Oi gente, primeiramente eu queria pedir milhões de desculpas para todos que acompanham meus contos. Eu tive alguns problemas e acabei parando de escrever mas acho que isso vai mudar agora.
Esse conto é continuação do Succubus. Mas é uma nova fase. Muitos de vocês me pediram pra continuar com Succubus e como não teve exatamente uma continuação (na minha vida) eu estou fazendo uma temporada fictícia. Esse é o primeiro conto dessa nova fase e eu espero que vocês gostem!!!!
OS FATOS AQUI NARRADOS (NESSA ETAPA) SÃO FICTÍCIOS.
Se você não leu os contos SUCCUBUS sugiro ler todos antes de ler esse.
Quem quiser me add no msn: brunow_inccubus@hotmail.com ou no skype: brunow.inccubus
Os anos se passaram e minha vida teve uma mudança quase palpável. Eu não era mais o garoto de cabelos vermelhos e que só pensava em sexo. Na verdade desde de o fim de 2006 eu me fechei. Guilherme, Thomas e muitos outros eram só lembranças que eu guardava em meus diários.
Em 2007 eu ingressei na faculdade e bem, tudo o que os garotos estavam descobrindo na faculdade eu já tinha experimentado, então eu me concentrei nos estudos. Durante toda a minha faculdade eu fui um aluno exemplar, notas excelentes e como esperado eu formei no tempo certo.
Vocês devem se perguntar o que eu fiz nessa época, o que aconteceu com Guilherme e os outros. Mas a verdade é que durante todo esse tempo eu me fechei e vivi apenas estudando e trabalhando. Uma coisa era fato, as pessoas engordam na faculdade, e comigo não foi diferente. Eu estava definitivamente diferente. Eu estava fora do meu peso ideal, eu tinha parado de pintar o cabelo e deixado crescer ate os ombros. Eu também aposentei os coturnos e calças rasgadas. Eu tinha crescido e deixado o meu passado pra traz.
Eu tinha feito amigos na faculdade mas nada que se comprasse a amizade que um dia eu tive com PH ou com Thiago, Philipe e Rafael. Mesmo assim eu era feliz. Não tinha um namorado desde que Guilherme deixou a cidade no final de 2006 mas eu estava bem.
O ano agora era 2011. Eu havia acabado de me formar como publicitário e começava a trabalhar como fotografo. Tudo ia como o normal ate que em uma segunda-feira algo inusitado aconteceu. Eu cheguei em casa, eu já morava sozinho em um apartamento no mesmo bairro que eu cresci, e na caixa de correio havia uma correspondência do meu antigo colégio particular.
Era um carta me convidando para participar da organização da festa de ex-alunos. Eu sabia que essa festa acontecia mas eu nunca havia imaginado que o colégio me chamaria para fazer parte do comitê de organização; uma vez que eu nunca ia nessas festas.
Eu joguei a carta com as demais quando entrei no apartamento e fui para o meu quarto. Tomei meu banho, troquei de roupa e comi algo. Eu já não estava pensando naquele convite quando o telefone da minha casa tocou.
Bruno: Alô?
Philipe: Faaaaala Bruninho!!!!
Bruno: Desculpa quem esta falando? (realmente não reconhecendo a voz de Philipe)
Philipe: Para de palhaçada menino! Sou eu Philipe! Lembra?
Bruno: Philipe? Philipe, Philipe? (rindo) E ai Phil como você ta?
Philipe: Eu to ótimo! Eu liguei pro seu numero antigo a sua mãe me falou que você se mudou e tals. To te ligando pra saber se você recebeu o convite da festa do colégio?
Bruno: Sim... (estranhando) eu acabei de receber pra falar a verdade! Você também?
Philipe: Eu? (rindo muito alto) Você sabe que o colégio nunca me chamaria... mas então esse ano eu me voluntariei pra ser diretor do comitê.
Bruno: Hum?!?!
Philipe: E ai que sou eu que decido quem vai fazer parte do comitê. Como eu fiquei sabendo que você formou em comunicação e tal eu pensei porque não te chamar!!!!
Bruno: Você ficou doido? Você não conseguia organizar nem a sua vida vai querer organizar um encontro de colégio agora?
Philipe: Eu posso ir ai? Quem sabe a gente conversar melhor!!!
Eu obviamente aceitei a proposta. Passei o meu endereço para ele e como morávamos muito perto em pouco tempo ele estava na minha porta. Eu abri o portão do prédio e fiquei na porta do apto esperando ele subir.
Quando eu o vi subindo as escadas eu quase não acreditei no que via. Philipe não havia mudado em nada o seu jeito de ser. Sempre elegante, sempre imponente. Mas fisicamente ele havia mudado muito. Ele estava mais alto, beirando 1,90, seu cabelos continuavam escuros como sempre mas agora sem as luzes e caído sobre o rosto numa espécie de franja. Seu peito continuava largo, definido, sempre desenhado pelo tecido que cobria. Sua argola no mamilo havia sido trocada, talvez por uma joia mais discreta. Suas pernas continuavam belíssimas, porem maiores e mais fortes.
Ele me abraçou antes que eu pudesse pensar em falar algo. Ele me tirou do chão e me esmagou em um abraço demorado onde o seu perfume me inebriava e seus braços me envolviam.
Philipe: Como é bom te ver Nuno!!!
Bruno: (rindo desconcertado) É ótimo te ver também!!!
Philipe: Então? Vamos entrar? Ou você esta acompanhado? (rindo com a própria tentativa de piada)
Bruno: Tirando o meu cachorro eu não tenho ninguém no apto! E não você não correria o risco de ver alguém saindo do meu quarto!
Philipe: Que isso Nuno? Ta doente ou alguma coisa? Que dia que você ficou sozinho assim?
Depois de muito conversar, explicar o que havia acontecido nesse tempo em que nós não nos víamos ele começou a falar dele. Ele formou em administração mas preferiu largar pra ser promotor de eventos e trabalhar com festas. Ele também estava sozinho já fazia um tempo e estava a procura de alguém que completasse ele. Quando eu fui buscar algo para nós bebermos houve uma pausa na conversa e quando eu voltei ele estava olhando para um dos meus porta-retratos em que toda a turma antiga estava deitada na minha cama.
Bruno: Aqui a sua cerveja!
Philipe: Obri-Obrigado! Então (tossindo) você viu o Thiago depois daquele dia?
Eu estava de costas para Philipe me apoiando na mesa. Eu olhei pra baixo, minhas mãos cerradas como eu sempre faço quando fico nervoso. Eu não conseguia entender o que estava acontecendo, eu não pensava no Thiago a anos, e pra falar a verdade eu não sentia mais nada; ou pelo menos eu achava.
Bruno: Não! Não porque a pergunta?
Philipe: Cole Nuno! Todo mundo torcia por vocês... vai me dizer que você não se importa?
Bruno: Eu me importei muito Phil! ( Virando e passando o cabelo para trás da orelha) eu me importei tanto que eu tentei conversar com ele naquela época! Mas que diferença faz? O tempo passou e vamos combinar que nós éramos crianças!!!
Philipe: Sim... sim!!! Nós éramos crianças mas o que vocês dois sentiam não era coisa de criança!!!!
Eu odiava concordar com o Philipe, mas era verdade, mas por outro lado o que ocorreu entre eu e Guilherme também era algo forte. Eu não sabia o que pensar. Como sempre eu sou péssimo em colocar os pensamentos em ordem quando o destino me faz o favor de dar essas reviravoltas!
Nos conversamos por um longo tempo e ele me convenceu a fazer parte da organização. Eu desci com ele ate o carro, e antes de ir embora ele me deu mais um dos abraços que só o Philipe é capaz de dar e me perguntou:
Philipe: Então eu te pego aqui amanhã? Como os velhos tempos?
Bruno: Pode ser! – sorrindo bobo enquanto eu segurava a porta do carro- Mas que horas?
Philipe: As 7hs eu passo aqui ok?
Bruno: Porra Phil... eu não acordo as 7hs desde que eu me formei no colégio...
Philipe: Melhor acordar!!! Afinal de contas nós estamos indo de volta pro colégio!
E assim ele se foi. Eu voltei para casa e fiquei pensando no reencontro com o Phil, e logo fui traído pela minha mente que sem eu querer comecei a pensar no Thiago. Todos vivem dizendo que o primeiro amor é o mais difícil de esquecer e eu acho que eu estava descobrindo que isso era verdade. Já que eu não conseguia me concentrar nem dormir eu decidi olhar as velhas caixas da época do colégio. Entre varias coisas que eu achei uma delas me fez pensar em tudo pelo o que eu passei. Eu achei o colar que o Thiago havia me dado logo que começamos a ficar. No verso a inscrição “com benefícios” continuava como se fosse ontem. Eu achei os meus diários e me coloquei a ler.
Me divertindo com o quanto eu havia mudado eu acabei dormindo em cima de todas as coisas que eu havia espalhado pela cama.
Parecia ate uma cena costumeira. Eu acordei com o levantar da manhã como se fosse a coisa mais normal do mundo. Me arrumei e antes que o Philipe pudesse me ligar eu já estava na porta do prédio o esperando.
Philipe: Nossa! Pra quem não acorda cedo você ate que se saiu bem – parando o carro na frente do prédio com o seu sorriso de menino estampado na cara – vamos lá?
Bruno: Acho que eu fiquei ansioso! Eu não consigo dormir bem quando fico assim! Mas vamos sim!
Entrando no banco carona eu quase morri quando olhei para o banco de trás. Sentado no meio do banco com um sorriso largo na cara o ex-skeitista menino modelo do colégio Rafael estava me olhando. Ele estava lindo, um homem completo. Apesar de não estar com o porte atlético em dia ele estava magro, forte, com o cabelo cortado em um corte social que lhe caia muito bem.
Rafael: Oi estranho!
Bruno: Queeee? Rafa? – gritando tentando abraça-lo – Como assim menino? Que saudade!!!
Philipe: Ele não teve essa reação comigo! – sorrindo olhando tudo pelo retrovisor interno – acho que eu não sou o favorito!
Bruno: Aff que nada Phil...
Então era só festa. Todos falávamos das nossas vidas e relembrávamos da nossa adolescência. Passamos na frente da minha antiga casa, todos com os olhos carregados de nostalgia e em minutos estávamos na frente do colégio, na vaga de sempre, olhando para os prédios que em pouco tempo já haviam se transformados em novos prédios.
Philipe: Prontos?
Bruno: Você sabe que eu nasci pronto neah? – rindo da resposta que era típica nos anos que passamos ali.
Rafael: Acho que não temos nada a temer certo? Afinal de contas nos crescemos nesse lugar.
Bruno: Isso ai...
Nos três íamos andando em direção a portaria principal do colégio com os sorrisos estampados na cara. O diretor, que era o mesmo diretor da nossa época, nos recebeu e nos levou no mesmo auditório que todos nós já conhecíamos bem. Ele nós explicou que ali seria onde a gente iria organizar tudo e que se precisar de qualquer coisa poderíamos pedir a responsável pela comunicação do colégio, que a proposito era sobrinha dele.
Rafael: Nem acredito... o auditório é o mesmo da nossa época...
Bruno: Não é exatamente o mesmo, mas é o bom e velho auditório!
Rafael: É mas eu lembro direitinho que foi ali – apontando um dos cantos da sala – foi onde você se apresentou na feira das profissões. E ali – apontando outro lugar – foi onde nós tivemos que fazer aquela apresentação ridícula sobre musicais
E rindo nos continuamos a relembrar de vários momentos, e com o passar do tempo mais pessoas da nossa época foram aparecendo ate que nós éramos nove ex-alunos voltando a ser criança.
Bruno: Phil? Geralmente o comitê não são dez pessoas?
Philipe: São... mas esse ano um professor é do comitê... mas eu ouvi falar que ele foi aluno e tals – falando isso ele olhou para o Rafael e os dois trocaram olhares de “cumplicidade” – mas eu não sei quem é...
Bruno: Como é possível você não saber quem é – andando desconfiado pelo auditório – sendo que você é o “líder” do comitê?
Philipe: Uai Nuno... o diretor que decidiu... acho que eu vou descobrir hoje...
Rafael: Eu só espero que não seja a Clarice... – caindo na gargalhada – ou a Cristina
Bruno: Muito maduro Rafael...
Clarice era uma garota que não se encaixava nos padrões da escola quando éramos alunos. Ela tinha os cabelos crespos e revoltos sempre soltos em um grande formato que se assemelhava a uma moita. E Cristina era uma garota que tinha a voz chata e melosa, e que cometeu o erro de escrever o nome dela errado quando éramos pequenos e desde então todos pegavam no seu pé.
Eu nunca fui de menosprezar ou fazer caso das pessoas, mas admito que ate eu já havia falado delas... mesmo que na maior parte do tempo nós éramos amigos.
Nos começamos a reunião, todos dando ideias e nada do tal professor misterioso aparecer. A pausa do almoço foi hilária, todos falando de como as outras pessoas da nossa sala ou da nossa serie se tornaram e tal ate que o destino resolveu me dar mais um tapinha de leve.
Adriano: Eu fiquei sabendo que o Thiago, lembra dele? – todos confirmando com a cabeça – Pois é, ele teve aqueles problemas depois do 2o. ano certo? Tanto é que ele nem foi na formatura porque o pai dele havia mandado ele pra fora da cidade pra morar com a avo e os tios no interior. Então eu fiquei sabendo que ele voltou pra cidade, eu ate achei que eu vi ele outro dia na academia que eu vou.
Philipe: E como ele ta? – perguntou obviamente preocupado com a minha reação – ele ta legal?
Adriano: Sim... parece que sim... ele ta de boa, em boa forma – revirando os olhos – pra variar.
Todos continuaram a falar de outras pessoas. Eu levantei e fui ate a porta da cantina e fiquei olhando o pátio. Desde que eu entrei no colégio eu sabia que Adriano não era flor que se cheire, ele sempre sabia tudo sobre todos. Ele não era do tipo de fofoqueiro que se contentava em só saber do fato, ele precisava saber do fato, do motivo que levou o fato acontecer e quais foram as consequências. Se ele havia dito que “acha que viu ele” é porque ele havia visto, e já havia se assegurado de que era ele.
Eu estava vagando nas minhas memorias e nos meus devaneios quando eu fui pego de surpresa por alguém falando comigo.
Breno: Você ta pensando nele não ta?
Bruno: Desculpa ... o que? – Eu via o crachá dele mas eu não reconhecia do meu tempo – Breno certo? – apontando pro crachá – o que você falou?
Breno: Você ta pensando no Thiago certo? Eu lembro que do nada vocês dois ficaram inseparáveis ate a feira das profissões do 2o. ano.
Bruno: Nossa – surpreso pelo dossiê que ele havia despejado em mim – E pelo visto você acompanhou a historia toda... – rindo de nervosismo –
Breno: Não é bem assim... eu estava na 8a. serie quando vocês estavam no 2o. ano. Eu estava no grupinho que estava escondendo atrás do ginásio quando você brigou com o Thiago.
Eu não me lembrava ao certo dele. Mas tinha algo nele, no modo como ele me olhava que me fazia sentir como se eu o conhecesse. De qualquer jeito nos trocamos mais meia dúzia de palavras e tivemos que voltar para o trabalho. Eu havia conseguido esquecer Thiago por tanto tempo e agora mais do que de repente tudo me lembrava ele.
Nós continuamos trabalhando ate as 16hs, sempre relembrando historias e rindo. Talvez eu ate tivesse conseguido esquecer essa historia do Thiago por esse período, mas eu mal sabia que seria por muito breve ate que tudo voltasse.
As 16hs nós demos uma pausa e Philipe foi chamado pela sobrinha do diretor para ver algumas coisas sobre a festa, enquanto os outros estavam conversando, verificando coisas de trabalho e tal eu acabei ficando sozinho e comecei a andar em direção as quadras do colégio.
O colégio em si tinha muito orgulho das duas 6 quadras, mais seu ginásio poliesportivo. Sem falar das piscinas e salas de musculação e ginastica. Em suma era um ótimo colégio. Eu acabei descendo para as arquibancadas e sentando olhando os meninos jogando futebol na aula de educação física. Um professor, que obviamente não era da minha época, brincava com os meninos e tentava fazer com que um garotinho tímido jogasse com os outros.
Vendo o garoto eu lembrei quando eu tinha a idade dele, e como eu odiava fazer educação física. Os meninos da minha sala tinham o prazer em chutar a bola em mim e me fazer me sentir com a pessoa mais deslocada no mundo. Eu como não consigo segurar a minha língua e ficar na minha acabei indo em direção do menino, mas eu iria me arrepender.
Bruno: Oi garoto! Oi você... como você se chama?
Renato: Me chamo Renato... quem é você? – com um ar de desconfiado.
Bruno: Eu sou o Bruno, muito prazer! – estendendo a mão – eu sou ex-aluno do colégio. – ele pareceu mais aliviado – e quer saber de algo? Eu DE-TES-TA-VA educação física!!! Acho que em todos os anos dessa escola eu devo ter sido o único aluno que pegou recuperação em Ed. Física.
Renato: Ahhh bem vindo ao clube... mas o meu professor é um saco... não eu gosto dele... ele é engraçado, mas ele disse que eu TENHO – imitando a cara do professor – participar se não ele não pode me ajudar.
Bruno: Eu entendo – rindo da careta – na minha época eu tive um professor muito legal também, ele me ajudou muito!! Mas eu tive que fazer algumas atividades que eu não gostava muito!!!
Professor: Renatinho você não deveria estar jogando com os outros ao invés de ficar conversando? E o Sr. não deveria ficar atrapalhando os alunos assim?
Bruno: Foi mal “fessor” – imitando o jeito de criança falar eu virei e tive um choque quando olhei para o professor – De-des-desculpe eu não vou atrapalhar mais! – tentando sair o mais rápido possível – Boa sorte Renato!
Eu não podia acreditar no que eu tinha visto. O professor legal do Renato era a pessoa que eu menos esperava ver aqui. Eu corri para o alto da arquibancada e la eu me sentei para pensar. Eu tinha certeza que eu tinha escutado Renato falar algo comigo mas eu o ignorei e fugi. Quando eu olhei de novo para a direção de qual eu tinha vindo eu gelei mais uma vez.
O professor estava andando ate onde eu tinha sentado e eu não tinha força para sair dali. Ele estava lindo, com uma calça de tactel que mesmo larga revelava as pernas grossas e torneadas, uma blusa regata, estilo nadador, que revelava cada musculo dele. Seu rosto envelheceu muito bem, ganhando todos os traços que um homem deve ter mas o tempo e o envelhecimento foram generosos ao deixar aquele ar de moleque, com bochechas arredondadas e rosadas, suas sobrancelhas eram arquitetonicamente arqueadas, largas, emoldurando o rosto e assim os olhos com os cílios grossos e longos seus olhos estavam mais azuis do que jamais foram nas minhas memorias.
Thiago: Você esqueceu o celular!
Bruno: O-o-obrigado – eu era horrível em enfrentar o passado, principalmente quando eu sou pego de surpresa. Minhas pernas tremiam e eu não sabia o que falar.
Thiago: O que você ta fazendo aqui? – A pergunta podia ate ser rude mas ele tinha todo o cuidado ao falar em um tom doce e baixo.
Bruno: O Philipe me chamou pra ser parte do comitê de ex-alunos – Olhando pela primeira vez para o seu rosto – E ... e ... e eu não sabia que você estava dando... aula? Aqui? – meu tom passou de desculpas para uma interrogação em questão de segundos.
Thiago: É – rindo – Eu sou professor de Ed. Física. Lembra? A gente sempre falou que eu ia acabar sendo professor aqui no colégio. Pois é... agora eu sou! – sorrindo do jeito que ele sempre fez – E você como ta?
Bruno: Eu to ótimo... não da pra ver? – acho que eu fui um pouco grosso nessa hora.
Thiago: Você ta ... – pausa dramática que mata qualquer um – ta...
Bruno: O que? To o que? Horrível? Gordo? Nada do que você esperava?
Thiago: Eu ia dizer lindo ... só isso ... – ficando serio depois da minha explosão sem sentido.
Bruno: Ahhhh então quer dizer que – assimilando o que ele disse – pera o que? Lindo? – começando a rir de nervoso – eu to aqui quase que...
Thiago: Foi bom te ver Nuno. Espero ver de novo...
Ele não deixou que eu falasse nada. Bem ele me conhece e sabe que eu sou um tanto explosivo mas também ele sabia que essa raiva que estava transbordando não era pra ele. E eu acabei descobrindo isso quando eu olhei para porta da secretaria e lá estava Philipe saindo sorridente.
Em questões de alguns minutos eu e Philipe já estávamos fora do colégio, na mesma praça que eu tinha dado o fora no Thiago anos atrás discutindo.
Bruno: Mas o CARALHO Philipe... você sabia ou não que ele estava TRA-BA-LHAN-DO aqui?
Philipe: Calma Nuno... eu sabia – palavras erradas – mas eu ...
Bruno: Mas nada Philipe você deveria ter me falado e não ter me deixado o dia inteiro pensando nele, com todos falando sobre ele e ainda por cima ter me deixado descobrir assim...
Philipe: Nuno eu nunca imaginei que você iria ate as quadras... você odiava aquele lugar...
Bruno: É ele não é?
Philipe: É ele o que?
Bruno: É ele o maldito professor que vai ser parte do comitê não é? – silencio – me FALA!!!
Philipe: Sim
Eu não sabia o que pensar, eu me sentia como se eu tivesse sido parte do jogo do Philipe desde o inicio, mas eu deveria saber, eles sempre foram superamigos. Eu deveria saber que ele sabia e eu devia saber que tudo estava muito estranho.
Bruno: Quer saber de uma coisa Philipe pra mim já deu... já deu das pessoas falando dele, das pessoas fingindo que não sabem que ele trabalhava aqui, em fim FODA-SE isso tudo... eu to indo pra casa... na boa!
E mais uma vez, impulsivo eu fui, correndo do que eu não queria lidar na hora. Chegando em casa tanta coisa passava pela minha cabeça que eu nem sabia no que pensar. Mas o dia não havia acabado ainda. Pro meu azar!
Quando o relógio marcou 19hs o interfone chamou e como eu não queria ver ninguém eu olhei pela janela. Eu já tava achando que seria o Philipe vindo pedir desculpas ou algo do tipo que eu não queria ter que escutar. Mas não era, era o Thiago parado na frente do meu prédio, com um sorriso no roso, e já olhando para a janela, uma vez que ele sabia que eu não era de atender o interfone. Eu me permiti rir e sentir como é bom quando você sabe que alguém te conhecer bem. Eu simplesmente decidi que eu não iria mais fugir, eu abri o portão e estava disposto a conversar com ele.
Momentos depois nós já estávamos os dois em pé no centro da minha sala olhando um para a cara do outro.
Thiago: Oi...
Bruno: Oi...
Thiago: Eu preciso falar com você...
Bruno: OK!
Thiago: Fácil assim? O que ta tramando? – todo esse dialogo foi em um tom baixo quase inaudível.
Bruno: Eu acho que eu preciso escutar o que você tem pra me dizer. Pela primeira vez nessa historia eu acho que eu tenho que escutar sem revidar ou fugir certo?
Thiago: Nossa eu to impressionado! Como você ta diferente!
Bruno: É ficar feio faz a gente ficar mais esperto eu acho!
Thiago: Para com isso... você não poderia ser feio nem agora nem em um milhão de anos...
Bruno: -derretido- mas então o que você quer me dizer?
Thiago: Me desculpa, por tudo o que eu fiz, pelo jeito com o que a gente acabou, por ter me rendido a algo que não fosse você ... – tentei falar algo mas ele levou o dedo aos meus lábios não me deixando falar – me desculpa por não ter corrido atrás antes e principalmente me desculpe se eu te machuquei...
Não tinha como não derreter, ele foi o ÚNICO a se desculpar, mesmo que seja pela possibilidade, de ter me machucado. Em anos desde que eu parei de viver do modo que eu vivia, desde que Guilherme me deixou essa foi a primeira vez que eu me permiti chorar sem tentar conter as lagrimas. No fundo eu sabia que eu não estava chorando de tristeza era mais um combo de emoções.
Bruno: Eu te desculpo – pausa sempre dramática – mas você me desculpa? Eu não tinha o direito de ter falado o que eu falei, de ter feito o que eu fiz mas eu juro que todos os dias, pelo menos uma vez ao dia eu penso no que eu fiz e como seria se ...
Thiago: Eu não tenho que te desculpar, mas se você precisa escutar e obvio – fazendo uma caricata imitação da nossa professora de inglês do tempo de colégio – que eu te desculpo!!!
Bruno: - rindo entre soluços e lagrimas – Você não mudou nada... continua um menino hein?!?!
Thiago: Ahhh eu mudei... mudei muito!!! Mas perto de você eu acho que eu volto a ser o artilheiro do time de futebol do colégio que pegava no seu pé por ser medroso de mais pra falar que te ama!
Ele falou isso se aproximando de mim, gingando de um lado para o outro, ate chegar perto e segurar a minha cintura pelos lados. Por ter falado o que ele falou no presente me fez ter uma recaída no meu romance adolescente e eu já estava completamente entregue a ele. Em poucos minutos nós já estávamos nos beijando; um beijo que nós dois sabíamos que levou muito tempo pra acontecer.
Ele me guiou ate o sofá atrás de mim e nós nos sentamos, ainda beijando, tentando conseguir folego entre um beijo e outro. Thiago me puxou pra cima dele e eu acabei ficando no seu colo, me afastando um pouco eu olhei pra ele, eu precisava ver se eu não estava sonhando ou algo do tipo.
Com o tempo ele deixou de ser tão imperativo e passou a ser mais carinhoso. Mas no nosso caso o lado carinhoso durou minutos porque pouco tempo depois estávamos os dois tirando nossas camisas, nós agarrando, eu lambia o seu pescoço, seu peito, brincava com os seus mamilos, ate chegar no cos de sua calça.
Eu já estava ajoelhado no chão, de frente para ele, olhando para a sua cara, e ele fazia a mesma cara de quando tinha 16 anos, apertava muito os olhos, mordia o lábio inferior e jogava a cabeça pra trás enquanto ficava cada vez mais vermelho.
Eu abri a sua calça e tive uma grata surpresa ao ver que seu pau também tinha crescido acompanhando o resto do corpo. Seu pau era mais imponente, grosso, um pouco mais envergado mas nada de mais. Logo eu estava chupando ele com uma volúpia que ate eu desconhecia.
Thiago: Ahhhhhahhhhh ... como eu senti falta de você Nuno!!!!
Bruno: Eu também senti sua falta...
Falando isso eu deixei de chupa-lo e comecei a masturba-lo enquanto eu ia em direção a sua boca.
Bruno: Eu (beijo) não (beijo) fazia (beijo) ideia (beijo) de quanto (beijo) eu sentia a sua falta...
Thiago: Eu também Nuno... eu também...
Ele me agarrou pela cintura, me virou no sofá me deixando deitado de costas e arrancou a minha calça. Ele me beijou todo, meu peito, meus mamilos minha barriga. Ele chupou o meu pau por uns instantes e então ele levantou me puxando pra ele. Com uma força incrível ele me vez enroscar as pernas na sua cintura e me segurou pela bunda. Andando comigo no colo ele me encostou na porta da sala, procurou a entrada do meu cu com a cabeça do seu pau e lentamente começou a socar.
Eu sentia o seu pau quente, entrando e entrando, centímetro por centímetro, e eu ia delirando. Ele manteve o seu rosto perto do meu, com a boca aberta ele ofegava e eu sentia a sua respiração na minha bochecha.
Thiago: Eu sempre quis fazer isso... eu sempre quis te comer assim Nuno!!!!
Bruno: Então vai... come do jeito que você quer... ahhhhh mete mais Thiago!!!! Mete mais!!!
Nos não gritávamos, mas definitivamente os meus vizinhos não iriam me dar bom dia no dia seguinte. Ele começou a socar mais rápido e consecutivamente eu comecei a bater mais forte as costas na porta. Logo logo eu já podia escutar os vizinhos falando no corredor. Quando ele percebeu que eu estava tentando prestar atenção no que estava acontecendo ele me virou de uma vez, fazendo que eu “socasse” a porta.
Thiago: Pode olhar agora! –rindo ofegante-
Eu olhei pelo olho magico e sim, metade do meu andar se encontrava na minha porta olhando aterrorizado mas com o tesão que eu tava sentindo de ser comido pelo Thiago eu não tava nem ai.
Bruno: Você melhorou muito hein... – falando baixo – esse tempo todo na mesma posição que isso!!!
Thiago: E eu to longe de gozar Nuno... eu ainda vou meter muito – ele não falou tão baixo – então vamos lá...
Dizendo isso ele saiu de dentro de mim e andou em direção ao sofá. Seu pau ia balançando pesadamente de um lado para o outro. Ele se sentou e olhou pra mim, olhou para o seu pau, e de novo para mim com uma cara de menino “pidão”.
Thiago: Vem... senta aqui...
Eu não tinha o que falar. Eu fui e sentei em cima dele. Introduzindo mais uma vez o seu pau no meu cu, me deixei deslizar e comecei a rebolar na sua vara como nunca.
Ele me segurou e começou a bombar no ritmo dele. Ele gostava de meter com velocidade agora, e eu devo admitir que eu estava gostando.
Eu estava transpirando mais que o normal, mais do que eu achei que era possível. Ele também arfava embaixo de mim com os olhos fechados.
Eu já estava pra gozar, não conseguiria manter mais por muito tempo ate que ele disse:
Thiago: Aiiiin Nuno eu menti.... acho que .... eu vou gozar mas eu quero gozar na sua boca...
Bruno: Então vem... – saindo de cima e ajoelhando – goza!!!! Goza !!!!
Eu ja estava gozando e tentando aparar com a mão pra não cair no carpete, ele não demorou muito e gozou litros na minha boca. Quando eu já ia para o banheiro ele me puxou, lambeu a gala da minha mão e me puxou me beijando.
Eu não era mais adepto desses lances de partilhar porra na boca mas com ele tudo parece certo. Nos fomos para o banheiro e lá nós tomamos banhos juntos brincando e “tisando” um ao outro...
Continua...