Como eu disse pra vocês, o aniversário do Léo é dia 23 agora, pois então. Naquele ano, seria a primeira vez que comemoramos o aniversário juntos, e eu já estava ansioso sobre o que fazer. Uma coisa era certa, eu queria surpreende-lo mas acabei sendo surpreendido. Depois da briga com o pai do Léo, fui na casa dele duas vezes antes de seu aniversário, na primeira seu pai não estava e na segunda ele ficou o tempo todo no quarto. Perto do niver dele eu fui em sua casa para vê-lo e tudo mais, não lembro que dia era. Ele não estava e por ironia do destino, só estava seu pai.
- O Leonardo não tá.
- Ok, obrigado.
- Quer deixar recado?
Eu tava ouvindo bem? Acho que só nesse diálogo foi o mais longo até ali.
- Depois eu ligo para ele.
- Tá. Matheus!!
Ele me chamou quando eu já tava indo.
- Escuta, como você deve saber essa semana é o aniversário do Leonardo e...
- Sei sim.
Cortei ele legal.
- É que eu tava pensando eu dar algo pra ele... vem aqui.
Ele me chamou para dentro da casa. Eu me fazia de durão ali mas admito que tava nervo, sei lá, era estranho ver o cara que queria te ver morto praticamente, te chamando para ver sabe deus o que.
Nesse dia, eu fiquei com um pouquinho de raiva do Léo, ele não havia me dito que praticava rally e pior, ele frequentava bastante, ele e seu irmão. Mas ele não tinha caminhonete ou qualquer carro do gênero, ele costumava alugar. E era sobre isso que o pai dele queria falar.
- Matheus, eu tô pensando em dar esse carro pro Léo. - disse ele me mostrando o carro na tela do notebook.
Era um lindo Troller amarelo. Só não entendi o porquê dele querer minha opinião. Ahh, e como eu não sabia que a criatura praticava rally, eu tava confuso. ATé porque o carro é pequeno, digo, para um casal é bom.
- Você não sabia que ele faz rally, né!?
- Não.
- Bom, ele faz desde os 17. O Lucas acho que começou depois. Enfim, acho que vou compra-lo mesmo e tem mais uma coisa. Eu o inscrevi num campeonato curto que vai ter em julho, ele não sabe. E creio eu que vocês estarão de férias então, toma aqui. - ele me entregou uma pasta com uns papéis, eram contratos, e tinha a ficha de inscrição preenchida, acho que era uma cópia. - Acho que ele ficaria feliz que se você fosse com ele.
Admito, fiquei de queixo caído com todas aquelas palavras, mas tudo soava muito frio, ele não demonstrava emoção, mas acho que ele é assim mesmo.
- Ok.
- Você vai com ele?
- Sim.
- Parece meio desanimado.
- Desanimado, não. Surpreso.
- Achou que não seria capaz de te presentear?
- O senhor não me presenteou, presenteou o Léo. Só me deu essa passagem porque achou que ele não iria sem mim. Mas não se preocupe, eu irei sim. Eu não vou desfazer o pouco de afeto que deve restar entre vocês. Mais alguma coisa??
Ele não respondeu, então eu fui embora. Bom, aquilo deveria ser surpresa então nem contei nada da discussão pro Léo, quando ele soube ficou um pouco triste mas no fim, com muita luta, ele disse que eu tava certo.
Chegou o dia do aniversário dele ÊÊÊÊÊÊÊ A mãe dele organizou uma festa na casa deles mesmo, eu fui. Quando eu cheguei já tinha bastante gente, principalmente amigos dele da faculdade, era a primeira vez que os via. Mas eu passei direto e fui falar com ele e dar o presente, fomos para o quarto dele.
- Parabéns, amor. Muitas felicidades, saúde... Que você continue sendo esse cara legal, carinhoso e alegre. E que sejas muito, mais muito feliz porque assim, de quebra, eu também serei.
ABraçar o Léo, vocês não tem noção, é a melhor coisa do mundo.
- Obrigado.
Ele chorou. Após ele se recompor fomos até à festa. Agora pensem, eu não conhecia ninguém além da família dele. A mãe, estava para lá e para cá conversando com o pessoal. O pai deveria estar falando de futebol com os outros coroas e só sobrou o irmão dele que eu quase não falava. Enfim, acabei por ficar na mesa com os amigos dele.
- E aí, conheceu o Léo aonde?
- Numa festa.
Mentir não ia adiantar, ele não sabiam sobre nós. Juro pra vocês, eles só falaram isso comigo. Eles me esqueceram totalmente e eu fiquei ali só ouvindo a conversa deles, parecendo um autista (com todo o respeito). Durante mais ou menos uma hora foi assim. Até que um momento eu levanto da mesa para procurar o Léo, ele tava sumido havia um tempo. Entrei na sala e ouvi vozes na cozinha.
- Você nem pra me contar né!? Traíra.
- Eu não fiz nada, nem sabia. Fiquei sabendo agora por você, acho que ele ia me contar mais tarde, amanhã sei lá.
- Mentira.
O Lucas tava brigando com o Léo, não demorou alguns segundos para eu saber o motivo, o carro. Lucas não achava justo o irmão ter ganho um carro, pois Léo era mais novo. Léo é super calmo e tentava acalmar o Lucas mas de nada adiantava aí eu resolvi aparecer.
- Léo, o que foi??
- Nada, Theus. Deixa pra lá.
Léo tentou acabar a "conversa" ali me empurrando para saírmos dali mas o Lucas começou a falar de novo.
- Isso não vai ficar assim, eu quero esse carro.
Sussurrei um "Idiota" alto o suficiente para ele ouvir.
- E você, cala essa boca seu viadinho.
Ahhhh, nessa hora meu sangue não ferveu, ele ebuliu em alta pressão. Me soltei do Léo e dei um tapão na bancada que separava o Lucas de mim.
- REPETE!!!
- Matheus, vem.
O Léo me puxou pelo braço.
- Vão se fuder vocês dois.
Nessa hora foi tudo muito rápido. Léo apontou o dedo pra ele e mandou ele calar a boca, Lucas já bufava aí ele pegou uma faca de serra que tava no balcão e segurou firme. Até hoje, não sei como, peguei uma garrafa que tava na pia, acho que era champagne, e quebrei na quina e apontei pra ele.
- Experimenta.
Acho que ele ficou mais surpreso com a minha reação do que eu mesmo. Ele jogou a faca no chão e saiu correndo, já eu, joguei a "garrafa" na pia e me tremia todinho. Calado, o Léo limpou a pia.
- Vem - ele me puxou pro seu quarto. - Cê tá bem?
- Tô ótimo. Qual é, Léo. Seu irmão quase te furou lá embaixo.
- Não exagera.
- Como é??
- Ele não ia fazer nada disso.
- Léo, teu defeito é achar que todo muito é bonzinho. Toda essa sua bondade beira a ingenuidade. Poxa, se eu, EU, fui capaz de levantar uma garrafa de vidro pra uma pessoa, com certeza ela me deu motivo suficiente, e creio eu que e ter a possibilidade de te ver sangrando ali na minha frente, é uma delas.
Por mais que a gente tivesse discutindo, a gente não gritava. Esse é um diferencial nosso, em nossa briguinhas ninguém se exalta, no máximo rola umas cortadas irônicas haha.
- Ele é meu irmão, como ele ia fazer aquilo.
- De verdade, Léo: nem eu sabia se ele ia te ferir. Mas eu lá ia esperar.
Ele, do nada, veio me abraçar.
- Me desculpa.
- Tá, tá. Mas só porque porque é seu aniversário.
- Seu chato.
- Seu lindo.
- Posso te beijar??
- Pode.
Ele tem essa mania até hoje. Quando faz alguma merda ou tah cheio de dengo, pergunta se pode me beijar. Acho fofo.
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Jhoen Jhol :Obrigado. Não me chama de nerd não, please. Pois é, ele se enganou. Dessa vez a gente meio que brigou mas nada sério. AAAAIEEEEEE tá bom eu conto. Foi ano passado, foi devido uma quase viagem minha, ai, é melhor ele contar isso. Ele me disse que no próximo ele conta. Mas aviso, isso foi ano passado, até agora só contei o que aconteceu em 2011.
CrazyNerd : hahaha Obrigado;
$Léo$;) : obrigado pelo parabéns pra ele, ele tah ficando velho. abraços;
J's: esse que é o problema, ele conta tudo hahaha SObre o jaleco, compramos mais outros hoje. Ahh, e no shopping, ele aproveitou e do nada, comprou show para vermos a Anitta haushuaush Prepara!!!!!;
Toshy : é assim mesmo, ele parece uma criança que solta tudo o que vai lembrando. DOido. Obrigado e beijokas em vcs;
tavinhoo : obrigado, fofo;
Thiiiputra : haha Valeu. Sobre ele continuar a escrever, tenho uma notícia. Hoje, conversando, ele disse que queria escrever. na verdade, ele disse que quer escrever desde o início, com suas próprias palavras (HUMHUM). Quem sou eu para impedi-lo?? Mas ele pediu para vcs opinarem, se acham uma boa ideia e tudo mais. Isso é com vcs, o recado tá dado.
chicao02 : os dentes dele quase levam um meu. Ele é todo estabanado hahha.
Bom, gente. Mais um capítulo aí. Ufa, esse foi grandinho, cansei hahaha
Abraços em vcs e Boa Noite!!!
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Léo falando:
Gente, postei um novo conto, vejam lá. kkkkkkk