Amigos, mais uma peço desculpas pela demora na postagem... Infelizmente (ou felizmente) o conto está nos ultimos capitulos. Mas para quem gosta dos meus contos, estarei escrevendo um novo. Só preciso de idéias! Sugestões? Beijo no canto da boca! Att Araujo"
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Meus amigos leitores, a visão do olhar calmante desse garoto foi o suficiente para eu repensar todas as minhas atitudes dos últimos meses. Ainda existe amor no mundo.
Ele me estendeu a barra de chocolate branco. Peguei um pedaço e comi. De fato me senti muito menos triste. Mas talvez o chocolate fosse psicológico. Só de saber que existe alguém no mundo que se importa com você, já é bom o suficiente.
- Como você se chama? – Ele perguntou, comendo uma barrinha de chocolate.
- Araujo. Leonardo Araujo. – Respondi, comendo um pedacinho do meu chocolate. – E você?
- Bond. James Bond. – Eu ri. – Me chamo Felipe Sarden, prazer. – trocamos um aperto de mão, mas não podemos conversar mais. O sinal havia tocado e nós tínhamos aula. Eu não sabia em que sala ele estudava, mas queria saber mais.
A aula que se seguiu foi tranqüila. Edu percebeu uma diferença no meu humor. Até algum professor ou outro notou. Mas eu queria saber mais, então perguntei para um dos garotos mais populares da escola (Edu) sobre o tal Felipe Sarden.
- Edu, você conhece Felipe Sarden? – Perguntei em tom inocente.
- Aaaahh! Então é isso? Hahaha! Já ouvi falar dele, por que? – Ele perguntou em um tom brincalhão.
- Conheci ele hoje na cantina. Me pareceu ser legal
- É. Dizem que ele é legal. Mas parece ser estranho, até hoje eu nunca tinha visto ou ouvido dele falar com alguém... Araujinho arrasando corações em! – Ele riu e mecheu no meu cabelo.
- Cuidado em! Você já caiu nessa teia uma vez! – Havia feito uma piadinha, boba pela primeira vez em meses. Edu se assustou.
- Esse cara é poderoso em! Até ontem tudo o que você falava era patada... – Edu falou sério.
- É. Existem pessoas legais no mundo. É bom conhecê-las!
Após a aula, não vi Felipe pela escola. Mas nem liguei, estava de bom humor. No outro dia teria aula, e então eu o veria. Enquanto esse dia não chega, só me restou ficar em casa, estudando, pensando...
O outro dia de aula chegou, um novo dia de aula e uma nova oportunidade. Durante a noite nem dormi direito, e isso foi o motivo do meu atraso para a aula. Mas sem problemas, eu ainda o veria na hora do intervalo. Pelo menos esse era o plano.
Mas não foi assim. Eu sai correndo da sala. Rodei a escola inteira em busca de Felipe, mas ele não estava em lugar nenhum. Depois de tanta procura, voltei para minha sala, entristecido. Mas na hora que eu sentei a minha mesa, uma surpresa.
Nela havia um pedaço de papel com os seguintes dizeres: “Um dia me disseram que as nuvens não eram de algodão” e logo após um trecho de uma partitura, que mesmo sem tocar sabia o que era.
Sorri bobamente para o bilhetinho. Ele não dizia nada, mas dizia tudo. Guardei-o no bolso. Edu, passando ao meu lado, sorriu e disse:
- Viu um passarinho verde hoje, Araujo? – Dei um leve sorrisinho e respondi
- Talvez...
O resto da aula eu e Edu ficamos conversando sobre aleatoriedades. O professor chamou nossa atenção umas duas ou três vezes antes do fim da aula. Mas nada demais.
Após o termino da aula, eu fui pra casa de Edu, tinha tempo que eu não ia lá e ele insistiu muito. Eu deveria ter imaginado...
Chegando lá, estavam Caio e ninguém mais ninguém menos que Felipe. Ele estava com aquela carinha sexy, me olhando de um jeito mais sexy ainda. Assim que me viu, chegou até mim e perguntou:
- Mensagem recebida?
- Recebida com sucesso.
Ficamos nós quatro conversando durante toda a tarde. Tocamos algumas musicas, discutimos alguns livros, contamos piadas, jogamos vídeo-game, enfim, a típica tarde perfeita. Mas para se completar faltava uma coisa.
Era quase noite, eu deveria ter ido embora a muito mais tempo, mas a situação estava de tão bom grado que fiquei mais tempo do que o planejado. Mas chega uma hora que tudo tem seu fim. Despedi de todos normalmente. Mas na hora que eu estava saindo, Felipe me chamou.
- Araujo? –Na hora que eu virei, Felipe me beijou.