto.
- Oi Tom - disse ele sorrindo
- hum, vejo que você não teve problemas
- não são tão grandes, mas vou te contar tudo, me encontre na praça às 18 horas ok?
- tudo bem, estarei lá
- não vai se atrasar, viu amor
- hehe pode deixar
Então ele saiu e eu fiquei ali, aproveitando do seu cheiro que ainda exalava no ar.
- viu ele te ama Isaac
- é, eu sei que ele me ama - eu disse fechando os olhos e me lembrando do momento em que estávamos envolta de uma fogueira, em um campo estrelado, fazendo juras de amor.
Depois que vi Isaac e que marcamos um encontro para o início da noite, a tarde demorou passar, cada segundo era uma eternidade.
Cheguei do mercado às 17 horas, corri para o banho e segui para a praça.
Acabei chegando meia hora mais cedo. Fiquei ali sentado em um banco, vendo algumas crianças brincarem. Arthur estava andando de bicicleta pelo parque, ele me viu e veio falar comigo.
- Tom, posso me sentar ao seu lado?
- claro... então como foi a conversa com o seus pais?
- eles só disseram para eu evitar namoros, até terminar os estudos, pois para eles namorar atrapalha o desempenho... e com você como foi?
- o meu pai quase me proibiu de falar com vocês, agora ele me põe para trabalhar e fica em cima, ele corrige até a minha forma de falar, sabe o que ele me disse?...
Então fiquei contando os absurdos do meu pai, eu nem vi o tempo passar, eu até comecei a me emocionar ao contar a minha relação com o meu pai, Arthur me abraçou, eu fiquei vermelho de vergonha, pois todos na praça estavam olhando, então começamos a rir da situação, até que ouço uma voz muito familiar.
- Vim aqui para a gente conversar, mas vejo que você já tem companhia, então boa noite pra vocês - disse Isaac dando de costas
- Isaac me espera, não é nada disso
- olha Tom, quando você estiver menos ocupado a gente conversa beleza? - disse ele ainda se distanciando
Eu fiquei ali sem palavras e com uma expressão de incógnita, e para piorar Arthur pergunta:
- Tom, é impressão minha ou Isaac está com ciúmes?
CONTINUA (...)
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ESPERO QUE TENHAM GOSTADO, ME DESCULPEM PELA DEMORA, MAS É QUE MEU FINAL DE SEMANA FOI MEIO CORRIDO.
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