Hey, nação CDC! Então, eu sou novo/velho aqui. Sou novo, pois esse é o primeiro conto que eu publico aqui e sou velho porque eu venho acompanhando a CDC a um bom tempo. Bom, espero que eu agrede alguém e que tenham paciência com a história. É uma história fictícia e eu me inspirei em um livro no qual li para escrevê-la. Qualquer relação com a vida real e outras histórias é mera coincidência. Agradeço desde já aqueles que se propuserem a ler esse conto.
Toda história tem um começo, meio e fim, ou não!
…E lá estava eu. Atravessando o mundo por ele. Bom, não era inteiramente por ele, mas, mesmo assim, ele tinha sido a razão maior por eu ter vindo. Estava igualmente lindo com aquele sorriso de tirar o fôlego e aquele corpo no qual eu poderia passar o dia todo olhando. Ele estava lindo! Só trajava uma sunga azul. Estávamos em uma festa na piscina organizada pelo meu irmão mais velho. E as coisas realmente ficaram interessantes quando ele resolveu dar um mergulho. Nossa! Isso sim era um Deus grego. Comecei a observar os seus movimentos e parecia que eu estava assistindo ao um filme em câmera lenta quando ele resolveu sair da piscina.
- Admirando a vista, meu irmão? - pergunta o meu irmão se jogando na cadeira ao lado da minha.
Sua repentina aparição tinha feito eu me assustar e acabar derramando o suco que eu estava bebendo. Bom, fiquei aflito. Quer dizer, a minha família não sabia que eu era gay. Nuca tive a oportunidade para revelar tal fato. E bom, eu tinha um pouco de medo da reação deles. Minha família era muito religiosa e eu não queria decepcioná-los. Além do mais, o meu irmão já tinha quebrado esse tabu. Anos atrás ele contou para a nossa família que estava apaixonado por um outro homem. A minha mãe demorou para aceitar essa decisão, mas já o meu pai, falara que ele tinha feito uma escolha e que teria que arcar com as consequências. No final de tudo, a família aceitou.
- Cadê o William? - perguntei tentando mudar de assunto.
- O Will foi comprar mais cerveja. - falou - Bom, mas então, o que tá rolando entre vocês dois? - perguntou apontando para o Felipe.
- O quê? Como assim “O que tá rolando?”?. Não está rolando nada, quero dizer, até está, mas são assuntos profissionais.
Como o meu irmão poderia está falando isso? Será que o Felipe tinha comentado algo com ele? Bom, duvido muito. Ele não faria isso. Ele sabia! Mas como? Fiquei olhando para o meu irmão e pensando em um argumento plausível para sua resposta. Ele devolveu o seu olhar e fez um expressão de surpresa com uma pitada de ironia.
- O quê?! Você acha que eu não sabia? - olhou pra mim com um certo ar de incredulidade quando eu devolvi o meu olhar assustado.
- Olha... - eu comecei quando ele me cortou
- Calma aí, irmão! Eu não irei te julgar. Bom, olhe pra mim e para o Will. Nós somos casados! Eu seria a última pessoa que poderia julgar você. Afinal, estamos no mesmo barco. - falou piscando pra mim.
- Olha, eu não sei do que você está falando. - comecei a me levantar, mas eu fui impedido pelo meu irmão.
- Olha, Eduardo. Eu percebi quem você realmente era quando estava na adolescência. Eu vi uma vez você e aquele seu namoradinho no maior amasso. Como era o nome dele mesmo, hein?! Carlos... Roberto... Augusto...?! Bom, não importa. Eu esperei você contar pra nós. Esperei você ser realmente livre. Mas você nunca o fez. Nunca disse nada pra ninguém. E sem falar que, depois de 4 anos que isso tinha acontecido, você foi embora. - ele ficou olhando pra mim e esperou que eu dissesse algo. Como não falei nada, ele continuou – Meu irmão, eu não quero que você viva aprisionado dentro de si. Se liberte. Conte pra nossa família quem você é. Mostre que você é mais forte do que qualquer preconceito bobo. Eles irão de aceitar, pois antes de mais nada, você é o filho deles. Você é o nosso pequeno.
Eu já estava ficando irritado com tudo isso. Eu amo meu irmão, mas ele tem uma mania de ficar se metendo na vida de todo mundo. Depois que se formou em psicologia, acha que pode resolver os problemas de todos. Ele estava certo em algumas coisas. Eu tinha medo. Mas com tudo o que eu passei nesses 10 anos, comecei a reavaliar os meus pontos de vistas. E bom, alguém tinha feito isso. Uma pessoa havia me mudado. Uma história de vida tinha me feito ver que tudo estava sujeito a acabar em um piscar de olhos. Henrique tinha sido a razão dos meus sorrisos nos últimos 10 anos. Ele havia sido o motivo deu ter sumido. Ele foi o meu paraíso e inferno! Estávamos tão bem e , em um outro momento, estávamos tão mal. Eu o amei e ainda o amava, mas nem todas as histórias de amor tem um final feliz.
- Eu sei que você estava com ele. - meu irmão disse me tirando dos meus pensamentos.
- O quê? Ele quem? - perguntei sem entender de quem ele estava falando.
- Henrique. Eu sei que você estava com ele.
Eu fiquei calado absorvendo a minha dor e tentando não transbordar em lágrimas com a simples menção do seu nome.
- Você não quer me contar nada? - perguntou meu irmão olhando pra mim.
- Não tenho nada pra falar.- conclui com a cabeça baixa.
O meu irmão ficou olhando para mim e balançou a cabeça em negativa a minha resposta. O que ele queria que eu dissesse? Que eu... Santo Deus! Eu não conseguiria falar o que realmente havia acontecido.
- Eu percebo o quanto você mudou. E sabe o que é mais triste? É lembrar como nós eramos próximos. Contávamos tudo um para o outro. Mas depois que você conheceu o Henrique, tudo mudou. - ele falou isso se levantando para ir embora. Mas antes, ele olhou para mim e disse. - Estou feliz que tenha voltado. Mas, o que você realmente veio fazer aqui? Espera encontrar um novo amor?
- Não, não vale a pena buscá-lo, pois nunca dura. - disse
- Pode ser que não valha a pena buscá – lo, mas vale a pena o ter. - observou e foi ao encontro de seu amante que havia voltado.
Fiquei pensando nas palavras do meu irmão. Ele era só mais um bobo apaixonado. Mas o que ele havia me dito não era mentira. Era eu quem não queria sentir isso novamente. Era eu quem não queria amar. Me recostei na cadeira e fechei os olhos. Acho que eu tinha cochilado quando eu sinto duas mãos me tocando. Abri os olhos e fiquei olhando para a lindeza que estava na minha frente.
- Te acordei? - Perguntou Felipe com aquele sorriso lindo
- Não, eu estava só cochilando. Bom, ainda não me acostumei ao fuso horário. - falei sentando na cadeira e apontando para que ele se sentasse na que estava ao meu lado.
- Bom, eu queria saber se você vai está live na terça a noite? - perguntou olhando em meus olhos.
- Na terça? Por quê?? - perguntei observando aquela boca. Como eu gostaria de passar horas beijando aqueles lábios.
- Gostaria de convidar você para jantar. - ele falou e eu fiquei olhando cada movimento dos seus lábios.
- Jantar... Isso soa bom! Mas espera. É um jantar de negócios, certo? Para tratarmos da matéria e do projeto? - falei acordando do transe e vendo onde estava indo isso.
- Sim, claro! Como você quiser. - ele disse apressadamente com uma tristeza em sua voz e um olhar de decepção.
Eu não gostava da ideia de que era eu quem estava causando isso nele. Isso me deixava doente. Mas bom, eu tinha que deixar claro as coisas com ele. Ele merecia que eu fosso transparente. Eu coloquei a minha mão em seu joelho.
- Olha, Henrique. Eu irei jantar com você na terça e nós iremos resolver tudo isso. Ok? - falei tirando a minha mão e olhando em seus olhos.
- Tudo bem! Eu tendendo. Só negócios. - ele disse com um sorriso fraco pra mim.
Ele levantou e estendeu a sua mão. Fiquei olhando pra ele e eu queria abraçá-lo, mas não poderia dar esperanças falsas. Tudo tinha que ser com calma.
- Tchau, Eduardo! Até mais. - falou Henrique.
- Tchau, Henrique! Até breve. - falei soltando sua mão.
Observei sua partida. Eu não sei se eu estava preparado para tentar de novo. Eu não sei se eu estava preparado para amar um outro alguém depois de anos. Eu tinha que colocar a minha vida em ordem se eu quisesse ser feliz novamenteBom, espero que tenham gostado e, como eu já havia mencionado, paciência com a história. Próximo capítulo vocês irão entender mais disso tudo. As coisas começarão a fazer sentido dado cada capítulo for postado. Aguardando o retorno de vocês e aceitando críticas construtivas. Beijos iluminados! *----*
*Música desse capítulo: Like A Bird - Black Label Society